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Odisséia: tradicional Heavy Metal direto de Minas Gerais

Por Vicente Reckziegel
Fonte: Witheverytearadream
Postado em 27 de setembro de 2012

Outra "novidade" surgindo no blog é esta banda mineira, que aposta no tradicional e salutar Heavy Metal. Novidade entre aspas porque possuem mais de uma década de estrada, porém somente no ano passado soltaram seu primeiro disco "For Waters Force...Winds of Power", buscando lenta e conscientemente seu espaço no cenário nacional. Com um som vigoroso, a banda é uma grande dica para quem aprecia o estilo. Fiz esta entrevista com JP Zampiere (Guitarra) e Dimas Correa (Bateria), onde falam um pouco mais sobre a trajetória do Odisséia. Completam a banda Gleison Maest (Vocais), Robert Reike (Guitarra) e F.Cesar (Baixo). Ao final da matéria tem duas músicas que a banda disponibilizou para o pessoal conhecer mais...

Bruce Dickinson

Vicente - Odisséia tem mais de uma década de existência. Qual a avaliação que fazem da trajetória até o presente momento?

JP Zampiere: Do nosso ponto de vista é uma trajetória vitoriosa, pois tocamos o que curtimos e seguimos sem pressões, focados apenas na música, a única parte realmente negativa são os problemas de formação enfrentados, que atrapalharam muito a banda ao longo do percurso, mas isso geralmente faz parte da trajetória de uma banda Underground, felizmente a atual formação é forte e sólida, o som está bem pesado e consistente, e pretendemos amadurecer ainda mais este aspecto.

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Dimas Correa: Foram tempos de muitas distinções e muito trabalho. Cada mudança pela qual a banda passou deixou uma marca profunda e importante, que caracteriza até hoje nosso desenvolvimento. Passamos por tantos problemas que era difícil dizer se a banda tinha deixado ou não de existir, como o hiato entre 2008 e 2011. Mas nunca comentamos isso abertamente. Tivemos bons momentos, como a demo de 2005 e o trabalho lançado em 2011. Hoje temos consciência de onde estamos e onde podemos chegar. Sabemos como e quando cobrar ou elogiar cada músico que está conosco, e em momentos de divergência conseguimos rapidamente os melhores acordos na maioria das vezes. Isso é um amadurecimento muito grande. Nossos conceitos musicais também se ampliaram durante este tempo. As mudanças no line-up são normais para uma banda underground, e não conheço história de alguém que tenha deixado a banda por desentendimento. E isso é o mais importante.

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Vicente - A banda soltou no ano passado seu primeiro disco completo "For Waters Force...Winds of Power". Como foi a gravação do mesmo, rolou tudo como esperavam?

JP Zampiere: Foi mais que um parto, os diversos percalços enfrentados, no fim resultaram em termos que recomeçar as gravações do zero. Mesmo com o resultado final não ficando 100% da forma como havíamos almejado, aprendemos bastante com todos os erros e acertos, e o saldo final foi positivo, é uma experiência que, com certeza, vai refletir de forma extremamente benéfica na gravação do próximo trabalho.

Dimas Correa: Não tínhamos a real noção da complexidade que envolve um trabalho desses, e não nos preparamos da maneira adequada, sobretudo psicologicamente. Soma-se a isso vários fatos "incomuns" que ocorreram conosco durante esse processo, que comprometeram seriamente os prazos que havíamos estipulados para concluí-lo, e também o nosso orçamento. O tempo que passamos em estúdio, somando-se todos esses fatores, coincide com aquele período de inércia entre 2008 e 2011. Mas deu tudo certo! No final das contas, essa experiência modificou pra melhor a nossa forma de fazer e de enxergar a música.

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Vicente - E o retorno do pessoal?

JP Zampiere: Até agora ocorreram muitas opiniões positivas, tanto por parte do público em geral quanto de outras bandas da cena, esse feedback é muito importante para podermos evoluir ainda mais o nosso som visando o próximo disco.

Dimas Correa: Esse trabalho está abrindo muitas portas. Nós estamos satisfeitos. Quem ouve fica satisfeito. E até agora, quem criticou, o fez com propriedade e respeito, e tenho a certeza que foi querendo ouvir algo ainda melhor daqui pra frente.

Bruce Dickinson

Vicente - Mesmo simples, a capa do disco simboliza bem o som e todo o contexto do disco. De quem foi a ideia da mesma e quem fez a capa?

JP Zampiere: Em nossas conversas chegamos ao consenso comum de colocarmos a imagem de uma embarcação grega com o símbolo da banda em suas velas, a Rosa dos ventos estilizada, estampada na vela do navio é capa da nossa primeira Demo, gravada em 2005, e foi idealizada pelo primeiro baterista do Odisséia. Queríamos manter este elo com o passado e as raízes, da banda, a capa no geral simboliza bem nosso trajeto até o momento seguindo em águas tempestuosas e inóspitas, mas sempre em frente com determinação. Entramos em contato com o pessoal da Lufra Design, que descobrimos pesquisando na Internet, e gostamos bastante do portfólio e dos trabalhos que a empresa havia feito para outras bandas no segmento do Metal. Enviamos as idéias e eles sintetizaram perfeitamente o que havíamos imaginado. Esperamos trabalhar novamente com eles em um futuro próximo.

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Dimas Correa: Realmente a capa é bastante simples, e de certo modo representa bem o que somos nesse aspecto. E quanto ao símbolo e a logomarca, também é uma forma mais palpável de mostrar para aqueles que já estiveram conosco o quanto eles ainda representam para a manutenção do nome Odisséia na cena.

Como consegui viver de Rock e Heavy Metal

Vicente - Um dos destaques do disco é a faixa "She is Sacred and Sinner". Quais as outras músicas que indicaria para quem gostaria de conhecer o Odisséia?

JP Zampiere: O CD como um todo demonstra muitas de nossas influências transmutadas em algo novo, que sintetiza a personalidade de cada membro, contêm faixas de várias épocas ao longo desses 11 anos de banda, e mesmo assim soa de forma uniforme e não como uma colcha de retalhos. Acredito que o ideal é ouvi-lo de forma completa e captar o Zeitgeist de cada faixa, mas algumas que complementam a "She is Sacred Sinner" como panorama geral seriam "Will You Fight... on The Next World?" e "Lady Belle Demon" alem da faixa titulo.

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Dimas Correa: Tem também a "Lost Fear", que me deu o maior trabalho para aprender a tocar! Eu não venho de uma escola tão extrema, e na época não sabia direito como arranjar essa música. Gosto de ouvir a "Honor and War", e acho que "For Waters Force... Winds of Power" acorda qualquer defunto! O Gleison cantou muito ali.

Vicente - Já possuem algumas músicas novas prontas, quem sabe um novo álbum a caminho?

JP Zampiere: Temos mais alguns temas quase finalizados, faltando inserir apenas as letras e definir melhor alguns arranjos, que sempre sofrem modificações à medida que a banda se junta para tocar as novas composições. Acreditamos que até o fim deste ano teremos por volta de 5 novas musicas já finalizadas e podemos começar a arquitetar o próximo álbum para 2013

Bruce Dickinson

Dimas Correa: O JP me encaminhou duas composições outro dia. E ainda me mostrou mais umas 5 que estão em desenvolvimento. E podem esperar, essas músicas são porradas!

Vicente - Quais são as suas maiores influências?

JP Zampiere: Algumas influências em comum são bandas clássicas de Heavy Metal/Classic Rock como Judas Priest, Black Sabbath, Running Wild, Deep Purple, Rainbow, Led Zeppelin. Mas entre os membros existem várias influências distintas passando por Blues de raiz como Robert Johnson e Sonni Boy Williamson, Metal Nacional como Harppia, Kamikaze, Anthares, e bandas mais extremas: Death e Cannibal Corpse, que em primeiro momento não podem ser notados no som mas acabam influenciando de uma forma ou de outra nas entrelinhas.

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Dimas Correa: Talvez eu tenha vindo de uma escola um pouco diferente. Não tenho foco em uma banda específica, mas na representação que determinado baterista tem para o meio. Fui realmente entender a aplicação e o uso de dois bumbos com Tommy Aldridge, e também a fúria com o qual ataca os tambores, mesmo hoje que já está na casa dos 60! Ao meu estilo, Cozzy Powell veio um pouco depois, com a precisão e sutileza nos toques com muito peso e bom gosto. Sempre fui inspirado por Nicko Mcbrain na forma de tocar, e a versatilidade de Mike Terrana.

Vicente - Muito se fala sobre os diversos problemas da cena Metal no Brasil. Qual avaliação que vocês fazem da mesma, visto o longo tempo que a banda já tem de estrada? Acreditam que ela melhorou, piorou ou está estagnada?

JP Zampiere: A cena está cada vez mais profissional no que tange a qualidade dos músicos que vêm surgindo atualmente, a facilidade do acesso à informação, tanto no aprendizado musical quanto ao som de bandas de todas as partes do mundo, faz com que o aprimoramento de quem está começando hoje em dia ocorra de forma muito rápida, há muitas bandas de Metal com músicos jovens e de qualidade, que bebem na fonte de artistas que já estavam no auge bem antes deles nascerem. Nos anos 80 e 90 conseguir material para estudo e audição ou conhecer bandas novas até mesmo do seu país era algo que demandava muita pesquisa em busca de informação, hoje em dia está tudo a um clique de distância. O único fator que pesa atualmente são os locais para a realização de eventos com bandas Underground que focam em trabalho próprio como nós fazemos, a maioria das casas e produtores cedem espaço apenas para covers (não temos nada contra bandas que têm essa meta, nossa critica é restrita aos organizadores que têm esta visão) já ocorreu de sermos barrados antes mesmo do dono do local ouvir nosso som, só de falarmos que não tocávamos covers, esse tipo de mentalidade tem que ser mudada. Entendemos que o lucro é o que mantém a casa funcionando, mas som próprio também atrai pessoas para o evento tanto quanto as covers, basta deixar que elas mostrem seu trabalho, o equilíbrio neste tipo de situação é fundamental para fortalecer o cenário

Dimas Correa: Eu cheguei em casa um dia desses, e tive notícias de que o MOA (Metal Open Air) estava daquele jeito. Depois daqueles acontecimentos, senti que os caras (todos nós que estamos na cena hoje), ficaram putos e estão com sangue nos olhos. Não sei se tem algo a ver, mas de modo geral está todo mundo com muito mais disposição, com muito mais foco na busca de soluções.

Vicente - Em poucas palavras, o que acham das seguintes bandas:

Judas Priest: METAL GODS nossa maior influência

Dio: Uma lacuna que nunca será preenchida novamente

Grave Digger: Agressivos e épicos, "Tunes of War" é uma verdadeira aula.

Running Wild: Rock'n'Rolf é um cara sem igual, grande compositor, e a temática Pirata caiu como uma luva no estilo.

Saxon: Um dos grandes da N.W.O.B.H.M, fazem um show memorável.

Vicente - Uma mensagem para os fãs e amigos que curtem o trabalho do Odisséia e para aqueles que gostariam de conhecer melhor seu som e apostam no Metal nacional.

JP Zampiere:
Primeiramente agradecemos o espaço e apoio do With Every Tear a Dream, são veículos como vocês que mantém a cena viva, e gostaríamos de enviar as nossas saudações a todos os bangers que seguem firmes em suas ideologias, mesmo com todo o preconceito e falta de apoio sofrido ao longo dos anos, continuem deixando o som preencher o vazio e inebriar a mente, o resto é consequência. Quem quiser adquirir nosso álbum "For Waters Force... Winds of Power" é só entrar em contato através do e-mail odisse[email protected]

Dimas Correa: "A simbólica e frágil arte da existência nada mais é que o som da perseverança." (Chuck Schuldiner). Não abram mão daquilo que realmente lhes faz bem. Obrigado a todos pela oportunidade.

Link músicas "She is Sacred and Sinner" e "Will You Fight on The Next War" :
http://www.crocko.com/E2707DE9A7D749B792C0167138F3A9DB/Odisseia.rar

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Sobre Vicente Reckziegel

Servidor público, escritor, mas principalmente um apaixonado pelo Rock e Metal há pelo menos duas décadas. Mantêm o Blog Witheverytearadream desde Dezembro de 2007. Natural e ainda morador de uma pequena cidade no interior do Rio Grande do Sul, chamada Estrela. Há muitos anos atrás tentou ser músico, mas notou que faltava algo simples: habilidade para tocar qualquer instrumento. Acredita na música feita no Brasil, e gosta de todos os gêneros, desde Rock clássico até Black Metal.
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