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Valhalla: Entrevista exclusiva com a guitarrista Alessandra Tavares

Postado em 27 de março de 2003

A banda brasiliense Valhalla, praticante de death metal, vem impressionando todos os fãs do estilo aqui no Brasil, seja pela ótima performance da banda no seu primeiro álbum ("Petrean Self", lançado pela Hellion Records), seja pelo fato de termos no line-up quatro mulheres. Conversamos com a guitarrista Alessandra, que nos contou mais sobre os primeiros passos e lançamentos do Valhalla até a chegada deste bem sucedido "Petrean Self"...

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Por Paulo Finatto Jr.

Whiplash - Por que a banda ficou parada entre os materiais "...In the Darkness of Limb" e "For the Might of Caos... For the Force Inside"?

Alessandra / Logo quando o "...In the darkness" foi lançado, tivemos um desfalque com a saída do baterista da banda, e isso abalou muito a estrutura da Valhalla. Não estávamos preparadas para essa perda, tentamos colocar outra pessoa em seu lugar e também não deu certo, daí houve um desânimo total e fomos parando com as atividades da banda.

Whiplash - Quais foram os resultados obtidos com o primeiro LP, "...In the Darkness of Limb"? Naquela época vocês conseguiram obter uma boa repercussão no Brasil, e de repente, também no exterior?

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Alessandra / Depois do lançamento, ficamos mais um ano divulgando a banda. O resultado foi muito bom, tanto o público quanto a crítica receberam bem o nosso Lp, e fizemos vários shows, mesmo com todas as dificuldades da época, principalmente por que o selo ao qual lançamos era muito pequeno e não tinha estrutura nem experiência. Praticamente toda divulgação no Brasil e exterior ficou por conta da própria banda, o que limitou muito o resultado.

Whiplash - E quanto à demo "For the Might of Caos... For the Force Inside"? Os resultados foram bons e esta demo levou vocês até a Hellion Records?

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Alessandra / É verdade. Apesar de termos divulgado apenas 50 cópias, essa Demo foi muito bem recebida, até com um certo "furor", e causou uma reviravolta na Valhalla, o que incluiu o contrato com a Hellion.

Whiplash - Acredito que músicas como "Renunciation", "Raven", "Labyrinth of Memories" e "In Darkness of Limb" sejam as melhores do álbum. A banda possui esta mesma idéia? E os fãs?

Alessandra / Estamos notando que há uma grande diversidade no gosto em geral, e isso soa como algo positivo, mostrando que o album todo está sendo bem aceito. Mas creio que a primeira do CD e dos Shows - "Unleashed The Power" - causa um primeiro impacto e sempre é a mais comentada.

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Whiplash - Quais são os planos futuros da banda? Podemos esperar uma turnê ou um próximo álbum?

Alessandra / Devido ao fato de termos lançado o álbum no final do ano, ficou meio complicado esquematizar os shows, então isso está sendo feito agora pela Archaes Legiones Management de Piracicaba. Nesse ano temos shows em São Carlos (24/04), Bauru (25/04), Goiânia, Sorocaba, Marília, Tremembé, Rio Preto, Londrina, entre outros que ainda serão confirmados, e no segundo semestre faremos shows no Norte e Nordeste. Atualmente estamos somente divulgando esse álbum. Só depois iremos parar para compor para um próximo álbum.

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Whiplash - Por vocês serem mulheres, ainda existe aquele preconceito besta por parte dos 'headbangers' mais extremos?

Alessandra / A história, a sociedade... tudo foi escrito e construído da forma como quiseram os homens. Entendemos que o preconceito é um fator totalmente histórico e cultural, temos consciência disso e não levantamos bandeiras contra os homens e nem a favor das mulheres.

Mas sabemos que esse cenário está mudando, muitas mulheres desenvolveram e desenvolvem importantes papéis para a sociedade. Esse espaço foi conquistado e não cedido, e são essas conquistadoras que são responsáveis por essa mudança no conceito e no pré-conceito. Quanto à Valhalla... bom, não posso dizer que não somos atingidas por esse "preconceito", mas creio que o público em geral é inteligente o suficiente e já entendeu qual é a mensagem que queremos passar e quais são os reais objetivos da banda. Temos mais de 13 anos de estrada, batalhando duro dentro do underground. Essas pessoas ditas "preconceituosas" realmente existem mas não fazem a mínima diferença para nós, pois se resumem a uma minúscula e medíocre porção do público, que depois de assistirem ao nosso show ou ouvirem o nosso CD sentem vergonha de não ter acreditado no potencial das pessoas, usando como critério de julgamento apenas o gênero.

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Whiplash - Explique-nos um pouco sobre o conceito da capa do álbum "Petrean Self". O desenho da capa possui uma ligação maior com o título do álbum ou com alguma outra música em especial?

Alessandra / "Petrean Self" significa, "eu pétreo", personalidade de pedra, o eu frio de natureza e resistência de uma pedra. Ele não é um álbum conceitual e as letras abordam vários temas, porém, a maioria fala da racionalidade, da força e da frieza necessária para viver nesse mundo e para alcançar objetivos. Passamos o significado do nome do álbum e também a idéia básica da arte para o designer de Brasília Maurício Bastos, que já havia feito a capa do nosso CD Demo em 2001. Ele fez a primeira prova da capa e de cara já gostamos e adotamos a idéia. A capa é uma Gorgona estilizada e as gorgonas na mitologia possuíam o coração frio, de natureza e resistência pétrea. Depois, modificamos alguns detalhes no desenho, mas a idéia inicial permaneceu.

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Whiplash - Recentemente fiquei sabendo que a banda já encontrou um baterista, Kaio John (ex-Dark Avenger). Ele deverá continuar na banda, ou vocês irão colocá-lo como músico convidado?

Alessandra / Ele já tocou com a Valhalla há alguns anos e é um ótimo baterista. Nosso desejo é que ele fique com a banda, mas a única pessoa que pode dizer realmente se ele está efetivado ao cargo de baterista da Valhalla é ele mesmo. Nosso desejo é que ele fique e dê tudo certo... e está dando...

Whiplash - Atualmente o Brasil é um grande celeiro de death metal e metal extremo em geral. O que vocês podem nos dizer sobre a atual cena underground, em consideração às oportunidades que são abertas ao Valhalla?

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Alessandra / Felizmente a Valhalla consegue chegar a lugares onde o Death Metal ainda não havia chegado e isso é muito bom pra cena em geral... mais ainda para a Valhalla. Porém estamos encontrando um maior apoio das pessoas mais experientes do movimento, as quais viveram o Death Metal nos anos noventa. Eu penso que as pessoas vivem somente o hoje e não dão o devido valor ao que proporcionou esse hoje e nem procuram saber.

Quando estávamos à procura de uma gravadora, sentimos que o fator maior para termos levado um "não!", era porque não estávamos seguindo a tendência muito extrema do death metal que todos seguiam no momento e vimos que hoje várias bandas deixaram essa obsessão de serem as bandas mais rápidas do mundo e voltaram a ter identidade própria.

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A Valhalla está edificada no Death Tradicional. Não damos a mínima para modismos e tendências. Mesmo adicionando elementos novos e evoluindo tecnicamente, não perdemos nossas raízes originais. Mas no geral, o cenário underground no Brasil está em uma das suas melhores fases, com diferentes bandas ótimas, com um maior suporte das gravadoras, melhores produções de shows, as revistas e fanzines dando maior atenção e se voltando para a riqueza que é o underground nacional. Espero que isso não seja uma dessas fases e continue assim por muito tempo. Dessa forma é que conseguiremos fortalecer ainda mais a cena nacional.

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Whiplash - Não se torna algo difícil para a banda viver em Brasília e estar um pouco distante da "capital" do metal, São Paulo? Hoje, a maioria dos fãs da banda encontram-se na cidade de origem do Valhalla, ou em São Paulo mesmo?

Alessandra / Nós já cogitamos a idéia de irmos para SP, mas também não encontramos muitas dificuldades em estarmos aqui em Brasília. Às vezes fica até melhor para conseguirmos shows no Brasil, já que estamos exatamente no centro geográfico do país, tendo acesso ao Norte e ao Sul, quase em igualdade. Quanto ao nosso público, nesses anos de estrada, felizmente conseguimos conquistar o respeito e a admiração de várias pessoas de diversas regiões do país. Sentimos isso através de shows, das cartas e e-mails que recebemos. Creio que as coisas mudaram muito. Hoje se comunicar não é problema, e também temos estúdios ótimos para ensaio e gravação aqui em Brasília, além de um suporte das pessoas em geral que ajudam a Valhalla (lojas, estúdio, serigrafia, técnico de som, tatuador, amigos, parentes...). Não valeria a pena seguirmos para São Paulo e perder todo o suporte que temos aqui...pelo menos nesse momento, não pensamos em fazer isso....

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...Hum, acho é que temos que conquistar mais fãs aí em São Paulo, já que nunca fizemos um show na capital (risos)... Mas esse ano vai rolar!

Um abraço a todos e obrigada pelo interesse em publicar as nossas idéias no site!

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