Burn In Pain: Música pesada boa de se ouvir
Resenha - Extreme Visions of The World - Burn In Pain
Por Leonardo Daniel Tavares da Silva
Postado em 27 de janeiro de 2014
Nota: 8
Recentemente, o artista plástico e vocalista pernambucano Alcides Burn (INNER DEMONS RISE) divulgou que estava entrando em um novo projeto, chamado BURN IN PAIN, ao lado de Danilo Coinbra (MALEFACTOR/DIVINE PAIN).
Finalmente, há poucas semanas, o primeiro trabalho da dupla, "Extreme Visions of The World", foi divulgado e disponibilizado para download neste link.
Para quem conhece a trajetória de ambos, um trabalho de qualidade já era de se esperar. No entanto, o que recebemos é realmente surpreendente. A bolacha começa com "A Poem To Death" e, mesmo que você não conheça os trabalhos anteriores de Alcides Burn como vocalista (no INNER DEMONS RISE, por exemplo), o vocal já agrada. Os riffs de Danilo não ficam atrás. Também impressiona que o mesmo Danilo seja o responsável pelas baquetas e pelos graves e que tudo soe como uma banda de verdade, com seus quatro ou cinco integrantes. Tudo isso culmina num curto porém marcante solo. Na letra, ecos de Friedrich Nietzche, o famoso filósofo alemão que tem sido revisitado com frequência por inúmeras bandas de metal (inclusive a maior delas, você sabe de quem estou falando).
A próxima faixa, que dá nome ao EP, continua o clima, com agressividade na medida certa, vocais certeiros, riffs empolgantes e bom trabalho de bateria. O trabalho é fechado de forma magistral com "Just Hanging On", que, com sua mistura de melodia e peso, tem potencial para ficar na mente do headbanguer por horas após a primeira audição. A capa, como não poderia deixar de ser, é obra de Alcides, que também é o responsável por um sem número de artes de bandas nacionais e internacionais.
O EP não lança bases de nenhum novo death metal, nem, por outro lado, se atém especificamente ao old school. É apenas música pesada boa de se ouvir, com letras reflexivas e um som bem trampado, numa produção bem feita. Certamente, um trabalho promissor, um belíssimo cartão de visitas para um novo projeto e cujo pecado maior encontra-se em ser apenas isso, uma espécie de convite, deixando todos os ouvintes ainda mais ansiosos por um trabalho completo e oportunidades para conferi-lo ao vivo (com mais integrantes, obviamente).
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