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Rafael Bittencourt: o DVD do Bittencourt Project é uma grande realização pessoal

Por Leonardo Daniel Tavares da Silva
Fonte: Roadie Metal
Postado em 30 de julho de 2017

Rafael Bittencourt, guitarrista do ANGRA, lançou este ano "Brainworms Live in Brazil", o primeiro DVD do seu projeto paralelo, BITTENCOURT PROJECT. O DVD foi gravado em São Paulo no começo de 2016 no Café Piu-Piu, em São Paulo, um dos mais tradicionais bares de rock da cidade, em um evento que foi uma colaboração entre fãs e apoiadores por Crowdfunding (financiamento coletivo), pelo PROAC (lei de incentivo promovida pela Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo), patrocínio da Sociedade Da Cerveja e Yamaha. A palavra "Brainworms" (vermes do cérebro), que também está no nome ao primeiro álbum do projeto (lançado em 2008), designa certos tipos de melodias que "grudam" na memória e temos dificuldade de esquecer. As canções presentes em ambos os trabalhos mostram um lado mais autobiográfico do músico, com sonoridade mais leve afastando-se dos arquétipos do Heavy Metal Melódico e com influências do Rock Progressivo, música regional brasileira, música erudita e ritmos latinos. Tive uma longa conversa com Rafael no mês passado e falamos sobre uma enorme quantidade de assuntos, abordando principalmente esta sua nova obra, o DVD "Brainworms Live in Brazil", mas também ANGRA e religiosidade. Confira a primeira parte desta conversa logo abaixo.

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Daniel Tavares: Todo mundo te conhece do Angra, mas nem todos conhecem o seu projeto fora da banda. Você poderia falar um pouco sobre ele e, claro, também sobre o DVD ‘Brainworms Live in Brazil’ (2017)?

Rafael Bittencourt: Bom, o projeto começou em 2008 e se chama Bittencourt Project, a ideia foi juntar uma coleção de músicas que eu julgo especiais e que também são bastante pessoais, são documentos da minha vida, da minha carreira… e eu trabalhei muito nisso. É uma coisa que eu comecei a fazer como uma realização pessoal, mais até que uma realização profissional. Há anos eu já vinha com esse sonho do projeto, criar um DVD, ou um filme, ou então um documento filmado do projeto em si, do show e tal. Nós estamos com uma formação muito legal, hoje somos em seis: eu, o Wellington Sanches (percussão), Marcell Cardoso (Karma, bateria), Neil Medeiros (teclados), Amon Lima (violino) e o Fernando Nunes (baixo). É um time de altíssimo nível formado por músicos super ecléticos, a gente se encontra justamente para criar o nosso caminho entre as diferentes fusões de estilos musicais.

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Daniel Tavares: O DVD foi introduzido no esquema de financiamento coletivo, que obviamente já está encerrado, o DVD já foi finalizado e está em pré-venda, mas algumas recompensas ainda estão disponíveis. Alguém ainda pode adquirir uma dessas recompensas?

Rafael Bittencourt: Bom, na verdade o próprio DVD já está disponível nas lojas. Como você disse ele foi produzido através de ‘crowdfunding’, que é o financiamento coletivo, mas as recompensas do projeto que foi feito na Kickant, já não estão disponíveis, mas você pode ir no meu site rafaelbittencourt.com, acessar a loja virtual e lá você encontrará o DVD disponível que está autografado também.

Daniel Tavares: Um dos convidados foi o Alírio Neto, com quem você disse ter tido aulas de canto. Foi com ele que você aprendeu a cantar como canta hoje, ou ele apenas aperfeiçoou, ou direcionou você de alguma forma?

Rafael Bittencourt: Eu acho que direcionou, né? Eu já tive muitos professores, inclusive Nando Fernandes, o Lipa que é um cara que dá aulas há muitos anos aqui e é um grande professor, a Vivi que é uma grande professora também, mas o Alírio chegou num momento importante para eu reconhecer a minha voz… e depois da gravação do DVD a gente continuou esse processo e minha voz já mudou depois disso. A voz é um instrumento que muda muito rápido.

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Daniel Tavares: E os outros convidados? Como eles foram escolhidos? Tem o Felipe Andreoli, o Bruno Valverde que são do Angra…

Rafael Bittencourt: (interrompendo) Todos os convidados, sem exceção, são pessoas da minha rede de relacionamento, são amigos que eu admiro também profissionalmente. São pessoas parceiras que estão sempre me ajudando e que eu também os ajudo, enfim, são pessoas que eu admiro musicalmente… na verdade, isso é uma confraternização, todos eles: o Edu Ardanuy, o Felipe Adrioli, o Bruno, Ricardo Confessori e os demais… Todos esses convidados estão lá celebrando como se fosse uma festa de aniversário, um momento especial na minha vida da qual eles fazem parte.

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Daniel Tavares: Há outros convidados bem interessantes que fazem parte das Sete Esferas do Tao, que pelo que vejo é uma escola de artes maciais. Você quer falar sobre isso?

Rafael Bittencourt: Essas pessoas também são amigos próximos, de um tempo para cá eu venho praticando chi kung, que é uma arte chinesa que trabalha a energia, muito semelhante ao tai chi, semelhante também aos aspectos da yoga, mas diferente dos dois também – e nessa academia eles têm a dança do leão chinês, que é feita por alguns praticantes de kung fu. Eles já foram chamados para fazer essa dança até fora do Brasil, porque ela é bastante emblemática na tradição chinesa. Então eu os convidei para fazer uma coreografia durante a música ‘Comendo Melancia’, que é instrumental e ficou muito legal. Ao mesmo tempo a dança do leão é realizada em aberturas e celebrações, como por exemplo inaugurações de estabelecimentos, e os chineses usam essa manifestação para elevar as vibrações, as energias, limpeza espiritual… então é por isso também que eu os convidei, para fazer essa ‘limpeza’ na abertura da casa durante a gravação do DVD.

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Daniel Tavares: Poucos artistas assumem suas religiosidades, principalmente no meio do heavy metal. Você se interessa por várias culturas, busca várias coisas e, no DVD, antes do show, a banda reza o ‘pai nosso’. Você gostaria de falar mais sobre isso?

Rafael Bittencourt: Eu não sei se posso dizer que sou religioso, ou seja, que eu siga a uma religião, mas eu posso dizer que a religiosidade, a espiritualidade, são coisas fortes na minha vida – e eu me relaciono com deus através de diferentes culturas e diferentes religiões, não apenas uma, até porque eu acho que a religião deve nos ensinar a trazer deus para o dia-a-dia, para a vida cotidiana e não uma relação que se limite às paredes de um templo. Sobre o ‘pai nosso’, eu sou muito admirador do cristianismo, sou também admirador dos ensinamentos de Buda e sou praticante da umbanda branca, que tem Oxalá que é a representação de Jesus dentro da umbanda, e que é o guia principal, mentor de todos os outros mestres.

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Daniel Tavares: Ainda falando sobre o DVD, para quem é guitarrista os extras são mais que um deleite. Kiko Loureiro certa vez disse que quando estava aprendendo a tocar, dividia os dias da semana para estudar matérias do colégio e técnicas de guitarra. Ele tipo que seguia uma planilha, e você? Como foi o seu aprendizado na guitarra?

Rafael Bittencourt: Primeiro, eu não sou nem de longe tão metódico quanto o Kiko, ele sempre foi muito mais disciplinado do que eu desde moleque, então os meus estudos não tinham essa metodologia toda, sempre fui muito intuitivo, sempre fui muito baseado no que eu estava afim de fazer na hora etc., e não recomendo que seja assim, mas é como fui. O meu estudo também nunca foi só focado na guitarra, eu sempre amei a música e desejei ser um grande músico, até hoje o meu legado como profissional fez de mim um músico mais completo, que conseguisse tocar as pessoas de diferentes maneiras e não só com a minha guitarra, mas na maneira que me organizo em poucas horas, que organizo os arranjos, as estruturas das músicas, da maneira que eu quero que a melodia se relacione com a harmonia e a letra e cada elemento da música… Eu acho que sou mais um ‘tecelão’ da música do que um guitarrista que conhece os truques da guitarra e se pressiona por isto. Já tive épocas de ser muito dedicado… de gastar dez horas por dia… Eu fiz faculdade de música, passei sete anos na universidade e isso já implica numa disciplina, numa dedicação de você acordar cedo porque as aulas começavam às 7h da manhã, atravessar a cidade e assistir aula até às 14h, preparar trabalhos que envolvem a estética, prosódia, percepção musical… E há certos elementos da música que muitas vezes os guitarristas desconhecem até a existência. É assim, também já gastei muito tempo fora da guitarra, acho inclusive que eu até já fiquei quase um mês sem tocar guitarra, fui sempre muito imperativo de querer ter muitas atividades ao mesmo tempo, eu queria surfar, queria tocar guitarra, queria cantar, tocar violão, quero compor, andar de skate, praticar kung fu, judô… Então eu sempre fui apto a conhecer, a aprender o conhecimento humano nessas várias áreas. Uma área do conhecimento humano às vezes não me satisfaz e isso me torna um pouco indisciplinado para atingir um nível de mestre numa dessas áreas.

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Daniel Tavares: Ficaram bem interessantes as versões de ‘Menino da Porteira’ (Sérgio Reis) e de ‘O Calibre’ (PARALAMAS DO SUCESSO). Essas músicas não poderiam ter entrado como parte do corpo principal do DVD?

Rafael Bittencourt: Poderiam, mas eu queria que o show corresse com coerência, há tipo uma história no espetáculo quando começa com o leão… ali é um momento onde eu encaro os mitos, onde eu me coloco frente à frente aos desafios, as dificuldades que surgiram durante a produção do DVD… aí eu falo da dedicação da alma, ali eu falo também o quanto a gente às vezes detém o nosso bem interior e o quanto a gente está nessa luta… Então tem todo um fluxo como se fosse uma história, eu não quis interromper esse fluxo, e aí quando a gente faz essas duas músicas é mais como uma celebração com os amigos, uma comemoração de que tudo deu certo, de que tudo correu bem no DVD e na gravação também – aí eles comemoram comigo a finalização desse material que demorou três anos pra eu conseguir realizar.

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Daniel Tavares: Uma vez você falou que as canções do Bittencourt Project, em sua maioria, não se encaixariam no Angra. Mas uma canção como ‘Dedicate My Soul’ não poderia se encaixar em um álbum da banda?

Rafael Bittencourt: Acho que até poderia, né? Mas acho que o público do Angra espera um pouquinho mais de velocidade, virtuose, agudos, dois bumbos… Há alguns elementos que caracterizam muito o Angra e que o fã não espera muito na banda, então necessariamente eu me preocupo em empregar no Bittencourt Project –, e quando esses elementos são muito ausentes eu já os deixo separados por que eu sei que o público do projeto já está mais disposto a ouvir músicas independente desses elementos de excitação, andamentos extra-rápidos, bumbos duplos, sem muitos agudos… As músicas não são tão rápidas quanto as mais velozes do Angra, então por conta disso, eu acho que elas se enquadrariam melhor no Bittencourt Project.

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Daniel Tavares: Sobre os shows do Bittencourt Project pelo resto do Brasil, qual é a possibilidade de haver mais datas?

Rafael Bittencourt: Por enquanto eu venho me dedicando mesmo à composição do novo álbum do Angra. Eu acredito que os próximos shows do Bittencourt Project vão acontecer lá para outubro ou novembro, mais para o final do ano, porque nesse período o disco do Angra já vai estar bem mais encaminhado, e eu então vou poder marcar os shows para o Bittencourt Project.

Daniel Tavares: Encerrando este primeiro momento da entrevista, você já tem alguma coisa preparada para dar continuidade ao futuro do projeto, como a composição do "Brainworms II"?

Rafael Bittencourt: Sim. Eu já tenho algumas músicas aqui que estou compondo, e eu quero gravar esse ‘Brainworms II’ no ano que vem.

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Agradecimentos:
Thiago Rahal Mauro, por ser a ponte entre nós e o artista
Leonardo M. Brauna (e Roadie Metal) pela ajuda na transcrição desta entrevista.

Esta entrevista foi publicado primeiro na Roadie Metal. Confira mais conteúdo no site abaixo.

http://roadie-metal.com/

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Sobre Leonardo Daniel Tavares da Silva

Daniel Tavares nasceu quando as melhores bandas estavam sobre a Terra (os anos 70), não sabe tocar nenhum instrumento (com exceção de batucar os dedos na mesa do computador ou os pés no chão) e nem sabe que a próxima nota depois do Dó é o Ré, mas é consumidor voraz de música desde quando o cão era menino. Quando adolescente, voltava a pé da escola, economizando o dinheiro para comprar fitas e gravar nelas os seus discos favoritos de metal. Aprendeu a falar inglês pra saber o que o Axl Rose dizia quando sua banda era boa. Gosta de falar dos discos que escuta e procura em seus textos apoiar a cena musical de Fortaleza, cidade onde mora. É apaixonado pela Sílvia Amora (com quem casou após levar fora dela por 13 anos) e pai do João Daniel, de 1 ano (que gosta de dormir ouvindo Iron Maiden).
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