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Spastic Ink - Entrevista com Ron Jarzombek, guitarrista.

Postado em 15 de agosto de 1999

Ron Jarzombek entrou para a história ao tocar no álbum "Control And Resistance" da sensacional banda Watchtower, de inegável importância para o rock/metal progressivo e que serviu de influência para várias agremiações musicais, como Cynic e Atheist. Em entrevista exclusiva ao Whiplash!, Ron, conta os detalhes sobre o fim do Watchtower, analisa seus trabalhos, dá detalhes sobre sua nova banda, o Spastic Ink, e ainda fala de suas influências e comenta também sobre músicos/personalidades.

Entrevista concedida a Thiago Corrêa.

Colaboração de Mário Del Nunzio.

Tradução por Mário Del Nunzio.

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Whiplash! / Spastic Ink está prestes a lançar seu segundo álbum. Continuarão com o mesmo espírito presente no primeiro ? O que podemos esperar deste lançamento ?

Ron Jarzombek / O álbum está vindo bem diferente que "Ink Complete". Bobby [Jarzombek, baterista] e eu começamos Spastic Ink juntos e escrevemos todas as músicas, indo para trás e para frente com partituras e cassetes. Discutimos cada seção de cada música. Pete [baixista] estava em vista desde o primeiro dia que começamos a escrever músicas. Nós 3 havíamos feito "jams" juntos por dez anos, mas nunca havíamos gravado nada, e essa foi a oportunidade. "Ink Compatible" está sendo totalmente escrito por mim. Estou escrevendo partes e nem sei quem ou o que as estará tocando. Primeiro, usaria bateria programada pois Bobby estava muito ocupado na época e não tinha contato com ninguém que pensasse poder tocar as músicas do Spastic Ink. Mas comecei a escrever no computador, e continuei escrevendo por um ano e meio, mas ainda não tenho certeza sobre quem tocará as partes. Haverá duas músicas-vídeo que farei totalmente sozinho, com programação. Em todo o resto terei uma banda completa, com vocais, guitarra, baixo e bateria. "Ink Compatible" é baseado totalmente em computadores. As músicas falam de internet, "nerds", memória, bits, vírus, etc. Me tornei um verdadeiro "nerd" de computador nos últimos anos, e parece que computadores estão dominando tudo, então decidi basear um CD inteiro no assunto. Alguns títulos de composições são: "Just A Little Bit", uma sequência de "Just A Little Dirty", "In Memory Of...", "The Cereal Mouse", "Read Me", "Aquanet". Diria que as músicas em "Ink Compatible" são mais pesadas que as em "Ink Complete" e não tanto experimentais. As músicas parecem também mais construídas, pois há os vocais de Jason McMaster em quase todas. Haverá algumas peças que soam como trilha de filmes também. Acredito que seja lançado no começo do ano 2000.

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Whiplash! / A formação da banda para o segundo álbum do Spastic Ink foi totalmente alterada, e agora conta com Steve DiGiorgio e Sean Malone tocando baixo e Richard Christy e Sean Reinert tocando bateria. Como esses músicos foram contactados ? 3/4 desses músicos tocaram com o Death. O que você acha deles musicalmente, o trabalho deles com o Death e como é trabalhar com eles ?

Jarzombek / Todos foram contactados por e-mail, exceto Richard Christy, embora tenha pego seu telefone de um amigo de e-mail. Peguei todos os CDs que pude que tinha esses músicos, e tentei imaginar como soaria com o Ink. Chuck [Schuldiner], do Death, sempre teve músicos matadores em todas as formações da banda, então sabia que havia boas possibilidades para todos os músicos. Sean Malone me mandou um e-mail aproximadamente um ano atrás, e me mandou seu CD "Cortlandt", e desde então saberia que funcionaria. Meu irmão, Bobby, tem o CD "Focus", do Cynic, que tem Malone e Reinert, então o ouvi por um tempo. Foi difícil escolher quem deveria tocar quais músicas.

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Whiplash! / Spastic Ink agora tem 2 baixistas e 2 bateristas. Vocês têm deveras atuado com tal formação ou os baixistas e bateristas alternam suas atuações ?

Jarzombek / Esse era o plano até algumas semanas atrás, quando tivemos outra mudança de formação. Sear Reinert tocaria a maior parte das linhas de bateria, mas ele teve que declinar devido a sua ocupadíssima agenda. Richard Christy ainda deve tocar no CD, mas agora parece que meu irmão, Bobby, fará a maior parte das baterias no álbum. Ele mora na mesma cidade que eu, portanto, fica mais fácil e conveniente a comunicação e o trabalho nas composições do que tentar comunicar-me com alguém do outro lado do país. A agenda de Bobby também é bastante ocupada, mas tentaremos fazer funcionar. Richard Christy trabalha em tempo integral, está tocando em duas bandas e quem sabe se estará disponível. Todos estão extremamente ocupados ultimamente. Sean Malone faz seções de estúdio, dá aula e estuda na Universidade de Oregon. E Steve [DiGiorgio] é louco. Está tocando com Dark Hall, Sadus, Testament, e agora com o Spastic Ink, tem um emprego em tempo integral, mulher e dois filhos. Não sei como ele faz tudo isso. Haverá duas músicas com Steve e Sean juntos tocando baixo.

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Whiplash! / A formação do Spastic Ink agora tem um vocalista, Jason McMaster. Como ele foi contactado ? Como foram desenvolvidas as linhas vocais em uma música tão complexa como a do Spastic Ink ?

Jarzombek / Jason McMaster faria o álbum "Mathematics" do WatchTower um ano atrás, mas nada aconteceu. Quando desisti da idéia de completar tal álbum, perguntei a Jason se cantaria em "Ink Compatible". E, não, a música não será mais fácil porque serão colocados vocais. A diferença é que as músicas novas são mais orientadas para a música. Em outras palavras, há versos, bridges, refrões, etc óbvios. Em "Ink Complete" havia apenas poucas canções onde chamávamos partes de "verso" ou "refrão".

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Whiplash! / Como foram as vendas de "Ink Complete" ? Você tem aspirações financeiras com esse projeto ? Você não acha que é música apenas para músicos, ficando um pouco difícil para não-músicos entenderem e apreciarem sua música ?

Jarzombek / Nós fizemos algo como 2000 ou 3000 cópias do CD e todas se foram, então acho que foi bem para um CD instrumental gravado em 4 canais. Tenho certeza que se a gravadora tivesse prensado mais discos, teriam ido também, pois temos estado totalmente sem cópias por quase um ano agora. Quanto a um projeto feito só para músicos, acredite ou não, há vários ouvintes por aí que não apenas apreciam a música, mas não ligam para escutar vocais, então devo perder alguns ouvintes adicionando vocais. Para o que estou tentando levar em "Ink Compatible", vocais são necesários. Quanto a aspirações financeiras, acho que há um mercado para música progressiva, pois alguns músicos ótimos estão realmente se sustentando tocando o que querem tocar. Deve ser difícil para não-músicos apreciarem a música que escrevo e toco, mas isso não é problema meu. Se eles não gostam de minha música, há grandes chances de não gostar da deles também. Não pretendo sacrificar minha integridade musical para alguns idiotas famintos por rap.

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Whiplash! / Você acha que com vocalista terá mais aceitação por parte do público ?

Jarzombek / Sim, no geral, esse é o caso. Mas, como mencionei antes, há alguns fãs de música que não querem escutar vocais. Recebi um bom número de e-mails de fãs do WatchTower dizendo que é difícil ouvir "Control And Resistence" por causa dos vocais. Talvez eles desejassem um disco instrumental. Lançamentos com vocais usualmente vão vender mais que discos instrumentais, mas isso é Spastic Ink, não Nirvana ou Puff Daddy, então nunca terá aceitação pela massa, com ou sem vocais.

Whiplash! / Como foi o processo de composição do primeiro álbum do Spastic Ink ? Você já possuia algumas composições prontas dos tempos de WatchTower ?

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Jarzombek / "Ink Complete" foi totalmente escrito por Bobby e eu, nada estava pronto dos tempos do WatchTower. Ainda estava no WatchTower quando Ink começou, e no começo tinha que escolher qual banda tocaria uma música que escrevia. No começo, tentava tocar com as duas bandas e via com qual soava melhor, mas, em algum tempo, acabei desistindo do WatchTower, pois estava sendo difícil ajustá-lo para a nova direção musical. Diria que 95% do que escrevia ia para o Ink. Normalmente, quando escrevo uma música, partes têm que ser tocadas, não é apenas uma "jam livre para todos", tem que Ter organização e disciplina. Quando O WatchTower tentou terminar o "Mathematics" um ano atrás aproximadamente, escrevi algumas músicas para a banda, mas esse projeto acabou rapidamente, então usei as músicas para o Ink. Essas coisas terminaram na música "Internet".

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Whiplash! / Como você conheceu Pete Perez e decidiu trabalhar com ele ? Por que ele não tocará no novo álbum ?

Jarzombek / Bobby [Jarzombek], Pete e eu tocávamos juntos quando adolescentes. Fazíamos basicamente covers do Rush. Nunca fizemos um show ou gravação, entretanto, então era a chance de fazermos algo. Bobby e Pete voltaram para o Riot em tempo integral. Quando decidi por fazer outro álbum do Ink, falei para Bobby participar também, mas sua agenda estava deveras ocupada para tanto. Quando nós escrevemos "Ink Complete", costumávamos nos ver todos os dias, então discutíamos partes das músicas, mas me mudei para o outro lado da cidade, e fica bem mais difícil e incoveniente nos vermos pessoalmente. Pete escreveu muito pouco nas músicas do "Ink Complete", e eu procurava mais alguém para compor comigo. Sean Malone e eu temos trocado e-mails e ele era o óbvio candidato para o posto. Ele me mandou o CD "Cortlandt", e eu fiquei bastante impressionado que esse baixista escreveu as músicas e colocou tudo junto. Pete é um baixista fenomenal, mas ele não queria contribuir para as composições do Ink. Contudo, ele tocou suas partes inacreditavelmente e seus solos são excepcionais. Lembro-me que Pete incrementou algumas passagens em "Squeakie" que realmente trouxeram vida às partes. Seu "two hands tapping" na seção da valsa de "A Wild Hare" é muito supimpa.

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Whiplash! / Uma música que chamou-me a atenção bastante, do ponto de vista melódico, é "To Counter And Groove In E Minor". Como você teve as idéias para tal composição, e para seu bastante complexo contraponto ?

Jarzombek / Escrevi o "groove" principal para essa música quando minha mão estava machucada. Minha irmã pequena costumava fazer aqueles exercícios de aeróbica que passam naqueles canais de esporte, e eles têm aquela horrível bateria eletrônica ao fundo, e eu escrevi algo assim. Só podia usar dois dedos da minha mão esquerda, portanto, era apenas o que podia tocar naquele tempo. Quanto às melodias clássicas contrapontísticas, não tenho idéia de como elas vieram. Provavelmente escutei algo daquele modo em minha cabeça, e toquei sobre o "groove", e, então, a música começou a tomar forma. Na verdade, essa música não é das minhas favoritas, soa meio fora de lugar no CD. Contudo, a introdução contrapontística é batuta.

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Whiplash! / O primeiro álbum do Spastic Ink mostra uma agremiação musical bastante versátil, combinando jazz/fusion, rock, música neoclássica, metal, e até funk e outras idéias bastante estranhas. Com tantas idéias e uma música tão complexa, aconteceram muitas diferenças entre as idéias e propostas de cada músico ? Os outros músicos quiseram adicionar algo que você não concordou ou algo assim ?

Jarzombek / Em "Ink Complete" eu e Bobby nos entrosamos extremamente bem. Não sei o que foi, nunca havia trabalhado com ele em 10 anos. Eu estava com o WatchTower ou dando aulas, e ele com o Riot ou fazendo shows locais. Estava tão acostumado ao jeito de escrever do WatchTower, que foi uma enorme mudança ter alguém tocando partes escritas, e ter que soar da maneira correta. Do meu jeito de escrever para o WatchTower, a música nunca acabava, e quando via não estava pronta. Algumas vezes me surpreendia, outras vezes era horrível. Pete trouxe algumas idéias que tinha escrito no passado, mas nada se encaixou.

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Whiplash! / Como você parece apreciar muito jazz e fusion, uma questão nasce naturalmente: "Ink Complete" foi um álbum totalmente programado e ensaiado ou houve espaço para improvisos ?

Jarzombek / Não, estamos falando de organização aqui. Se alguém quisesse mudar uma nota seria melhor ter uma boa razão. Se as partes foram escritas de uma certa maneira, então tinham que ser tocadas assim. Nós ensaiamos cerca de duas vezes por semana durante meses, e depois colocamos as músicas em fita. Não acho que improvisei uma nota no disco. No "Control And Resistence" do WatchTower, improvisei alguns solos, mas "Ink Complete" tinha suas notas marcadas. No CD do Guardian Knot de Sean Malone, toquei 5 solos. Dois improvisados, dois compostos, e um foi improvisado, mas eu o re-aprendi e re-gravei, então pude dobrar a linha.

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Whiplash! / Em todas as músicas do primeiro disco do Spastic Ink há grande e quase insana complexidade. Mas, em alguns momentos, senti falta de uma sequência melódica. Há várias mudanças de temas, características de estilos como o fusion. Contudo, há partes que soam bastante clássicas/barrocas, como boa parte de "To Counter And Groove In E Minor". Você já pensou em gravar um álbum com mais composições nesse estilo ? O que você acha disso ?

Jarzombek / Novamente, não ligo muito para "To Counter...". Sempre que alguém me diz que essa é sua música favorita no CD, normalmente é porque estão acostumados com os clichês de melodias clássicas e contraponto, e não deram uma ouvida melhor no resto do disco, ou apenas não entendem as outras canções. Yeah, é provavelmente a música mais melódica no CD, mas é uma música bastante normal. Há muitas melodias batutas nas outras composições, mas elas estão provavelmente passando muito rápido ou é muito sincopado. Acho que as coisas têm um grande sentido, mas você tem que estar apto a achá-lo. Em "To Counter..." a progressão é bastante normal, é tudo 4/4, nada muito característico acontecendo. Agora, não estou dizendo que não pode existir uma ótima canção no tom C em 4/4, mas acho que fiquei um pouco louco com o passar dos anos.

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Whiplash! / Mostrei "Ink Complete" para músicos de jazz, "shredders", e fãs deste tipo de música, e todos tiveram a mesma reação: admiração pelo trabalho da banda. Como você tem reagido a tão positivos comentários de muitos músico ? Como você se sente quanto a isso e como é seu contato com fãs ?

Jarzombek / Os e-mails que tenho recebido de fãs do Ink têm sido bons. Alguns até me motivam. Não estou dizendo desses excrementos óbvios como "você é Deus", ou algo do tipo, mas, às vezes, recebo e-mails bastante pensativos de fãs que realmente entendem o que estou fazendo. Há muitas pessoas que podem entender música progressiva, e isso é realmente ótimo. Nem todos se jogam na moda do momento. Algumas pessoas podem realmente ter pensamentos próprios e ter integridade. Li alguns "reviews" falando do conteúdo "matemático" da música do Ink, mas, se alguém não pode entender o que faço, não me interessa. Se eles entendem, mas apenas não gostam, está ótimo também. Quero dizer, não gosto de tudo que escuto. Escuto o que os críticos dizem, e, se é uma crítica válida, levo em consideração. Se não concordo, apenas esqueço. Mas, acredite em mim, prefiro escutar algum válido e construtivo crítico que ajudar-me-à de alguma maneira do que aqueles comentários sem cérebro do tipo: "Cara, que som animal" ou alguma defecação por meio de vocábulos do tipo.Whiplash: Gostaria que você comentasse sobre o "Ink Complete"... Quais você diria que são os melhores e piores momentos, os momentos mais difíceis para tocar, o que deu mais trabalho para compor, o que você gosta mais...

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Whiplash! / Gostaria que você comentasse sobre o "Ink Complete"... Quais você diria que são os melhores e piores momentos, os momentos mais difíceis para tocar, o que deu mais trabalho para compor, o que você gosta mais...

Jarzombek / Minhas músicas favoritas são provavelmente "Mosquito" e "Data Race". Uma coisa que realmente aprecio no CD é que todas as músicas têm suas próprias características. Yeah, a música é caótica quase sempre, mas há originalidade em todo lugar. A música mais difícil de escrever foi "Just A little Dirty". Pensei que já tivéssemos todas as músicas prontas para o CD, mas Bobby insistiu que precisávamos algo mais pesado com um "groove" denso e para frente. Não via o ponto em fazer tal composição, e estava tendo dificuldades para escrever a guitarra e o baixo, pois não sabia o que fazer. Bobby tinha todas as suas partes prontas, mas não as pegava. Acabou acontecendo que vários fãs mencionam tal composição como uma de suas favoritas, então acho que foi um bom ato fazê-la. A música que deu mais trabalho foi "A Wild Hare". Tive que transcrever todas as partes orquestrais de "Bambi" e arranjá-las para baixo, guitarra e bateria. Isso deu muito trabalho. A mais fácil para escrever foi "Mosquito". A música inteira caiu no lugar certo. Nós tínhamos várias partes diferentes quando começamos o projeto, e foi como colocar um quebra-cabeça em ordem. A maioria das peças estavam lá, então foi apenas arranjar as coisas, adicionar algumas partes e fazê-la dramática em alguns pontos.

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Whiplash! / Vamos falar um pouco de WatchTower... A primeira questão que farei provavelmente já foi respondida muitas vezes, mas muitos ainda querem saber: o que aconteceu com o WatchTower ?

Jarzombek / Para fazer uma longa história curta... Estava tendo severos problemas com minha mão esquerda durante e depois da gravação de "Control And Resistence" em Berlim, e levou quase três anos para recuperar-me de todas as cirurgias. Alan [ex-vocalista do WatchTower] deixou a banda depois da turnê européia e não achávamos um substituto. Quando minha mão ficou boa, Jason, primeiro vocalista do WatchTower, estava de volta, e a direção da banda tinha mudado muito, então Bobby e eu decidimos começar o Spastic Ink.

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Whiplash! / Há um primeiro álbum do WatchTower, chamado "Energetic Disassembly", que se tornou bastante raro. Muitos fãs que possuem "Control And Resistence", procuram esse álbum, mas não encontram. Por que tal fato acontece ? Onde tal álbum pode ser encontrado ?

Jarzombek / Acho que a Noise está fazendo mais cópias de "Control And Resistence", pois sempre vejo tal disco em muitos lugares. Não chequei na internet para ver quais distribuidores têm o álbum em estoque, mas tenho certeza que há cópias por aí. "Energetic Disassembly" foi re-lançado pelo selo Institute Of Art. Não sei se estão fazendo novas cópias uma vez que elas são vendidas, mas, novamente, provavelmente há cópias por aí.

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Whiplash! / Agora, por favor, comente sobre os álbuns do WatchTower, fazendo uma comparação entre ambos, apontando os melhores e piores pontos e dando sua opinião geral sobre eles, agora, alguns anos depois de terem sido lançados.

Jarzombek / Bem, eu não toquei no primeiro álbum do WatchTower, "Energetic Disassembly", que é com Billy White na guitarra. Ele saiu do WatchTower para entrar no Dokken, e gravou um álbum com eles. É um guitarrista monstruoso. Não tenho certeza do que ele está fazendo atualmente. "Energetic..." colocou o nome WatchTower por aí, e "Control..." pegou onde "Energetic..." deixou. Acho que as composições em "Control..." são mais maduras, mas a do outro álbum possuem um sentimento mais supimpa. Elas "empolgam" mais, e são mais divertidas ao vivo. Nós costumávamos abrir nossos shows com "Asylum". Minhas músicas favoritas do "Control..." são "Tyrants" e "Asylum". A música para a qual realmente não ligo é o "hit" do álbum, "Meltdown". Sabia que o WatchTower seria alguma coisa da primeira vez que os vi tocar ao vivo. Eles tinham bastante energia, e isso foi mostrado em "Energetic...". Nós fizemos alguns ótimos shows na turnê européia, mas foi sempre estranho escutar a voz de Alan cantando aquelas músicas que já tinham a voz de Jason por tanto tempo.

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Whiplash! / Por favor, compare seu trabalho com o WatchTower com seu trabalho com o Spastic Ink.

Jarzombek / Bobby e eu costumávamos falar sobre isso quando revistas começaram a comparar Ink a WatchTower. As duas bandas tocam rock/metal progressivo, mas o WatchTower é mais livre e o Ink é totalmente disciplinado e pensado. Se o Ink tentasse tocar uma música do Tower, seria possível, mas não soaria tão selvagem e caótico. Rick improvisava nas suas partes de bateria mesmo quando estávamos gravando "takes" finais. Nunca sabíamos o que ele colocaria. Fiquei nervoso várias vezes pois escrevia algo em cima do que ele fez numa demo e, quando gravamos o álbum, tive que mudar minha parte pois ele fez algo diferente. WatchTower não poderia tocar uma música do Ink. É necessária muita disciplina. Os tempos na música do Ink têm que ser extremamente acurados para funcionarem. Se o tempo ou o ritmo não estivesse perfeito com o Tower, funcionaria. Quando eu e Bobby gravamos nossas partes para "Ink Complete", sabíamos exatamente o que o outro estaria tocando. Em todos os solos fizemos o que quisemos, mas as partes foram tocadas do jeito que foram escritas. E suponho que daí tenha vindo a crítica de "é muito matemático", mas era isso que queríamos. Muitos diziam que soava como um computador. Isso que desencadeou o conceito de "Ink Compatible".

Whiplash! / Qual de seus álbuns você sente que teve uma melhor aceitação pública ? Por quê ?

Jarzombek / Ouvi falar que "Control And Resistence" vendeu algo em torno de 40.000 cópias. Imagino que se tivessem sido feitas mais cópias de "Ink Complete", estaria em torno de 40.000. "Control..." foi lançado por um selo internacional, teve ótima distribuição, e "Ink Complete" foi lançado por um pequeno selo e com pouca distribuição. Ambos foram bem de suas maneiras, mas, obviamente, WatchTower teve mais apelo público. Há muitas demos que fiz por aí, também, através de troca de fitas. Até recebi alguns e-mails sobre essas gravações. Se a qualidade de som fosse melhor, pensaria sobre lançar isso. Poderia regravar, também, mas, por que gravar algo de novo ?

Whiplash! / Você fez participações no primeiro álbum do Guardian Knot, uma das bandas de Sean Malone, e no álbum Raymond Scott Tribute de David Bagsby. Como foi sua participação nesse discos ? Como apareceram as oportunidades para tais aparições ?

Jarzombek / David Bagsby me contactou e perguntou se queria fazer um cover de uma música do Raymond Scott. Conheço David há anos, a primeira vez que o vi foi em um show do WatchTower em Dallas. Nunca fui muito fã do som de "big band", mas sou muito fã do Bugs Bunny, e Carl Stalling, compositor do Bugs Bunny foi muito influenciado por Scott. Tinha uma fita com quase 20 músicas de Scott para escolher, e apenas achei que "Mars" tinha boas melodias. Queria fazê-la realmente pesada, e acho que fiz um bom trabalho com a música, mas a produção não foi das melhores. Foi minha primeira tentativa de fazer uma música com meu computador. O CD do Raymond Scott ficou ótimo. Tenho certeza que Bagsby está bastante feliz com ele. Quanto ao Guardian Knot, Sean Malone e eu apenas trabalhamos em uma pequena troca. Ele pediu-me para que gravasse algo em seu novo projeto e eu pedi para ele tocar em "Ink Compatible". Fiquei um pouco desapontado com minha contribuição ao CD. Sean estava com tempo bastante apertado, e eu estava esperando escrever algo com ele. Pensei que tocaria algumas músicas realmente, não apenas solos. Ele só me mandou uma ADAT 2 semanas antes da mixagem, e me disse onde os solos eram, e foi isso. Glen Swelnar fez um ótimo trabalho com as músicas, mas gostaria de poder ter tocado mais no CD.

Whiplash! / Você tem outros projetos além do Spastic Ink ? Muitos músicos têm entrado em contato com você para tê-lo em seus álbuns ou algo do tipo ?

Jarzombek / Estou querendo entrar em todo o campo multimídia. Escrever músicas para animações, vídeo games, filmes, cinema, etc. Estou fazendo 4 pequenos vídeos que aparecerão no "Ink Compatible" com arquivos avi. A peça completa é chamada "Read Me" e é dividida em 4 seções de vídeo individuais. Seria deveras legal se tivesse um animador para trabalhar nisso, então poderia apenas concertrar-me na música, mas, agora, estou fazendo o vídeo e o áudio. Tenho algumas peças interessantes, mas não estou dizendo que sou um animador, só quero escrever músicas para objetos em movimento. Acho que estive assistindo muitos desenhos do Bugs Bunny. Também escrevi uma música para um vídeo clipe do filme "Charlotte's Web", que será chamada "The Cereal Mouse". Duvido, entretanto, que o vídeo esteja no "Ink Compatible" devido aos problemas de direitos autorais. Não sei se estarei no próximo CD do Guardian Knot. Sean está começando a escrever o CD, e quem sabe o que ele desejará. Estou agendado para tocar em demos.

Whiplash! / Você já pensou em fazer vídeo aulas ? Tenho certeza que muitos estariam interessados. Você escreve colunas para revistas de guitarra ou dá aulas do instrumento ?

Jarzombek / Estive ensinando guitarra e teoria por cerca de 15 anos. Não é o que quero fazer, mas tenho que pagar contas. E não quero ter que tocar por aí country ou covers velhos de rock. Aprendi desde WatchTower que dinheiro não aparece se você está fazendo suas próprias músicas. Já me pediram várias vezes para fazer colunas em revistas de guitarra, mas, até agora, nada aconteceu. Acho que se fizesse uma vídeo aula, seria totalmente diferente de todas as vídeo aulas que já vi. Seria mais uma lição em criatividade e não em abuso.

Whiplash! / Um outro dia tive oportunidade de ler uma mensagem de Jens Johansson [tecladista do Stratovarius e Johansson Brothers, ex-Yngwie Malmsteen, ex-Dio, que também lança discos solo e tem vários outros projetos] com uma equação representando um compasso 4/4, e era algo assim: 5*6+2/8=3D5+6+5+6+5+5/8 . Depois de ouvir seu trabalho, fiquei curioso em saber como você pensa um compasso 4/4. Poderia fazer algumas equações os representando ?

Jarzombek / Jens é louco. Estive trocando e-mails com ele por um tempo, mas depois perdi o contato. Ele esteve bastante ocupado tocando com o Stratovarius. Eu o vi ao vivo com Yngwie [Malmsteen] várias vezes. O que mais pode se ter em um tecladista ? Ele me mandou seu álbum "Heavy Machinery", com Allan Holdsworth, e seu CD solo também. É um grande compositor. Agora, sobre dividir um compasso 4/4, há centenas de maneiras de dividir. Eu às vezes acho difícil escrever uma música em 4/4, pois sempre tenho uma série de notas que quero em uma melodia, e forçando tudo a um tempo normal não funcionaria. Normalmente terei notas faltando depois de 4 ou 8 batidas, e encaixar-se-iam em uma batida "estranha". Sei que muitos ouvintes acham que compositores progressivos propositadamente tentam fazer os compassos mais difíceis, mas, usualmente, isso é só como a música se desenvolve. Escrevo mais partes de músicas em minha cabeça que em minha guitarra, então, não estou lá sentado contando batidas. Entretanto, por exemplo, há uma seção na música "Virus", do "Ink Compatible", que tem uma guitarra tocando um tema com divisões de 4 4 4 4 3/8 4 4 4 4 3/8, outra guitarra tocando um segundo tema com 10 divisões de 7/8, o baixo está tocando um terceiro tema com 7 divisões de 5. Todos os temas tocados simultaneamente. Funciona, pois todos os temas somados têm 35 batidas. Agora tenho que pegar minha calculadora... Seria algo como (4+4+4+4+3/8)*2=7/8*10=5*7.

Whiplash! / Quando começaste a tocar guitarra ? Algum músico ou banda fez você querer tocar guitarra ?

Jarzombek / Comecei a tocar guitarra na quinta série, acho. Primeiro toquei piano por dois anos, então parti para a guitarra. Lembro-me que minha mãe ficou louca comigo porque quis trocar para a guitarra. Só tive duas aulas de guitarra quando criança. Quando comecei a guitarra já sabia algumas escalas e acordes, do piano. Mas, na maioria das vezes, apenas tentava aprender solos dos meus discos. Minha maior influência era Rush. Quando estava crescendo, alguns de meus guitarristas favoritos eram Alex Lifeson, Michael Schenker, Uli Roth, Glenn Tipton e Ace Frehley. Bobby e eu tínhamos uma banda com nosso irmão mais velho, e fizemos vários shows quando estávamos no colegial.

Whiplash! / Quais suas maiores influências como guitarrista e compositor ? O que tens escutado ultimamente ?

Jarzombek / Tenho escutado compositores de trilhas sonoras. Minha última descoberta foi Mark Snow, que faz "X Files". Elliot Goldenthal, Danny Elfman e Richard Band têm sido meus favoritos há anos. Em relação a guitarristas, não tenho ouvido muito do que tem por aí. Os únicos CDs que peguei recentemente foram o CD solo de Fredrik Thordendal, "Sol Niger Within", Symphony X e Pantera.

Whiplash! / O que você acha de músicos, em especial guitarristas, que apenas copiam outros ? Como todas aquelas cópias de Yngwie Malmsteen, etc.

Jarzombek / Nunca entendi porque alguém copiaria outra pessoa sendo que nunca vai ser tão boa quanto ela. Acho que alguém pode ter muita influência em outra pessoa. Se é algo é tudo que você escuta, você vai soar como isso. Ninguém nunca vai fazer Yngwie melhor que Yngwie, então, por que se importar. Ele escreveu a bíblia do neoclássico, então, mova-se para algo além. Isso se tornou velho, uma década atrás, quando todos aqueles guitarristas querendo ser Yngwie estavam aparecendo em todos os lugares. Tenho que admitir que transcrevi um ou dois solos de Yngwie Malmsteen, mas sempre escutei outros guitarristas e compositores.

Whiplash! / Aqui no Brasil temos dois movimentos "musicais" (?), chamados "Pagode" e "Axé". O que importa neles é o quão grande são as nádegas da dançarina, e não a música. O que você acha disso ?

Jarzombek / Não conheço "pagode" e "axé", mas não gosto de mulheres com bunda grande. Também não gosto de peitos muito grandes. Gosto de boas e firmes bundas, e nada daquelas "melancias" como da Pamela Anderson.

Whiplash! / O que você acha do movimento "grunge" que ocorreu ? E o que você acha de bandas de "metal" atuais, como Korn, Deftones e Soulfly ?

Jarzombek / Grunge era só uma atitude, não precisava escrever músicas. Foi o começo da preocupação musical indo colina abaixo. Sem solos, sem conceitos ou temas, só músicas pop pesadas para ouvintes sem conhecimento. Kurt Cobain nunca disse ser um bom guitarrista, mas escreveu músicas legais. As bandas de rap/metal hoje são horríveis. É triste ver o que aconteceu com rock e metal hoje. Odeio quando eles fazem rap em cima de bases "metal". Por que não deixam o excremento do rap para suas casas ? Fico triste pelas crianças de hoje que nunca saberão o que rock realmente é. Torço para aparecer algum movimento que tire esses caras fazendo rap da música. É também difícil para ensinar guitarra quando alguns estudantes trazem essa defecação para transcrever. Não há nada lá. Duas bandas que realmente odeio são Korn e Limp Bizkit. Qualquer "banda" que tem um "DJ" deveria ser morta. Escutei um pouco de Deftones e Soulfly, mas não posso comentar. Acho que uma razão para que várias bandas, principalmente as "hair bands" estarem voltando é que há muitas pessoas que odeiam rap, e bandas de "rock" atualmente são tão brandas... Pelo menos as "hair bands" tinham guitarristas solo fenomenais.

Whiplash! / Por favor, comente sobre esses guitarristas.

Whiplash! / George Bellas:

Jarzombek / Acho que é um dos "novos Yngwie" por aí, não tenho certeza. Um amigo mandou-me uma fita que acredito que seja com ele, mas não tenho certeza. Não lembro de ter ouvido outra coisa dele.

Whiplash! / Steve Vai:

Jarzombek / Meu guitarrista favorito. Tem tudo que pode ser pedido em um guitarrista. Ótimo "showman", bastante rápido e limpo, imaginativo. Para ser o guitarrista e transcrever para Frank Zappa por todos aqueles ano, ele tinha que ser imaculado. Escutava constantemente algum tempo atrás, mas agora estou dando uma parada, pois quanto mais o escuto, mais quero ser como ele, e quero ser como eu, apenas, mais ninguém. O vi ao vivo cinco vezes, acho, com Alcatrazz, David Lee Roth e solo.

Whiplash! / Chris Impelliteri:

Jarzombek / Não era ele que todos clamavam por ser o mais rápido guitarrista de todos os tempos ? Escutei um pouco dele. O seu "Over The Rainbow" é bem supimpa. Mas parece que ele estava tocando mais do que deveria para aquuela música. Então, o que aconteceu com ele ? [N. do E.: Ele continua fazendo e lançando discos].

Whiplash! / Al Di Meola:

Jarzombek / Quando estava começando a palhetar rápido, transcrevia várias de suas músicas. Nunca consegui sua precisão, contudo. Ele é muito preciso. Ele sempre colocava fusas em corridas com semi-colcheias, e era sempre perfeito. Tenho alguns de seus álbuns, "Splendido Hotel", "Casino", "Electric Rendezbous". É batuta como ele mistura a atmosfera congo e jungle e ainda é pesado.

Whiplash! / Allan Holdsworth:

Jarzombek / Aqui está uma pessoa de quem não posso falar nada. Ele faz tantas "paredes" de notas e não posso pegar de onde ele tira isso. Eu sempre tenho que ter razão para notas sendo tocadas, e soa como ele apenas toca, e tudo que ele toca soa ótimo. Daria qualquer coisa para sentar com ele e perguntar "O que diabos você está fazendo?".

Whiplash! / Jimi Hendrix:

Jarzombek / Onde estaríamos sem ele ? Eu não gosto muito da música de Hendrix, principalmente porque não gosto muito de blues, mas o indivíduo era bacana. Mas, fora gostar de sua música ou não, é fato que se não tivesse existido Hendrix, a guitarra no rock teria um rumo bastante diferente.

Whiplash! / Qual sua opinião sobre a situação econômica do mundo atualmente, com os aspectos globalizadores envolvendo as novas tendências político- econômicas ? E qual sua opinião sobre as guerras civis que ainda tomam parte em partes da África, Ásia e até América do Sul, causando problemas econômicos aos países envolvidos e mortes de pessoas inocentes ?

Jarzombek / Bem, não estou muito ligado a assuntos políticos. Claro que não gosto de pessoas inocentes morrendo, mas não sei muito bem o que está acontecendo lá. Talvez devesse assistir mais TV ou algo assim.

Whiplash! / Por favor, comente sobre essas personalidades:

Whiplash! / Nelson Mandela:

Jarzombek / Yeah, não era aquele cara que foi capturado por alguns anos na Europa, América do Sul ou algo assim ? De novo, acho que deveria assistir mais televisão.

Whiplash! / Bill Clinton:

Jarzombek / Um indivíduo bastante calejado. O que mais me incomoda sobre a história da Monica Lewinski é que a maioria das pessoas não têm uma vida, então têm que ficar olhando para os outros. Preferiria ter um indivíduo genuíno como presidente, mas, se ele está praticando coito com uma adulta consciente e que consente, não quero ouvir sobre isso. Agora, se fosse Hillary, seria uma história diferente.

Whiplash! / Adolph Hitler:

Jarzombek / Agora eu sei, aquele cara alemão que estava matando muitas pessoas. E não assisti TV nem mesmo para esse...

Whiplash! / Magic Johnson:

Jarzombek / Ainda acho que ele não tem AIDS. Acho que queria apenas sair do basquetebol, e o mundo precisava ser educado sobre a doença. Ele já era casado, e já estava cansado das mulheres dando em cima dele, então se fez de vítima. Novamente, não praticarei coito com ele, portanto não ligo para isso. Não é meu negócio.

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