Death Angel: aumentando a dose dos "novos elementos"
Resenha - Relentless Retribution - Death Angel
Por Thiago Pimentel
Fonte: Hangover Music
Postado em 01 de outubro de 2010
Nota: 7 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
O DEATH ANGEL desde o seu retorno - a banda tinha encerrado suas atividades em 1991 - lançou dois álbuns: o bom Killing Season (2008) e o ótimo The Art of Dying (2004). Ambos os álbuns, apesar de terem os "pés" fincados na velha escola do thrash metal da Bay Area, apresentavam outros elementos: toques de punk e até de rock alternativo podem ser conferidos nesses lançamentos.
No caso do DEATH ANGEL tais elementos não podem ser vistos como demérito. É até de se espantar que esses álbuns tenham agradado o público mais "old school" típico fã de heavy metal. Em "Relentless Retribution" os filipinos/americanos resolveram aumentar um pouco a dose dos "novos elementos" apostando em uma sonoridade... Um pouco mais moderna... Terá esse lançamento a mesma resposta dos dois álbuns anteriores?
Músicas como "Relentless Revolution" - que abre o álbum - e "Truce" mostram o pesado e rápido DEATH ANGEL de álbuns mais recentes como o "Killing Season", porém a primeira "surpresa" vem nos quase 7 minutos da segunda faixa, chamada "Claws In so deep". Devo dizer que essa faixa me surpreendeu negativamente. Os vocais limpos soaram estranhos, deslocados e forçados e o DEATH ANGEL tenta se aproximar do estilo metalcore/thrash de bandas como o TRIVIUM. No que me pareceu uma tentativa forçada e a finalização da música com o uso de violões - com a participação da dupla RODRIGO Y GABRIELA - não funcionou... a sensação é que a peça está deslocada no contexto da música. Contudo, a faixa possui um bom instrumental que não salva. Essa faixa apenas atrapalha, cansa o ouvinte e fica perdida no meio de tantas músicas rápidas. Resumindo: péssima escolha para fazer parte da abertura do álbum.
As demais faixas, em sua maioria seguem um padrão linear, possuindo estruturas convencionais. Riffs como o da intro de "River of rapture" soam previsíveis e, infelizmente, vários deles sofrem esse problema no álbum - o que é uma falha grave tratando-se de thrash metal. "Absence of light" talvez tenha os riffs mais interessantes do disco - destaco também seu ótimo solo de guitarra, e é uma faixa bem interessante no geral. O trabalho de bateria do novato Will Carroll é excelente, conduzindo as músicas com maestria.
Resgatando um pouco a veia punk da banda temos faixas como "This Hate" que possui uma excelente e furiosa performance vocal e riffs muito interessantes em seu final. Músicas como "Death on the meek" e Opponents At Sides" trazem de volta a pegada mais moderna para o álbum, em especial a última que não lembra nada que o DEATH ANGEL já tenha feito. Possuindo um refrão bacana e novamente remetendo o TRIVIUM.
"Volcanic" é uma das mais distintas no disco, explico: trata-se de uma balada acústica. Soando como uma tentativa frustrada de refazer "Veil of Deception" (do Act III) e passa longe. "Where they lay" encerra o álbum sem apresentar surpresas - não possui nada de especial. Soa normal, assim como boa parte das composições do álbum.
O DEATH ANGEL é uma banda "cult" conhecida geralmente pelos apreciadores de metal, apesar de possuir um som que poderia ter sido comercialmente melhor explorado - escute "Act III" (1990) - isso não ocorreu . Tentar novos elementos tendo um público tão "fechado" é arriscado, porém ao mesmo tempo louvável. O álbum é bem dosado: o experimentalismo é misturado em meio a faixas que não arriscam. O problema é que nenhum dos lados funciona bem, sendo poucas as músicas que se destacam, tudo soa burocrático. Instrumentalmente falando a banda não apresenta problemas: excelente performance. O problema concentra-se na composição em si.
"Relentless Retribution" é um bom álbum, que alterna bons e péssimos momentos... e é apenas isso. Por possuir um flerte maior com o metal moderno talvez arremate mais fãs para a banda. Não existe aqui nenhuma faixa que seja um destaque absoluto e este é o maior ponto fraco do álbum, do mesmo modo que a banda pode ganhar mais fãs a chance de muitos ignorarem esse álbum também é grande.
Músicas-chaves:
Absence of light ; This Hate ; Opponents At Side
Formação:
Mark Osegueda - vocais
Ted Aguilar - guitarras
Rob Cavestany- guitarras
Damien Sisson - baixo
Will Carroll - bateria
Tracklist:
1. Relentless Revolution 04:28
2. Claws In So Deep 07:44
3. Truce 03:31
4. Into The Arms Of Righteous Anger 04:31
5. River Of Rapture 04:35
6. Absence Of Light 04:32
7. This Hate 03:33
8. Death Of The Meek 05:15
9. Opponents At Sides 06:21
10. I Chose The Sky 04:06
11. Volcanic 03:34
12. Where They Lay 04:30
Tempo total: 56:40
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



As 5 melhores bandas de rock dos últimos 25 anos, segundo André Barcinski
Nicko McBrain admite decepção com Iron Maiden por data do anúncio de Simon Dawson
Os três álbuns mais essenciais da história, segundo Dave Grohl
A única banda de rock progressivo que The Edge, do U2, diz que curtia
O guitarrista consagrado que Robert Fripp disse ser banal e péssimo ao vivo
Não é "Stairway" o hino que define o "Led Zeppelin IV", segundo Robert Plant
Como Angra trocou Toninho Pirani por Monika Cavalera, segundo Rafael Bittencourt
Mat Sinner anuncia que o Sinner encerrará atividades em 2026
A opinião de Tobias Sammet sobre a proliferação de tributos a Andre Matos no Brasil
Por que Andreas Kisser e sua esposa perderam muito dinheiro no fim dos anos 1990?
A música que ficou guardada por uma década e acabou virando um grande clássico de Steve Vai
Site aponta 3 desconhecidos supergrupos dos anos 1970 com membros famosos
A melhor banda de rock nacional da história, segundo Ricardo Feghali (Roupa Nova)
O guitarrista que Mick Jagger elogiou, e depois se arrependeu
Playback.FM: saiba qual a música mais tocada nas rádios no dia que você nasceu
35 músicas para relembrar e celebrar Raul Seixas, pioneiro do Rock brasileiro
Fatboy Slim confessa ter se arrependido de conhecer David Bowie pessoalmente

Death Angel lança clipe de sua nova música, "Cult of the Used"
Mark Osegueda (Death Angel, Kerry King) recorda audição para o Anthrax em 1992
A relação do "Black Album" do Metallica e do grunge com o declínio do thrash metal
Os 50 anos de "Journey To The Centre of The Earth", de Rick Wakeman



