Nickelback: Fazendo o que faz melhor, banda acerta a mão
Resenha - Feed The Machine - Nickelback
Por Well Soulzera
Postado em 02 de agosto de 2017
Nota: 8
O Nickelback chegou bem ao seu nono disco "Feed The Machine", gravado em Vancouver, com produção da própria banda e Chris Baseford (Shinedown, Rob Zombie, Monster Magnet, Motley Crue e o álbum anterior "No Fixed Address), o disco traz 11 novas músicas com tudo o que sabem fazer de melhor: dosar peso e melodias em músicas enérgicas e pesadas, baladas românticas e emocionais e uma produção impecável, tudo isso sem soar piegas ou exageradamente pop, como em algumas músicas de seus dois últimos álbuns.
Feed The Machine abre o disco já com bastante gás, ótimos riffs e uma letra mais politizada, ganhou um ótimo vídeo futurista. Coin For The Ferryman mantém o pique lá em cima com riffs bem legais e bastante peso e... solos de guitarra! Destaque para as excelentes linhas vocais de Chad Kroeger.
Song On Fire é uma balada típica do Nickelback: grudenta, com vocais precisos e refrão para cantar junto, muitos criticam a banda pelas suas baladas mas, na verdade, baladas são um dos pontos forte da banda. Must Be Nice novamente traz um groove bem legal, moderna e pesada, embora seja uma música pesada, (como diversas outras que eles tem) não soa agressiva. Na sequência vem After The Rain, que aparece como o ponto fraco do disco, não é ruim, mas não empolga e em nada acrescenta ao disco.
For The River sobe rapidamente o nível, talvez a melhor entre as pesadas, traz riffs eficientes e muito groove, vocais irrepreensíveis, novamente peso e energia na medida certa e um grande solo de Nuno Bettencourt. A emotiva e pesada Home é um dos pontos altos do disco, é uma balada pesada com excelente performance vocal, paradas antes do refrão, típica música para os tradicionais vídeos com histórias, que eles gostam de fazer, que música!
As novidades começam em The Betrayal (Act III) que tem uma intro acústica bem diferente do "estilo" Nickelback, mas que fica bem pesada e diferente, mais solos de guitarra, bateria meio quebrada e riffs fracionados, acaba sendo uma boa surpresa no disco. Silent Majority mostra um hard rock moderno e firme e Every Time We're Together segue a linha dos últimos discos, um hard rock suave, na medida para as rádios.
The Betrayal (Act I) é a instrumental que encerra o disco: é uma música bem diferente do Nickelback usual, um tipo de peça de violão clássico, confesso que, para mim, soa um pouco deslocada, mas vale por trazer novas sonoridades, fugindo um pouco do óbvio.
Em resumo, se você gosta de Nickelback, vai curtir bastante, é um disco forte e mais focado que seus dois anteriores, quem não gosta, continuará não gostando. A banda deixou de lado músicas com apelo pop exagerado e meio que voltou às suas raizes, eu diria que esse disco está entre The Long Road e Dark Horse.
Um adendo: O Nickelback é uma banda criticada injustamente, além hitmakers, com milhões de discos vendidos, são extremamente competentes no som que se propõem a fazer; hard rock moderno, com referências que vão do metal ao pop, mas tudo feito com qualidade e bom gosto, músicas pesadas, riffs poderosos e baladas perfeitas, se a banda não inova muito em seu som, também não deixa a desejar, os fãs que o digam, basta ver os números expressivos da banda num mercado onde o rock perdeu muito espaço, não é pouco.
TRACKLIST:
1.Feed The Machine
2.Coin For The Ferryman
3.Song On Fire
4.Must Be Nice
5.After The Rain
6.For The River
7.Home
8.The Betrayal (Act III)
9.Silent Majority
10.Every Time We’re Together
11.The Betrayal (Act I
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