Flávio de Souza: Entrevista com o editor da Metal Mission Magazine
Postado em 24 de maio de 2004
Flávio de Souza é um dos caras mais respeitados do underground brasileiro, respeito esse derivado do seu admirável trabalho em divulgar e desenvolver a cena cristã do metal pesado, responsável pelo primeiro forte veículo de divulgação da cena no Brasil, a histórica revista Metal Mission Magazine. A seguir levamos um longo papo com essa folclórica figura do white metal brasileiro, tratando de sua carreira, seus projetos desenvolvidos, as dificuldades, opiniões e os futuros planos. Contamos também com a participação da sua simpaticíssima esposa Rosemari. Divirta-se com a mais completa entrevista já realizada com ele e boa leitura!
Whiplash! - Flávio, para começar, conte um pouco da sua história para quem não o conhece.
Flávio de Souza / História?! Mmhh... O que posso dizer?... Tenho 36 anos, casado com Rosemari e temos 3 filhos. Estou dentro da música pesada desde meus 14 anos, e há 12 anos envolvido com o Metal Cristão, conhecido como White Metal.
Whiplash! - Para quem acha que metal e cristianismo são coisas antagônicas, o que você tem a dizer?
Flávio / Não há estilo musical que seja satânico ou que seja santo. O estilo é simplesmente uma forma de se expressar à arte. O que faz a diferença é a mensagem, a intenção da música. E o Metal com o Cristianismo se encontram aí!!. O Metal não é satânico, mas abriga muitas bandas que propagam suas crenças anti-cristãs. Talvez por isso pessoas associam o Metal ao satanismo e acham estranho uma banda de Metal propagar a crença em Jesus. O White Metal é chamado, é visão de Deus a ser seguida e cumprida. Na Bíblia, no livro de Marcos 16:15 temos a Palavra de Deus que chama a atenção de levarmos a Sua verdade para toda criatura. E também o Metal é um meio, assim como o esporte, o teatro...
Whiplash! - Como surgiu a idéia de criar uma publicação para divulgar o white metal e quais as dificuldades iniciais enfrentadas?
Flávio / Eu já era "fanzineiro" (Nota do E: apreciador de zines), então quando me tornei cristão nada mais natural de que fazer um zine voltado praquilo que eu estava vivendo. Na época havia um zine de São Paulo/Campinas chamado White Metal Detonation e ele me serviu como inspiração. Na verdade quando comecei a Metal Mission não pensei que ia ter a repercussão que teve. Era algo pra amigos locais e poucos conhecidos em outros estados, mas acabou extrapolando as minhas expectativas. Por isso não houve nenhuma dificuldade de início.
Whiplash! - Qual o seu principal objetivo e o que queria enfocar ao publicar a revista?
Flávio / O objetivo era de divulgar a cena nacional com as bandas que eu já tinha contato e informar sobre o que acontecia na cena, mantendo o objetivo evangelístico. A linha editorial era abranger o Metal em todos os seus segmentos e também alguma coisa Hardcore/Punk.
Whiplash! - Quando foi lançada a primeira edição da Metal Mission?
Flávio / Em Agosto de 1995.
Whiplash! - Ela certamente teve um impacto muito maior do que você imaginara, a publicação logo se tornou muito querida pelos leitores e virou referência de white metal a nível nacional, como você lidou com essa repercussão e quais os frutos que vieram a partir disso?
Flávio / Realmente a repercussão foi maior do que eu esperava. Sempre tratei isso como uma coisa natural sem deixar subir à cabeça e procurar melhorar cada vez, pois o que fazemos para Deus precisamos fazer bem feito. Acho que o objetivo foi alcançado: pessoas sendo informadas sobre a cena, a abrangência no meio não-cristão e a divulgação de bons trabalhos sonoros tendo resultado. Muitas pessoas também me disseram que foram abençoadas com matérias particulares sobre estudos bíblicos e coisas similares. Isso foi gratificante.
Whiplash! - A revista nunca teve uma periodicidade regular, á que se deve isso?
Flávio / À falta de verba! Financeiramente, desde que entramos em gráfica, os custos eram muito altos e isso dificultava a periodicidade.
Whiplash! - A nova edição da revista era para ter saído nas bancas em meados do ano passado, o que acabou não acontecendo, á que motivos se deve isso? Há chances de uma próxima edição sair em bancas?
Flávio / Nós pensávamos em voltar no ano passado e chegamos a anunciar isso. Mas na época tínhamos uma proposta muito boa para uma prensagem profissional que acabou não acontecendo, pois não tínhamos patrocinadores suficientes para bancar, mesmo com o preço baixo. Cheguei a montar todas as matérias e procurar os patrocínios. Só consegui 50% do que precisava então deixei quieto. Alguns meses depois eu já havia recebido proposta de patrocínios, mas aí eu precisaria editar toda a revista novamente, pois as matérias estavam desatualizadas. Acabei não tendo mais tempo pra fazer isso por causa do meu trabalho normal e então disponibilizei muita matéria de lá em nosso site. Ainda nem tenho idéia se a Metal Mission volta. Hoje tenho muitos compromissos com o site, atualizações, centenas de emails, e a venda de material, que, graças a Deus, cresceu e tem me tomado bom tempo. Mas estou elaborando algo diferente em publicação underground, mas é segredo (risos).
Whiplash! - Creio que á partir disso surgiu à decisão de publicar todo o conteúdo no site, não foi difícil planejar algo durante tanto tempo, calcular tudo e no final sair errado?
Flávio / Claro, é um pouco frustrante sim, mas é melhor fazer tudo "com os pés-no-chão" pra não entrar em dívidas e acabar se atrapalhando...
Whiplash! - Alguma história curiosa, engraçada e/ou bizarra durante esse tempo de Metal Mission?
Flávio / No esquema de impressão sempre rolou alguns probleminhas, coisas que eu editava e a gráfica me passava o produto final diferente, algumas são percebíveis pelos leitores, outras só eu mesmo identifico. Mas acho que os maiores "micos" foram em tempo de zine xerocado, onde cheguei a tirar centenas de cópias e depois jogar tudo no lixo por ter algum texto errado ou a qualidade baixa de impressão. Em outros aspectos de vez em quando aparecia algum satanista pra fazer ameaças ou para zombar de nosso trabalho, mas isso faz parte.... e algo que me marcou foi o descontentamento de uma banda que era envolvida no meio "Gospel", daquelas bem "igrejeiras", que nos enviou material para uma seção de novas bandas brasileiras mas pensou que teria uma foto colorida na capa! O mais "brabo" ainda é que ninguém conhece a banda até hoje!!
Whiplash! - Durante o desenvolvimento da Metal Mission, você viu um amadurecimento imenso da cena cristã de metal no Brasil, o profissionalismo crescente das bandas e um apoio maior por parte do público, o que você acha que está faltando para conquistarmos a atenção e o respeito definitivo da mídia, do público e das bandas terem mais oportunidades de shows?
Flávio / Eu acho que estamos caminhando bem nisso. Algumas bandas cristãs nacionais têm sido destaques em revistas especializadas ou tendo bons reviews de seus CDs. O lance é trabalhar sério na proposta, buscando o profissionalismo, e o resultado é questão de tempo. Vale a pena investir em equipamentos, gravações, estudos musicais e também, se a banda interpreta suas canções em inglês, conhecer e dominar a língua que está sendo cantada. E também ter o apoio das pessoas para a compra de seu merchandise. Se o público adquirir cds e cds demos de bandas brasileiras, mais elas ganham recursos para investirem em seus próprios trabalhos. É aquela velha mania de dar valor só a material com alta qualidade e não investir em bandas que estão começando. Isso vale também pra shows. É duro ver gente chorando 3, 5 reais na entrada de um show – mas pra dar 100 paus pra ver uma banda internacional nem pensam duas vezes... E pra finalizar: precisamos parar com aquele pensamento de querer que uma banda toque em nossa cidade e que pague a passagem do próprio bolso! Isso é desrespeito com os integrantes e falta de amor ao Metal.
Whiplash! - Quem são seus colaboradores, como os conheceu e de que parte do planeta Terra eles são?
Flávio / Os colaboradores no tempo da Metal Mission impressa foram chegando naturalmente. Eu e minha esposa idealizamos a Metal Mission, então chamamos alguns amigos locais pra comentar Cds, fazer algum estudo bíblico e toques de instrumento. Depois foram aparecendo pessoas dispostas a trabalhar conosco de outras partes do Brasil que já haviam sido nossos leitores. No exterior alguns amigos toparam fazer matérias para nós e então tudo rolou. Hoje em dia com a versão eletrônica, a equipe é mantida, além de minha esposa e eu, pelo Ricardo Borges (Webmaster- Goiânia/GO), Leonardo Takeo (crítico, que morava em SP mas mudou-se para o Japão há alguns anos) e o Olaf Becker (crítico, alemão, que está conosco há muitos anos). Ainda há o Marcelo Lopes, baterista do Clemency, que atualmente mora em Londres, que faz reviews para Cds de Metal Extremo internacionais, e alguns reviews de Hardcore pelo Luciano Souza de Mogi das Cruzes. Também era nosso colaborador o Clayton Nantes, mas por ele ter hoje um selo (Avantage Records), achamos que seria mais ético que ele deixasse de cooperar nos comentários. Mas há vários colaboradores de sites internacionais que nos enviam as novidades da cena regularmente e então podemos ter notícias frescas sempre.
Whiplash! - Você já fez muitas entrevistas, quais as melhores, as mais marcantes, as bandas mais simpáticas e os piores momentos que você já teve com relação á isso?
Flávio / Eu gosto de cada entrevista que a Metal Mission já fez, cada uma com sua importância, seja com bandas nacionais ou internacionais. Fico surpreso como bandas já conhecidas na cena como Narnia, Tourniquet, Bride e Mortification... entre outras, que são tão amáveis em responder as questões que enviamos. Não há estrelismo no que percebi e isso é peça fundamental para que a banda prospere em seus objetivos.
Whiplash! - Alguma outra revista de metal (cristãs ou não cristãs em todo o mundo) que você lê e recomenda?
Flávio / Cristã: No Brasil a Extreme Brutal Death, especializada em Metal Extremo, feita em Uberlândia e o Zine House of God feito pelo Sebastião Amorim em São Paulo. Seculares eu gosto mesmo é da Roadie Crew, matérias inteligentes e sem preconceito.
Whiplash! - Como se deu a realização das famosas coletâneas MM: Brazillian Collection I e II, quais os critérios de escolha das bandas, foi lançada por que selo? Há planos de lançar algum outro álbum nesse estilo?
Flávio / Foi a necessidade de divulgar as bandas e suas propostas evangelísticas, aproveitando que a Metal Mission já gozava de um certo prestígio. Nós bancamos todas as despesas e prensamos aqui mesmo em Londrina. Vendemos por um preço bem em conta para todos poderem ter acesso e também distribuímos dezenas, ou centenas de cópias gratuitas para a mídia especializada e pessoas não-cristãs. Foi uma seleção muito simples, sem grandes critérios na primeira edição – algumas bandas tinham boas gravações, mas outras necessitavam melhorias, mesmo assim foram colocadas. Já na segunda, com um número maior de bandas enviando material, deu pra selecionar melhor as bandas. Mas isso não quer dizer que eu goste menos da primeira do que a segunda, acho que ambas foram importantes para a cena. Foi algo pioneiro e que felizmente serviu de alavanca para que mais irmãos fizessem a mesma coisa. Penso em lançar a número três ainda em 2004, mas provavelmente sem bandas de Metal Extremo, quero deixar algo mais homogêneo, com bandas de Heavy e Power apenas. Hoje temos a Extreme Brutal Death de Minas que é o maior nome do Metal extremo nacional cristão e que já está em sua segunda coletânea. Então acho que a carência fica para os outros estilos. Mas estamos recebendo material e analisando...
[an error occurred while processing this directive]Whiplash! - Mudando um pouco de assunto, você já foi alvo de muito preconceito na rua ou de violência contra sua pessoa, em exemplo de algumas bandas white que são atacadas por grupos extremistas?
Flávio / Pessoalmente nunca passei por momento constrangedor por ser cristão e curtir Metal, pelo menos com os bangers. Houve sim em alguns momentos de conversas com não-cristãos em que rolou algum clima mais tenso quando as diferentes opiniões sobre algum assunto eram divergentes e cada um queria defender seu ponto de vista, mas nunca houve algum tipo de agressão física. Talvez por eu ser mais velho (risos) há algum respeito maior. Mas muitos amigos, aqui mesmo de Londrina, foram perseguidos e ameaçados por grupos de Black Metal por algum tempo.
Whiplash! - Mesmo com inúmeras bandas de qualidade ao redor do mundo, o metal cristão em si ainda carece de boas produções e das bandas poderem se dedicar exclusivamente a elas mesmas, em muitos casos os integrantes tem que sustentar trabalhos paralelos para poder sobreviver, isso atrapalha consideravelmente as mesmas e atrasa o lançamento de novos trabalhos, porque ainda depois tantos anos o white metal encara esse tipo de situação?
Flávio / Isso é natural do Metal em geral. Pouquíssimas bandas no Brasil podem se dar ao luxo de viver só de som. Acho que isso é próprio do underground e deve continuar assim por longo tempo, infelizmente. Para que essa situação seja mudada, ou pelos amenizada, deve haver a simbiose público-banda. A busca do músico pelo profissionalismo e a do público em colaborar comprando Cds e indo aos shows.
[an error occurred while processing this directive]Whiplash! - O white metal, antes concentrado basicamente no E.U.A, foi se expandindo e descobrindo outros focos de boas bandas, como a Austrália(berço de Mortification, Paramaecium, Virgin Black e Metanoia), Suécia (Narnia, Seventh Avenue...), Europa em geral, países nórdicos e porque não Brasil, trazendo diversidade e mais divulgação do movimento, como se deu a explosão do white metal no Brasil e a que fatores você atribui isso?
Flávio / O Metal Cristão no Brasil começou no fim dos anos 80, início dos 90, mas já nos anos 80 havia pessoas que foram importantíssimas para que o Metal Cristão se propagasse como o Cláudio Tíberius em São Paulo e o Pastor Fábio (hoje em Belo Horizonte). Deus achou bom que nessa época se levantassem as primeiras pessoas dispostas a trabalhar para o surgimento e crescimento do underground cristão, e chamou tais pessoas. Zines como o White Metal Detonation e bandas como Saved, Projeto Eterno, The Joke?, Martíria, Calvário, Justa Advertência e Devil Crusher tiveram papel fundamental no que temos hoje em dia. Louvo a Deus por ter me dado a honra de poder ter também participado desse crescimento com a Metal Mission alguns anos depois. E uma banda vai inspirando outra, e um zine vai inspirando outro e pessoas são impactadas pelo chamado do underground cristão, dessa forma houve a evolução. Hoje, são centenas de bandas no Brasil. Creio que somos o maior país de Metal Cristão do mundo, talvez depois dos Estados Unidos, mas a nossa cena é muito boa, com festivais tradicionais e muitas bandas surgindo a cada ano.
Whiplash! - Os Estados Unidos foram o berço do metal cristão no mundo, como você vê a cena lá atualmente?
Flávio / Os Estados Unidos sempre foi um país com ótima música e também com as coisas mais desagradáveis possíveis, ditando modismos musicais a todo mundo. E Infelizmente essa moda musical chegou até nós. Falo isso de um modo geral, englobando a cena cristã e não cristã... Felizmente ainda há bandas que resistem aos modismos e várias novatas têm aparecido. Atualmente prefiro a cena Européia do que a americana, mas conforme disse ainda há muitas bandas boas nos EUA que me agradam.
Whiplash! - Agora vamos para perguntas de cunho mais pessoal....Rosemari, é fácil agüentar um cara cabeludo, louco, intrépido e viciado em metal pesado em casa o dia todo?
Rosemari / (risos) Olha, foram justamente algumas dessas características que me chamaram a atenção quando o conheci e acho que dificilmente teria me interessado por ele se o perfil fosse outro. Na verdade, ele nem é tão louco e intrépido assim...
Whiplash! - Pelo pouco que sei de vocês dois, foi o metal que acabou-os aproximando, geralmente o metaleiro procura outra pessoa que pense mais ou menos do mesmo modo que ele e com quem possa compartilhar as coisas do seu mundo naturalmente, vocês acham isso positivo? Não cria um certo tipo de preconceito, de evitar o convívio com outras pessoas que não são do meio?
Rose / É verdade, nos conhecemos através da música e acho que todo o casal precisa ter coisas em comum para compartilhar, o que no nosso caso, entre outras, é a música. Porém, também temos alguns interesses e opiniões diferentes que acabam enriquecendo o nosso relacionamento. Acho meio difícil ficarmos isolados, pois temos o nosso trabalho, família e alguns conhecidos que não compartilham do mesmo gosto musical que a gente, é claro que a maioria acaba mesmo sendo do meio, mas procuramos respeitar as diferenças e nos relacionarmos bem com todos.
Whiplash! - Rosemari, estamos experimentando uma nova e maior participação das mulheres no metal de uma forma geral, trazendo talento e beleza para o meio, á que você atribui a demora para isto acontecer? Quais são suas bandas favoritas com vocais femininos?
Rose / Eu creio que essa maior participação feminina na cena é até esperada, tendo em vista que a mulher vem ganhando espaço na sociedade, no mercado de trabalho e em áreas até a bem pouco tempo predominantemente masculinas. Hoje em dia existem mulheres até pilotando avião e porque não numa banda de metal? Antigamente tínhamos poucas representantes e é natural que esse número aumente, já que as mulheres têm se tornado mais atuantes e independentes. Quanto às bandas com vocal feminino, reconheço que existem vocalistas com grande talento, mas particularmente prefiro os vocais masculinos!
Whiplash! - Qual a importância que sua esposa teve durante toda a sua vida, inclusive dando força para seus projetos?
Flávio / Total importância! Sim, sou grato a Deus pela Meire (nome pelo qual a chamo). A conheci por causa do Metal em 86. Era muito difícil encontrar uma mina que realmente entendesse de Metal e vivesse aquilo e então posso dizer que o Metal nos uniu. Passamos por muitos maus momentos juntos e ela sempre me segurou pra não cair. Quando o Senhor nos chamou ela entendeu que tínhamos uma missão no meio Metal e é até hoje meu braço direito para muitas decisões que tomo com relação a Metal Mission e ao chamado de Deus nessa área.
Whiplash! - Fora o metal e a coragem de desenvolver projetos, quais são os outros hobbies de vocês?
Flávio / No meu caso, não dá pra desvencilhar o Metal do Hobbie, então eu curto mesmo colecionar Cds, e também pescar! Com minha esposa gostamos de ver filmes juntos.
Whiplash! - Flávio, visto que muitos metaleiros tem o cabelo comprido, por favor, conte para nossos leitores qual o segredo para manter uma cabeleira forte e sadia durante anos, quais os cuidados a serem tomados? @:-)
Flávio / (risos!) Não sou a pessoa mais indicada para responder isso... apenas deixo o cabelo crescer e corto as pontas de vez em quando...
Whiplash! - Já teve a oportunidade de participar de festivais tradicionais do Metal Cristão como o Cornestone e o Bob Fest?
Flávio / Não, nunca viajei aos Estados Unidos nem à Suécia pra pegar esses eventos, mas tenho o sonho de ir ao Bobfest algum dia! Mas veja bem, aqui no Brasil, o Metanoia Fest que acontece em Vitória (ES) anualmente é o maior evento underground cristão do planeta. É muito bem estruturado e a única coisa que falta ainda é ter verba pra trazer bandas internacionais. Cada ano vem uma apenas, mas creio que daqui alguns anos poderemos ver grandes nomes da cena internacional por lá também.
Whiplash! - Quais os álbuns que você considera fundamentais para quem queira conhecer o white metal?
Flávio / Isso depende de que estilo a pessoa quer buscar. Há muito material bom, mas eu posso dar exemplo de três ou quatro por estilo:
/ Hard Rock: Laudamus (Lost in Vain), Ken Tamplin and Friends (Wake Up The Nations), Stryper (To Hell With The Devil)
/ Heavy Metal/Power: Rob Rock (Rage of Creation e Eyes of Eternity), Narnia (Long Live the King), Seventh Avenue (Between the Worlds)
/ Thrash Metal: Believer (Extraction From Mortality), Sacrament (Haunts of Violence), Deliverance (Weapons of Our Warfare)
/ Death Metal: Mortification (Scrolls of The Megilloth), Crimson Thorn (Unearthed), Obliteration (Demo), Inversion (The Nature of Depravity).
/ Black Metal: Slechtvalk (The War That Plagues The Land), Antestor (Martyrium), Crimson Moonlight (The Covenant Progress)
/ Gothic: Saviour Machine (Qualquer álbum), Virgin Black (Elegant… and Dying)
Whiplash! - E quais seus favoritos? (Independente de importância, técnica ou fatos históricos).
Flávio / Todos os citados acima e ainda Psycho Surgery e Pathogenic Ocular Dissonance do Tourniquet, Recon (Behind Enemy Lines), Stauros (O Sentido da Vida), Believer (Sanity Obscure e Dimensions), Mortification (Envision Evangelene), Crashdog (Mud Angels), Vaakevandring (CD demo 98/99), Todos do Impellitteri com o Rob Rock, Todos do Narnia, Muitos do Petra, Kerry Livgren (Decade), Balance of Power (Tales of Grand Illusion e Book of Secrets), Todos do Bloodgood, Morphia (Frozen Dust e Unfullfilled Dreams), Vários do Jerusalém, Whitecross, Galatic Cowboys e Deliverance, Trytan (Celestial Messenger), Todos do Saint, Eterna (Papyrus), Thresher (Totally Possessed), Oppobrium (Discerning Forces), Bride (Snakes In The Playground) e muitos e muitos outros….
Whiplash! - Fazendo um paralelo entre os gostos femininos e masculinos dentro do metal...Rose, diga-me os seus álbuns favoritos em todos os tempos e quais bandas mais gosta e respeita?
Rose / Difícil essa pergunta, pois ao longo dos anos são tantas bandas, músicas e álbuns marcantes que é complicado citar alguns, mas vou tentar: Black Sabbath - Vol 4, Iron Maiden - The Number Of The Beast, Accept - Restless and Wild, Led Zeppelin - Physical Graffiti, Extol - Undeceived, Rob Rock - Rage of Creation, Sacred Warrior – Obsessions, Schaliach – Sonrise, dentre uma infinidade que deixei de mencionar. Eu não seleciono as bandas que ouço por serem seculares ou cristãs, isso depende muito de eu gostar ou não do som. Obviamente hoje em dia não curtiria bandas cujas mensagens sejam contrárias à minha crença, para mim soaria contraditório ouvir um Deicide, por exemplo.Ultimamente tenho ouvido Rob Rock, Narnia, Balance of Power, Dream Theater, Masterplan, Extol e outros.
Whiplash! - Já passou pela sua cabeça montar um ministério, com um trabalho semelhante a Zadoque em São Paulo, Caverna de Adulão em Belo Horizonte e a CMF em todo o Brasil? Como você vê esses tipos de trabalhos?
Flávio / Já tivemos um grupo que se reunia em minha casa e ficou por quase 8 anos em atividades. Lá estudávamos a Bíblia, orávamos, conversávamos sobre som... Mas acabou há uns três anos por algumas divergências pessoais. Você sabe, onde há pessoas, há problemas. Resolvi parar por tempo indeterminado, mas pretendo voltar com isso. Chegamos até a alugar uma sala para reuniões, mas acabou não sendo muito viável financeiramente. Mas em tudo há um propósito de Deus! Eu acho magnífico o trabalho da Caverna, Zadoque, CMF e dezenas de outros ministérios espalhados pelo Brasil que funcionam em casas ou mesmo em igrejas. Nesses espaços é que as pessoas podem se conhecer melhor e saber qual o chamado de Deus pra si.
Whiplash! - Voltando para o metal...você acha que o rótulo "white metal" define bem o estilo? Ele não trás conseqüências negativas para as bandas?
Flávio / Já usei mais esse rótulo White Metal. Às vezes ainda uso. Não tenho nenhum preconceito contra ele, mas prefiro chamar de Metal Cristão. No meio não-cristão, somos conhecidos como "White", então acho muito tranqüilo esse termo. Não considero White Metal um movimento, movimento é o Metal em geral, o White Metal é chamado, é visão de Deus a ser seguida e cumprida.
Whiplash! - Dentro do Christian Metal o que temos visto atualmente são várias bandas que preferem não ser associadas a esse rótulo, como Jacob´s Dream, Seventh Avenue, Balance Of Power e tantas outras, umas com apenas alguns integrantes cristãos, outras em que as letras não são tão incisivas como era feito antigamente, de uma forma ou de outra essas bandas preferem ser excluídas do rótulo "Christian Metal", alegando que isto evita preconceitos prévios e abre mais portas, como você analisa essa situação?
Flávio / Eu acho que deve haver um equilíbrio e precisamos entender o chamado de cada banda. Jacob’s Dream e Seventh Avenue que você citou são bandas que falam abertamente de Jesus, principalmente o Seventh Avenue (inclusive tivemos a oportunidade de entrevista-los e a proposta é essencialmente evangelística). Já o Balance of Power é uma banda que tem cristãos na formação, mas não faz som pro mercado cristão, têm boas letras, boas mensagens. Fico grilado apenas com bandas que negam a fé... Há bandas que tocam, não falam nada e saem sem ter dado uma palavrinha de fé pra galera, isso é estranho...Acho que precisamos entender a proposta de cada uma. Pouquíssimas bandas param show e pregam pra galera (coisa como o Antidemon, Mortification, Bride), mas 90% das bandas cristãs, em seus shows, dão pequenas mensagens entre as músicas ou alguma breve no fim. É muito importante ter bandas como o Antidemon e ao mesmo tempo bandas como a do Rob Rock, que está dentro do mercado secular, fala abertamente de Cristo, mas não se isola pro meio cristão.
Whiplash! - Fale-nos sobre seu programa de rádio que você mantém há tanto tempo, é difícil conciliar músicas de bandas cristãs com não-cristãs? Como o público reage a isso?
Flávio / O programa está indo pro sétimo ano e então já temos um público assíduo. E tem sido muito bom, pois o preconceito em relação ao Metal Cristão tem sido quebrado. O número de cristãos que ouvem é bem menor, então é gratificante ver pessoas conhecendo bandas cristãs e curtindo, pedindo mais informações e correndo atrás do material! Eu rolo praticamente de tudo que está entre o Hard e o Metal extremo, menos bandas que propagam satanismo ou violência. Às vezes o que pega é que alguém pede um Morbid Angel ou um Krisiun, Sarcófago, Cradle of Filth, Dimmu Borgir... mas depois de conversarmos eles entendem a nossa posição. O meu objetivo é realmente quebrar preconceitos com relação às bandas cristãs e isso felizmente está acontecendo. Chega a ser engraçado ver pessoas elogiando bandas cristãs sem saber que são e depois que sabem ficam perplexas. Acabam com aquela idéia pré concebida que tinham acerca do Metal Cristão.
Whiplash! - A questão de um "Christian-Metaller" ouvir ou não bandas não-cristãs é sempre muito discutida, é fato que a maioria dos integrantes das bandas de white ouvem bandas seculares e também, claro, se inspiram nelas, você ouve bandas seculares? O que acha disso? Não seria a inteligência e o discernimento a melhor arma para alguém selecionar o que ouve?
Flávio / Isso é muito pessoal, depende de cada um. Há pessoas que só ouvem música feita por cristãos, outras ouvem também não-cristãs, mas que não sejam contrárias à fé. Acho que o grande problema é quando você é dominado pela música, seja ela cristã ou secular. Podemos ter centenas de cds e não sermos idólatras, mas ao mesmo tempo curtir apenas uma ou outra banda apenas e querer até beijar o chão onde os integrantes pisam. Como disse, é coisa de cada um. Podemos ouvir de tudo, mas retenhamos apenas o que é bom e saudável, que não contamine a alma!
Whiplash! - Você acha que hoje em dia as bandas perderam aquele espírito de coragem, clareza e determinação que era comum quando ao início do estilo, você não acha que há muita artificialidade, interesses comerciais e vergonha de ser o que é no metal cristão atual?
Flávio / Com certeza há, infelizmente! Alguns subjetivam demais suas mensagens para se infiltrarem no meio não-cristão e depois acabam não ganhando nenhum público, nem cristão, nem não-cristão. Mas em compensação, há muita banda compromissada com a visão de Deus dentro do Metal Cristão. Mesmo aquelas que não pregam constantemente em shows, sempre dão bons testemunhos de fé, em palco, ou em suas vidas pessoais.
Whiplash! - O advento da internet facilitou muito a divulgação e o conhecimento sobre as bandas, especialmente as bandas cristãs que são geralmente ainda mais underground que o normal e com seus cds dificílimos de encontrar no Brasil, quais os prós e contras dessa tecnologia na sua opinião?
Flávio / A Internet ajudou muito a divulgação! É um meio rápido e eficaz de informação! Contudo, infelizmente, nem todos têm acesso à Internet por isso a importância de material impresso é sempre essencial.
Whiplash! - Você é um cara prolífico em criar rótulos no seu site, "Metal Power Rock Progressivo" e "Melódico Death Doom Black Metal" são algumas de suas criações, falando sério, com essa infinidade de rótulos e estilos que foram criados ao longo dos anos, você acha que ajuda o fã ou o confunde ainda mais?
Flávio / Rótulo é um mal necessário. Desde quando comecei a ouvir som até hoje muita coisa mudou, foi tendo nova cara. Veja o caso do Thrash: quando o Thrash apareceu às bandas principais eram Slayer, Exodus, Metallica, Anthrax, Megadeth. Ninguém, hoje em dia classifica isso como Thrash. O que era Death Metal como Sodom e Death, por exemplo, hoje são Thrash. Power Metal era banda como Metal Church, Exciter... No decorrer dos anos os rótulos vão mudando e isso fica um pouco complicado pra quem chega agora no Metal. Hoje também há inúmeras bandas que mesclam vários estilos dentro da sua música e então é por isso que eu uso certas classificações para que o leitor esteja bem a par do que seja o som da banda. Pegue um Extol, ou Tourniquet, por exemplo, ou no meio secular o In Flames, o Thuatha de Danam, são bandas que têm muita variedade, muita riqueza em sua música, então é preciso especificar isso.
Whiplash! - Como você encara a volta á ativa dessas grandes bandas dos anos 80 como Stryper, Saint e tantas outras que estão "ensaiando" o retorno, fenômeno presente também em larga escala no metal secular, na sua opinião, á que se deve a volta delas? Dinheiro, marketing? Elas ainda têm alguma coisa a passar para a geração atual?
Flávio / Não posso descartar a possibilidade de que alguma banda queira ganhar algum dinheiro nisso, nós nunca podemos imaginar o que se passa na cabeça das pessoas, suas verdadeiras intenções. Mas acho que a maioria é bem intencionada. Os músicos acabam vendo que várias bandas das "antigas" têm voltado e se sentem impulsionados para fazer o mesmo. Algumas dão certo, outras não. Saint por exemplo, tá tão bom quanto seus áureos tempos dos anos 80, soando Heavy Metal Tradicional puro e com total motivação de fazer isso pra Deus. No caso do Stryper, o que seria uma volta apenas para alguns shows acabou virando uma volta que ainda não tem previsão para acabar, pois quanto mais shows fazem, mais shows ganham em suas agendas - do Stryper precisaríamos ver um álbum inédito pra tirar mais dúvidas, visto que na coletânea "Seven" que lançaram no ano passado haviam duas inéditas e foram decepção geral pra quem esperava algo "Hard Metal"... No geral essas voltas são saudáveis! Outra boa volta é a do Leviticus que gravou um álbum ao vivo tão bom, ou melhor, que em sua fase nos anos 80...
Whiplash! - Sei que é difícil cometer injustiças, mas dentre as bandas cristãs atuais no Brasil, quais você colocaria em maior evidência, aquelas que já possuem qualidade, consciência e um caminho firme para chegar lá? Quais as revelações? E quais carecem exclusivamente de investimento para estourar?
Flávio / Realmente cometer injustiça, sem esquecer de citar alguma banda é difícil, mas a princípio citaria o Seven Angels que tem conseguido grandes conquistas na cena secular também, abrindo para grandes bandas internacionais e nacionais. O Dracma de SP que é um grupo muito habilidoso de Heavy Metal também entra nesses novos destaques. Ainda nessa nova safra destaco o Kerix de SP com uma excelente vocalista, o Moriah de Minas com seu Doom Black e o Spirits Breeze do PR que tem estraçalhado com seu Death Grind. Mas pode crer que existem outras novas bandas que darão o que falar na mídia não-cristã.
Whiplash! - É possível viver de metal no Brasil? Seja como imprensa, bandas, organizando eventos, você acha que o meio atualmente possibilita isso? O que precisa ser feito para chegar lá?
Flávio / Talvez apenas os organizadores de eventos e as principais revistas possam viver apenas de Metal, são casos pouco comuns no Brasil. Bandas e zines têm que ralar muito pra se auto - sustentar, e como disse antes isso é coisa natural do Metal. Pra melhorar é preciso do incentivo do público, indo aos shows, comprando material, evitando pirataria... Já é um bom começo.
Whiplash! - As letras das bandas cristãs atualmente já não trazem referencias tão claras á Deus quanto era feito no inicio, salvo os casos de grupos consagrados como Mortification, etc.. A que você atribui isso? Excesso de preocupação com o mercado? Quais bandas você considera que produzem as melhores letras? Do que elas devem ser compostas e qual a importância delas para as bandas cristãs?
Flávio / Não vejo isso como problema, é preciso ver caso a caso e então notaremos que há um bom intuito na maioria delas. Cada banda tem um chamado, umas para pregar, outras não. O preocupante é quando começam a negar a fé. Veja por exemplo o Rob Rock, é um artista já consagrado no meio não-cristão, tocou com o Axel Rudy Pell, Avantasia, M.A.R.S., etc, e ele não cita especificamente o nome de Jesus em suas letras, mas se você for lê-las então notará que elas têm embasamento bíblico, embora ele também componha músicas românticas. Ele toca com músicos não cristãos e também não vejo problema nisso, pois é o nome do Rob Rock que está em jogo. Algumas bandas têm cristãos e não cristãos dentro de suas formações, como o Balance of Power, então não se pode esperar nenhum tipo de apelo evangelístico ali, eles estão bem no mercado não-cristão dessa forma e podem ser uma boa opção pra quem busca por letras inteligentes. Mas a maioria das bandas ainda continua com mensagens cristãs diretas sim, algumas também incluem temas do dia-a-dia, problemas que todos nós passamos e uma busca pela paz. Isso é positivo! Acho que é preciso usar o bom senso, a própria Bíblia tem livros que remetem ao romantismo (Cantares), ou conselhos para uma vida saudável (Provérbios), é preciso saber usar isso com inteligência! Aqueles que usam o mercado cristão para trampolim pro meio secular fatalmente cairão, com Deus não se brinca.
Whiplash! - Perguntinhas básicas e clássicas que todo mundo gosta de saber: Qual seu estilo de metal favorito? Que álbuns você mais ouviu em todos os tempos? E se você pudesse montar uma banda, integrante por integrante, quais seriam eles?
Flávio / Meu estilo de Metal favorito é o Heavy Tradicional e o Power Metal, mas eu gosto muito de Black sinfônico. Também gosto de Punk Rock, Blues, Jazz e Música Clássica. Os álbuns que mais ouvi em todos os tempos? Mmhhh. No meio secular vários do Black Sabbath, do Manowar, Iron Maiden, Judas Priest, Motorhead, Metal Church, Sodom, Bathory, Hellhammer... No meio cristão eu acho que o Behind Enemy Lines do Recon, Pathogenic Ocular Dissonance do Tourniquet, Detonation do Bloodgood, Envision Evangelene do Mortification, Dimensions do Believer e dezenas de outros. Montar uma banda com esses integrantes de todos os tempos acho que teria que ser uma com membros de Heavy/Power/Thrash
/ Secular: Rob Halford (vocal/Judas Priest), Steve Harris (baixo/Iron Maiden), Malmsteen e Steve Vai (guitarras) e Neil Peart (bateria/Rush).
/ Cristão: Rob Rock (vocal), Carl Johan Grimmark (Narnia - Guitarras), Rex Caroll (Whitecross – Guitarras), Jim La Verdec(Barren Cross – Baixo), Ted Kirkpatrick (Tourniquet - Bateria). Bicho, essas bandas seriam muito loucas, hein??
Whiplash! - Oh! E como … só teríamos que controlar os egos para fazer a coisa funcionar.....
Whiplash! - Finalizando...Tens algum projeto, trabalho ou novidade sendo desenvolvida para os próximos meses? Quais novidades nos aguardam?
Flávio / A única novidade é que ainda este ano esperamos lançar o terceiro volume da Metal Mission Compilation, com novas bandas nacionais de Heavy/Power Metal.
Whiplash! - Flávio, foi uma longa entrevista e um grande prazer realiza-la, obrigado pelo tempo desprendido e por ter agüentado todas as minhas perguntas..@:-) obrigado mesmo!. Deixe sua mensagem final para os leitores do Whiplash!.
Flávio / Valeu brother!! Foi longa mesmo! (risos). Mas foi massa! Legal ter esse espaço no Whiplash, que é o melhor site de informação nacional! Toda semana eu abro o site pra saber das novidades da cena e também saber de tantos fatos curiosos que o site oferece. Valeu a você que leu essa matéria e se você ainda não acredita em Jesus Cristo e em seus ensinamentos e verdade, converse abertamente com Ele e com certeza você terá respostas para suas dúvidas mais profundas. Não vale nada nós ganharmos aquilo que queremos dessa vida e depois perdermos a nossa alma. Dá pra conciliar a vida cristã com o Metal, coloque Jesus em primeiro lugar em sua vida e tenha uma alegria que você jamais experimentou, uma alegria verdadeira! Paz!
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