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França: Bandas que valem a pena escutar (Parte II)

Por Arysson Lima
Postado em 28 de julho de 2016

Como todos já sabem, a França não é um celeiro de bandas de metal muito conhecido mundo afora, mas abriga bandas de alta qualidade em seu underground, bandas que deveriam ser mais conhecidas, mas que infelizmente, seja pela nacionalidade ou simplesmente pelos meios de divulgação (mesmo a internet não é um meio 100% simples de se conseguir tal proeza) escassos. Dando continuidade ao trabalho iniciado no primeiro artigo (que você pode ler no link mais abaixo, se desejar), com o objetivo de trazer à luz algumas pérolas surgidas na Terra de Napoleão, aqui vão mais 10 álbuns de 10 bandas que podem interessar ao leitor que possui perfis semelhantes aos que foram mencionados no primeiro artigo.

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ATROCIA – DYSTOPIA: THE MACHINE MURDERS – 2015

Como já visto na primeira parte, talvez o gênero mais popular do metal, dentre os praticados pelas bandas francesas, seja o Death Metal e suas ramificações. O Atrocia é uma banda formada em 2003 na cidade de Saint-Nazaire, e até agora, sua discografia é composta por duas demos, um ep e dois álbuns, sendo o debut lançado em 2012. O mais recente, de 2015, Dystopia: The Machine Murders, é a obra recomendada pela maturidade e melhor qualidade da produção. Esse álbum mostra mais uma das excelentes bandas de metal extremo existentes por lá. As influências de VOMITORY, DYING FETUS e BOLT THROWER nos primeiros anos são escancaradas, desde os temas líricos (que falam, em sua maioria, sobre problemas políticos e sociais) às peças instrumentais.

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Músicas chave: Unforeseen Warfare, Mass Lobotomy, The Machine Murders.

ALCEST – ÉCAILLES DE LUNE – 2010

Ao passar dos anos, toda e qualquer coisa existente, material ou não, acaba esvaindo-se e extinguindo-se, ou mesmo adaptando-se para sobreviver, à medida em que novas formas, novas visões e principalmente, novas ideias são postas em prática. Sejam elas compreendidas ou não, representam marcos na história, pequenos ou grandes. Com a música, ou mais especificamente o Heavy Metal, não podia ser diferente. O Alcest, formado em Avignon, exatamente no ano 2000, é a prova real de que essas novas visões e ideias estão acontecendo nos dias de hoje. E por que? Ao escutar os primeiros minutos de Écailles de Lune, você obterá respostas. O som é realmente único e de uma maturidade impressionante, uma mistura de Black Metal com rock alternativo, aliadas as influências góticas do vocalista Neige, resultaram numa sonoridade que, daqui pros próximos anos, será uma referência de sonoridade e pioneirismo. Passando ao lado pessoal da coisa, digo: o Alcest é talvez a banda mais inovadora e cativante da atualidade. Não irei me aprofundar bastante em falar aspectos técnicos dessa banda ou desse álbum, pois, felizmente, são bem conhecidos no Brasil e no mundo. Mas ainda assim, merece estar num artigo como esse, pois, sem querer profetizar coisa alguma, eles serão uma das bandas que em breve, alcançarão o mais alto pilar dentro da música pesada. E tenho dito.

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Músicas chave: Écailles de Lune Pt I e Pt II, Percées de Lumière, Sur L'Océan Couleur de Fer.

BREAKDUST – BALEFUL WORLD – 2013

Vocês conseguem imaginar uma mistura entre TESTAMENT da época do "The Gathering" com o SEPULTURA da época do "Chaos A.D"? Essa sonoridade se aproxima da que os Thrashers do Breakdust praticam. Fundada na cidade de Bordeaux em 1997, o Breakdust é uma banda que seduz a primeira audição. Embora só tenham lançado 2 álbuns ao decorrer de 19 anos, eles primaram mais pela qualidade, que pela quantidade. Baleful World é o seu álbum mais recente, e altamente recomendado para todos que querem escutar uma banda técnica, madura, cujo a força motriz para continuarem na ativa até hoje é o amor que possuem pela música pesada. Basta ver o vídeo da música Come To Challenge Them, que saiu deste álbum, e entender que o Headbanger verdadeiro existe em qualquer parte deste enorme planeta.

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Músicas chave: Come To Challenge Them, Baleful World, Bloody Puppets, Dark Side of Human Spirit.

MANIGANCE – ANGE OU DÉMON – 2002

Manigance é uma banda de Metal melódico formada em Aquitaine, em 1995, e estão na ativa até hoje. Ange ou Démon é o que melhor se pode escutar na discografia deles. Um típico álbum de Metal melódico, com todos os clichês presentes para que os fãs do gênero possam se deleitar, como pedais duplos cavalares, solos de teclado e guitarra, e claro, vocais agudos. Eu poderia dizer que o Manigance é uma espécie de Stratovarius francês, mas eles vão além disso. A começar pelo idioma que utilizam, o idioma pátrio, que caiu muito bem. Os riffs também apresentam um bom gosto excepcional, sendo que algumas músicas desse álbum, como "L’últime seconde" e "Nomad", já apresentam boas influências de rock progressivo e também de Hard Rock/AOR, e também pela criatividade ao criar letras e melodias vocais, que se mostram de muito bom gosto. Demasiado bom para ser uma banda desconhecida, em minha opinião.

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Músicas chave: Nomad, Ange ou Démon, L’últime seconde, Fleurs du mal.

HACRIDE – AMOEBA – 2007

O Hacride foi formado em 2001, na cidade de Poitiers. Foi uma banda cogitada para entrar na primeira parte desse artigo, mas acabou não selecionada e agora, aqui, se faz presente. Lançaram até então 4 full-lengths, sendo Amoeba o de maior destaque, em minha opinião. O som que eles tocam é peculiar, com muitas influências, passando pela complexidade do Metal Progressivo, à rajadas de riffs e breakdowns semelhantes aos de bandas como LAMB OF GOD e os conterrâneos do GOJIRA, momentos acústicos e verdadeiras explosões que nos remetem a NILE ou HATE ETERNAL. Tudo isso em músicas relativamente longas, mas que conseguem ser fáceis de assimilar. Uma banda tão eclética que merece e faz jus ao estar na playlist de headbangers com os mais diferentes gostos.

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Músicas chave: Perturbed, Vision Of Hate, Liquid, Deprived Of Soul.

HÜRLEMENT – De Sang et D’Acier – 2009

Uma autêntica banda de Heavy Metal tradicional formada em Paris no ano de 2003, com influências claras de MANOWAR, TRUST, JUDAS PRIEST, SORTILÈGE e METALLIUM. Já lançaram dois full lengths, sendo esse o primeiro. A energia das músicas deste De sang et D’acier são incontestáveis. Os riffs, a bateria galopante e os solos que chegam a lembrar os bons anos de Dave Murray e Adrian Smith do IRON MAIDEN. Assim como o Manigance, eles também valorizaram o seu idioma pátrio e graças a isso obtiveram a originalidade necessária para serem reconhecidos a partir dos primeiros minutos de audição. Embora nunca apagada, a chama do verdadeiro metal poderia muito bem ser acesa novamente por esses franceses. Se você gosta de Metal tradicional, procure imediatamente por esse álbum: é satisfação na certa.

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Músicas chave: Mercenaire, Odalie, In Rock, Moine Guerrier.

BLOCKHEADS – SHAPES OF MISERY – 2006

Uma das bandas mais barulhentas do mundo! O Blockheads é a banda pioneira do grindcore francês, fundada em 1989, em Lorraine. As influências do grupo são claras, existe muito de EXTREME NOISE TERROR, REPULSION, NAPALM DEATH e, por que não, RATOS DE PORÃO, na sonoridade. Inclusive, a banda já dividiu palco com tais bandas em alguns festivais na Europa. Shapes Of Misery é o melhor álbum da discografia deles, mesmo competindo com o clássico Last Tribes, debut de 1995. Em ambos, a sonoridade é visceral, brutal, destruidora, sem firulas. É porrada do início ao fim mesmo.

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Músicas chave: Borders, Misery, Greed, Swallow Back.

ATARAXIE – L’ÊTRE ET LA NAUSÉE – 2013

Uma banda singular e obscura. Aos primeiros momentos admirando a capa de L’Être et la Nausée, imaginei que o Ataraxie era uma banda de Black Metal. Qual foi a minha surpresa ao saber que o som deles era um Doom/Death sujo e agoniante, com muita influência de AUTOPSY (Mental Funeral, em especial), ANATHEMA, SOLITUDE AETHERNUS, KATATONIA, ESOTERIC, dentre outros. A banda surgiu em 2000, em Rouen, e já lançaram 3 full lengths. L’Être et la Nausée é disparado o melhor de todos, variando entre um slow-tempo e mid-tempo, o álbum tem 79 minutos e 18 segundos em apenas 5 músicas!!! Uma verdadeira viagem musical. Recomendadíssimo.

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Músicas chave: Procession of the insane ones, États d’âme, Dread the Villains.

BLUTS AUS NORD – MEMORIA VETUSTA III: SATURNIAN POETRY – 2014

Bluts Aus Nord é uma banda de Atmospheric Black Metal, formada em Mondeville, em 1994, e desde então já possuem uma extensa lista de full lengths lançados, ao todo, 7. É uma das bandas mais reverenciadas da Europa e do Black Metal em si. Memoria Vetusta III: Saturnian Poetry é o álbum mais recente e também o mais maduro dos franceses: a produção é refinada, mas não polida. As guitarras apresentam timbres limpos e cortantes. A velocidade dos andamentos de cada música também é um destaque: poucas vezes vi uma banda tão precisa. Os vocais são quase ininteligíveis, em meio a tanto reverb, mas eles não são o centro das atenções por aqui. Destaque também para a arte da capa, que é simplesmente belíssima e traduz perfeitamente a ambientação, o clima de solidão e morbidez que cai sobre o ouvinte dessa obra.

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Músicas chave: Paien, Forhist, Metaphr of the Moon, Tellus Matter.

TORTURE THRONE – STENCH OF INNOCENCE – 2014

O Torture Throne é uma banda de Death Metal formada em 2009 na cidade de Le Havre. Com grande influência de bandas como ACHERON, NOCTURNOS, BELPHEGOR e DEICIDE, a sonoridade deles é brutal, com destaque para os guturais e as linhas de guitarra, que são virtuosas e são as responsáveis por conduzirem o som da banda a caminhos gélidos e assustadores. Eles ainda não lançaram um álbum completo, mas dois EPs de grande qualidade. Stench of Innocence, de 2014, é o melhor registro deles até o momento, e indica uma banda que ainda possui uma estrada gloriosa a trilhar.

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Músicas chave: Sempiternal Spear Of Salvation, Morbid Wrath, For All Those Who Worship.

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