RECEBA NOVIDADES ROCK E METAL DO WHIPLASH.NET NO WHATSAPP

Matérias Mais Lidas


Outras Matérias em Destaque

A disputa de Legião Urbana e Raul Seixas para entrar em trilha de série da TV Globo

Como Blaze Bayley pisou na m**** quando foi trabalhar com Steve Harris pela primeira vez

Será? Paul McCartney indica lançamento de disco novo para 2025 como promessa de Ano Novo

A breve e intensa era do grunge que abalou o mundo

Vocalista comenta diferenças entre trabalhar no Death Angel e com Kerry King

O álbum do Queen que era o favorito de Brian May nos anos 70; não é o "Bohemian Rhapsody"

Ripper Owens diz achar que Rob Halford "não apreciava" sua presença no Judas Priest

Porque Kerry King acredita que nunca mais haverá algo como o Big Four

Os lendários baixistas de jazz que inspiraram Rob Trujillo: "Tocava com dedo e palheta"

Dave Mustaine confirma estar em estúdio trabalhando no próximo disco do Megadeth

Gene Simmons lamenta que bandas jovens de rock não tenham chance na indústria atual

A diferença entre Paralamas do Sucesso e Legião Urbana, segundo Fernando Gabeira

Robert Smith, do The Cure, cantou a música errada em seu primeiro show ao vivo

Baixista do Avenged Sevenfold exalta Rock in Rio como ponto alto da carreira

Baterista do Def Leppard lembra como reaprendeu a tocar tendo apenas um braço


Bangers Open Air

Fates Prophecy: baterista Sandro Muniz fala sobre a carreira da banda

Por Júlio Verdi
Fonte: Ready to Rock
Postado em 13 de janeiro de 2015

Nas últimas três décadas o heavy metal sofreu muitas transformações. Muitos novos segmentos surgiram na cena mundial. Mas, muitas bandas, inclusive brasileiras, mantiveram-se firmes no modelo de metal forjado por medalhões como Iron Maiden, Judas Priest, Saxon, Accept, Diomand Head dentre outros. E, por conta de novas tendências, como o thrash, death, doom, prog e outros, o padrão de heavy metal concebido na segunda metade dos anos 1970, ganhou o rótulo de tradicional. E no Brasil, um dos maiores representantes desta escola é a banda paulistana Fates Prophecy. Após completar mais de duas décadas de atividades, a banda lançou ano passado seu quarto álbum, "The Cradle of Life". Para falar um pouco da trajetória da banda, o último disco e os planos futuros, a Ready to Rock conversou com o baterista Sandro Muniz.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 1

Ready To Rock - O Fates Prophecy está completando praticamente 23 anos de carreira. Quando começaram quais eram as expectativas da banda? Acredita que atingiu seus objetivos?

Sandro Muniz- Na verdade não conseguimos atingir todos os objetivos que queríamos, mas com certeza chegamos a um nível do qual foi superior ao que esperamos (levando em condição o mercado atual da música pesada) afinal estamos a mais de 20 anos na ativa, quatro álbuns lançados, participação em um tributo americano ao Iron Maiden, muitos shows pelo Brasil e ainda temos muita lenha pra queimar.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 2

RR - "The Cradle of Life" é o quarto álbum da banda. Gostei muito do nível das composições. Como se deu a produção do disco?

Sandro - Esse foi o nosso primeiro trabalho aonde a produção foi toda da banda. Desde o início a ideia era de produzirmos o álbum justamente porque queríamos fazer algo muito criterioso, não importando o tempo que levasse para compor e gravar, trabalhando com um produtor seria mais difícil de conciliar agendas e de fazer tudo como queríamos. A questão de produzir no final é bem mais difícil, pois o Paulo e o Fernando acabaram tendo bastante trabalho além da parte deles como músicos. O Paulo sempre se interessou por todos os aspectos da gravação dos nossos álbuns anteriores, ele só não tinha um conhecimento tão grande na parte técnica e operacional, então foi um desafio nesta parte, também no sentido de tentar extrair o melhor de cada músico da banda e principalmente em fazer com que o álbum tenha um padrão alto de acordo com a banda, mas acredito que o Paulo e o Fernando fizeram um bom trabalho neste sentido.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 3

RR - Músicas como "24-7 To Death" e "Unbeliever" mostram um Fates Prophecy diferente, apostando num andamento mais veloz. Essa mudança foi algo que vocês sentiam necessidade?

Sandro - Na verdade sempre tivemos músicas rápidas nos nossos álbuns, exemplo disso são as músicas "Time to Live" e "The Preacher" (do álbum "Into the Mind"), a "Beast Within" (do álbum "Eyes of Truth") e no álbum "24th Century" temos as músicas "Insomnia" e a "Beyond Good and Evil". Nós simplesmente mantivemos as características básicas do Fates Prophecy.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 4

RR - Já "Resurrection", a "Prayer to the Sun" e "Devil is my Name" mostram aquele lado cadenciado e tradicional da banda. "Primitive Man" flerta com o hard-rock. Fale-nos um pouco dessa boa dose de variação nas harmonias.

Sandro - O álbum é baseado no tradicional mesmo, porém é bem diferente de tudo que já fizemos. A banda sempre teve uma preocupação em ser atual, desde a parte lírica até sonoridade, então o álbum tem basicamente a identidade da banda, mas ao mesmo tempo está soando bem diferente, mais pesado em alguns momentos e em outros com texturas e climas diferentes dos álbuns anteriores.

RR - O CD físico traz o cover do Crimson Glory, "In Dark Places". (N.E. no álbum anterior a banda fez uma versão para "Rock You Like a Hurricane", do Scorpions). Porque a escolha dessa música?

Sandro - Na verdade esse cover foi gravado para um álbum tributo ao Crimson Glory que seria lançado na Europa, e a escolha da música já veio deles, foi um fã nosso na Europa que nos colocou na jogada, e gostamos bastante do resultado final. Os vocais dessa música inclusive foram gravados por um vocalista/amigo nosso, o Paulo Lara (ex-Cromlech, de Rio Preto, hoje o músico é radicado nos EUA). No álbum anterior gravamos o cover do Scorpions sim.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 5

RR - Como você sentiu a repercussão do vídeo "New Degeneration"?

Sandro - O vídeo foi muito bem recebido pelos fãs, pelo público em geral e a mídia especializada. Levando em consideração que o vídeo assim como o álbum foi todo produzido pela banda. Ele foi filmado pelo baixista Rodrigo Brizzi e a esposa dele, a Debora, e foi todo editado pelo Rodrigo.

RR - O álbum foi inicialmente disponibilizado para download, para depois sair em formato físico. Como foi essa experiência? Seria o formato ideal pra quem faz músicas nos dias de hoje?

Sandro - O formato ideal com certeza é sempre o físico. O público em geral, e principalmente os fãs de metal sempre preferem o material físico, eles colecionam, compram, gostam de devorar o encarte. Quando o álbum ficou pronto, as propostas que recebemos para lançamento não foram do nosso agrado e se fosse para dar o álbum de graça para alguém que fosse para os fãs, por isso o disponibilizamos na época até fecharmos contrato com a Arthorium Records, que lançou o álbum da maneira que queríamos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 6

RR - O disco saiu oito anos depois do "24th Century". Porque um hiato tão grande?

Sandro - Nós queríamos ter lançado esse álbum muito antes desses oito anos, mas vários imprevistos aconteceram, entre horários de estúdio, gravação entre tantos outros fatores, até mesmo internos na banda, e outros contratempos que ocorreram individualmente com alguns integrantes na época, como separação, nascimento de filhos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - WHIP
Divulgue sua banda de Rock ou Heavy Metal

RR - Quem mais compõe na banda?

Sandro - O Paulo Almeida é o compositor principal da banda, 98% do material composto pela banda foram feitos por ele e algumas parcerias com outros integrantes.

RR - Como anda o movimento do Fates em termos de shows?

Sandro - Shows atualmente tem sido um assunto delicado. Convites nós recebemos todas as semanas, mas propostas de shows de verdade são poucas. Não somos "estrelinhas", mas depois de 20 anos com certeza não fecharemos shows sem a condição básica (cachê + transporte + alimentação). Com isso a agenda acaba não sendo como gostaríamos que fosse, mas temos certeza de que o mercado vai melhorar agora em 2015, já temos algumas datas em negociação.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - WHIP
publicidadeAdriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Andre Magalhaes de Araujo | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Efrem Maranhao Filho | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacker | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Geraldo Fonseca | Geraldo Magela Fernandes | Gustavo Anunciação Lenza | Herderson Nascimento da Silva | Henrique Haag Ribacki | Jesse Alves da Silva | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Jorge Alexandre Nogueira Santos | José Patrick de Souza | Juvenal G. Junior | Leonardo Felipe Amorim | Luis Jose Geraldes | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcelo Vicente Pimenta | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcos Donizeti | Marcus Vieira | Maurício Gioachini | Mauricio Nuno Santos | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Richard Malheiros | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |

RR - Qual projeção você faz do futuro da banda?

Sandro - Para 2015 pretendemos continuar fazendo shows divulgando o álbum "The Cradle of Life" e queremos já começar a trabalhar com material novo.

RR - Por muitos anos, várias pessoas diziam que a música Fates Prophecy se assemelhou muito ao trabalho do Iron Maiden. Como você lida com isso? De forma elogiosa ou ofensiva?

Sandro - Para nós sempre foi um elogio sermos comparados a uma das maiores, senão a maior banda de heavy metal de todos os tempos. Nunca nos incomodou, Iron Maiden sempre foi uma influência dos músicos da banda, mas basta ouvir os quatro trabalhos do Fates Prophecy e você verá que essa semelhança ficou lá no primeiro álbum, nós conseguimos construir a nossa própria identidade.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - WHIP
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

RR - No começo da história da música pesada no país, lá pelos idos dos 1980, os fãs curtiam "rock pesado" e não havia tanta subdivisão. Trinta anos depois, tudo se dividiu, até o tipo de público. Você acredita que aquele espírito de união ainda voltará um dia na cena?

Sandro - Na verdade não acho que a união se desfez, mas como temos tanta subdivisão, como acontecem eventos de heavy metal todos os finais de semana, é normal o público também subdividir, isso aconteceu naturalmente. A diferença que vejo hoje que é muito mais clara é a falta de interesse do público pelas bandas nacionais. Nos anos 80 as pessoas iam aos shows muitas vezes sem nem saber quem estaria tocando, mas iam no intuito de conhecer a cena, me lembro bem dos shows no Black Jack (casa paulistana dos anos 80/90) onde sempre tocávamos e a casa estava sempre cheia, tanto de fãs da banda quanto público novo. Hoje as pessoas não saem de casa para ir a shows e as que saem, como falei antes, estão sempre acontecendo muitos shows ao mesmo tempo e isso acaba pulverizando o público.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - WHIP
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp

Assistir vídeo no YouTube

RR- Como você enxerga o momento das bandas de metal tradicional no Brasil hoje em dia?

Sandro ­- Eu vejo o mesmo que sempre vi, temo altos e baixos como sempre tivemos, nunca achei que houvesse o momento certo, mas se o trabalho de uma banda de metal tradicional for bom, indiferente da época, o público vai querer, vai comprar, vai ouvir.

RR - Fique à vontade pra deixar um recado aos nossos leitores.

Sandro - Gostaria de agradecer a você Júlio e ao Ready to Rock pelo espaço cedido para podermos falar um pouco mais da nossa trajetória. Agradecer aos nossos fãs, pois sem eles não estaríamos aqui até hoje e agradecer a todos que estão lendo essa entrevista, é por vocês que estamos na ativa e com certeza ainda estaremos por quanto tempo tiver público, sem vocês a cena não existiria, por isso nosso MUITO OBRIGADO. See you on the road...!!!

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - WHIP
Como consegui viver de Rock e Heavy Metal

Contatos com a banda no link:

https://www.facebook.com/fatesprophecy

Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps


Stamp


publicidadeAdriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Andre Magalhaes de Araujo | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Efrem Maranhao Filho | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacker | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Geraldo Fonseca | Geraldo Magela Fernandes | Gustavo Anunciação Lenza | Herderson Nascimento da Silva | Henrique Haag Ribacki | Jesse Alves da Silva | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Jorge Alexandre Nogueira Santos | José Patrick de Souza | Juvenal G. Junior | Leonardo Felipe Amorim | Luis Jose Geraldes | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcelo Vicente Pimenta | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcos Donizeti | Marcus Vieira | Maurício Gioachini | Mauricio Nuno Santos | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Richard Malheiros | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Sobre Júlio Verdi

Júlio Verdi, 45 anos, consome rock desde 1981. Já manteve coluna de rock em jornal até 1996, com diversas entrevistas e resenhas. Mantém blogs sobre rock (Ready to Rock e Rock Opinion) e colabora com alguns sites. Em 2013 lançou o livro ¨A HISTÓRIA DO ROCK DE RIO PRETO¨, capa dura, 856 páginas, trazendo 50 de história do estilo na cidade de São José do Rio Preto/SP, com centenas de fotos, mais de 250 bandas, estúdios, bares, lojas, festivais e muitos outros eventos. Curte rock de todas as tendências, em especial heavy metal e thrash metal.
Mais matérias de Júlio Verdi.

 
 
 
 

RECEBA NOVIDADES SOBRE
ROCK E HEAVY METAL
NO WHATSAPP
ANUNCIE NESTE SITE COM
MAIS DE 4 MILHÕES DE
VIEWS POR MÊS