Resenha - Don't Break The Oath - Mercyful Fate
Por James Dio
Postado em 14 de setembro de 2003
Sem duvida alguma a década de 80 foi a mais rica e significativa para o Heavy Metal e suas derivações. Década marcada pela enxurrada de lançamentos de álbuns históricos representando a melhor fase das melhores bandas de metal já surgidas. E faz parte dessa grande riqueza artística o maravilhoso Don’t Break The Oath (1984), do legendário Mercyful Fate. Nunca o satanismo tinha sido tão perfeitamente representado até o lançamento desse álbum. Desde de bela capa, que traz uma das inúmeras representações do demônio cercado por chamas e apontando pra você, o visual sinistramente fascinante de King Diamond e seu vocal incomparável e originalíssimo, o talento absurdo de todos os músicos, e é claro, a própria música, um Black Metal com Heavy Tradicional. Simplesmente perfeito!
Mercyful Fate - Mais Novidades

A Dangerous Meeting – logo de cara um dos maiores clássicos da banda. Riffs alucinantes e cheios de variações servem de introdução para essa pérola do black metal. O vocal de King é um show a parte, mesclando uma linha vocal tradicional com vozes agudíssimas (aqui na sua melhor forma). Solos magníficos da dupla Shermann e Denner.
Nightmare – O baixo de Timi e a bateria de Ruzz formam um ritmo bem sinistro na abertura dessa grande música, em seguida explodindo em riffs rápidos acompanhados por um baixo que mais parece um bumbo duplo e os vocais belíssimos do King. No meio da musica há uma modificação total no ritmo, se transformando num som hipnótico, pra lá de macabro e terminando com um solo fantástico de Shermann.
Desecration of Souls – Segundo o próprio King, essa música foi composta em um cemitério, com o nome de A Night of a Full Moom, e com letras diferentes da versão do Don’t Break. Os riffs produzidos pelas guitarras são excelentes, servindo de base enquanto King, com sua voz agora gutural, recita os primeiros versos da letra da musica. Depois de um breve e ótimo solo de Denner e o pedal duplo de Ruzz entra King cantado a musica inteira com sua voz em seu tom natural e com uma interpretação onde fica clara suas influencias do blues e rock antigo. Há um emocionante solo de Shermann e Denner com a melodia do baixo te Timi. Inspiradíssimo! 10
Night of the Unborn – Abre com outro grande solo de Shermann, e ao contrario da musica anterior, King canta a musica inteirinha com um vocal agudo, potentíssimo(coisa que ele não consegue hoje em dia). Note que a melodia vocal empregada por King, é totalmente diferente das bases. O instrumental é bastante complexo, as guitarras e o baixo são bem variados, e a bateria tem quebradas inusitadas. Uma ótima música!
The Oath – A música que inspirou o título do álbum. Uma introdução tenebrosa, com teclados arrepiantes, chuva trovões, sinos, e King realizando um reza declarando sua devoção pelo satanismo. Nessa musica fica evidente a riqueza de talento dos músicos. São impressionantes os detalhes que cada um coloca em cada segundo da musica para deixa-la perfeita. Peso, rapidez, variações, solos perfeitos. O clima que essa musica transmite é a essência da ideologia do Mercyful Fate. Mais um clássico.
Gypsy – Outro grande clássico, que abre com um agudo de King e riffs marcantes, daqueles que elevam sua alma banger, e o faz agitar na hora e durante a música inteira! Solos incríveis com duetos maravilhosos, e King mostrando toda a versatilidade que sua voz proporciona. Presença garantida nos shows da banda!
Welcome Princess of Hell – Musica muito boa. Mais parada e arrastada. Outra interpretação diferente do King, mais rasgada. Acelera no refrão, e a voz de King volta pro seu tradicional agudo. Destaque para o arraste do baixo durante o refrão. Muito bom!
To One far Away – Primeira música totalmente instrumental do Mercyful Fate! Com uma base acústica e tendo como diferencial os vocais de King em coro dando uma harmonia bastante bonita, e com breves solos. Belíssima! Infelizmente muito curta!
Come to the Sabbath – Clássico dos clássicos de toda a carreira do Mercyful Fate! A melhor do disco! O que não é pouco! A musica começa com King lhe convidando para o tradicional SABBATH, e realizar o ritual para invocar e louvar Satanás. Depois de uma segunda introdução com teclados, tem o melhor riff já produzido pela banda! Impossível ficar parado! E então o pau come até o refrão contagiante. O solo em dueto de guitarras é absurdo, e Ruzz quebrando tudo na bateria, e então da aquela parada.Teclado, voais em coro do King, acompanhamento de guitarras, formam um belo momento da musica. Batidas fortes na bateria, riffs potentes e se inicia outra parte da musica. Excelente!
Nota 1000!
Tudo que eu tentei falar aqui não representa nem 0,1% do que o MF realizou nesse álbum. Portanto se você ainda não escutou esse disco não perca tempo e faça-o!
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Megadeth anuncia mais datas da turnê de despedida
Os cinco maiores guitarristas de todos os tempos para Neil Young
"Estou muito feliz pela banda e por tudo que conquistamos", afirma Fabio Lione
Bruno Sutter aposta alto e aluga o Carioca Club para celebrar 50 anos de Iron Maiden em São Paulo
A melhor banda ao vivo de todos os tempos, segundo o lendário Joey Ramone
A música inspirada em Soundgarden que virou um hit do Metallica - não é "Enter Sandman"
A maior canção já escrita de todos os tempos, segundo o lendário Bob Dylan
As cinco melhores bandas brasileiras da história, segundo Regis Tadeu
A banda que enche estádios, mas para Roger Waters seus shows são "uma piada"
Guns N' Roses fará 9 shows no Brasil em 2026; confira datas e locais
"Fade to Black" causou revolta na comunidade do metal, segundo Lars Ulrich
Os dois guitarristas que são melhores que Ritchie Blackmore, de acordo com Glenn Hughes
Sweden Rock Festival anuncia line-up com Iron Maiden e Volbeat entre os headliners
Kiko Loureiro diz o que o levou a aceitar convite para reunião do Angra no Bangers Open Air
A melhor banda de rock de todos os tempos, segundo Bono do U2
10 álbuns incríveis dos anos 90 de bandas dos anos 80, segundo Metal Injection
King Diamond recebe homenagem da Fundação Dinamarquesa de Artes
5 discos lançados em 1984 que todo fã de heavy metal deveria ouvir ao menos uma vez na vida


