The Verve: Mais chamativo em "A Northern Soul"
Resenha - A Northern Soul - Verve
Por Victor Porto
Postado em 31 de dezembro de 2014
Nota: 9
Após uma estréia interessante, onde eles investiram pesado numa sonoridade psicodélica, os garotos do The Verve decidiram fazer algo mais chamativo, algo mais próximo ao movimento do Britpop, que estava fazendo estrondoso sucesso nas paradas musicas inglesas, graças a bandas como Oasis, Blur e Pulp.
Mas não pense que a mudança de sonoridade da banda foi repentina. Em "A Northern Soul", ainda encontramos alguns vestígios do rock psicodélico do primeiro álbum, agora mesclando com um pouco de rock alternativo.
"A New Decade" abre muito bem esse disco, começando devagar, para depois explodir com várias passagens de guitarras, uma bateria consistente e uma Richard Ashcroft cantando demais. "This Is Music" é o primeiro single do álbum, e é excelente, demonstrando toda a qualidade do grupo. Destaque para o guitarrista Nick McCabe, que neste disco produziu alguns dos melhores riffs dos anos 90.
"On Your Own" é o segundo single e a primeira balada do disco. Bonita, possui uma melodia bastante sentimental. "So It Goes" é uma faixa boa, com passagens acústicas e elétricas.
"A Northern Soul" volta com tudo ao psicodelismo, beirando o rock experimental. Tem uma ótima letra (dedicada ao guitarrista do Oasis, Noel Gallagher) e uma fantástica exibição das guitarras de McCabe. "Brain Storm Interlude" é um experiência musical interessante, cheia de colagens de sons, tudo por trás de outro riff de guitarra marcante.
"Drive You Home" acalma um pouco os ânimos, sendo uma faixa acústica intrigante, com um ritmo tranquilo. "History" foi o terceiro e último single lançado do álbum. Ela possui algumas passagens de violinos cativantes, que deixam a música ainda melhor.
Após duas músicas calmas, "No Knock On My Door" vem com tudo para levantar os ânimos, graças ao seu arranjo atraente. "Life's an Ocean" é uma das canções favoritas dos fãs e uma das mais tocadas pela banda. Tem uma letra envolvente.
"Stormy Clouds" lembra um pouco a sonoridade psicodélica do grupo, com várias passagens de guitarras fascinantes. O disco fecha com "(Reprise)", uma instrumental psicodélica.
O resultado final de "A Northern Soul" é formidável. É um disco interessante, que deve ser ouvido com calma e atenção. Na época, o álbum atingiu o Top 20 nas paradas inglesas, e foi bem recebido pela crítica musical, mas isso não foi o suficiente para manter a banda unida, sendo que no final de 1995, o The Verve iria se separar pela primeira vez. Uma reunião, em 1997, produziria o disco "Urban Hymns", sucesso absoluto do grupo britânico. Mas isso é uma história para se contar mais tarde...
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