Factory of Dreams: Metal Progressivo experimentalista
Resenha - Melotronical - Factory of Dreams
Por Renato Trevisan
Postado em 12 de março de 2011
"Factory of Dreams" é um projeto português que existe desde 2008, quando o multi instrumentista Hugo Flores chamou a jovem porém rodada (no bom sentido, ok?) vocalista Jessica Lehto para um projeto de Metal Progressivo. Os dois já tem dois lançamentos juntos, sendo que o terceiro álbum do projeto, "Melotronical", foi lançado terça feira, dia 8 de Março, pela ProgRock Records.

Bom, a capa já dá uma ideia do que a audição reserva. Um Metal progressivo e diria até que transcendental, repleto de coros que contrastam vozes femininas e masculinas, duetos entre Jessica e Hugo, orquestrações e belas melodias de teclados. Essas são as características mais legais do disco, pois em contra partida, o instrumental é estranho, pra dizer o mínimo. É claro que ninguém pode tocar com maestria vários instrumental, mas pelo jeito Hugo quis inventar um pouco e, não sei se propositalmente, os instrumentais se sobrepõem. A impressão que fica é que ele gravou uma coisa aleatória com cada instrumento, mixou tudo e lançou o disco. A bateria é a pior parte, já que quase sempre atropela o resto, com pedais duplos em partes que não fazem sentido nenhum. Os outros instrumentos são mais certinhos, mas não é anormal encontrar uma linha de baixo ou um riff de guitarra em desacordo com o que está sendo tocado.
De qualquer modo, Hugo se mostrou um bom instrumentista, mas um compositor um tanto quanto excêntrico, já que as canções apresentam variações de ritmo inesperadas e moldam um álbum bem diversificado, tendo partes mais agressivas e brutais, além de outras mais angelicais e bonitas, principalmente quando o vocal de Jessica se junta aos teclados, formando uma combinação incrível. Por falar na vocalista, ela se mostra ótima no que faz, com técnica, alcance e um timbre bem legal. A produção é bem feita e não diminuiu em nada o trabalho da dupla, a começar pela capa, uma das artes mais interessantes que eu já vi.
Mas apesar dos atropelos e das variações inesperadas no andamento, a obra no seu geral é bem tragável, demora um pouco pra se acostumar, fato, mas esse lado experimental/ avant garde é legal e, se você é do tipo de pessoa que curte uma coisa assim, aconselho ouvir esse disco aqui. Mas, se você acha experimentalismo uma coisa "tensa", não mudará de ideia com esse disco.
Hugo Flores - Electric/Acoustic Guitar, Bass, Synthesizers, Additional Drum Arrangements, "Berimbau", Percussion, Sitar and 12 String Guitar
Jessica Lehto - Vocals
1. Enter Nucleon 03:41
2. Melotronical 05:25
3. A Taste of Paradise 03:38
4. Protonic Stream 08:03
5. Into Oblivion 04:38
6. Obsessical 04:21
7. Back to Sleep 03:15
8. Whispering Eyes 04:16
9. Subatomic Tears 04:30
10. Dimension Crusher 04:23
11. Echoes from Earth 04:24
12. Something Calling me 03:36
13. Reprogramming 04:07
Fonte: http://ocaralhoa4.blogspot.com/
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



O fenômeno do rock nacional dos anos 1970 que cometeu erros nos anos 1980
9 bandas de rock e heavy metal que tiraram suas músicas do Spotify em 2025
David Ellefson explica porque perdeu o interesse em Kiss e AC/DC; "Foda-se, estou fora"
A dificuldade de Canisso no estúdio que acabou virando música dos Raimundos
Iron Maiden bate Linkin Park entre turnês de rock mais lucrativas de 2025; veja o top 10
A farsa da falta de público: por que a indústria musical insiste em abandonar o Nordeste
A lenda do rock nacional que não gosta de Iron Maiden; "fazem música para criança!"
Os 15 melhores álbuns de metal de 2025 segundo a Rolling Stone
A banda de rock nacional que nunca foi gigante: "Se foi grande, cadê meu Honda Civic?"
Queen oferece presente de Natal aos fãs com a faixa inédita "Polar Bear"
Cinco bandas de heavy metal que possuem líderes incontestáveis
Gene Simmons relembra velório de Ace Frehley e diz que não conseguiu encarar o caixão
Show do Slipknot no Resurrection Fest 2025 é disponibilizado online
Justin Hawkins (The Darkness) considera história do Iron Maiden mais relevante que a do Oasis
A cena que Ney Matogrosso viu no quartel que o fez ver que entre homens pode existir amor
Que ídolo mais surpreendeu Tarja Turunen? Ela responde, e é um conhecido brasileiro
Regis Tadeu explica sucesso do Metallica: "Sem isso, ainda estariam no patamar do Megadeth"
John Bonham e a música do Led Zeppelin que ele adorava tocar ao vivo

Edguy - O Retorno de "Rocket Ride" e a "The Singles" questionam - fim da linha ou fim da pausa?
Com muito peso e groove, Malevolence estreia no Brasil com seu novo disco
"Opus Mortis", do Outlaw, é um dos melhores discos de black metal lançados este ano
Antrvm: reivindicando sua posição de destaque no cenário nacional
"Fuck The System", último disco de inéditas do Exploited relançado no Brasil
Giant - A reafirmação grandiosa de um nome histórico do melodic rock
"Live And Electric", do veterano Diamond Head, é um discaço ao vivo
Slaves of Time - Um estoque de ideias insaturáveis.
Com seu segundo disco, The Damnnation vira nome referência do metal feminino nacional



