Xandria: Uma nova era para a banda alemã
Por Vicente Reckziegel
Fonte: Witheverytearadream
Postado em 26 de julho de 2014
Esta é a segunda entrevista que faço com a banda Xandria, que, assim como o Arch Enemy, também trocou sua vocalista após um álbum bem sucedido. Com as boas-vindas a Dianne van Giersbergen, com o novo disco, "Sacrificium" recebendo boas criticas na mídia, aproveitei para conversar com o guitarrista/tecladista Marco Heubaum, que fala sobre o novo álbum, a nova fase da banda e sobre seus últimos shows no Brasil em 2013...
Vicente - Vamos falar sobre o seu mais recente álbum "Sacrificium". Como foi a gravação e a composição deste álbum?
Marco: Estamos realmente satisfeitos com "Neverworld’s End" e este álbum também foi muito bem recebido - e foi um novo começo para nós, a abertura de um novo capítulo para o Xandria. Então, depois de "Neverworld’s End" ficou claro desde o início que queríamos continuar desta maneira - as canções que escrevemos para "Sacrificium" foram criadas no mesmo tipo de "fluxo", sendo muito agradáveis e pesadas. Também gravamos um coro clássico verdadeiro pela primeira vez para melhorar o som ambiente, e muitos arranjos de cordas reais, flautas e instrumentos celtas. Queríamos criar um "filme", um sentimento real de novo!
Vicente - E a reação dos fãs é que vocês esperavam?
Marco: Ainda melhor! Tivemos uma mudança de vocalista, e não sabíamos como as pessoas iriam reagir, mas os fãs parecem gostar dela e de sua voz! Temos tido uma resposta para esse álbum que é espetacular. Obrigado a todos por isso!
Vicente - "Sacrificium" é, provavelmente, o mais pesado e sinfônico, talvez até mesmo mais épico, álbum de Xandria. Você concorda?
Marco: Bem, sim, juntamente com "Neverworld1s End" começamos uma nova era da banda, nossos novos álbuns não tem muito a ver com o "antigo" Xandria. Nós realmente não queremos comparar, porque é tudo muito diferente agora. Nós queríamos que fosse dessa maneira: Muito mais épico, mais pesado e sinfônico. Talvez "Sacrificium" é até um pouco mais bombástico do que "Neverworld’s End", mas ambos estão em um nível muito semelhante na minha opinião.
Vicente - Falando sobre um som épico e Sinfônico, a música "Sacrificium" é o melhor exemplo desta sonoridade. Conte-nos um pouco mais sobre a composição dessa música em particular.
Marco: "Sacrificium" conta a história de alguém que se sacrifica por ideais mais altos, para as pessoas que ama. E como essa história tem muitos aspectos e também diferentes perspectivas emocionais, a música é muito diversificada em diferentes partes e tem um monte de dinâmicas para simbolizar isso. Atravessar as diferentes partes da música é como ir através da história pessoal desta pessoa. E tudo termina com a parte mais íntima e emocional que já tivemos, o momento em que essa pessoa morre e, com isso, seus últimos pensamentos.
Vicente - De quem foi a idéia da arte da capa? Como de costume, a mesma ficou ótima...
Marco: Obrigado! Tivemos a idéia de representar o sacrifício de um animal místico, seja congelado ou queimado pela metade já. Primeiro, tentamos a idéia com a criatura sendo congelada, mas não funcionou bem. Então Stefan Heilemann, nosso artworker, surgiu com esta imagem de uma fênix queimando no fogo. Nós gostamos muito da ideia, como o renascimento da Fênix também representa os ideais mais elevados em que o sacrifício é feito. Quando você sacrifica-se por algo, esses ideais são o renascer das cinzas de sua batalha.
Vicente - Vocês tocaram no Brasil no ano passado. Quais são as suas melhores lembranças destes shows aqui?
Marco: Nós tivemos dois shows, em São Paulo e no Rio de Janeiro. Ambas as platéias foram ótimas, é sempre incrível tocar para vocês, para o povo brasileiro! E nós tivemos a chance de fazer alguns passeios no Rio, inclusive visitando e tomando algumas caipirinhas em Copacabana, e estas são memórias que nunca vou esquecer.
Vicente - Alguma chance dos fãs brasileiros verem um show do Xandria aqui em breve?
Marco: Nós esperamos fazer uma turnê na América do Sul no próximo ano, vamos manter os dedos cruzados para que isso venha a acontecer!
Vicente - Quando você começou na música, quais foram as suas maiores influências, que te inspiraram a ser um músico profissional?
Marco: No começo a maior influência foi Tiamat com seu álbum marcante, "Wildhoney". Ele me surpreendeu totalmente e desde aquele momento eu também queria fazer um metal que fosse muito agradável e emocional. Mas é claro que hoje há varias influências diferentes- uma gama ampla, disseminação de bandas de metal como Judas Priest, Iron Maiden, Pantera, Nightwish, Blind Guardian, Emperor e muitos mais. Todos eles são o background que temos, além de trilhas sonoras de filmes de cinema, que são uma grande fonte de inspiração para a música do Xandria.
Vicente - Finalmente, por favor, deixe uma mensagem para todos os brasileiros que curtem ou queiram conhecer mais sobre a música do Xandria.
Marco: Estamos realmente ansiosos pela nossa próxima visita ao seu belo país e esperamos que todos vocês venham aos nossos shows! Neste meio tempo confiram nosso novo álbum "Sacrificium" - esperamos que gostem!
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



A única banda de rock brasileira dos anos 80 que Raul Seixas gostava
3 gigantes do rock figuram entre os mais ouvidos pelos brasileiros no Spotify
O fenômeno do rock nacional dos anos 1970 que cometeu erros nos anos 1980
Graham Bonnet lembra de quando Cozy Powell deu uma surra em Michael Schenker
O álbum dos Rolling Stones que é melhor do que o "Sgt. Peppers", segundo Frank Zappa
Cinco bandas de heavy metal que possuem líderes incontestáveis
Regis Tadeu elege os melhores discos internacionais lançados em 2025
Fabio Lione anuncia turnê pelo Brasil com 25 shows
Ritchie Blackmore aponta os piores músicos para trabalhar; "sempre alto demais"
A primeira e a última grande banda de rock da história, segundo Bob Dylan
Shows não pagam as contas? "Vendemos camisetas para sobreviver", conta Gary Holt
O músico que Ritchie Blackmore considera "entediante e muito difícil de tocar"
Os 50 melhores álbuns de 2025 segundo a Metal Hammer
Desmistificando algumas "verdades absolutas" sobre o Dream Theater - que não são tão verdadeiras
O clássico absoluto do Black Sabbath que o jovem Steve Harris tinha dificuldade para tocar

A opinião de Ambre (Xandria) sobre Metallica, Nightwish e Scorpions
O grande problema do Within Temptation atual, segundo Ambre do Xandria
Alice in Chains: a triste entrevista final de Layne Staley, ciente de que morreria
Motorhead: Lemmy fala sobre Jimi Hendrix, drogas e mais


