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Obskure - Entrevista exclusiva com o vocalista e guitarrista da banda.

Postado em 30 de abril de 2000

Formado por Daniel Boyadjian (lead guitar/vocals), Amaudson Ximenes (rythm guitar), Jolson Ximenes (bass), Juliana Costa (keyboards) e Wilker D’Ângelo (drums), o Obskure é uma banda que aposta na extremidade, no som pesado e brutal, sem perder a melodia, lindas passagens de teclados e climas atmosféricos que enriquecem o conteúdo sonoro da banda. Próximo de completar 11 anos de existência, a banda vem se firmando no Brasil e principalmente na cena do Nordeste, de onde é natural. O caro leitor reparará que, nesta entrevista, existe conteúdo inteligente, social e musical. A banda está envolvida em muitos projetos, dentro e fora da música. Este fato, dá maior sabor ao escutar o Obskure, pois é uma banda que tem algo a mais, que batalha pela afirmação constante do movimento underground, que desenvolve trabalhos sociais, enfim. Literalmente com atitude - diferente de outras bandas que não sabem fazer mais nada do que atuar na música -, o Obskure merece cada elogio por parte daqueles que o conhecem; mas se você ainda não a conhece, fica o sincero desejo do Whiplash! que, após ler esta entrevista, seja de sua vontade contactar a banda, para diversos fins. Nesta oportunidade, pudemos contar com a participação de Amaudson e Daniel, que foram muito corteses e atenciosos para com este redator que vos escreve. A seguir, Obskure, por completo.

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Por André Toral

Whiplash! / Após várias demos, o Obskure lançou e relançou o seu primeiro álbum, ou seja, Overcasting. Como se deu toda esta caminhada?

Amaudson Ximenes / A história do Obskure é parecida com a de toda banda independente, ou seja, que sofre com as intempéries do tempo, com os encontros e desencontros da vida, mas o que nos diferencia é o fato não termos desistido na primeira queda, na primeira dificuldade. Tem muita gente que nos encontra no meio da rua e sempre nos pergunta: "E aí, vocês ainda estão com a banda?", como se a banda fosse algo passageiro, e não um estilo de vida, que é como encaramos nossas participações no Obskure. Parece até que vivemos só mais um modismo. O fato de termos chegado nesse estágio que nos encontramos hoje é conseqüência da nossa briga e da nossa luta, do prazer que sentimos pelo que fazemos. E aqui não vamos ficar remoendo sobre a dificuldade de se fazer metal no Nordeste, ou que somos discriminados, como vejo muita gente se maldizer. A questão é a seguinte: se você acredita num trabalho tem mais é que ir em frente. Fora isso, o que vier pela frente é conseqüência. O caminho é árduo e pantanoso; em nosso caminho já passou muita gente boa, que realmente deu uma força, mas também já teve muita gente que tentou nos puxar o tapete. Hoje, é mais fácil perceber o teor de um tapinha nas costas, ou um elogio "por tabela".

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Whiplash! / Em Overcasting, nota-se cuidado com a parte mais melódica, influenciada pelo vocal feminino e teclados maravilhosos e bem arranjados. Como chegou-se a todas estas características?

Amaudson / Esses resultados vieram de muitas experiências que fizemos, ou que ainda pretendemos fazer com esses dois elementos. Os primeiros experimentos com teclados vieram em 1993; em se tratando de vocais femininos essa experiência se deu pela primeira vez em 1995. Daí em diante, nossas composições são trabalhadas e arranjadas, procurando explorar esses dois elementos. A fusão do belo e do melódico com a música extrema nos agrada bastante, e pelo jeito também vem agradando outras pessoas; posto que essa observação não é a primeira pessoa que faz.

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Daniel / É importante não se abrir mão da energia, do peso e da agressividade em nome da melodia, portanto, unir as duas coisas torna-se um trabalho que requer cuidado e muito feeling. Mas o resultado sempre é compensador pois exprime exatamente o que é o Obskure. Essa definição é um diferencial que nos traz bastante objetividade em relação ao processo de composição.

Whiplash! / Quais os significados da arte e letras das canções?

Amaudson / As letras do Obskure trazem nossas opiniões sobre os mais variados temas de nosso cotidiano. Em seu bojo, tratam da questão social, da crítica ao aparente, do "belo", procurando sempre levar as pessoas à reflexão.

Daniel Boyadjian / A alienação que é empurrada na cabeça das pessoas precisa ser combatida, pelo menos para quem sonha com um mundo mais justo. E é essa alienação que combatemos, ao invés de contribuir ainda mais para que esta aumente como várias bandas de rock o fazem nas suas letras ou na sua forma de agir.

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Whiplash! / Como tem sido a apresentação de Overcasting, em termos de aceitação nacional?

Amaudson / Tem sido bastante satisfatória. Temos recebido, diariamente, inúmeros e-mails, cartas e até alguns telefonemas de pessoas querendo saber notícias da banda, dos projetos que participamos, querendo adquirir material... Temos recebido contatos de revistas, zines, rádios e sites especializados. Isso é muito bom, posto que a motivação cresce bastante. É sinal que o nosso trabalho está no caminho certo.

Daniel / A própria aceitação do disco pela imprensa como Rock Brigade, Planet Metal, Metal Head, entre outras revistas, zines como Deusdemoteme, e agora no site Whiplash!, têm feito com que o reconhecimento e a procura do CD- e por shows -, pelo pessoal, tenha aumentado muito, o que nos deixa bastante gratos, pois somos do mesmo jeito, ou seja, gostamos muito de ouvir bandas brasileiras e bandas do exterior que estão trazendo boas novidades.

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Whiplash! / A nível internacional, está havendo alguma divulgação?

Amaudson / Trocamos algumas cópias com selos e outras bandas da Europa e EUA. O Ricardo da Moon Shadow (que fez a primeira prensagem), nos disse que mandou uma grande quantidade de CD's para o exterior, inclusive, nos passou uma lista com esses endereços. Para te falar a verdade, no momento atual, a divulgação do Overcasting ganhou proporções maiores; coincidência ou não, aconteceu justamente quando passamos a atuar diretamente nesse processo. Hoje, sabemos quantos CD's foram distribuídos, coisa que não sabíamos em tempos atrás. Esperamos que não só esse trabalho, mas o nome do Obskure possa continuar reverberando no Brasil e no exterior nos próximos anos.

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Whiplash! / Com excelente produção e arranjos violentos, pesados e melódicos, o Obskure se assemelha aos melhores trabalhos na linha do metal extremo. Vocês pensam que tudo isso faz com que a banda tenha uma estrutura equiparável à internacional, em termos de som?

Amaudson / Isso é você que está dizendo. Porém, posso afirmar o seguinte: nem tudo que é de fora é bom e nem tudo que é feito aqui no Brasil é ruim. O que existe hoje no cenário underground são parâmetros que são atingidos, e nós estamos sempre procurando melhorar, em darmos o melhor de nós. Um dos grandes benefícios trazidos pelo chamado processo de globalização foi essa equiparação em termos de tecnologia, pois isso tem ajudado bastante a produção e a divulgação das bandas nacionais. As produções nacionais estão cada dia melhores.

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Daniel / Com certeza, fazer um som com qualidade é o nosso objetivo prioritário (e não a fama). Somos bastante críticos em relação ao nosso trabalho, portanto, para nós, atingir o objetivo é fazer música de qualidade.

Whiplash! / O Obskure possui heavy, doom e muito death metal. Em toda uma década, esta foi sempre a química da banda?

Amaudson / O trabalho do Obskure reflete um pouco de cada um de nós, e essa química faz parte desse processo. Aprendemos, em todo esse tempo juntos, a respeitar a individualidade, as limitações e as qualidades de cada um, por isso é que essa química vem dando certo.

Daniel / O metal evoluiu muito como música, e nós como apreciadores e pesquisadores de música pesada aprendemos demais com essa evolução. O Obskure procura incorporar vários elementos desde o Grind-Core, passando pelo Death, Doom, Heavy-Melódico até a música erudita.

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Whiplash! / Dentro e fora da música, o Obskure está envolvido em outros projetos. Quais e como são?

Amaudson / O meu envolvimento com a questão musical e social, de uma década aos dias de hoje, vem sendo muito forte. Além de tocar guitarra no Obskure, sou bacharel em Ciências Sociais, e estou sempre procurando contribuir nos mais diversos tipos de movimento, seja ele de cunho cultural ou social. Com o pouco conhecimento que adquiri nesses anos, contribuo organizando shows, coletâneas beneficentes, manifestações, escrevendo artigos para zines e meios de comunicação. Quer dizer, estou sempre buscando o melhor para a cena local e para a nossa cidade. Há pouco mais de dois anos conclui uma pesquisa sobre a "A Música Underground em Fortaleza", que passei a divulgar de forma independente, uma vez que tentei publicar por vias institucionais, ou seja, com apoio de algum órgão local de incentivo à cultura, mas infelizmente não obtive êxito. O que fiz? Criei a editora "Do It Your Self" e passei a distribuir a pesquisa; aproveito seu espaço para divulgar. A pesquisa custa R$ 15,00 já incluído a postagem. Alguns CD's coletivos como: Atitude # 3, Chaos Compilation # 1 também tiveram uma participação direta da minha pessoa, contando sempre com a parceria do amigo e irmão Fellipe CxDxC, vocalista do Death Slam e Terror Revolucionário, de Brasília. O Atitude, foi um projeto beneficente que além de ter ajudado a pessoas que precisavam, abriu as portas para outras bandas difundirem seus trabalhos mundo afora, bem como viabilizou a formação da ONG, ACR (Associação Cultural Cearense do Rock). Nela, dedico grande parte do meu tempo; atualmente essa ONG tem dado um "gás" muito grande na cena local. Promovemos festivais importantes como o "ForCaos" em julho de 1999, e agora (14 e 15 de Abril) o "Brasil: com o Rock são outros 500", eventos com duração de dois ou três dias, contando sempre com 20 ou 30 bandas locais. Convidamos sempre alguém das principais revistas nacionais para virem cobrir e conhecer a realidade local. Existe um programa de rádio (ACR 96,7) que também dou uma ajuda na produção e elaboração. É um programa de duas horas semanais, totalmente voltado para a cena local. Procuramos divulgar as bandas da região. Sempre levamos alguém das bandas para falar dos respectivos trabalhos, e tocamos também esses grupos, claro! Existe um bloco que denominamos "Intercâmbio", nele tocamos bandas de todo o Brasil que não tenham espaço; só fazemos uma exigência, que a gravação esteja em CDr, pois a rádio não tem outra forma de difusão. Quem quiser mandar material, estaremos dispostos a ajudar nessa divulgação. Fora isso, pretendo começar uma pesquisa a nível de mestrado sobre: Juventude, Música Underground e Globalização, daqui para o final do ano, que além de fazer parte da minha formação profissional será outra fonte de pesquisa, outra contribuição para o movimento. O último projeto capitaneado pela ONG foi a aprovação de um curso de capacitação para 30 jovens da periferia de Fortaleza na área de produção musical e técnico de som. Esse projeto foi escolhido entre mais de 700 projetos de Ongs do Ceará, e contará com o apoio da Associação de Apoio a Comunidade Solidária. Nele, muitas pessoas envolvidas na ONG, inclusive eu, darão aulas, noções de música, bem como aulas de educação ambiental, direitos humanos e etc. O curso começa agora em abril.

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Whiplash! / O que um fã e/ou futuro fã, pode esperar de um show do Obskure?

Amaudson / Sempre nos preocupamos em levar algo novo em nossas apresentações, por isso fazemos questão de não estarmos nos apresentando direto. Por exemplo, aqui em Fortaleza não tocamos desde agosto de 1999; estamos preparando um show para festival "Brasil: com o Rock são outros 500", que se avizinha. Em maio, a banda faz onze anos e nós também queremos preparar uma apresentação especial. As pessoas sempre nos perguntam quando vamos tocar, se tocaremos alguma coisa nova... Fica sempre aquela expectativa, e isso passou a ser uma marca registrada da banda.

Whiplash! / A banda está a uma década no cenário do metal extremo. Olhando para trás, o que mudou para melhor e pior?

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Amaudson / Com certeza as pessoas, a própria tecnologia, que é algo bastante cíclico e que tem exercido um papel primordial em todos os setores das nossas vidas. A quantidade de bandas também cresceu- pelo menos em Fortaleza a quantidade de bandas é bem maior do que há uma década. Os modismos também nunca deixaram de existir. Existem sempre aqueles fãs que aparecem e desaparecem com a mesma velocidade meteórica. Em se tratando de organização, essa questão mudou bastante, pelo menos aqui em nossa cidade- o exemplo da ACR comprova minha afirmação. Cresceram também as alternativas de divulgação dos trabalhos independentes. O próprio Whiplash! não existia há dez atrás. A internet é um veículo que veio colocar todo mundo em condições igualitárias. Há dez anos, você mandava uma correspondência para o exterior demorava dez, quinze ou vinte dias para chegar ao seu destinatário, hoje em questão de segundos o teu material chega sem problema. O número de gravadoras, selos e distribuidores cresceu bastante. As próprias rádios comunitárias se colocam como uma alternativa à cultura de massa. Em compensação, o egoísmo humano exacerbou-se. Existe uma competição desenfreada rumo ao "sucesso", pois todo mundo tá querendo ser o melhor, o pop star. A grande maioria está preocupada somente em passar por cima, destroçar, falar mal. Levamos dez anos para sermos reconhecidos, sempre procurando respeitar as pessoas, os seres humanos, o trabalho dos zines, das revistas; na medida do possível estamos sempre procurando ajudar. A questão da solidariedade e do pensamento coletivo precisa ser colocado na ordem do dia, não só no movimento underground, mas em todos os setores das nossas vidas.

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Whiplash! / Em dez anos, muitas coisas mudam. No Obskure, quais foram as mudanças mais consideráveis, em todos os aspectos?

Amaudson / Você está sempre me instigando a falar, vamos lá. O mundo é algo muito complexo. Se você for querer entender as coisas que se passam ao seu redor tu vai ficar louco. Nós aprendemos que nem tudo que reluz é ouro. Aprendemos a questionar o aparente, o belo, o "perfeito". Aprendemos muito com as próprias pessoas, elas de repente te mostram uma coisa e são outras. Uma grande lição: aprendemos a nos respeitar como seres humanos que possuem qualidades, que possuem limitações. Isso nos tem feito crescer e evoluir muito como seres humanos.

Whiplash! / Como vocês analisam a cena underground nordestina, em dez anos e atualmente?

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Amaudson / A cena nordestina de dez anos atrás tinha uma coisa que falta atualmente: sinceridade. Se o cara não gostava ele metia o pau e falava na cara. Falta essa sinceridade, atualmente.

Daniel / As pessoas no Nordeste são muito unidas, o intercâmbio entre as bandas é algo que move muito a cena. Estamos crescendo e junto conosco há bandas que fazem um som de muito respeito e que são compostas por pessoas decentes. Essa é a essência. Para repercutir, no mundo, é necessário muito conteúdo musical e humano e não só uma casca agradável de um interior vazio.

Whiplash! / Como a banda analisa seu papel para o fortalecimento do cenário nordestino, em todo este tempo?

Amaudson / As pessoas sempre colocam essa questão regional. O fato de sermos uma banda mais antiga sempre nos coloca nessa posição de analisar o que vem sendo feito por aqui. Mas quem somos nós para julgar alguém? O que posso te dizer é o seguinte: a região do Nordeste possui uma qualidade que a diferencia das outras regiões. Essa diferença chama-se garra, força de vontade. Se você analisar a quantidade de boas bandas beirando uma década, com grandes trabalhos, verá que não estou puxando a brasa para a minha sardinha, até porque não sou a favor da separação do país como muita gente do sul defende. É apenas uma realidade que salta aos nossos olhos, e que deve ser observada de forma mais atenta.

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Whiplash! / Considerando que, de maneira independente, é difícil conceber álbuns no Brasil, quanto tempo os fãs terão que aguardar pelo próximo trabalho de estúdio da banda?

Amaudson / Nós já começamos a trabalhar nas novas composições; a partir de agosto começaremos o trabalho de pré-produção do segundo trabalho, que ainda não tem nome. A única coisa que sabemos é que será um trabalho independente; se daqui para lá aparecer alguma proposta decente de algum selo, poderemos conversar. Mas diante mão, queremos que esse segundo trabalho saia de forma independente daqui para o final do ano.

Daniel / As composições estão mais eruditas e ao mesmo tempo mais brutais. Exatamente fazendo a junção do que me referi aos elementos. O resultado temos denominado de Simphonic Grind Metal.

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Amaudson / Se é difícil conceber álbuns independentes no Brasil? Um trabalho independente é algo que preserva sua autonomia, sua integridade e te faz crescer. Por um lado você esbarra em algumas limitações como a rapidez no que tange a distribuição, os anúncios em revistas, sites, etc. Mas por outro lado seu trabalho não é tratado simplesmente como uma mercadoria, com prazo de validade, tendo que ser vendida e consumida o mais rápido possível; esse caráter estritamente comercial, muitas vezes, é a desgraça de muita banda. Em decorrência disso tudo, a quantidade de clones de bandas que trabalham apenas para "cumprir tabela" cresce assustadoramente. A questão da mensagem, da forma como as pessoas vão receber o nosso trabalho, é uma preocupação nossa. Seria muito cômodo para nós, fazermos música para adolescentes alienados consumirem. Para nós isso não é ético, não é honesto. A essa altura as pessoas devem está pensando que somos inimigos das gravadoras, não é isso. O que questiono nas "majors" (grandes gravadoras), e até nos pequenos selos, é o tratamento unilateral que as bandas recebem. Esse relato é baseado em experiências nossas e reclamações de muitos amigos nossos- em momento algum estou sendo leviano. Quer dizer, para evitar que esses problemas possam acontecer novamente, preferimos trabalhar de forma independente, só dependendo de nós mesmos. É somente uma questão de opção.

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Whiplash! / Deixem um recado para o Whiplash!.

Amaudson / Obrigado pela oportunidade, pelo espaço e pela grande força. Para nós é um grande prazer poder contribuir com o Whiplash!. Qualquer coisa, estamos aí novamente. E você que leu e teve alguma curiosidade, nos escreva para trocarmos uma idéia.

Daniel / Quero parabenizá-los por este grande site do qual eu já era freqüentador assíduo e agora tenho a honra de estar dando uma entrevista. Depois de verem este site, visitem o site da Obskure (www.lia.ufc.br/danielmb).Obrigado!

Para contactar a banda: [email protected]

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