A única condição que faria Zakk Wylde decidir se aposentar, segundo o próprio
Por Gustavo Maiato
Postado em 01 de outubro de 2025
Zakk Wylde é dono de uma carreira sólida e duradoura. Parceiro de longa data de Ozzy Osbourne e líder do Black Label Society, o músico mantém uma rotina intensa de shows mesmo após quase quatro décadas na estrada. Em entrevista ao Rock Feed, transcrita pelo Ultimate Guitar, Zakk afirmou que só deixaria os palcos em uma situação muito específica: se não pudesse mais tocar fisicamente.

"Eu amo isso. Quero dizer, eu realmente amo de verdade", declarou. "Tenho amigos da época em que entrei para a banda do Ozzy, em 1987, 1988, que diziam: 'Zakk, não acredito que você ainda está em turnê'. Eles conseguiram empregos em teatros, trabalhando com som, ou qualquer outra coisa, e me diziam: 'Cara, eu não aguentava mais a estrada. Só queria dormir na minha própria cama toda noite.' Mas eu não sei… acho que vou atravessar essa ponte quando chegar lá."


Para Zakk, não se trata de dinheiro, mas de paixão. "Olhe para os Stones. Eles fazem isso porque amam, não é por grana. Como o Keith Richards sempre disse quando perguntam: 'Quando você vai se aposentar?' E ele responde: 'Aposentar do quê? Se eu gosto de ler um livro e tomar um café, por que me aposentaria disso?' Eu entendo perfeitamente."
Zakk Wylde e aposentadoria
O guitarrista deixou claro que só pensaria em parar se não conseguisse mais entregar a performance que acredita ser necessária. "Se você não consegue fisicamente fazer, aí é diferente. Como nos esportes: se você não pode mais lançar, se não consegue mais jogar no nível que está acostumado… É como o Tom Brady dizendo: 'Vou dar mais uma chance, mais um ano, e depois acabou.' Ou o Joe Montana: 'Fiz o que tinha que fazer, e pronto.' Aí você parte para a próxima fase, seja como técnico, dono de time… Mas ainda continua envolvido com o jogo."

Na música, entretanto, esse limite chega bem mais tarde. Wylde citou exemplos de veteranos que seguem ativos: "Al Di Meola estava lá detonando todas as noites, John McLaughlin também. É porque eles amam tocar. E até o Ozz, quando falávamos do primeiro álbum do Sabbath ou do Vol. 4, ele dizia: 'Zakk, não parece que foi há tanto tempo.'"
O guitarrista relembrou até seu próprio passado. "Quando vejo o clipe de Miracle Man, penso: 'Isso foi em 1988'. Já se vão 40 anos. Tenho 58 agora, mas olho e penso: 'Uau, não me sinto tão diferente assim'."

Para ele, o prazer é o mesmo de sempre. "Ainda gosto das mesmas coisas. Sempre que ouço o Jimmy Page tocar, soa tão incrível agora quanto soava naquela época. Ou quando ouço o Tony Iommi… É como morder um sanduíche de pasta de amendoim com geleia: tem o mesmo sabor delicioso de quando você tinha oito anos." Zakk encerrou reafirmando sua gratidão. "Eu ainda amo fazer isso. Amo tocar todas as noites. Sou realmente abençoado."

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