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Suicidal Tendencies: Entrevista e vídeos (do palco) em São Paulo

Por Luiz Pimentel
Fonte: Blog do Luiz Pimentel
Postado em 02 de maio de 2017

(por Filippo Piovano)

Como tem sido o processo com o novo álbum nos últimos meses

Mike Muir: Algumas pessoas me perguntam o que eu estarei fazendo em 5 anos, e eu digo "Duvido que será música" (risos). Se for o caso, eu estarei muito orgulhoso de tudo que eu fiz na minha carreira porque fui atrás e fiz o que eu gostava, independente de as pessoas gostarem ou não. Com esse álbum decidimos nos reunir e ver como as coisas andavam até chegarmos a um ponto onde estivéssemos orgulhosos com nós mesmos pelo que produzimos. Se esse for o ultimo álbum, estaremos muito contentes.

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O álbum se chama World Gone Mad. Qual foi a inspiração por trás desse nome

Mike: (Risos). Bom, tem todas as coisas óbvias que estão acontecendo no mundo de hoje. Como um pai de crianças de 12, 8 e 6 anos, eu acabo vendo as coisas pelos olhos deles. Eles estão sempre me perguntando: "Pai, o que é isso?". A perspectiva de uma criança é completamente diferente de um adulto ou até um adolescente que vê o que está acontecendo no mundo. Você acaba tendo de explicar coisas que você não consegue explicar (risos). Isso faz lembrar de quando você mesmo era jovem, e tinha aquela habilidade de comunicar-se de uma maneira que não é à base de mentiras. Quando envelhecemos acabamos mentindo mais e "traduzindo a verdade". Meu pai dizia que ao decorrer dos anos eu ia ver muita coisa injusta, e que quando você vir uma coisa que não está certa você tem uma responsabilidade de fazer algo sobre isso. Na vida você tem duas escolhas: você pode tentar viver sua vida de uma maneira positiva ou você pode ficar inventando desculpas. Você pode fechar os olhos para o que está errado ou dizer "não, não serei uma parte do problema". Então o título vem do reconhecimento de que o mundo está doido mesmo, mas eu não serei uma parte disso.

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Dave (Lombardo), você se juntou ao Suicidal Tendencies recentemente e toca no novo álbum. Como tem sido fazer parte da banda

Dave: Bom, eu sou fã do Suicidal há muitos muitos anos. A música deles me influenciou bastante. O aspecto que todas as bandas na qual já toquei tem em comum é que são bandas honestas. Eles acreditam no que fazem. Eu vejo e sinto isso no Suicidal. É muito divertido para mim estar na banda porque eu sei que quando entramos no palco nós todos sentimos isso e estamos sempre com muita energia para fazer um excelente show. Temos até uma rotina antes do show onde a nos preparamos mentalmente e fisicamente. É real. Estou honrado de poder estar nessa banda.

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Você ainda tem contato com o Robert Trujilo (ex-baixista do Suicidal, atual baixista do Metallica)

Mike: Sim, claro. Recentemente mandei uma mensagem o felicitando pelo filho que nasceu há pouco tempo. Ele é uma ótima pessoa. Me lembro que no primeiro show que ele tocou com a gente, os outros caras na banda olharam pra mim e gritaram "caramba! Onde você encontrou esse cara?!" (risos).

Como você enxerga o atual cenário político no mundo

Mike: Eu odeio política. É algo muito feio que destrói o coração. Acredito que há muita gente que está à espera de alguém vir salvá-los, mas política não é a solução. Quando as pessoas te contam o que você quer ouvir, é mentira. Muitas vezes acabamos focando nas coisas pequenas e perdendo visão das coisas mais importantes. Acabamos de voltar da França, e há muita gente tendo reações a reações e estamos voltando ao ponto onde as pessoas se sentem sem esperança. E é nessas horas que as coisas sempre estão piores, quando as pessoas perdem esperança. A política não é a solução. Políticos não se importam com você, se importam apenas com o poder. Eu vejo isso em todos os países. Hoje os políticos como Donald Trump são muito populares porque eles sabem desviar o foco e dizer o que as pessoas querem ouvir. Também não gosto como as pessoas estão divididas hoje e que há tanta gente com tantos problemas. É muito triste. Mas temos que continuar lutando. Odeio pessoas que odeiam e o que elas representam, não é a essência da vida.

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No seu ultimo show em São Paulo alguns fãs subiram no palco. Qual é sua opinião sobre fãs subindo no palco durante seus shows e qual a interação de vocês com eles quando isso acontece?

Mike: Eu pulei no palco em um dos primeiros shows que eu fui quando era jovem e foi uma ótima sensação. Acho que muita gente gosta de ter separações entre os fãs e os artistas, e nós gostamos de não ter nenhuma separação. Eu acredito que temos que viver no momento. Você pode estar lá curtindo, ao ficar tirando fotos e ver outras pessoas tendo uma reação genuína.

Vocês estão na estrada há muito tempo, já escutaram e viram muitos outras bandas. Quais coisas vocês diriam tem influenciado seu som

Dean (Pleasants, guitarrista): Bom, como músicos, nos inspiramos em muitas coisas. Eu mesmo sou influenciado pelo próprios caras da banda. Somos um das melhores bandas do mundo, e quando eu toco com eles eu me sinto inspirado. E agora ter Dave na banda é demais. Eu aprendi a tocar Punk Rock de verdade com o Mike. E Jeff (Pogan, guitarra) e Ra (Diaz, baixo) obviamente são ótimos músicos também.

Por muito tempo o Rock n’ Roll era o único gênero que era considerado "música protesto". Hoje em dia, há muitos outros gêneros que se enquadram nessa categoria. Qual sua opinião sobre os tipos de "musica protesto" que viraram mainstream

Mike: Eu lembro no início da minha adolescência vendo pessoas e não acreditar nelas. E eu via que tinha muita falsidade na música também. As pessoas te falam o que você quer escutar. E você vê muitos roqueiros em seus Rolls Royces e imediatamente já questionam o que eles falam. Muitas pessoas não abrem os olhos para o que tem credibilidade ou não. Você vê o que eles falam, depois vê a vida que vivem, é uma hipocrisia. Acredito que muitas estrelas do rock são como atores. Vi muitas pessoas se mudando para que as outras gostassem delas. Mas eu pensei "porque vou mudar quem sou para os outros gostarem de mim, se eu mesmo não vou gostar de quem sou". Eu sempre quis ser eu mesmo e fazer o que eu gosto. Esse é um dos maiores problemas com a indústria musical. Você não pode fazer coisas só para os outros gostarem de você, faça as coisas porque você gosta delas.

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