Resenha - Best Of Bruce Dickinson - Bruce Dickinson
Por Fábio Faria
Postado em 20 de outubro de 2001
Nota: 9
Logo que anunciou sua volta ao Iron Maiden, o vocalista Bruce Dickinson fez questão de deixar claro que não iria desistir de sua carreira solo e que pretendia alternar os lançamentos da Donzela com os de sua própria banda.
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Depois do sucesso alcançado pelo CD "Brave New World", o cantor lança o primeiro trabalho solo depois do regresso ao Maiden. O CD "The Best Of Bruce Dickinson" traz duas novas composições, faz um apanhado da carreira do cantor e de quebra presenteia os fãs mais ardorosos com um CD bônus (edição limitada) cheio de raridades.
Este "The Best Of" tenta com um certo sucesso suprir duas necessidades da carreira solo do vocalista: arrebatar novos seguidores e agradar os antigos fãs. No primeiro caso, tem sucesso ao apresentar para os fãs do Iron Maiden o material solo de Dickinson, que eles não conheciam. E esse é um número significativo. De acordo com o empresário Rod Smallwood, mais de 1 milhão de fãs da Donzela não compraram os discos do cantor. Se faltava algo para convencê-los, essa coletânea parece ser um argumento bastante convincente.
O CD 1 contém músicas de todos os álbuns de estúdio do Bruce, desde "Tattooed Millionaire" até "Chemical Wedding", além de faixas do ao vivo "Scream for Me Brazil". Canções como "Darkside Of Aquarius", "Road To Hell", "Accident Of Birth", "The Tower" e Chemical Wedding, devem chamar a atenção dos fãs do Maiden. Aqueles que não conhecem a fase mais "light" do vocalista terão uma boa amostra em músicas como "Born In 58", "Tears Of The Dragon" e "Back from The Edge".
Os fãs que acompanham Bruce desde o início de sua empreitada solo poderão reclamar que já possuem em sua coleção todas essas músicas. Entretanto, o "Best Of" é um lançamento estratégico, que também tem sucesso nesse aspecto. Traz duas músicas novas: "Broken" e "Silver Wings". A primeira lembra bastante a fase do CD "Chemical Wedding", alternando peso e melodia com a maestria que só o guitarrista/compositor/produtor Roy Z sabe criar, mas peca por ter uma "cara" de Lado-B. "Silver Wings" é outra armadilha (no bom sentido) para fisgar os fãs do Iron Maiden. Ela soa como uma prima distante da "Aces High" (do álbum "Poweslave"), é rápida, pesada e tem um refrão que fica na memória.
No entanto, duas faixas novas parecem não ser suficientes para satisfazer os fanáticos pela voz de Mr. Air Raid Siren e para justificar o dinheiro gasto por eles no disco. Por isso, "The Best Of" conta com um segundo CD bônus. Há alguns anos atrás, Bruce prometeu lançar um álbum chamado "Catacombs", que seria recheado com material raro. O anúncio causou um reboliço na internet e depois de algum tempo, caiu no esquecimento. O vocalista ressuscitou a idéia, que acabou se transformando no CD 2 da coletânea. Nele, destacam-se a versão original de "Bring your Daughter To The Slaughter", a música Wicker Man - que não tem ligação alguma com a música do CD "Brave New World" -, gravada nas seções do álbum "Accident Of Bith", "Acoustic Song", que pode ser considerada como uma das melhores baladas compostas por Dickinson, "Jerusalém", que ficou de fora do CD "Scream For Me Brazil" e a música "Dracula". Esta última, vale como registro da primeira gravação feita por Bruce num estúdio, em 1977. Existe ainda a faixa "The Voice Of Crube", na qual o próprio cantor fala sobre cada canção do CD bônus, explicando quando e porque foram gravadas.
Como vimos "The Best Of Bruce Dickinson" pretende agradar à gregos e troianos. Como isso é impossível, o CD cumpre bem seu papel mostrando a quem possa interessar o talento de um dos melhores vocalista da história do Heavy Metal .
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