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Kamelot: Nos anos 90, a banda estava dando os primeiros passos

Resenha - Eternity - Kamelot

Por Ricardo Pagliaro Thomaz
Postado em 24 de julho de 2018

Nota: 5 starstarstarstarstar

O Kamelot hoje é uma banda grande de power metal. Tendo consolidado seu nome, hoje respeitadíssimo, com discos de sucesso como The Black Halo, ou então o ótimo Haven, de 2015, a banda hoje figura entre as mais importantes de seu gênero. Mas nem sempre foi assim.

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Nos anos 90, a banda estava dando os primeiros passos. Eu conheci a banda em 2005, mas só havia escutado o disco lançado naquele ano, e depois mais nada. Fui voltar a ouvir a banda depois de muito tempo, quando lançaram o Haven. Sendo assim, e dado o interesse crescente que eu comecei a nutrir pela banda, resolvi fazer uma maratona e ouvir os discos deles; porém, resolvi começar pelos que eu já conhecia, o The Black Halo e o Haven. Recentemente, adquiri o Poetry for the Poisoned, mas ainda estou no processo de degustá-lo, então hoje eu resolvi começar por este daqui, Eternity, que é o debut do grupo americano, porque eu achei interessante a forma como que a banda não desistiu, mesmo frente às adversidades.

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A formação original do grupo contava com o hoje único membro remanescente, o guitarrista Thomas Youngblood, ótimo guitarrista. Como ele é claramente o chefe da banda, a formação está sempre mudando, mas esta formação aqui permaneceu pelos primeiros dois discos. Todos ótimos instrumentistas, com certeza, e muito promissores... bem... exceto por Mark.

Nota-se que o "vocalista" Mark Vanderbilt, que provavelmente a essa hora deve estar se ocupando de outro trabalho, porque pra cantar não serve (segundo um fã que foi em um show, Mark vive na Florida e hoje é encanador), tenta a todo custo se parecer com o saudoso vocalista Midnight, da banda Crimson Glory. A diferença, clara como o dia, é que Midnight tinha o dom natural e não soava forçado, mas legítimo, e quando cantava, arrepiava! Mark... ugh... parece um peru com dor de barriga! É doloroso ouvi-lo cantar neste disco! Thomas Youngblood e seus outros colegas até que fazem o trabalho direitinho, nada tão prodigioso, mas decente, aceitável, agradável aos ouvidos... se não fosse o Vanderbilt grasnando a todo momento no vocal principal! O vocalista sozinho consegue fazer deste disco algo insuportável de se ouvir!

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Tentando fazer ouvido grosso (com muito custo, espero que reconheçam meu sacrifício, porque não foi fácil!), eu me atento ao potencial que esses instrumentistas em início de carreira tem de sobra para brilhar. A primeira faixa, "Eternity", é uma faixa bacana, bem arranjadinha, mas desde essa primeira faixa você já nota o esforço da banda em copiar fórmulas. Mas ok, normal! O hoje legendário Deep Purple copiava sem dó em seu início de carreira, sem problemas quanto a isso. A questão é se a execução é boa ou não. Instrumentalmente sim... vocalmente... um desastre!

Há sempre uma narrativa sendo explorada em todos os discos da banda, desde este primeiro, que trata de um cavaleiro saindo de sua tranquilidade e tendo que partir em batalha para satisfazer seu rei; basicamente a premissa é essa, e as letras exploram as possibilidades disso, inserindo elementos mágicos e também alguns sobrenaturais, mas focando no esforço do cavaleiro e mostrando o seu espanto defronte ao rei, ao final de sua jornada.

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Com esforço, tento me focar nesta história. Boas ideias! Ideias que no futuro, como sabemos, renderam outros bons frutos. Instrumentistas bons, executando bem as faixas. Mas aí vem o boçal do vocalista berrando de novo, como na faixa "Black Tower" e ferra tudo! Meu primeiro impulso é remover o fone de ouvido e tentar me livrar do trauma e do susto. Imprestável! Vai grasnar na casa da sua avó! Desiste, Vanderbilt, você não é o Midnight, tenta cantar normal, meu amigo! Que nada! Ele insiste na gritaria, e vai assim até o final do disco. "One of the Hunted" é uma dessas faixas que parece que ele está tentando botar um ovo enquanto canta, ele chega no ápice da cafonice com seu grasnado; você tenta fazer vista grossa, mas não adianta.

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Há algumas faixas em que as tentativas de cantar dele se tornam um pouco mais palatáveis e pelo menos nos deixam prestar mais atenção em outros elementos; são as faixas "Red Sands", mais acelerada e enérgica e com arranjos envolventes, ou então "Fire Within", onde o cara deve querer realmente se olhar no espelho e ver o Midnight nele; "What About Me" também é uma faixa lenta e que eu tenho certeza que, com outro vocal como o Roy Khan ou o Karevik que se encontra hoje na banda, iria ficar bem melhor. Por fim, "The Gleeman" também é uma faixa bem bacana, com instrumental muito bom, e onde as esgueladas de Vanderbilt não incomodam muito porque estão mais contidas, deixando transparecer mais o bom trabalho musical do resto da banda.

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Não esperem algo mais do que isso, sinceramente. Trata-se de uma tentativa inicial do Kamelot de seguir certas tendências da época e experimentar com as possibilidades, tentando usar o que tem em mãos para criar algo; porém, as composições, muito embora tenham potencial, são ok, nada especial, mas são bem executadas, só que o vocalista... meu Deus! Para efeito de registro, não critiquei a pessoa do Vanderbilt, que fique bem claro antes que alguém venha com mimimi, eu nem o conheço, apenas critiquei seu trabalho artístico aqui neste disco, que pra mim foi sofrível; a banda é boa, mesmo nesses tempos iniciais mais obscuros. No entanto, eu não recomendo este disco aqui para quem está descobrindo ela agora. Talvez seja uma alternativa para os fãs que querem completar a discografia, mas sinceramente, apenas tendo em vista que se trata de um Kamelot bem diferente e musicalmente imaturo. A consagração final da banda só virá um pouco depois, então vá com cautela nestes discos iniciais; se quiser pular este disco aqui, fique à vontade!

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Eternity (1995)
(Kamelot)

Tracklist:
01. Eternity
02. Black Tower
03. Call of the Sea
04. Proud Nomad
05. Red Sands
06. One of the Hunted
07. Fire Within
08. Warbird
09. What About Me
10. Étude jongleur (instrumental)
11. The Gleeman

Selos: Noise

Banda:
Mark Vanderbilt: voz
Thomas Youngblood: guitarra, voz
Glenn Barry: baixo
David Pavlicko: teclados
Richard Warner: bateria

Músicos convidados:
Todd Plant: back vocal
Leroy Meyers: back vocal
Howard Helm: teclado adicional

Site oficial:
http://www.kamelot.com

Para mais informações sobre música, filmes, HQs, livros, games e um monte de tralhas, acesse também meu blog.

http://acienciadaopiniao.blogspot.com.br

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Sobre Ricardo Pagliaro Thomaz

Roqueiro e apreciador da boa música desde os 9 anos de idade, quando mamãe me dizia para "parar de miar que nem gato" quando tentava cantarolar "Sweet Child O'Mine" ou "Paradise City". Primeiro disco de rock que ganhei: RPM - Rádio Pirata ao Vivo, e por mais que isso possa soar galhofa hoje em dia, escolhi o disco justamente por causa da caveira da capa e sim, hoje me envergonho disso! Sou também grande apreciador do hardão dos anos 70 e de rock progressivo, com algumas incursões na música pop de qualidade. Também aprecio o bom metal, embora minhas raízes roqueiras sejam mais calcadas no blues. Considero Freddie Mercury o cantor supremo que habita o cosmos do universo e não acredito que há a mínima possibilidade de alguém superá-lo um dia, pelo menos até o dia em que o Planeta Terra derreter e virar uma massa cinzenta sem vida.
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