Adrenalin Baby: O primeiro ao vivo de Johnny Marr
Resenha - Adrenalin Baby - Johnny Marr
Por João Paiva
Postado em 26 de novembro de 2017
Nota: 9 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Se existe um adjetivo para definir Johnny Marr, nenhum seria melhor que Cool. Começou cedo, muito cedo e com 21 anos já era considerado um prodígio, influente, e co-liderava uma das bandas mais importantes de sua era. Após 5 anos, decidiu que era hora de sair um pouco dos holofotes e passou a integrar outra grande banda de sua geração, "The Pretenders", como um simples guitarrista solo de turnê. Não satisfeito, pouco depois, se juntou a Bernard Sumner e fundou o interessante duo Electronic que lançou 3 discos e alguns hits. Depois vieram ótimas colaboracoes com The The, The Cribs, Modest Mouse..enfim a lista é grande e sua influência na música também. Uma coisa é fácil de se concluir, Johnny não gosta de estar estagnado, ele quer sempre estar em movimento e após fazer de tudo um pouco, com quase 50 anos, audaciosamente decide começar do zero e se lança em carreira solo, onde, visivelmente, Johnny parece muito feliz. Após excursionar extensivamente para divulgar os elogiados "The Messenger" e "Playland", era hora de um registro ao vivo, que foram gravados basicamente de seus shows no Manchester Apollo, Glasgow Academy e Brixton Academy, na turne do disco "Playland". Quase todas as etapas de sua carreira estão aqui e é impressionante como as musicas de sua(s) antiga(s) banda (s) aqui não soam deslocadas, mas sim em perfeita harmonia com a linguagem atual de sua carreira solo. A surpreendente reinterpretacao de "get away with it" do Electronic é um exemplo disso: a melodia ganhou músculo com o novo arranjo, e as camadas de sintetizadores originais se transformam em riffs precisos. Os hits dos Smiths aqui não nos causam estranheza sem a voz de Morrisey, mas sim potentes e executados com autoridade e vigor. A escolha foi certeira: das camadas de guitarra de "The Headmaster Ritual", passando pela fúria de "Bigmouth Strikes Again" até o final com "How soon is now?", em versões brilhantes e cheias de energia. As musicas de seus 2 ótimos discos solo, que compõe merecidamente a maior parte do repertorio, parecem soar ainda melhor que as suas versoes em estúdio, destaque para "The Messenger", "Back in the Box" e "New town Velocity". Não se poderia deixar de comentar o admirável esforço de Johnny nos vocais, que embora não seja um vocalista de ofício, cumpre o papel com louvor e compensa qualquer natural limitação técnica com seu carisma e entusiasmo. Definitivamente não há licks batidos, distorção excessiva e taopouco solos infindáveis. Johnny é um guitarrista constantemente venerado, mas é igualmente simples..ele age como se seus feitos não fossem grande coisa, e isso nao lhe confere arrogancia, longe disso, ele soa apenas Cool. Na realidade sua genialidade está na aparente simplicidade que suas partes de guitarra possuem: elas soam quase despretenciosas, como se fossem fáceis de ser executadas. Johnny é de fato um anti-herói da guitarra, e ele parece ter o maior orgulho disso.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



A música de amor - carregada de ódio - que se tornou um clássico dos anos 2000
A canção dos Rolling Stones que, para George Harrison, era impossível superar
A banda clássica que poderia ter sido maior: "Influenciamos Led Zeppelin e Deep Purple"
Brian May escolhe os três maiores solos de guitarra de todos os tempos
O melhor baterista dos últimos 10 anos, segundo Lars Ulrich do Metallica
As quatro músicas do Metallica que James Hetfield considera suas favoritas
O Melhor Álbum de Hard Rock de Cada Ano da Década de 1980
David Gilmour revela quais as quatro bandas de prog rock que ele mais detesta
A banda esquecida que Eric Clapton considera os pioneiros do heavy metal
Camiseta oficial de Ozzy Osbourne zoa Roger Waters por fala que irritou a todos
O jovem guitarrista preferido de Stevie Ray Vaughan nos anos oitenta
As melhores músicas grunge feitas por 5 bandas de hair metal, segundo a Loudwire
Os 10 melhores álbuns do black metal, segundo o RYM
O solo de guitarra que deixa Dave Grohl e Joe Satriani em choque; "você chora e fica alegre"
A banda de rock que Rita Lee achava pura bosta: "Prefiro ouvir Ratos de Porão e Cólera"

"Rebirth", o maior sucesso da carreira do Angra, que será homenageado em show de reunião
"Ascension" mantém Paradise Lost como a maior e mais relevante banda de gothic/doom metal
Trio punk feminino Agravo estreia muito bem em seu EP "Persona Non Grata"
Scorpions - A humanidade em contagem regressiva
Metallica: "72 Seasons" é tão empolgante quanto uma partida de beach tennis
Clássicos imortais: os 30 anos de Rust In Peace, uma das poucas unanimidades do metal


