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Kari Rueslatten: Nightwish e After Forever não existiriam sem ela

Postado em 06 de junho de 2005

Por Thiago Pinto Corrêa Sarkis

Você certamente já escutou alguma música ou, no mínimo, ouviu falar nas bandas Nightwish, Within Temptation, After Forever, Leaves’ Eyes, Theatre Of Tragedy, Edenbridge. Aplaudidas por muitos e estourando no mercado, estes músicos obviamente tiveram um ponto de partida.

Infelizmente poucos sabem a proveniência de tantas mulheres brilhantes à frente destes grupos. A abertura das portas para o sucesso feminino no rock aconteceu com, entre outras, Janis Joplin, no hard rock com Lita Ford, no metal com Doro, e especificamente no doom / gótico, com Kari Rueslatten e o legendário The 3rd And The Mortal.

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No início de 1994 o grupo gravava o EP "Sorrow" e meses depois lançava seu debute, "Tears Laid In Earth", o qual se tornaria o primeiro grande clássico do estilo e o ponto de partida para uma nova era de vocais femininos. A encantadora voz de Kari Rueslatten é fonte de inspiração confessa a Liv Kristine (Leaves’ Eyes – ex-Theatre Of Tragedy), Vibeke Stene (Tristania), Anneke van Giersbergen (The Gathering) e, mesmo em vertentes variadas, Tarja Turunen (Nightwish) e Floor Jansen (After Forever).

Chega ao Brasil, em 2005, via Hellion Records, o novo álbum de Kari Rueslatten, "Other People’s Stories". Conversamos com a precursora desta grande geração, falamos da atualidade, o que veio após o The 3rd And The Mortal e, obviamente, seu disco solo, o primeiro lançado em território brasileiro.

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Whiplash! – Seu novo álbum, "Other People’s Stories", acaba de ser lançado no Brasil. É a sua estréia solo em nosso país. Como você se sente com este início após alguns anos afastada da cena por aqui?

Kari Rueslatten / Acho maravilhoso ter o meu álbum lançado no Brasil. É um orgulho enorme saber que minha música está novamente sendo escutada num país tão distante do meu. São lugares e pessoas diferentes, e é ótimo ver que a "Other People’s Stories" consegue integrar o público daqui da Noruega e daí do Brasil, além de outros países. Estou muito feliz. Fico lisonjeada.

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Whiplash! – De que maneira aconteceu esse contato entre você e a Hellion Records? Não tínhamos notícias suas há muito tempo...

Kari Rueslatten / Foi através da minha gravadora na Suécia, a GMR Music. Eles me disseram do interesse da Hellion Records em lançar meu novo álbum no Brasil. Mesmo nesse tempo que passei sem novidades por aí, continuei recebendo mensagens de fãs brasileiros e tinha boas indicações sobre essa gravadora.

Whiplash! – Então mesmo distante, ainda havia alguma relação com os fãs brasileiros... a maioria, porém, procurava por você por causa do The 3rd And The Mortal, certo?

Kari Rueslatten / Não, e isso é o mais incrível. Muitos brasileiros compravam e acompanhavam minha carreira solo desde as gravações demo que fiz em 1995, e depois o debute "Spindelsinn". Agora eles terão a oportunidade de achar "Other People’s Stories", o meu quarto álbum solo, aí no Brasil.

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Whiplash! – O que te inspirou para a composição de Other People’s Stories?

Kari Rueslatten / Eu já tinha a idéia de gravar um álbum como "Other People’s Stories desde o lançamento de "Pilot" em 2002. Minha vontade era muito grande de trazer um álbum com histórias que me instigaram sobre a vida de outras pessoas. Acho que de alguma forma todas as músicas foram inspiradas em terceiros, mas têm algo a ver comigo também. Essa foi minha idéia para as letras.

Whiplash! – Em termos instrumentais, este álbum traz alguma mudança em relação aos anteriores?

Kari Rueslatten / Sim, muita coisa mudou. Quis dar certa ênfase em partes bem sofridas, trabalhei melhor os teclados e tive uma banda com músicos fenomenais que puderam executar e sentir as canções da maneira como eu queria quando as compus. Essa transformação não ocorreria, contudo, se não fosse pela construção do meu próprio estúdio. Trabalhando nele, com maior liberdade, tive tempo de selecionar o material, ouvir, repensar. Acabou soando um pouco mais folk que meus álbuns anteriores. E sempre gosto de incluir esses elementos em minha música.

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Whiplash! – O disco é repleto de letras tristes, algumas levadas melancólicas. Como é para você desenvolver um trabalho com temas tão profundos?

Kari Rueslatten / Eu sinto uma atração por essa parte mais obscura da música. Tenho bastante dessa melancolia que as músicas de "Other People’s Stories" transpiram. Porém, tento encontrar um equilíbrio entre essa nebulosidade das letras e o instrumental, para que não soe maçante ou algo similar.

Whiplash! – Apesar da temática, a música é bem acessível. Você concorda que talvez este seja seu álbum com maior potencial de vendas, alcance de público, etc?

Kari Rueslatten / É difícil saber, mas pelo que percebo até agora, acho que sim. Depende também de quem está ouvindo, então isso varia bastante. Porém, esse olhar não me importa tanto. Ter o meu próprio estúdio, fazer a minha música independente de rótulos, da maneira que quero, isso sim me fascina. Sinto-me uma felizarda por poder produzir isso. O resto, a divulgação, promoção, é com a gravadora e aí só torço para que dê certo.

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Whiplash! – Como vem sendo a repercussão do disco na mídia européia?

Kari Rueslatten / Muito boa até agora. Há um grande apoio e todos parecem gostar bastante do trabalho. O vídeo que gravamos para a música "Other People’s Stories" vem passando nos canais de televisão, outras músicas estão sendo destaques nas rádios. Enfim, está tudo correndo bem. Espero que o mesmo possa acontecer no Brasil e que as pessoas gostem do álbum.

Whiplash! – Bem, gostaria falar um pouco de The 3rd And The Mortal. O que aconteceu para que você saísse da banda?

Kari Rueslatten / É um pouco difícil pra mim falar sobre o The 3rd And The Mortal, pois me dediquei muito ao grupo e acho que fizemos um belo trabalho juntos. A separação não aconteceu por quaisquer desavenças. Nós simplesmente tínhamos idéias musicais diferentes para a continuidade do trabalho após "Tears Laid In Earth". Somos amigos ainda hoje, e fiquei com eles até que achassem a então nova vocalista, Ann-Mari Edvardsen. Ela é excelente e achei que o legado da banda poderia ser levado à frente. Infelizmente, não durou muito tempo até a saída dela.

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Whiplash! – O que significou o The 3rd And The Mortal para você?

Kari Rueslatten / O início da minha carreira, num estilo que realmente amo, mas que talvez fosse impossível manter, já que eu tinha outras idéias e planos para o futuro. Todas as influências de rock progressivo e do gótico que vivenciamos na banda, persistiram comigo. Porém, acho que a real razão da nossa separação foi a minha vontade de fazer uma música mais inspirada no folclórico, e não só nas referências que trabalhávamos antes. Isso não foi possível com o The 3rd And The Mortal, logo não havia razão para continuar.

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Whiplash! – A partir de "Tears Laid In Earth", tudo mudou para as mulheres no gótico / doom. Como você se sente neste papel de precursora de um estilo que hoje chega a ser dominante no metal?

Kari Rueslatten / Não há como descrever essa sensação. O The 3rd And The Mortal foi uma experiência muito única e "Tears Laid In Earth" tinha algo de muito especial. Sabíamos disso. Porém, não pensávamos que tomaria aquela proporção. Se você falar com Finn, Trond, Geir e Rune (N. do E.: músicos fundadores do The 3rd And The Mortal, ao lado de Kari), acredito que eles te dirão o mesmo. É com muita alegria que vi as portas se abrindo para tantas outras mulheres cantarem no mesmo estilo que eu e seguirem a filosofia de uma banda tão importante pra mim. Naquele tempo, não tínhamos muitas garotas nos vocais principais de grandes conjuntos e veja agora como estão as coisas. Não existe nada melhor para um músico do que saber que fez um álbum que mudou o rumo de algumas coisas, e mexeu com a vida das pessoas.

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Whiplash! – Quais bandas você mencionaria como suas principais influências naquela época?

Kari Rueslatten / Candlemass, eu os ouvia o dia todo. Posso mencionar também King Crimson e Pink Floyd. Adoro essas bandas e lembro-me que naquela época elas realmente foram fontes de inspiração para nossa música.

Whiplash! – O que te levou a assumir os vocais de uma banda de metal, um estilo até então predominantemente masculino?

Kari Rueslatten / Sempre gostei de estar em bandas de rock e metal. Podia parecer estranho para os outros, mas para mim era natural. O visual, a atitude, e a música de mulheres como Diamanda Galas me fascinavam também. Especialmente o disco "The Sporting Life" (1993), que ela gravou com John Paul Jones do Led Zeppelin.

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Whiplash! – Nos shows do The 3rd And The Mortal, como o público reagia ao te ver no palco, como foco principal?

Kari Rueslatten / Não era tão especial assim (risos). Havia um primeiro impacto, muito nítido. Aqueles que não sabiam que o The 3rd And The Mortal tinha uma mulher nos vocais ficavam um pouco atordoados no início, mas depois se acostumavam e começavam a participar e curtir os shows.

Whiplash! – Não rolava preconceito?

Kari Rueslatten / Preconceito não. Apenas algumas manifestações naturais. Quem não queria ouvir, ou achava estranho, simplesmente virava as costas (risos). Hoje é pior, posso te dizer. Não pela carreira solo, mas por ter meu estúdio, fazer minhas próprias produções e também de outros. Vejo que algumas pessoas se assustam. Parece que só podem existir produtores na música. Quando eles percebem que há uma mulher produzindo um álbum, ficam ressabiados. É engraçado até (risos).

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Whiplash! – Como você descreveria sua música hoje?

Kari Rueslatten / É difícil falar sobre sua própria música. Posso tentar. Bem, talvez não seja mais metal, mas há uma atmosfera que parece cativar fãs do estilo. A maioria daqueles que acompanharam o The 3rd And The Mortal gostam do que faço hoje, e fico feliz pois consegui adicionar os elementos folclóricos que sempre quis. Há uma mistura com partes eletrônicas e acústicas também. É acessível e me agrada muito (risos).

Whiplash! – Quem vê a capa de seus álbuns e especialmente deste último já pode pensar em cantoras como Alanis Morissette, Natalie Imbruglia, Meredith Brooks, etc. Todavia, sua música é muito diferente disso e, mesmo assim, já li críticos fazendo essas comparações. Qual a sua opinião sobre isso?

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Kari Rueslatten / Todas as cantoras que você mencionou são grandes nomes da música hoje em dia. Fazem sucesso em todos os continentes, vendem milhões de cópias. Se um crítico disser que minha música tem o potencial de atingir tantas pessoas quanto a delas, ótimo, ficarei grata. Porém, se a comparação for em termos musicais, acho que há um grande equívoco. Os estilos são totalmente diferentes. A música delas é muito mais pop. Mas entendo que as pessoas, às vezes, precisem comparar para se localizarem melhor, e entenderem o que está sendo feito.

Whiplash! – Quais suas principais influências hoje?

Kari Rueslatten / Diamanda Galas, sempre, e Tori Amos tem uma voz muito especial. Bjork é uma cantora estranha, mas talentosa. Kate Bush é ótima também. Todas elas têm uma mensagem diferenciada a passar.

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Whiplash! – Bem Kari, foi um prazer falar com você. Parabéns pelo novo álbum e toda a história construída ao longo de sua carreira...

Kari Rueslatten / Obrigada. Estou muito alegre com o lançamento do meu álbum no Brasil e espero que todos gostem de "Other People’s Stories", um álbum feito com muita dedicação e amor pela música.

Site Oficial – http://www.karirueslatten.com

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