Max Cavalera defende Axl Rose de ataques pessoais; "Eu passei por isso também"
Por Bruce William
Postado em 13 de setembro de 2025
É bem verdade que Max Cavalera admitiu que não gostou da passagem de Axl Rose pelo AC/DC em 2016, quando o vocalista do Guns N' Roses substituiu Brian Johnson, afastado por risco de perda auditiva total: "Eu não sei... é uma merda, eu acho. Eu gosto de AC/DC, cara. Eles eram foras-da-lei na Austrália. Costumávamos assistir o 'Let There Be Rock', o filme, quando éramos crianças no Brasil, e eu lembro de ver um álbum em que eles tinham tatuagens de cadeia. Bon Scott era malvadão. Brian Johnson era malvadão. Mas eu não acho que Axl realmente se encaixa no AC/DC. Os caras do AC/DC são mais, tipo, foras-da-lei. E eu não acho que Axl seja um fora-da-lei para se encaixar. Mas eu não sei. Não é a minha banda. Eu não decido nada."
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A opinião negativa sobre aquela escalação, no entanto, não impediu Max de sair em defesa do vocalista quando o assunto mudou de música para ataques pessoais. Em entrevista ao podcast Appetite For Distortion, com transcrição do Blabbermouth, o brasileiro comentou sobre as críticas que Axl recebe por causa do peso e da voz. "Minha esposa me mostrou outro dia uns caras falando merda do Axl, e eu pensei: 'Vai se foder todo mundo'. Isso é besteira. Deixem o cara em paz. Eu passei por isso também. Você ganha uns quilos e já falam. O que é isso? A gente é modelo da Vogue ou é rock and roll?"


O ex-Sepultura deixou claro que a música é o que importa. "Nunca foi sobre peso, porra. Quem liga pro quanto alguém pesa? É sobre música, cara. É sobre o que eles tocam, o que você gosta na música. Esse papo é só covardia online. O que é? Você nunca vai envelhecer? Acontece com todo mundo. Eu carrego isso com orgulho: o cabelo branco, os pontos, as cicatrizes. Demorou muito pra chegar até aqui", desabafou.

Apesar de nunca ter conhecido Axl pessoalmente, Max acredita que se dariam bem. Ele mencionou inclusive a ligação brasileira da equipe do cantor, citando a Team Brazil e a assistente Beta Lebeis: "Ouvi dizer que alguns assistentes dele são brasileiros. Isso é muito legal". Com isso, Max mostra que, embora mantenha opiniões firmes sobre combinações musicais, não tem paciência para ataques gratuitos contra colegas de profissão. Para ele, o que deve pesar de verdade não é a balança, mas a música.

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