Brian May cita duas músicas do Queen mais complexas que "Bohemian Rhapsody"
Por Gustavo Maiato
Postado em 18 de outubro de 2025
Quase meio século após seu lançamento, "Bohemian Rhapsody" continua sendo um dos maiores monumentos da história do rock - uma canção que transcendeu estilos, épocas e até gerações. Mas, para o Queen, a faixa nunca foi uma anomalia genial ou um acaso de sorte.
Em entrevista à Classic Rock (via Ultimate Guitar), Brian May afirmou que, apesar de toda a aura mística em torno da música, ela não foi uma surpresa para a banda - e que há outras canções em seu catálogo ainda mais complexas.


"As pessoas têm tanta dificuldade em entender como Bohemian Rhapsody não foi nada surpreendente para nós", disse May. "Se você olhar o primeiro álbum, temos "My Fairy King", que é muito complexa e vai para todos os lados."
Queem e "Bohemian Rhapsody"
Segundo o guitarrista, a grandiosidade e a estrutura fora dos padrões já eram marcas registradas do Queen desde o início. Ele citou também "March of the Black Queen", do disco "Queen II" (1974), como um exemplo ainda mais ousado. "Ela estava no segundo álbum e é enormemente complicada. Então, Bohemian Rhapsody não foi uma surpresa para nós. Foi apenas um: 'Vamos fazer outra dessas.'"

O baterista Roger Taylor reforçou a lembrança, dizendo que o espírito criativo da banda estava em plena ebulição durante as gravações da faixa. "Conforme construíamos a parte da ópera, ficávamos cada vez mais ousados. 'Coloca mais um trecho, enfia outra parte aqui - vai ficar tudo bem quando chegar na seção pesada'. E ficou."
Taylor também revelou que Freddie Mercury, apesar de não ter formação em ópera, era guiado por uma visão artística muito clara. "Freddie não sabia nada sobre ópera, mas sabíamos que queríamos que a música tivesse nossa identidade. Estávamos fincando nossa bandeira no chão: 'Isso é a nossa cara - é um pouco louco, mas tem de tudo nela.'"
Em outra entrevista recente, Brian May comentou que Bohemian Rhapsody "nunca é fácil" de tocar ao vivo, mas destacou o prazer de interpretar as criações de Mercury: "A ideia para toda a parte instrumental foi crescendo enquanto eu o ouvia desenvolver a música. Freddie tinha processos de pensamento incrivelmente laterais. Sempre foi mais fácil para mim tocar as músicas dele do que as minhas, porque havia muito estímulo vindo."

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