O artista que serviu de ponte entre o punk e o heavy metal, segundo Kirk Hammett
Por Gustavo Maiato
Postado em 03 de novembro de 2025
Entre riffs distorcidos e vocais rasgados, o guitarrista Kirk Hammett, do Metallica, nunca escondeu de onde veio parte da energia que moldou o som da Bay Area nos anos 1980. Em entrevista à revista Metal Hammer, ele relembrou a primeira vez que ouviu Motörhead - e como o lendário Lemmy Kilmister se tornou uma referência fundamental para toda uma geração de músicos que misturavam o peso do metal com a fúria do punk.

"Lemmy era de verdade, até o maldito fim", afirmou Hammett. "Quando vi a capa de Ace of Spades pela primeira vez, eu simplesmente soube. Eu já tinha ouvido Overkill antes e pensei: 'Isso é muito mais rápido que Scorpions ou UFO.' Mas quando coloquei Ace of Spades pra tocar... minha cabeça explodiu pra caralho."
Hammett recorda que o impacto não foi apenas musical, mas também de atitude. A maneira como Lemmy comandava o Motörhead serviu de modelo para os jovens músicos da região de São Francisco, que logo formariam bandas como Exodus, Metallica e Slayer. "O timbre da voz do Lemmy era como se ele tivesse um pedal de distorção na garganta. E o som daquele baixo! Eu me senti como se estivesse na lama com aqueles caras. É tão sujo e agressivo, tão real!", descreveu.
Lemmy, punk e metal
Para o guitarrista, Lemmy foi o elo que conectou o punk rock e o heavy metal, unindo duas cenas que até então caminhavam separadas. "Eu e todos os meus amigos curtíamos punk rock, sabe? Bandas locais de hardcore de São Francisco; a gente amava aquilo pra caralho. O Lemmy também amava punk, e o Motörhead acabou juntando tudo", afirmou.
A influência foi tamanha que, anos depois, o Metallica gravaria uma versão de "Overkill" em tributo ao trio britânico, e os próprios membros da banda sempre reconheceram Lemmy como uma espécie de padrinho espiritual do thrash metal. "Ele mostrou pra gente que era possível ser pesado, rápido e autêntico ao mesmo tempo. Lemmy era o real", concluiu Hammett.
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