Macumbazilla: entrevista com a banda de Curitiba
Por Andre Smirnoff
Fonte: X-PressON!
Postado em 31 de março de 2015
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Por Anna Tuttoilmondo
1) Primeiramente, conte-nos um pouco de como surgiu o Macumbazilla, desde a escolha do nome ao estilo da banda.
André Nisgoski: O Macumbazilla teve sua origem graças a uma ideia do Piu. Ele tava afim de montar uma banda e chamou alguns amigos, entre eles o Bruno Hoffmann e eu. Era mais voltado para o stoner mesmo, tanto que começamos tirando um cover do Fu Manchu, se não me engano! A banda se chamava Winterbolt. Trocamos de batera umas duas vezes, nessa que chamamos o Fred. Esse projeto com a galera acabou minguando, mas um tempo depois nos reunimos novamente em trio e resolvemos começar as composições próprias mesmo. Desse momento em diante, simplesmente começamos a tocar o que queríamos, sem ficar muito presos a um pensamento de qual onda seguir, acabou virando a mistureba sonora que é hoje. Sobre o nome Macumbazilla, só a cerveja poderia explicar melhor!!! Mas basicamente é uma mistura de Macumba com Godzilla.
2) Como foi o processo de criação da identidade visual da banda, grande parte encabeçada pelos desenhos que ilustram os produtos do grupo?
André Nisgoski: A parte visual foi criação do Marco Donida, que é um artista fodástico! Entramos em contato com ele, porque simplesmente o trabalho dele é muito rock n roll, e ele foi espetacular! Criou a logo e a ilustração do projeto. Quando vimos o resultado da ilustração, que teve como referência aqueles posters de filmes de terror antigos, decidimos que teria que ser um pôster para a galera e não só uma capa de um EP. Tivemos muita sorte de o Donida ter aceitado fazer o trabalho.
3) Quais são as suas principais influências musicais e de que forma isso influencia no estilo da banda?
Carlos Piu: Nossas influências são um tanto quanto variadas - Clutch, Fu Manchu, Sleep, Sasquatch, Sepultura, Alice in Chains, etc… variando do blues e metal tradicional, até vertentes mais modernas do rock e metal, como o stoner, prog, industrial, etc. A unanimidade na banda é o Metallica.
Fred Duba: Tudo o que escutamos entra no caldeirão. No começo tinha esse lance do stoner, e acho que no EP isso acabou ficando mais na cara. Mas no disco que estamos gravando, apesar de ter essa influência, por assim dizer, no final das contas é rock pesado e pronto. Tudo que a gente escuta, acaba saindo Macumbazilla.
4) 2014 foi um ano muito bom para vocês, ganhando destaque nacional com o lançamento de um EP com apenas três músicas, incluindo o single "The Ritual". Vocês esperavam esse retorno do público?
Carlos Piu: Enquanto estávamos compondo e as músicas iam tomando forma, nosso objetivo sempre foi prezar pela qualidade do EP, não tínhamos pressa em gravar e muito menos em fazer shows, então saiu como queríamos. Na real, sabíamos que com as músicas que tínhamos, e com uma produção decente, poderíamos surpreender muita gente, o que de fato aconteceu, mas foi mais rápido do que prevíamos.
Fred Duba: Uma coisa muito importante também foi a produção do EP, que deu um gás violento pra gente! Nosso japa preferido, o Márcio Seko, do Seko Audioworks, fez um trampo fantástico gravando tudo. Só de escutar a captação saindo dos monitores, a gente sentiu que tava ficando especial. O som já tava foda ali, na hora. Aí conseguimos a mixagem com o guitar do A Wilhelm Scream, o Mike, lá de Massachusetts, nos EUA. Ele e o Nisgoski se tornaram amigos quando eles tocaram aqui em Curitiba, saíram pra encher a cara juntos e tal. Quando a mix chegou, ficamos loucos! O cara fez um trabalho muito pró nos timbres. Por fim, o André Hernandez, guitarrista do André Mattos, nos apresentou o Roy Z , e o Roy acabou por masterizar o EP. Ter todo esse time trabalhando no projeto deixou a gente maluco!
5) Aliás, por que "The Ritual" foi a escolhida para o primeiro single?
Fred Duba: Acho que porque ela é a mais forte dessas 3 primeiras que gravamos, a que teria mais potencial pra ser o carro-chefe e apresentar a banda pra todo mundo. As outras, apesar da gente gostar tanto quanto, tem uma vibe mais específica. A "Blood, Beer and Broken Teeth" tem esse feeling mais rock ’n roll, um lance meio blues até, por causa da harmônica, e a "King Without a Crown" já tem a raiz no metal mesmo. A "The Ritual" meio que engloba tudo, é despojada, mas é pesadona também. E o riff dela é matador!
6) Vocês lançaram, recentemente, o videoclipe para o "The Ritual" e, oficialmente, o primeiro videoclipe do Macumbazilla. Falem um pouco da gravação do video.
André Nisgoski: O clipe foi realizado por dois amigos nossos, o Rafael Forte e o Rafael Burgos. Os dois são fotógrafos geniais e amigos de convívio mesmo, ou seja, ficou mais "fácil" trabalhar com eles, eles foram muito pacientes! A locação do clipe foi cedida pelo Sílvio Filho, que é baterista da banda Nameless, aqui de Curitiba, e um brother nosso. Filmamos com o que tínhamos disponível, duas cabeças de luz e duas câmeras DSLR. Na noite que filmamos o clipe, terminamos a filmagem com direito a churrasco, pizza, bebedeira, e tudo mais, hahaha! A edição ficou por conta da banda e uns toques do Forte. Como diz o ditado, "quem tem amigo, não morre pagão!" Valeu Forte, Burgos e Sílvio!!!
7) Vocês já são músicos conhecidos na cidade. Falem um pouco sobre seus projetos paralelos, se cada um tem ou se pretendem fazer novos projetos.
André Nisgoski: Bom, o pessoal da banda já tem certo tempo de "cena" nas costas, mesmo. O Piu foi o baixista do Resist Control, que provavelmente foi a banda mais expressiva do cenário curitibano independente. Na época que ele trabalhava com o Resist, eu estava no Prankish, outra das bandas da cena dos anos 90. E no final dos anos 90, o Fred e eu tocávamos com o AMF, que foi uma das primeiras bandas daquela tendência de som com afinações baixas e afins. O AMF durou até 2003. O Fred morou um tempo fora e quando voltou, começamos a tocar juntos novamente, um tempo com uma banda autoral chamada Voduck, e depois algumas bandas cover. No momento, o Piu e o Fred estão somente com o Macumbazilla. Eu vivo de música, trabalho com algumas bandas em Curitiba, todas as demais, cover também.
8) Quanto à cena rock e metal brasileira, tem alguma banda que tenha chamado sua atenção?
Fred Duba: Bom, obviamente tem o Deceivers, lá de Brasília, que dispensa comentários. Estão na estrada desde os anos 90 e fazem um som fudidasso. Eu e o André acompanhamos o trampo dos caras desde o começo, praticamente. Tem também o Hellsakura, lá de SP. Pra quem curte metal com vocal feminino, tem que conferir. E claro, a banda que todo mundo tá falando, o Far From Alaska, lá de Natal, que eu acho simplesmente fenomenal.
9) E quanto à cena curitibana, quais bandas vocês tem ouvido e que chamaram sua atenção?
Fred Duba: Pra começo de conversa, não tem como falar Curitiba e não citar o Imperious Malevolence. Os caras são uma instituição do death metal nacional e tão levando a bandeira da nossa cidade e do estado pro resto do país e do mundo há muito tempo, fazendo um trabalho de uma qualidade absurda. Tem também o Semblant, dos nossos amigos Sérgio Mazul e Mizuho Lin, que lançou recentemente o "Lunar Manifesto". Um puta disco com uma gravação foda demais. A gente só espera que esses caras alavanquem cada vez mais. E tem os nossos brothers do Corram Para As Colinas, que tão na ativa desde 2012 também, assim como a gente, ensaiando, compondo e gravando, construindo um nome de respeito. O Slomp, baixista, tá sempre conosco enchendo a cara e pretendemos tocar juntos muito ainda!
10) Vocês já começaram 2015 com o pé direito ao lançar, simultaneamente, seu website e seu primeiro videoclipe. Quais são os próximos planos para esse ano?
Fred Duba: O primeiro disco está a caminho, estamos terminando de gravar. Aí não tem mistério, é tocar e tentar divulgar a banda ao máximo. O EP teve uma resposta muito positiva, por causa do single e do clipe. Tem acontecido bem rápido e com consistência, dentro do nossa queria província curitibana, e já se alastrando aos poucos pelo resto do país. Com o álbum, queremos surpreender ainda mais. A ideia é fazer um puta show de lançamento e deixar bem claro que viemos pra arregaçar!
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