Feira do Disco em Mauá: entrevista com o Dr. Rock
Por Gabriel Arruda da Silva
Fonte: Marlene News
Postado em 23 de setembro de 2012
Entrevista com o Dr. Rock
Por Gabriel Arruda da Silva
Antes de qualquer coisa, devo parabenizar a Milla Sebos por este grande evento que foi realizado no dia 25 de agosto. A cidade e a região precisa atrair os seus cidadãos com diversos tipos de cultura e música. O evento não só teve como foco os discos clássicos do Rock desde suas origens e vertentes, teve presença do ilustre Dr. Rock, responsável por cuidar da saúde do rock na região, ficou orientando os clientes que apareciam e passando a receita certa para não sair prejudicado. A loja Rock Shot, da região do ABC, especializada em moda alternativa e de acessórios entro do mundo do rock n’ roll, se prontificou na venda de camisetas. A Lemi Records & Comix que, além de Lp’s, se concentra na venda de singles, mangás e quadrinhos nacionais e importados. E também da Vinyl Limpo, que sempre dá um trato no disco pra deixa-lo novamente novinho em folha. Os comes e bebes ficou por conta da Lig Choop Germânia Mauá, que teve salgadinhos e cerveja à vontade, tudo de graça.
Logo abaixo, uma entrevista bem descontraída com o Dr. Rock (Marcos Sptizer), que nos atendeu com muito carinho. Já teve programa no canal 45 (UHF), mais conhecido como Rede Brasil, apresentou vários eventos não só na região, mas também nos diversos cantos do estado. No bate-papo a seguir, ele fala sobre suas coleções de discos, entrevistas ilustres com os grandes nomes do Rock nacional, televisão e dos planos para o futuro e um bate-bola bem dinâmico. Arraste a cadeira e acomode-se, leitor...
Primeiramente quero agradecer você pela entrevista. Para quem não sabe, ou nunca ouviu, apresentesse um pouco da sua pessoa para os leitores.
Dr. Rock: Bom... eu sou o Dr. Rock, divulgador de rock de todos os tempos e estilos. Eu vou desde o Rockabilly, Psychobilly, Hard Rock, Rock N' Roll, Thrash Metal, Heavy Metal, Rock Gothico até as últimas vertentes do rock. Tive um programa de TV no canal 45 (UHF), em São Caetano do Sul, hoje Rede Brasil. Foram 103 programas na madrugada da 00h30 à 01h30 da manhã, sempre voltados ao rock: colocando vídeos, música e levando bandas independentes e bandas conhecidas. Eu tive como convidados ilustres nessa época o Marcelo Nova e Johnny Boy, fiel escudeiro dele. Estive com o Sergio Hinds, do Terço, junto com o Marcus Roberts. Também estive com a dupla da Jovem Guarda, Deny e Dino, que é muito difícil. The Jordans, que faz rock instrumental e entre várias outras bandas. E depois passei mais 45 programas nas partes da tarde (17h00 às 18h00), onde também era o mesmo estilo e que só era exibido nos sábados, o anterior era de segunda a sexta feira (ao vivo), que também era da 00h30 até 01h30. No sábado, também, eu tive as presenças de Tony Campello, Patrulha do Espaço, Paulo Zinner Rockestra e várias outras bandas indenpendentes, sempre voltados ao mundo do rock.
Obviamente, eu sei que muitos fizeram essa pergunta pra você não sei tantas vezes e que não cansa de respondê-las... Me conte como foi o seu primeiro contato com a música?
Dr. Rock: O meu primeiro contato foi em 1973, quando morava em São Bernardo do Campo. A gente fazia trabalho de escola quando eu estudava no Dr. José Fornari, na Vila Baeta Neves, onde grupos de amigos se reunia pra fazer trabalho escolar. Aconteceu o seguinte: ficávamos ouvindo rádio, que na época só existia a rádio Excelsior e a Difusora, e ficávamos a madrugada toda ouvindo música. E a partir dai eu me apaixonei e fui começando a ir atrás de música, que na época era Pop Rock, Rock N' Roll e de algumas coisas nacionais. Isso foi quando eu tinha 13 anos, por volta de 1971. E depois disso não parei mais.
Em qual momento percebeu que você estava se tornando de um simples fã de rock a um grande coleciador de discos?
Dr. Rock: Isso começou a partir de 1986 quando conheci uma loja em São Caetano do Sul, que muita gente conhece, chamada Rick N' Roll, do Ricardo Martins, onde fazia campeonato de topéte. E eu trabalhava numa loja como comerciante e, quando esquentava a cabeça, eu ia à loja para ver alguns discos e esquecer os problemas. E lá tinha muita raridade! Naquela época tinha loja, tinha dinheiro e dava pra gastar, não sei se pode dizer assim, porque não era tão caro. E conheci coisas que eu não sabia através dessa loja, a Rick N' Roll, observei os Lp's e comecei a comprar. Tudo o que era raridade ou coisas difíceis o RM foi passando para mim. Em cima disso, eu fui atrás de outros cantores que não conhecia e também de outras bandas que nunca tinha ouvido falar e que acabei me acostumando. A partir dai, comecei a pesquisar mais sobre eles. Foi entre 1985/1986 que eu não parei mais de comprar discos até hoje, onde eu me tornei um colecionador de verdade.
Matando a minha curiosidade e dos leitores, você já contou quantos discos que tem no seu acervo músical?
Dr. Rock: Antes de começar com a feira do vinil, alguns eu comprava pela capa, alguns eu comprei repetido - porque eu não tinha controle -, alguns eu ganhei... Mas, hoje, eu tenho por volta de mais ou menos 3. 000 vinis, 300 compactos e mais ou menos uns 1.200 CDs.
Destes itens, quais os mais raros você possui?
Dr. Rock: Os mais raros que eu possuo são aqueles de artistas dos anos 50/60, como por exemplo: Bobby Darin, Johnny Burnnete, Elvis Presley, Roy Orbisson, Carl Perkins, Jerry Lee Lewis, Chuck Berry e outros percussores do Rock. Esses Lp's importados são os mais difíceis de achar. Tem outro também, e que muita gente não conhece, é o Johnny Horton. Então esses são os mais raros porque, além de serem importados, é difícil. Só pessoas que vão no 'roots' do rock, que seria a raiz do rock. Eu considero esse os mais raros. Tem alguns dos anos 70 também, mas esses a gente encontra em feira de vinil. Esses dai, inclusive, eu não ponho a venda.
Você possui outros itens de coleção além CD's, LP's e DVD's?
Dr. Rock: Não, basicamente é isso ai. Eu com relação a vitrolas, guitarras e entre outras coisas, não. Só Lp's mesmo! E se eu acho alguma coisa interessante de Cd's, porque muitos já não tão reeditando, eu compro. É mais nessa área músical que eu tenho a coleção.
O Rock é um estilo que abrange muita gente, fazendo com que se torne o melhor genêro de música que existe. Você lembra qual foi o seu ponto inicial dentro do Rock?
Dr. Rock: O meu ponto inicial foi quando trabalhava em uma escola de Datilografia, na época que eu ainda não era Office Boy e nem registrado. E com meu primeiro dinheirinho eu fui comprar um compacto. Não dava pra comprar Lp, porque naquele tempo não tinha dinheiro. O meu primeiro compacto, que foi o 'big bang' da minha coleção foi o do Lee Jackson, conjunto nacional. Nos anos 70 tinha muitos brasileiros que cantavam em americano, como Mark E. Davis, Fábio Jr. e por ai vai. O primeiro foi o Lee Jackson, depois foi o Pholhas (My Mystake), que eu não sabia que era brasileiro, e Doobie Brothers com Listen to the Music. E foi ai que não parei e foi 'big bang' da minha coleção.
Qual disco você considera o mais raro de sua coleção?
Dr. Rock: O mais raro que eu considero é o do Johnny Burnnete, rockabilly dos anos 50. Era aquele rockabilly bem pulsante. E já me quiseram comprar, mas não deram o valor que acho que deva ser. E também não fiz muita questão de vender, fico meio-a-meio. (risos)
Todo fã de rock sonha em chegar numa loja e torrar toda a sua grana comprando discos. Você já fez alguma loucura parecida com essa?
Dr. Rock: Sim, já fiz. E se você tiver um dinheirinho e ver alguma coisa compre, porque se você não comprar você se arrepende depois. Eu já paguei um bom valor em vários Lp's que eu gostava, mas só que voltados ao anos 60 que são meios caros. E eu aconselho: se você viu algum LP e ficou louco pega, porque você não vai achar mais. Eu me arrependi de não comprar e nunca mais achei.
Lógico que todo colecionador, como você, tem aqueles que chamamos de "discos favoritos". Tem como eleger um Top 10 dos seus álbuns favoritos para os leitores?
Dr. Rock: Eu vou colocar uns dos Top 10 uma banda canadense, que é dos anos 70, o Bachman-Turner Overdrive. Tenho toda coleção deles em LP. Adoro o Randy Bachman. Ele volto agora como Bachman & Turner, que são só o Randy Bachman e o Fred Turner, mas o que traz muitas saudades dos anos 70 é o BTO e entre várias outras. Quando eu me lembro dos anos 70 e do meu dinheirinho pra gastar, todo LP que saia do BTO eu ia lá e comprava.
Você chegou a ver o novo DVD deles?
Dr. Rock: Ainda não cheguei a ver o DVD, o que tenho em casa é um VHS, mas só que antigo, porque na realidade o BTO era o The Guess Who, que tinha a música Desire.
O DVD se chama Live At The Roseland Ballroom Nyc, gravado em 2010.
Dr. Rock: Por isso que falo: "no rock a gente sempre tá aprendendo". E agora eu vou atrás desse DVD porque você me falou (risos).
Um disco que você morre de inveja e que não venderia em troca de nada?
Dr. Rock: Ainda volto nesse do Johnny Burnnete, porque é difícil de procurar. Sei que estavam pedindo 180 reais do compacto de uma música dele, então acredito que um Lp importado dele deva valer uns 300 ou 400 reais. É difícil quem dá. Por isso prefiro ficar com ele, porque tenho certeza que se eu vender ele não vou achar outro.
Mudando de assunto... conte como começou a sua trajetória dentro da TV?
Dr. Rock: Eu trabalhava atrás das câmeras de um programa chamado Rick Play, onde esse rapaz tinha os discos onde eu ia buscar. Ajudava na produção do programa, porque ele sabia que eu gosto de rock e ele também. E a partir daí me conheceram no canal 45 (UHF) que seria do falecido prefeito João Luiz de Almeida Tortorelli, da Rede Brasil, e que também não tem mais a Rede Brasil hoje, ela serve São Caetano do Sul. E por intermédio do Rick, a direção do programa me conheceu. E o que aconteceu: quando acabo o programa dele, eles quiseram fazer um programa de rock e lembrou-se de mim. E eu não tinha feito programa de TV na frente das câmeras. Ai falaram se eu queria fazer um programa de Rock, que seria só de quarta feira, mas voltado para Rock antigo e não pro pesado. Apesar que eu intercalo com o Rock pesado também, como Heavy Metal, Thrash Metal e Hardcore. Ai eu falei: 'sem problema nenhum, vou fazer o programa'. Na quarta ia estar eu, depois ia ter Pagode, Sertanejo, Heavy Metal e um de Samba. E nenhum deu certo! E dizeram pra mim: 'você não pode fazer a semana inteira?' bom, eu não vou perder essa boquinha e comecei a fazer toda semana e foi um sucesso, com o Dr. Rock.
Além disso você já conversou com várias figuras do Rock Nacional. Quem são eles e qual foi a mais divertida e a pior?
Dr. Rock: Pior não teve nenhuma, foi tudo somatória. A melhor, e a que eu tremi um pouquinho, foi a do Marcelo Nova (Camisa de Vênus), a minha maior audiência! Uma hora ao vivo tocando e conversando. Não conhecia ele pessoalmente e ele me tratou super bem. O Marcelo Nova não tem papas na lingua! Se você pisou na bola com ele, tchau tchau. E no fim nós ficamos colegas, e não amigos. Eu também gostei muito de entrevistar o Patrulha do Espaço. O Júnior é um dos melhores bateristas do Brasil. Segio Hinds, do Terço, que é uma pessoa super humilde. Tony Campello, que é o pai do Rock nacional e que deu muito sucesso. Pior não teve ninguém. Sempre fui muito bem tratado e por sorte, até hoje, com 13 anos de Dr. Rock, nunca tive problemas. Só felicidade em entrevistar esse pessoal.
O senhor tem um sonho de entrevistar alguma lenda do Rock internacional? Quem o seria?
Dr. Rock: Seria o Randy Bachman (Bachman-Turner Overdrive), porque é uma banda que marcou muito e marcou minha pessoa. Alguns estão esquecendo deles. Eu tenho até, inclusive, um LP solo do Randy Bachman. Se fosse possível, queria entrevistar o Randy Bachman.
Você que é morador do grande ABC há muitos anos, fale um pouco da atual cena roqueira da região, já que eu só conheço a banda Necromancia, que faz Heavy Metal, e o Nitrominds, com mistura de Metal Punk?
Dr. Rock: Os integrantes dessas bandas são todos meus brothers. O André é um batalhador! Sem dispensar o Índio, Kiko, Roberto Fornero, Lalo e o Edu. São todos batalhadores, mesmo! Inclusive eu os apresentei no aniversário de São Bernado do Campos (459 anos), que teve no último dia 18 de agosto. Outros brothers são os rapazes do Ação Direta, que é muito legal. É o trio de bandas que não tem defeito nenhum.
E já que você me pergunto sobre a atual cena do ABC, vamos direto ao assunto: a cena está fraca aqui no ABC. Falta oportunidade para as bandas tocarem, no sentido de espaço e que devem valorizar. Dizem que o ABC é o berço do rock? Mas não tem nada! Então esse bebê tá dormindo; está faltando espaço de todas as prefeituras, que são 7 cidades: Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. Quando você fala ABC muitos lembram que é o berço do rock, então cabe as prefeituras a darem mais valor as bandas, principalmente as bandas daqui mesmo e dos municípios. Está precisando fomentar, porque o pessoal está desanimando e tem bandas acabando. E o certo é dar uma cutucada nas prefeituras e valorizar, porque são bandas que paga I.P.T.U e temos que dar valor a elas. Pode ser umas de fora também, sem problemas. Mas, primeiramente, valorizar a auto estima das bandas de seu município.
E já que eu toquei no assunto 'cena', como você avalia as bandas que estão surgindo agora? Já que, logo logo, bandas como AC/DC, Black Sabbath, Deep Purple, Iron Maiden, Motörhead, Judas Priest e Scorpions vão encerrar as atividades.
Dr. Rock: Essas bandas falam que vão encerrar e depois voltam, mas elas vão encerrar um dia. Os fãs falam que um dia vão acabar e, em seguida, acabam voltando, mas vai chegar uma hora que vai acabar mesmo. É que os fãs pedem e eu acho bacana isso. As bandas de hoje em dia, realmente, eu curto muito pouco. Vejo pela MTV as novidades, porque de rádio só temos a Kiss Fm (102,1 FM) que sempre toca muito a mesma coisa. Na minha opinião, eles devem mudar um pouco da sua programação. De rádio eu só ouço a Kiss Fm, mesmo.
Dentro dessa questão que você citou, o que eu colocaria é o seguinte: eu estou curtindo pouco essas bandas, porque eu sei que elas começam e acabam logo. Então nem dá pra saber, às vezes, que um baterista ou guitarrista já mudou. É muita questão de ego e de dinheiro. Têm, claro, muitas bandas boas, como por exemplo: o The Killers. Gosto dessa garotada nova, mas não vejo elas com muita longevidade e por isso não fico muito atrás delas para colecionar máterial. Já que, agora, são mais Cd's. Alguns, talvez, produzem e fazem Lp's e só vendem no exterior, mas eu não estou acompanhando muito porque estou achando muito volátil e de repente, a qualquer momento, acaba. E se fizer sucesso, parabéns.
Hoje, atualmente, estamos numa época em que acontecem vários shows internacionais não só na Capital Paulista, mas também no Brasil todo. O que era complicado há 20 anos atrás para trazer os grandes nomes do Rock Internacional?
Dr. Rock: A única coisa que era complicado naquele tempo era a divulgação, porque não tinhamos meios de comunicação e Redes Sociais para facilitar todo o andamento. Muita gente só conhecia as bandas pelo nome e nos rádios, já que não tinha vídeo e outros tipos de mídia. E a questão do dólar, que era muito alto. Era inviável trazer esses grandes nomes em nosso território. O ponta-pé inicial foi o Rock In Rio, que foi onde começou tudo. Hoje já é um pouco mais fácil por conta dos países que tem um baixo poder aquisitivo. Aqui, não é que esteja uma maravilha, ainda tem mercado pra trabalho, claro que elas vem a pedido dos fãs e, também, para ganhar dinheiro. No passado era muito difícil: transporte, dólar em alta e a questão da divulgação, que muitos acham ser fácil e que precisa fazer em masa para saber que a banda está vindo. Hoje já da para fazer pelas Redes Sociais, TV, MTV, Rádios/Web-Radios e Internet. Isso é o que chamamos de "espalha braza!" Fico mais fácil, antigamente não tinhamos esses recursos.
Downloads, MP3 e internet dificulto grandes bandas e gravadoras nos últimos anos. Você acha que para solucionar esse problema é abaixando os preços dos CD/DVD?
Dr. Rock: Sim, teria que abaixar bem o preço do CD/DVD, claro que depende muito do governo para pôder abaixar os impostos. As gravadoras vão querer ganhar muito. "Só que a gente tem que preservar o direito autoral". Se não abaixar os preços, realmente vai continuar a pirataria e os downloads. E eu vejo, daqui pra frente, que as bandas vão começar ganhar dinheiro somente em shows. Essa questão de vender as coisas por ai não é porque a meninada só tá no pendrive, mp3, mp4 e as vendas dos Cd's caindo. As outras mídias é, claro, vão determinar um pouquinho a venda, mas isso é uma tendência e não terá como reverter, mesmo abaixando os preços. O correto é as bandas divulgar os seus trabalhos tocando ao vivo e mostrando na raça o que sabem fazer.
O que você está achando da "Feira do Disco" aqui na Milla Sebo?
Dr. Rock: É a minha primeira vez. (N.R.: o aconteceu no dia 25 de agosto) Eu conheci a Milla e a Shirley já alguns meses atrás. Estou gostando, estou me sentindo a vontade, trouxe os meus LP's... Aqui todo mundo é amigo! Vale a pena conhecer, tem muita coisa boa. E para mim é uma grande satisfação! Como é meu primeiro dia, e se me convidarem novamente, eu venho a qualquer hora. Nota mais que 10 para Shirley e a Milla pelo estabelecimento e todos que estão envolvidos por aqui. Não além de mim, também. Estou expondo e vendendo alguns discos, claro que, alguns da minha coleção, eu não vou colocar por enquanto. Mas eu não daria uma nota não 10, daria nota 12 para a Milla Sebos.
Para encerrar essa primeira parte da entrevista, quais são os seu planos daqui pra frente?
Dr. Rock: Eu ainda pretendo retornar para TV, deixando bem claro que agora só tem a EcoTV, que faz Santo André, São Bernardo do Campo, Diadema e Mauá pela NET. E a única que quiser bancar para mim fazer um programa colocando discos. Eu queria colocar só Lp e trazer bandas no programa. Ainda não desisti desse sonho. Apesar que, às vezes, desanima! A minha intenção é retornar para TV porque eu gosto, dentros de uns custos razoáveis ou sem pagar nada. Quem é picado por uma TV ou Rádio não consegue viver mais sem esses vínculos.
Não sei se você conferiu... Durante um bom tempo saiu um novo programa na TV+ (Canal 14 - NET) que abrange o entretenimento da música pesada que se chama Maloik. Você chegou a assistir o programa?
Dr. Rock: Sim, começa toda terça feira faltando dois minutos para meia noite (2 Minutes To Midnight). Tudo que acontece no mundo do Rock, eu acompanho. Que nem eu falei: eu vou do Rockabilly até o pesado! O Maloik é uma grande escolha, já cheguei a assistir. Acabou de completar 6 meses no ar, que vai no canal 14, para ser exato. É que eu dei uma entrevista na segunda feira (19/08) no programa Show+, do Darcio Arruda que, inclusive, dentro desse programa, teve uma chamada do Maloik. Achei muito legal. E tomara que dê certo, porque a gente tá precisando seriamente de programas aqui na região do ABC. Se o pessoal do Maloik precisar de mim, estou a inteira disposição.
A equipe do programa chegou a convidar você pro quadro Hellraiser?
Dr. Rock: Até o momento, não. Se o pessoal me chamar, eu vou lá para agregar mais, porque nós, roqueiros, temos que se unir. Se nós não unirmos, a gente não vai levantar a bandeira do Rock. O Rock está em baixa, realmente, e devemos levantar a bandeira no seu mais alto possível. Estou a inteira disposição do Maloik.
Bate-bola
Vitão Bonesso: Nota 10. Grande brother e eu sou muito fã dele. Entrevistei ele duas vezes e foi um dos maiores picos de audiência. O Marcelo Nova foi um pouquinho mais, mas o VB é coisa fina!
Paulo Thomaz: Pelo amor de Deus hein... Grande Paulão! Um dos melhores bateristas e meu grande brother.
Rolando Castello Junior: Um dos melhores bateristas do Brasil. Tive o prazer de entrevista-lo no canal 45 (UHF) e entre outros eventos e shows. Nota 10.
Regis Tadeu: Conheço virtualmente. Gosto dele, mas não tenho coragem do que ele fala, o que ele fala ou que ele critica etc. Tem um bom conhecimento de música e sabe o que é bom e o que é ruim. Se ele não gosta, ele fala que não gosta. Eu já sou mais maleável, mas todos tem que entender que ele fala a verdade! Tem pessoas que criticam, mas ele nunca esconde a verdade. Nota 10.
Nelson Mota: Foi um dos precursores do som. Era o único programa que tinha de música e que trazia vídeos dos EUA. E também foi um dos propulsores do rock e da minha juventude, os meus sábados eram sagrados ao assistir o "O Sábado Som" na Rede Globo. Ele tem história e continua fazendo história.
Kiss Fm: É a única rádio que eu estou ouvindo, a rádio do rock. Só que vejo que precisaria mudar um pouquinho mais o repertório, que são sempre as mesmas bandas e as mesmas músicas. Eu já fui em um programa da Kiss chamado Brilhantina, do Fernando Barreto. Sugeria que mudassem algumas bandas e mudar algumas músicas das bandas que já estão tocando. Não é uma crítica, é um toque, porque tem muita coisa boa e precisa dar uma chacoalhada para criar um pouquinho de ânimo, tanto pro pessoal da produção e dos locutores. E criar mais a vontade de ouvir, como eu, que só ouço a Kiss Fm. 102.1 está na minha cabeça! A primeira em Classic Rock do Brasil.
Roadie Crew: Ótima revista! Sempre está atualizada em tudo e antenada do que surge. Da uma grande oportunidade para as bandas nacionais, colocando lá no 'realease'. É uma bíblia para quem gosta de Rock, principalmente o mais pesado. Mas ela não deixa de colocar coisas dos anos 70 de jeito nenhum. É um máterial indispensável, porque tem muita coisa que eu não conheço. E se você não lê a Roadie Crew, nem vai saber se a banda existe, tanto nacional e internacional.
Rock Brigade: Outra que devemos parabenizar e que agrega muito. Coloco mais ou menos na minha posição. Sempre deixa os leitores e os roqueiros antenados. O rock é um rótulo, sempre vem um Heavy, Thrash, Hardcore já tendo uma fusão dessas músicas. É uma revista indispensável para o roqueiro ou para quem está se iniciando.
Comando Rock: A CR eu conheço, quando apresentava o Na Rota do Rock, com a Vânia Cavalera. Ela começo muito bem, mas ela não tem o casive da Roadie Crew e a Rock Brigade. É um pouquinho simples, mas ela não deixa nada a desejar. Muito boa, também. Eu tenho algumas coisas em casa na época que apresentava o Na Rota do Rock em 2003/2004, em Santo André, no Pq. da Juventude.
Maloik: Programa nota 10. Não peguei todas as edições, eu não vou mentir. É muito bem produzido, o pessoal faz com vontade e com conhecimento e que precisa mais espalhar a braza nesse programa, que eu soube através de um contato e que precisa divulgar mais. Tenho certeza que divulgando vai ter muito mais gente. São poucos que estão fazendo isso e poucos que tem a coragem do que eles estão fazendo. Parabéns para o Maloik.
Rocka Rolla: Eu assisto (risos). O rock é pra se divertir. O Bruno Sutter conhece muito de música, ele põem uma música brega e transforma em Heavy Metal. Assisto porque eu gosto dele e das tiradas dele. E quem sabe, um dia, ele possa colocar o Dr. Rock... (N.T.: Dr. Rock é um personagem, nome verdadeiro é Marcos Spiazi). Ele vai gostar! E ele também é um personagem (Detonator) e, de repente, ele possa gostar de mim. Eu assisto e acho o maior barato. Eu recomendo para quem gosta de se divertir e também para quem quer aprender, porque a gente aprende muito nesse programa. Nota 10 para o Bruno "Detonator" Sutter, o Deus do Metal (risos).
Bandas
Golpe de Estado: Uma das bandas que eu mais apresentei. Tá certo que tem mudado a formação, que agora é com o Dino Rocker (vocal) e o Roby Pontes (bateria). (W.P.: eles acabaram de lançar novo disco, que leva o nome de Direto do Fronte) Não tava sabendo. O Hélcio Aguira é um dos melhores guitarristas junto com o Nelson Brito, baixista. Eu tinha contato com o Kiko Müller (ex-vocalista da banda) e o Paulo Zinner (ex-baterista da banda), um dos melhores bateristas. O Roby Pontes está muito bem no posto de baterista da banda. O Dino Rocker está muito bem, também. Apresentei eles no 2º Festival da Cultura Industrial de Santo André e não houve rejeição nenhuma, o pessoal canto junto e foi muito bacana. É a banda que mais apresentei até hoje e eles não aguentam mais me ver (risos).
Patrulha do Espaço: Grande banda de Rock Progressivo. Parece que o Junior tá lançando um novo CD... (W.P.: Já lançou) Nem sabia. Ele deve estar morando em Brasilia. Um dos melhores bateristas do Brasil e faz um Rock Progressivo de primeira! É uma das minhas bandas prediletas e tenho muita apreço por ele, e graças a Deus ele também tem muito apreço por mim. É muito legal. Nota 10.
Made In Brazil: A maior banda de Rock do Brasil. Eles também tão cansado de estar presentes: o Oswaldo, Rick Vacchione, o Celso e todo pessoal. Acho que eles são os nossos Rolling Stones. Me dou muito bem com eles e também me respeitam. É um privilégio ter eles como contato e várias vezes apresentei-os. Todos sabem que o Rick Vacchione é um colecionador de todos os itens dos Rolling Stones. Então, se alguém for perguntar para mim qual é a banda nacional que eu mais gosto de ouvir, com certeza eu direi que é o Made In Brazil. A banda faz Rock N' Roll de verdade! 24h por dia.
Casa das Máquinas: Não conheço eles pessoalmente. Foi um dos precursores do Rock Nacional em meados dos anos 70. É uma banda que se fixou e tem uma grande procura pelos seus Lp's. E todo roqueiro tem que conferir o Casa das Máquinas, porque foi uma coisa diferente pra época e até um pouco agressiva, no modo de falar. Todo roqueiro tem que ter os discos do Casa das Máquinas.
Dr. Sin: Tive o prazer de apresentá-los na última passagem deles em Santo André. O Andria e o Ivan Busic são pessoas super humildes e fazem Rock N' Roll de verdade e um show ao vivo muito bom. Ainda continuam na ativa batalhando. Estou louco para conferir outro show ao vivo deles, porque eles me atenderam com muita humildade. Parabéns para o trio.
Torture Squad: Apresentei eles no programa Na Rota do Rock. Eles são muito queridos. Eles abriram o show de uma banda a pouco tempo atrás... (W.P.: abriu para o Anthrax e o Misfits no último dia 16 de abril) Isso mesmo. A banda tem um publico fiel. E se você por em um lugar para se apresentar, com certeza vai atrair muita gente. Torture Squad é uma banda de ponta!
Sepultura: Apesar das mudanças é o nosso ícone nacional. Se projetou daqui para o exterior e, também, está projetando bandas daqui pra lá. É a pioneira do Heavy Metal brasileiro e nossa refêrencia. Quando se fala em Rock pesado no Brasil, o que vem na cabeça é o Sepultura. Apesar que outras bandas estão no mesmo nível.
Krisiun: Tive o prazer de apresentá-los três vezes. Gente muito bacana! É uma banda que, também, tem um público muito grande e está fazendo um grande trabalho no exterior. Acho que já voltaram e, me parece, que eles vão tocar no Central Rock Bar em breve. Vale a pena conferi-los.
Viper: Não deu para ir no show, que foi com o André Matos no vocal. O show foi no Central Rock Bar, inclusive. Era a banda que todo mundo tava querendo de volta, teve um público muito bom e fizeram um show de primeira. Foi bom eles voltarem, porque que nem eu falo: precisamos fomentar o Rock, seja qual for as suas vertentes. Principalmente o Rock pesado, que tem o público muito fiel.
Angra: Outro que tem grande público, até um pouquinho mais que o Viper, na minha concepção. É uma grande banda e tem que estar na ativa tocando, porque onde o Angra vai tocar a meninada vai atrás, e eu tenho muita fidelidades aos fãs do Angra.
Korzus: Nunca tive oportunidade de apresentar, mas eu gostaria. Eu só vi um clip que foi rodado do Numeral de Rio, que eles fizeram aqui no ABC. É uma puta banda e também tem um público muito bom, mas eu não conheço eles pessoalmente. Estou louco para ver um show deles ao vivo, porque nunca assisti.
King Bird: Do Silvio Lopes? (R.C.: Correto!) Pessoal muito bacana! Eu cheguei a apresentar eles no Kazebre Rock Bar no ano passado, se eu não me engano. É uma grande banda. O João Luiz (vocal) e o Silvio Lopes (guitarra) são pessoas nota 10.
Carro Bomba: Todos dessa banda são meus brothers (risos). Nossa, eu conheço gente pra caramba! Eu estou com 55 anos, mas meu HD tá sem parar (risos). É uma das grandes bandas paulistanas ao lado do Tomada, do Ricardo Alpendre. Vendo eles tocando você é remetido aos anos 70. Eu os adoro.
Baranga: Banda muito legal. O Paulão é um puta baterista! Quem acha que elogia muito ele é o Vitão Bonesso, que se dão muito bem. 'O Paulão, eu tô muito por dentro das coisas hein! Eu não sou o Leão Lobo do Rock, mas estou por dentro (risos)'. Uma puta banda, que também segue o mesmo caminho do Carro Bomba e do Tomada.
Almah: Tenho que ser sincero, mas eu nunca ouvi o som deles. Você sabe que o Edu Falaschi é um puta profissional que não tem o que falar, mas tenho que ser sincero nas coisas porque não conferi o trabalho. Foi bom até você me dar o toque para mim poder ir atrás. (W.P.: foram 3 discos lançados, sendo que um foi como trabalho solo do EF e os outros dois como banda) É tanta coisa que passa por batido... Mas não posso descer meus comentários sobres eles porque não conheço. (W.P.: agora que ele saiu do Angra, ele vai se concentrar exclusivamente ao Almah) Muito bom. E também espalhar a brasa pelos meios de comunicação para saber aonde vai ter show da banda.
(W.P.: você concorda com a declaração em vídeo dele dizendo que o Heavy Metal nacional está morto?) Não está morto. Não vejo assim, porque ai ele já está sendo um pouco radical. Eu falei no inicio da entrevista que o Rock está em baixa, essa palavra seria a mais correta. Existe shows de Heavy Metal por ai, como eu apresentei em SBC, mas tem aquele pessoal que não tá naquelas alturas. Quando você fala morto é porque não existe mais. Talvez seja pelo modo de falar, o morte pode ser o morto vivo, sem criticas ao que ele dize. Se me perguntassem, eu falaria: 'estamos em baixa e precisamos fomentar a cena'. Essa é a minha visão. Morto é como se tivesse acabado, mas não acabo.
Pastore: Vem fazendo um grande trabalho. Eu não conheço ele pessoalmente. Parece que o CD dele tá fazendo sucesso no exterior. Acho que ouvi um ou duas músicas dele e que tá sempre divulgando o trabalho da banda dele, Pastore. Pelo que eu vejo, sem conhecê-lo pessoalmente, é uma pessoa batalhadora, não se entrega e é muito humilde. Estão com dois trabalhos muito bons e foram mostrar lá no exterior e me parece que, aqui, o pessoal já tá começando a conhecer a banda. Só de ver ele no mundo virtual eu já gostei dele.
Lojas de discos da Galeria do Rock
Baratos Afins: Não conheço o Luiz Calanca pessoalmente, só pela TV. Nem virtualmente e nem em Redes Sociais. Só posso dizer que ele ajuda muitas bandas e reeditou Lp's. Ele é muito, vamos dizer assim, conhecedor do que ele fala e conhece muita coisa. Eu tenho que aprender com ele. A loja dele é a melhor que tem na Galeria do Rock. Tem cada coisa ali que, às vezes, da até medo de entrar, porque você sai sem dinheiro para voltar de ônibus, pagar o ticket do carro e da gasolina. O Marcelo Nova elogiou muito ele quando entrevistei, porque ele sempre dá grandes oportunidades para as bandas. Não deu certo de ele me aceitar no Facebook porque, talvez, ele não me conheça. Então ele só deve aceitar pessoas que conhece, mas uma hora ele vai me conhecer e vai saber do que estou tratando virtualmente.
Die Hard: Não conheço o Fausto. Outra coisa é que eu não vou na Galeria do Rock com frequência: trânsito, gasto com dinheiro e o pra lá e pra cá. Hoje não tenho mais comércio. Aposentado, então, tem que pensar na hora de comprar, porque tenho uma mãe para sustentar com assistência médica. Só conheço a loja Die Hard, que está na ativa e pelas propagandas que eles fazem no Poeira Zine, do Bento Araújo, e tentando se segurar na cena. Acredito que tem muita coisa boa lá, mas não conheço o Fausto pessoalmente. Todo sucesso para ele e, pelo que eu vejo, intuitivamente, que eu sou canceriano e nasci no mesmo dia que o Raul Seixas (28 de junho). E tenho certeza que ele é um puta batalhador.
Animal Records: Não conheço o Carlos pessoalmente e, também, e pela baixa frequência que não compareço a Galeria do Rock. A loja continua na ativa e, quando vem em mente essas lojas: a Die Hard, Aqualung e a Hellion Records, que sempre dá oportunidades para as bandas de Thrash Metal. Parabéns pela Hellion. Eu não vou para Galeria do Rock por falta de vontade, porque sair de Santo André e ir pra lá demora. Mas, quando eu pintar por lá, vou gastar meu dinheiro. E no momento não posso! Você não quer gastar, deixe o cartão de credito em casa.
Loja de discos e camisetas da região do ABC
Metal Cds: Eu e o Jean noís somos brothers, da banda Montanha junto com o Vinicius Castelli (guitarra). É uma loja referência daqui do ABC. Não é porque eu tenho amizade com eles. Esse eu posso dizer que é um puta cara humilde, puta músico e uma puta loja. Gosto dos filhos deles, que é o Jonathan e o Jimi, que tem uma loja de roupas no lado. Se você quer procurar alguma coisa e não ir pro centro de São Paulo, o Jean tem na Metal Cds. Falou aonde comprar alguma coisinha aqui na região, pensou em Metal Cds. É o que tem mais itens de Rock e, inclusive, Lp's, Cd's e Dvd's.
Bares
Manifesto Bar: Esse eu não cheguei a apresentar, conheço só de nome. Eu sei que dá oportunidades para as bandas. Quem tá dando oportunidades para as bandas e tentando levantar o Metal nacional, ou qualquer outras vertentes, eu dou os meus parabéns.
Blackmore Rock Bar: Eu fui uma vez lá para ver o Vitão Bonesso tocando com a banda Electric Funeral (A Black Sabbath Tribute Band). Foi muito legal. Já faz bastante tempo que eu fui lá. O VB é um puta baterista e uma grande figura. Achei muito bacana, vale a pena conferir.
Kazebre Rock Bar: Esse eu posso descer meus comentários, porque fui apresentador de lá durantes 8 meses. Eu conheci muitas bandas nacionais, algumas internacionais, como P.O.D e Asessino. Apesar que toca muito cover, a verdade é essa. Bandas com trabalho próprio é difícil, praticamente nulo. No Kazebre eu fui muito bem tratado, aprendi muita coisa, aprendi o que fazer e o que não fazer. Foi um escola para mim e tenho que agradecer a todos os proprietários. Muito obrigado a eles, porque foi uma somatória para o meu currículo como apresentador.
Central Rock Bar: A de Rock Seixas ao amor. Na última vez em que eu estive lá eu apresentei os Velhas Virgens. O Paulão é outra grande figura. Eu sou muito bem tratado e tenho o maior carinho com a Edy. É um barzinho que está lutando a cada dia. A Edy é uma batalhadora e uma canceriana como eu, que fiquei sabendo, que nasceu entre o dia 22 ou 23 de junho. E é um 'point' que da oportunidades para as bandas, trazendo muita coisa boa e melhorando a cada dia que passa. Parabéns a Edy, no fundo do meu coração. E vale a pena conferir o Central Rock Bar, vai ter muita coisa legal em breve e estou achando que o Korzus vai tocar por lá.
Festivais
Rock In Rio: O melhor de todos foi o de 1985, aonde começou tudo. O RIR agora virou uma marca, mistura tudo com outros estilos, mas sem desmerecê-los porque tem muita gente boa. E se perguntarem o que eu ouço fora do Rock, eu falo que eu não compro os disco da Ivete Sangalo, Claudia Leite que, apesar de não fazerem rock. são ótimas do que fazem. Tem gente que não gosta de Rock, não gosta de Thrash Metal... Todo mundo tem o seu gosto, mas é muita misturada e isso perde um pouco da essência. É uma marca, o Medina não tem culpa! Deu certo e continua com o nome. Mas se é Rock In Rio, me desculpem, muda de nome e põem outros estilos. Perde um pouco a essência. Eu só posso elogiar o de 1985 que o foi 'estopim' de todos.
Wacken Open Air: O WOA vai muita gente e tenho muito amigos meus que vão pra lá. Posso dizer que é Heavy Metal puro! E você sabe que você vai ver Heavy Metal, Thrash Metal, Harcore misturado com um pouquinho de Punk. Mesmo que você não conhece a banda, você vai estar ouvindo aquele estilo de som. Esse é o festival que está pegando muito bem, eu tenho amigos que vão conferir lá direto. Se eu tivesse dinheiro, eu ia (risos).
Sweden Rock Festival: Para ser sincero, não me lembro dele... Já algum tempo que têm? (W.P.: há 20 anos o festival acontece anualmente) Para você ver como a gente se perde pelos acompanhamentos. Sem conhecimento de causa, eu não posso falar nada sobre ele, mas se isso já tem há 20 anos, me passou por despercebido. É tanta coisa que tem na minha cabeça, desde Rockabilly e festivais que apresento por ai é complicado. Esse me passou por batido. Já que estou apredendo com você, eu vou atrás.
Hellfest: Já ouvi falar, mas não cheguei a acompanhar. E também não posso dizer o que foi feito lá. Assim como Wacken, que sei as bandas que foram tocar no festival. É divulgado no programa Stay Heavy, do Vinicius Neves, e que está sempre fazendo a cobertura do Hellfest. Como eu acompanho esse programa, ficamos sabendo do que acontece. E se não fala, passa por despercebido.
Muito obrigado pela entrevista! Se não fosse esse evento que a Milla Sebos esta organizando, eu não teria essa oportunidade de bater esse papo. Deixo todo espaço pra dizer o que quiser para os leitores.
Agradeço pela entrevista, muito dinâmica e bem rápida. Gostei muito da sua performance. Eu gostaria que as bandas se unissem quando tiver show e que as pessoas fossem no show. E vou dar uma puxadinha na orelha: roqueiro, quando uma banda tocar e você terminou a sua performance no palco, saia e assista a outra banda, porque assim o público também não vai embora e eles ficam presentes. E as bandas também não irem embora, porque a gente tem que mostrar que tem público, já que hoje as bandas acaba de tocar, pegas as coisas e vai embora. No exterior não é assim, as bandas terminam o show e ficam juntas assistindo as outras. De repente você vê uma banda de lá e fala: 'Puxa, eu não faço isso. Eles fizeram uma coisa boa, mas eu vou melhorar'. Então a banda pode aprender e, também, o público roqueiro conhecer a outra a banda. A banda acabou de tocar e vai embora? Isso é errado! Ou a gente se une, porque nos estamos em baixa, e vai ficar mais baixo se não seguir essa linha. Morrer, não vai. Então, roqueiro, vamos se unir. Bandas, acabo seu show, assista a outra. Roqueiros, não vão embora! Assista o show até o final, porque você vai gostar e vai aprender alguma coisa. E vamos colocar a bandeira do Rock no seu mais alto possível.
Muito obrigado.
http://marlenenews.blogspot.com.br/2012/08/entrevista-com-o-dr-rock-parte-1.html
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