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Devenir - Entrevista exclusiva com a banda argentina.

Postado em 06 de julho de 2000

Vinda diretamente da Argentina (Buenos Aires), o Devenir é uma banda que começa a despontar fortemente em seu país de origem. É formada por: Mario Ian (vocalista e guitarrista- ex- Rata Blanca e Alakrán), Roman Montesi (guitarrista- ex- Mate Cosido), Yani Glinatsis (Baixo) e Pablo Naydón (Baterista- ex- Alakrán, O´connor e Insomnia). A banda é responsável por um hard rock totalmente diferente daquilo que estamos acostumados a escutar, pois apresentam fortes toques de influências das mais variadas bandas dos anos 70, como Led-Zeppelin, Yes etc., com suas interpretações originais - o que é muito difícil nos dias de hoje. A partir de agora, o caro leitor acompanha Mario, Pablo e Roman, em suas principais declarações.

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Por André Toral

Whiplash! / O Devenir é uma banda que tem músicos com alguma história no cenário argentino de hard/heavy. Qual é a trajetória de vocês ao passar do tempo?

Mario Ian / Meu primeiro álbum foi gravado com o Hellion em 1982; foi uma das primeiras bandas bandas de heavy metal na Argentina, junto ao V8, Riff etc. Durou até 1985, ano em que formei o Alakrán e com a qual realizei dois álbums, várias turnês e shows abrindo para bandas internacionais como: Bon Jovi, L.A. Guns etc. Em 1992 esta banda se dissolveu e em 1993 ingressei no Rata, aonde estive três anos e meio, fiz várias turnês internacionais e um só álbum que foi o "Entre El Cielo y el Infierno". Em 1997 comecei com o Devenir.

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Pablo Naydón / Comecei minha carreira aos 15 anos de idade, gravando o segundo disco do Alakrán. Em 1992 formei uma banda junto a Roman (nosso guitarrista) chamada Razz, com a qual editamos um álbum intitulado "Rompe". Já em 1996, junto ao Mario Ian, enquanto fazíamos uma homenagem ao Led-Zeppelin (banda cover), surgiu a idéia de armar o Devenir. Por outro lado, em 1998, estive participando na formação do O’Connor(banda do ex-vocalista do Hermetica e Malon), podendo participar no Mosters of Rock (versão argentina) junto com Iron Maiden, Slayer, Soulfly, Helloween, Angra etc.; gravei um álbum chamado "Hay un Lugar", editado em 1999.

Yani Glinatsis / Depois de ter tocado com vários músicos do circuito, conheci o Mario Ian através da banda cover do Led-Zeppelin e mais adiante nos unimos para o projeto que ele tinha em mente, ou seja, o Devenir; banda com a qual irei fazer meu primeiro álbum.

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Roman Montesi / Meu primeiro álbum foi com o Razz, junto ao Pablo Naydón. Mais adiante, junto com o vocalista do "Beso Negro" (antiga banda do Andres Gimenez, atual A.N.I.M.A.L), armamos o "Mate Cosido" com a qual fizemos um álbum para a EMI(gravadora). Logo, através de Pablo, soube que o Devenir estava realizando audições com guitarristas e assim começou tudo. Atualmente também participo de uma coletânea de guitarristas argentinos na qual estão os melhores do rock pesado de nosso país, como: Pappo (Guillermo), Giardino (Walter- ex-Rata Blanca e atual Temple), Curry, etc.

Whiplash! / Olhando para trás, o que o Devenir opina sobre seu primeiro CD, comparando com o que vocês haviam feito com suas respectivas bandas anteriores?

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Pablo / Pessoalmente o que eu vejo é que entramos em uma etapa diferente dentro do Hard Rock; é uma mistura de bandas mais dos anos 70 como Led-Zeppelin, dos anos 90 como Soundgarden e com algumas coisas progressivas do Rush e Yes, também dos anos 70. Por outro lado, quero fazer letras com "os pés no chão", porque a mensagem difundida por esta banda é totalmente diferente das outras em que participei, já que falam de coisas mais profundas. Em geral, o artista tende a pensar que seu último trabalho é o melhor, mas neste caso (Devenir) eu sinto mais que nas bandas anteriores.

Whiplash! / Quanto ao estilo das canções, são hard e heavy, com alguma coisa de progressivo. Os fãs já podem dizer que o Devenir significa isso?

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Mario / Esse estilo se deu de maneira espontânea, pois o caminho compositivo do Devenir, bem como o seu sentido, eu comecei a adquirir após ser influenciado por bandas dos anos 70 como o Yes, Rush e Zeppelin; dos anos 80, com Judas Priest, Ozzy e AC/DC. Nos anos 90 surgiu a somatória destes estilos que ocasionou a fusão que o Devenir tem e que no futuro sinto que irei levar mais para o progressivo, que é o estilo musical com o qual me iniciei.

Pablo / Eu não sei que rótulo por à banda e me parece muito bom para que ela não se enquadre a isso; se me perguntassem hoje em dia qual é o rótulo do Devenir, musicalmente eu teria que inventar uma palavra nova.

Roman / Acho que cada um possui as suas influências - que são muito distintas entre nós - e isso leva a criar um estilo que não enquadra a banda em nenhum rótulo.

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Whiplash! / Ao escutar o novo material, podemos sentir uma certa dramaticidade nas canções. De onde surgiu esta idéia ou influência?

Mario /Acho que é algo espontâneo e natural que se dá através das letras e se transmite nas canções. Não consigo encontrar um porque, mas sei que a música é condizente com as letras; desta maneira ressalta os diferentes momentos da história que se encontra.

Whiplash! /Ao ler as letras, sentimos que o Devenir tem um conteúdo que não mostra diretamente o sentido, ou seja, deve-se interpretar bem para isso. Com qual inspiração foram feitas?

Mario / Sempre gostei de escrever de maneira poética- até o mais simples e cotidiano-, mas acho que na simplicidade em que vive uma pessoa acontecem as coisas importantes da vida, por assim dizer; aquele que se guia no "pouco" mal também o irá fazer assim e o que não é fiel no "pouco" não é confiável no "muito", assim que todas as coisas que acontecem tem sua projeção desde o que não se enxerga, ou seja, o emocional, o espiritual...Da combinação destas coisas, mas com os pés no chão, tratam nossas letras.

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Whiplash! / Canções como "El Cristal" e "Camino a la Eternidad" tem um conteúdo religioso, ou algo assim. Qual é a importância de temas que falem sobre religiosidade para as músicas do Devenir?

Mario / Não acho que ter um sentido espiritual seja religiosidade, nem creio que ter uma relação pessoal com Deus seja religião- sempre e quando sua relação com Deus não seja através de coisas que você tenha que fazer para se ligar a ele como tradição, rituais, legalismos, fetiches, imagens, esoterismo, misticismo, espiritismo etc. Destas coisas nascem as religiões e as seitas, com uma percepção distorcida do que é Deus e espiritualidade. Creio que Deus é amor e vida; destas coisas tratam as nossas letras e acho que são de guerra, ou seja, guerra entre o amor, a maldade, a corrupção e a mentira; entre a fé, a depressão, a angústia, a solitude e a morte; entre a esperança e a escuridão do pensamento humano. Acho que o mais importante de nossas letras é radicar o amor.

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Whiplash! / No site da banda constam letras de outras músicas, ou seja, "Llegamos al 2000" y "Nada Nos Puede Separar". Porque estas canções não estão no CD, junto com as outras quatro?

Pablo / A banda, neste momento, tem um CD editado com quatro músicas- para difusão. Tendo em conta que temos mais de dez canções compostas, sentimos a necessidade de mostrar as letras de algumas das dez composições que não estão gravadas para que as pessoas possam conhecer, acessando nosso site.

Whiplash! / Instrumentalmente, Devenir se mostra muito bem. Para isso, as idéias já estavam feitas ou tudo foi surgindo com a participação de todos?

Roman / Em princípio, Mario já tinha várias canções armadas. Logo, todos interpretamos as mesmas e depois demos os últimos retoques. Quando tivemos o entendimento do que se tratava o material, começamos a compor as músicas que faltavam para fechar o primeiro material de onze faixas, que é o que gravaremos em nosso primeiro álbum.

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Whiplash! / A produção se mostra muito bem. O resultado final, para a banda, foi satisfatório?

Roman / A produção destas quatro músicas foi muito satisfatória- dado que a gravação foi feita à um ano e meio e hoje em dia decidimos soltá-la como primeira produção. Claro que neste tempo todo a banda evoluiu muitíssimo, mas sem dúvidas esta gravação segue sendo algo vigente que reflexiona o que a banda é.

Whiplash! / Considerando que este primeiro CD tem quatro músicas, podemos dizer que o mesmo serve para que Devenir sinta a receptividade dos fãs para um próximo trabalho mais completo, ou independente disso vocês vão continuar tocando e trabalhando?

Pablo / Fora de tudo que é discográfico, o Devenir nunca parou de trabalhar e tocar; isso é algo que nunca vai mudar. O propósito deste CD é fazer com que o público possa conhecer a banda de uma maneira rápida e com mais alcance. Por outro lado a intenção ao faze-lo foi também a de ter material para difusão radial etc., até alcançar nosso primeiro contrato discográfico. Acreditamos que é um material altamente digno de apresentação da banda.

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Whiplash! / Por falar nisso, como anda a receptividade do CD ao redor da Argentina?

Yani / Na realidade é muito recente- tanto o Devenir como o EP no mercado. Igualmente podemos ver a reação positiva nas pessoas desde o momento em que cantam nossas músicas ao vivo, graças à distribuição deste material.

Whiplash! / Que planos vocês tem para a divulgação no mundo e América Latina?

Mario / A visão do Devenir está totalmente em ser uma banda internacional- estamos tocando todas as portas possíveis para isso, esperando que se abram as certas. De nossa parte estamos trabalhando para amadurecer como artistas internacionais.

Whiplash! / Na cena argentina, o que vocês podem dizer sobre a situação do metal atual?

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Pablo / Nos anos 80 o metal, além de ser um estilo em seu auge, para muitos, foi uma moda. Por isso, comercialmente, foi uma grande potência dentro da indústria musical. Hoje em dia, na argentina, os estilos musicais mais vendidos são outros(tropical, melódico etc.) e isso faz com que o rock, em geral, tenha tomado uma posição marginal novamente- como no começo; é consumido pelas pessoas que realmente apreciam esta arte. Enquanto as bandas, a dedicação e o amor pelo que fazem continua sendo o motor deste estilo, com 50% a menos de possibilidades que a 10 anos atrás. Os fãs atuais tem mais "cultura metaleira" e são mais seletivos na hora de escolher suas bandas. Hoje em dia o metal não é um negócio na Argentina.

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Whiplash! / Me parece que as bandas argentinas sempre estão tocando nas cidades mais ao sul, como Buenos Aires, Córdoba, Rosario de Santa Fe e Mar del Plata. Em outras cidades mais ao norte como Salta, Jujuy, Santiago del Estero e Tucumán não acontecem muitos shows com bandas de hard/heavy. Isso acontece porque nunca existe alguém que convide as bandas para tocar ou há alguma diferença, para o metal, em certos estados?

Mario / No nosso caso, em especial, tocamos em todas as cidades que você mencionou. É verdade que a situação comercial na música seja quase tão mal como a economia do país e isso faz com que não haja demanda de turnês, já que são muito difíceis de pagar pelo pouco fluxo de pessoas que vão aos shows, nas distintas zonas do interior do país. Não acho que tenha a ver com o estilo musical e sim com a situação econômica da Argentina. Isto te ensina como aproveitar as oportunidades na escassez. Nós, mesmo assim, continuamos fazendo viagens ao interior do país e tocando em todas as partes.

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Whiplash! / O idioma espanhol misturado com o estilo pesado fica muito bom. Agora, porque, maioritariamente, as bandas de seu país usam o idioma local? O inglês não ajudaria com uma penetração mais forte em outros países?

Mario / Em nosso caso estamos começando a trabalhar as letras em inglês, mas, mesmo que fique bom em um idioma ou outro, é necessário chegar ao público hispano, com nosso sentido e mensagens. Além do que, não sei tanto sobre inglês para que as letras não troquem de sentido sem ter que mudar as melodias- coisa que também não quero mudar. Igualmente, em seu devido tempo, estaremos trabalhando as canções no idioma inglês. Enquanto as demais bandas, cada uma tem sua ideologia. Para algumas, diretamente, não lhes interessa cantar em espanhol porque estão pensando em entrar em outros mercados; outras não são interessadas cantar em inglês porque querem manter sua língua.

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Whiplash! / Para Mario Ian- Você fazia parte do Alakrán, aonde cantava de uma maneira mais hard rock. Já no Rata Blanca houve uma mudança de estilo, para algo muito mais agressivo, parecido a Rob Halford (ex- Fight e Judas Priest). Agora, no Devenir, você voltou a cantar como no começo de sua história dentro do rock. O que você pode comentar sobre a evolução de sua voz durante este tempo, nestas três bandas?

Mario / Acho que atualmente alcancei mais maturidade artística como vocalista, já que, como te dizia antes, o Devenir é uma fusão exata de minhas influências e experiências aonde se combinam estilos que necessitam força, destreza vocal e passagens muito mais expressivas que nas minhas bandas anteriores, dado que as letras também amadureceram com profundidade.

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Whiplash! / Para Mario Ian- Tudo ia muito bem no Rata Blanca quando fizeram o álbum "Entre El Cielo y el Infierno". Vocês tocaram no Brasil( São Paulo- Monsters of Rock’95), Estados Unidos e outros países da América Latina. Porque, de uma hora a outra, você saiu da banda?

Mario / Não foi de uma hora a outra; um ano antes de eu sair, fisicamente, era como se eu já não estivesse na banda. Tudo o que eu estava criando musicalmente, neste momento, não iria ter cabimento no Rata, pois no "Entre El Cielo y el Infierno" havia possibilidade de renovar o sentido musical da banda, mas depois voltou o pensamento antigo com respeito ao artístico- creio que por medo comercial. Eu sinto que devo estar me renovando artisticamente, não importando o custo que isso possa ter. Com o Rata Blanca eu estava em uma banda já introduzida no mercado e com uma estrutura; com o Devenir comecei um novo caminho, mas o peso artístico foi mais importante que a fama.

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Whiplash! / Para Mario Ian- "Entre el Cielo y el Infierno" foi o disco mais duro e pesado do Rata Blanca. Para muitos- inclusive eu- foi o melhor trabalho da banda- além de ter sido o mais conhecido no Brasil, devido ao show que vocês fizeram aqui. Hoje, o que você pensa sobre este álbum?

Mario / Este foi um grande álbum a nível de canções; existem oito músicas que eu amo e três que detesto porque não tem nada a ver com o contexto geral e foram inseridas pelo medo comercial. Com respeito à produção artística, penso que foi muito ruim a nível de som e ambientação da banda; eu não gosto de escutar um álbum aonde a voz está equivocando as guitarras. Canções como Sida, Jerusalen, Maquina, Herderos de la Fe, Obsesion y En el Bajo Flores são temas que eu amo e dentro dos quais tenho mais responsabilidade compositiva do que aparece nos créditos.

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Whiplash! / Para Mario Ian- que recordações você tem do show no monsters of Rock’95, com Rata Blanca, em que tocaram junto com Paradise Lost, Ozzy, Alice Cooper etc.? Você gostou dos fãs brasileiros de heavy metal?

Mario / Rata Blanca foi uma banda que, ao vivo, soava realmente impressionante e que poderia fazer um papel mais que digno frente a qualquer banda internacional de primeiro nível; o Monsters foi um dos parâmetros do que eu estou dizendo. Quando tocamos neste festival, gostei da aceitação obtida, mesmo sendo uma banda argentina. A músicas que cantamos em português foram bem recebidas (Bajo Control e Jerusalen). Além do Monsters, tocamos no Olympia e Aeroanta; foram shows aonde os brasileiros nos deram muito carinho e apoio. Foi algo que nunca me esquecerei.

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Whiplash! / O que o Devenir pode dizer aos brasileiros?

Mario / O Brasil é um país no qual, não somente tocando, mas em vivências pessoais em sete ou oito vezes que eu fui, me traz muitas lembranças de seu povo- sei que sofrem as mesmas injustiças que muitos países da América Latina. Apesar de haverem idiomas distintos(na América Latina), gostaria de poder chegar alguma vez com a nossa música.

Whiplash! / Agora, o que vocês podem dizer sobre o site Whiplash!?

Devenir / Nos parece excelente que um lugar que se dedique ao rock tenha esse nível. O Whiplash!! é o primeiro meio pelo qual nós estamos chegando a nossos irmãos brasileiros; isso nos faz sentir agradecidos e orgulhosos. Como no principio de uma relação, esperamos seguir prosperando através da música, que nos une em um mesmo sentimento. Para aqueles que estão no rock, nós o cumprimentamos: Deus os abençoe.

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