Iron Maiden: Uma viagem inesgotável ao redor de Alexandre, o Grande
Por Rodrigo Contrera
Postado em 21 de janeiro de 2017
Continuando aqui a minha saga de textos sobre as músicas de nossa paixão em comum, o Iron Maiden, concentro-me agora naquela faixa (Alexander, the Great) que majestosamente encerra o CD Somewhere in Time, de 1986, reconhecidamente um dos maiores CDs da história da banda. A figura de Alexandre, deixo bem claro, antes de mais nada, sempre me cativou. Desde moleque mesmo, e mesmo desde antes do Iron Maiden fazer a sua música.
Capa do Somewhere in Time
A figura histórica
Alexandre, o Grande - Casa do Fauno, em Pompéia
Alexandre, como todos sabem, foi um dos maiores conquistadores da história mundial. Mas sua passagem pela vida e pela história vai muito além de suas conquistas. Qualquer historiador sabe disso. Alexandre se tornou imperador muito cedo, mais especificamente com apenas 19 anos (quando seu pai, Filipe II, foi assassinado). Mas, embora ele tenha se tornado famoso por causa do império que construiu - um dos maiores da história antiga -, ou pelas batalhas que venceu, ele também ficou conhecido pela sabedoria (vocês poderão ir até o fim do vídeo, quando eu o colocar, e terão uma pequena amostra disso).
Eddie como Alexandre, o Grande
Imagem mais próxima
Educação
Alexandre e Aristóteles
Antes de mais nada, é bom saber que Alexandre tinha apenas 16 anos quando passou a ser educado pelo próprio Aristóteles, o filósofo que trouxe a Filosofia para o âmbito do real (ao contrário de Platão, por exemplo). Se não, pensemos aqui com nossos botões. Se levarmos em conta que o estagirita (como Aristóteles é chamado, por ter nascido em Estagira) é o filósofo mais estudado ainda hoje nos Estados Unidos (de todos, note-se), imaginem o que seria tê-lo como preceptor, exclusivo, em carne e osso. Lembremos que estamos falando da Grécia antiga, de onde surgiu a civilização ocidental, toda ela (a Macedônia era uma província). Que eu saiba, não existe nenhum estadista na história mundial que tenha passado por isso - Platão mesmo, que viajava na ideia do rei-filósofo, tentou fazer o mesmo com outros, mas não conseguiu. Alexandre deve ter tido realmente muita sorte.
De volta aos anos 80
Mas falemos um pouco de nossa banda. Voltemos um pouco aos anos 80, quando o Maiden lançou Somewhere in Time (mais especificamente, a 1986). O Iron nessa época já era conhecido mundialmente. Ele já lotava arenas, e já fazia crer aquilo em que iria se tornar. Mas, apesar de ter arrasado com os álbuns seminais The Number of the Beast (e causado alguma estranheza com The Piece of Mind), a banda apenas ainda estava se consolidando. Muitos argumentarão que ela conseguiu a façanha com Powerslave. Talvez tenham razão. Mas, para que a banda ficasse para a história do heavy metal de todos os tempos, seriam necessárias outras amostras do seu poder. Era preciso que ela confirmasse que tinha vindo para ficar. E ela tentava. Foi quando surgiu Somewhere in Time.
SIT, seja como for, é um disco seminal. Suas músicas são tocadas nos shows com bastante frequência. Mas é um disco, no melhor dos casos, irregular. Várias de suas faixas, embora tenham alcançado grande sucesso, não estão dentre as maiores de toda a carreira da banda. E tem aquele negócio dos teclados ou sintetizadores. O som de SIT é diferente do Iron tradicional (mesmo do atual). E os hits do CD são bastante localizados no tempo. A própria faixa-título, por exemplo, não rivaliza com as grandes faixas de CDs anteriores. Nem Déja Vu, Heaven Can Wait ou The Loneliness of the Long Distance Runner (sobre algumas delas ainda devo falar). E tem Alexander, the Great, fechando tudo (antes que me digam, não me esqueci de Wasted Years, que tem uma grande galera de fãs).
Daí que a única aposta da banda nos temas históricos (se formos considerar o passado como a história e não o futuro), ao menos nesse CD, é Alexander, the Great. Uma faixa sobre um personagem específico, algo que ainda não havia acontecido (embora Churchill fosse a grande estrela no começo de Aces High). Alexander, em termos bem genéricos, viria como uma faixa diferenciada, com um clima menos roqueiro, ao menos no começo, e com clima de época (uma época muito lá longe, no passado). Uma faixa com algo de To Tame a Land, em Piece of Mind, sobre o romance Duna (que não por acaso fecha também Piece of Mind). Aquela faixa de encerramento que a gente, naquela época, esperava. Pois eu me lembro que esperava To Tame a Land. Esperava Hallowed be thy Name. Uma faixa em que desta vez a intenção parecia querer ser simplesmente explicar quem foi esse grande conquistador chamado Alexandre, o Grande. Voltemos então à figura histórica.
Um homem temido mas admirado
Busto de Alexandre
Outro busto dele
Alexandre, os livros mostram, não foi apenas um conquistador. Alexandre foi um homem admirado, pela sua educação esmerada e exemplar, e pela nobreza de seus atos. Tanto que ele foi considerado um dos primeiros homens de perfeição absoluta, um grande guerreiro, um grande estadista, um grande sábio (na vida). Ainda hoje isso atrai a atenção. Podemos também considerar Marco Aurélio, o imperador romano, nessa lista (o autor das Meditações, grande livro, apesar de bem pequeno), mas Alexandre arrancava admiração tanto pelos seus feitos como por onde passava. Era como se fosse uma espécie de um posterior Napoleão, um conquistador, uma força da natureza, mas sábio também (lembremos de como Hegel considerava Napoleão, chamando-o de "o espírito a cavalo").
Livros (notem que os materiais gráficos não são tão caprichados como em The Rime of the Ancient Mariner)
Outro livro (existem dezenas)
Mas aqui um aspecto na história se destaca. O mundo ocidental estava apenas sendo formatado naquela época. Isso porque não se sabia onde a civilização européia, a asiática e outras iriam parar. Não se tinha uma noção dos limites, as potências se olhavam com intuito de se digladiarem, e essa própria indefinição era o que em grande parte motivava mais conquistas. Mas também não se tinha uma ideia clara de valores, de estilos de vida, das civilizações. Havia a civilização judaico-cristã, havia a greco-romana, havia a tradição macedônica, mais particular, havia a Pérsia, tentando tomar conta de tudo. Havia uma grande indefinição e portanto havia insegurança. Daí - também - a insistência de Alexandre em expandir o império (embora isso não explique tudo).
Alexandre e o período em que viveu
Alexandre, que é o nosso foco, personificava dessa forma, enquanto homem, o ideal macedônico (grego, helênico, em suma) e a civilização ocidental como ela iria se tornar (algo a que iremos chegar). Mas nem ele era imune a críticas. É o que vemos nas imagens que eu coloco aqui. Imagens de um episódio que ficou célebre - o encontro entre Diógenes, o Cínico, e Alexandre, onde o primeiro, que morava num tonel, simplesmente pediu a Alexandre que saísse da frente do Sol (após Alexandre lhe dizer: "então, você é o famoso Diógenes"). Diógenes, cabe citar, é uma grande referência do saber antigo, mesmo que ele não tenha deixado nada escrito, só histórias (narradas por outro Diógenes, o Laércio).
[an error occurred while processing this directive]Alexandre e Aristóteles
Outra ilustração do encontro entre Alexandre e Diógenes (existem centenas)
Um excurso pessoal. Diógenes é, em geral, um dos maiores ídolos daqueles que querem pensar aquela época e em geral, mas de forma independente. Pois só Diógenes mesmo teria moral para falar assim com Alexandre. Porque Diógenes, embora frequentasse a Academia de Platão, fazia troça de muito do que ali era ensinado. E se comportava de forma livre, em todo lugar. Quando sentia vontade, por exemplo, se masturbava em público: dizia que era vontade de sua natureza. Já a imagem que ficou de Diógenes foi dele no tonel, rodeado de cães (daí seu apelido, cínico) e por certa vez sair por aí com uma lamparina dizendo, "estou em busca de um homem honrado". Diógenes é uma de minhas fixações no saber antigo, li muito sobre ele, e busco montar uma peça em que ele é o personagem principal.
Mas voltemos a Alexandre e à nossa banda apaixonante. E para isso, agora, nada melhor do que entrarmos, enfim, diretamente na música. Mas, antes disso, deixo aqui o link de um site repleto de grandes surpresas sobre a biografia de Alexandre, e também sobre a música. Pois a gente tem que ser respeitoso com os colegas. E porque o que fiz em seguida não deve muito a ele (as propostas também são diferentes).
Alexander, the Great - a música
Música, com tradução e imagens bem interessantes (pelo Up the Irons Brasil SP)
A música começa com uma pegada suave, quase folclórica, em que o vento está sendo ouvido ao longe. E ouvimos uma voz, de Filipe II, dirigindo-se a Alexandre (my son, seu filho), em que ele lhe diz para procurar seu próprio império (o dele seria pequeno para o filho). Ouvimos uma guitarra suave, suave, entoando uma melodia bonita e expressiva, com o baixo atrás e um teclado, numa passada muito lenta. Uma melodia cuja suavidade não é comum no trabalho da banda, e que nos mantém no clima. Até que, logo a seguir, num segundo movimento, aparece uma guitarra forte, reproduzindo outra melodia, levemente diferente (na verdade, há quem diga que as melodias mais relevantes na música são quase a mesma), e claramente fazendo da música quase um hino. Todos nós, fissurados no Iron, conhecemos essa melodia de cor. Uma melodia que tem uma bateria marcial atrás (como nunca antes na banda). Não à toa, é claro. Até o momento em que, numa segunda passada, entra a cavalgada que tão bem conhecemos.
Mas aqui, paremos um pouco. Essa cavalgada parece algo diferente. Porque ela parece expressar algo que está para ser dito não por meio dela. Na cavalgada, as guitarras gritam, como que apresentando um tema, ou o começo dele. Elas assim não são a melodia mais importante. Elas criam profundidade. É quando entra a letra cantada por Bruce, e o que ela diz? Ela apresenta Alexandre. Podemos quase ver o local em que ele se encontra. Podemos quase vê-lo enquanto pessoa, líder. Podemos quase vê-lo em cima do cavalo, em meio aos momentos históricos que são elencados. E que são quase jogados em nossa cara, mostrando-nos instantes da vida do filho de Felipe. Quando surge o refrão, que todos nós sabemos de cor. Um refrão que diz Alexandre, The Great, seu nome metia medo nos homens, e por aí vai.
É quando a letra começa a contar a história. Quando ele foi entronizado imperador. Os outros líderes com que se bateu. As batalhas em que entrou (os registros insistem que ele nunca perdeu uma). O que ele pretendia (libertar a Ásia Menor). Tudo ainda sem os nomes dos acontecimentos. Mas dando-nos uma prévia sobre aquele de quem falamos. Para que acompanhemos a seguir uma sucessão de feitos em que a figura de Alexandre só cresce, na história, sim, mas também como mito. Uma história que, em todos os detalhes, é inesgotável. Bom, eu já publiquei aqui alguns mapas da extensão que atingiu aquele império.
As batalhas
O mural, representando a Batalha de Issus
Mas o que mais importa realmente, ao ouvir a música, é captar o drama. Primeiro, da figura histórica. Depois, das batalhas, das provocações, das conquistas, algo que os filmes também tentam passar. Seja como for, não é o Alexandre exemplo de homem e personagem macedônico que é o foco da banda. É o Alexandre conquistador do império. Nesse sentido, qualquer outro aspecto se torna irrelevante. Vemos os sumérios sendo esmagados. Vemos os egípcios também sendo destruídos e ficando sob sua égide. Vemos outros reis escapando e tentando resistir, sem conseguir. As imagens ficam claras em nossa retina. Só não captamos a dimensão do que realmente acontece.
Rei Dario, da Pérsia
Arte dos povos sumérios
Arte dos povos egípcios
Um excurso pessoal (desculpa aí) é que, não sei por que razão, a música na época também me levava ao momento em que meu pai e minha mãe vieram ao Brasil. Eu meio que interpretava a diáspora enfrentada por meus pais como uma espécie de batalha para criar nossas vidas (eu devia estar sofrendo muito, quem sabe). E, para quem imigra, é realmente isso mesmo. Só quem passa por isso sabe o que é sair de um lugar, abandonar tudo, para viver longe, com pessoas e costumes estranhos (sou o único que se naturalizou, e ainda não me acostumei). Por outro lado, a ligação entre a música e nossa vida é, convenhamos, totalmente fora de lugar. Não tem realmente nada a ver. Talvez fosse porque eu imaginava a música e nossa vida enquanto imagens, enquanto vídeo, talvez fosse isso. Mas essas imagens, eu as sentia depois. Nos trechos a seguir.
Eis que, após a segunda leva do refrão, a música se transmuta, e, em meio a um jogo de bateria e baixo, outra guitarra sutil surge. Uma guitarra que comete umas notas breves, suaves, quase imperceptíveis, mas muito bem colocadas, como um comentário a algo maior que ainda irá vir. Sentimos um momento de expectativa, sentimos que algo se avizinha, mas não sabemos o quê. E percebemos o ambiente inóspito, a civilização em construção, os costumes, o jeito macedônico de ser. Até que, num rompante, as guitarras gritam e, com duas batidas de um enorme prato, vemos tudo assumir uma nova cara. É a batalha se aproximando, as guerras adquirindo forma. A condução então fica claramente com o baixo e a bateria, e as guitarras voltam, trazendo uma nova melodia, que se mistura com solos posteriores, e que para, de vez em quando, num jogo bateria-baixo, que nos deixa embasbacados (há quem diga que o Steve fazia tudo isso de propósito, para surpreender o ouvinte, que já se acostumara ao estilo da banda). Sentimo-nos dentro do fragor da batalha. Com idas e vindas, em meio a solos perceptivelmente feitos com muito apuro e carinho.
Embalados então por esse trecho, que assume uma dimensão estratosférica, enquanto os solos se sucedem (e as paradas para a bateria e o baixo), como que nos abandonamos ao fragor daquilo que está sendo contado embora não esteja sendo dito. Até que as guitarras entram num clima que (desculpem alguns a remissão) me lembra o Status Quo, no embalo das duas guerreiras de seis cordas, fortes, em passadas absurdamente massacrantes (parece que vemos os exércitos se batendo), e os solos se tornam apaixonantes. Solos que não conseguimos reproduzir com assobios, mas que gritam a tal ponto na dramaticidade de nossa alma que parece que não iremos aguentar. Pois são os mortos, o fragor das lanças, os cavalos se batendo, que estão sendo narrados. Enquanto isso, as paradas, de baixo e bateria, mostram-nos momentos das batalhas, como quando os exércitos assumem novas formas, quando eles se dispõem no terreno de forma a finalmente ganhar - ou tragicamente perder.
A Batalha de Arbela
Ruínas de Persépolis
Conquistas de Alexandre o Grande
Outro mapa, mais claro, sobre as conquistas e o império
Mas eis que a música para, e tudo volta à cavalgada de antes. Aqui, um detalhe. Enquanto na primeira parte da música a letra fala de Alexandre enquanto conquistador, principalmente, aqui a letra comenta momento históricos e militares específicos (o corte do Nó Górdio), mas muito claramente o fato específico de que ele, Alexandre, com sua mentalidade macedônica, ou seja, grega, teria trazido sua cultura e "um" estilo ocidental de vida àquela região.
Note-se que a música termina, por incrível que possa parecer, com a palavra cristandade (porque o império macedônico foi um dos berços - outro foi o romano - daquilo em que a cristandade iria fazer a festa). Lembrem-se também de que o Steve é fissurado em leituras da Bíblia. Então, o que vemos? Notamos que na música fica clara a intenção de mostrar que o Ocidente e a Cristandade não teriam sido o que foram se não fosse por ele. Alexandre.
Um aspecto relativo à Filosofia e à religião cristã precisa aqui constar. Estamos falando de 300 e poucos anos antes de Cristo. Mas estamos falando de personagens que depois iriam se encontrar. Porque o cristianismo primitivo que iria vir era uma coisa. E a religião católica, outra. Pois bem, quem foi o filósofo que quase causa uma grande débacle no cristianismo? Aristóteles. E quem foi o filósofo católico que conjugou ambas tradições numa obra monumental que assentou as bases para quase tudo o que pensamos? São Tomás de Aquino, com sua catedral chamada de Suma Teológica. Ou seja, ao conquistar tudo isso Alexandre fez até mais: pavimentou o caminho para o catolicismo. Não é mole, não vêem?
São Tomás
A Suma Teológica
Daí que, claro, Alexandre derrotou os persas, sim. Mas fez bem mais. Muito mais. E como? "Marching on, marching on...". O que vem depois é interessante, também. A música narra a continuação das marchas de Alexandre terminando abruptamente, como se os exércitos não tivessem entrado na Índia (algo que os historiadores negam). Mas é como se tudo terminasse de repente, na história e na música. Mas um detalhe expressivo.
O mural de mosaicos, em detalhes, com Alexandre
Helenismo
Mas ao final é quando a gente percebe que estamos ouvindo Iron Maiden. Que a questão é mostrar um sentido em tudo isso. Porque o Steve sempre gosta de apresentar moral em suas faixas. É quando compreendemos o sentido de tudo. E percebemos que Alexandre, embora não tenha sido apenas uma desculpa para isso, é uma figura apresentada num âmbito bastante maior. Tanto que ele morre de febre e isso é apenas citado, ao final (algo que me surpreendia pela brevidade), embora numa extensão vocal absurda do Bruce. Ou seja, uma música sobre um conquistador, sobre suas conquistas, mas mais ainda, sobre a história, e seu sentido. Sobre o nosso Ocidente.
Um excurso sobre conquistadores
Posto aqui, ao final do artigo, umas imagens recentes de uma praça na Macedônia. Lá, vemos uma estátua, dele, de Alexandre. E é lá que aquele povo comemora conquistas, batalhas, feitos.
Estátua de Alexandre, o Grande, na Macedônia (Macedonia Square)
Festejando o sujeito que ficou para a história
Ocorre que todos nós temos nossa forma de ver nossa história. Lá, eles comemoram Alexandre. Aqui, outros conquistadores. Mas vocês dirão: aqui, onde, cara pálida? Pois vivemos num país em que as estátuas amanhecem pichadas, em que os feitos dos heróis parecem ser condenados a eternos risinhos, em que o Duque de Caxias não é conhecido enquanto estrategista e verdadeiro vencedor da Guerra do Paraguai.
Pois lhes digo: a América Latina tem o seu Alexandre. Mas ele não é Bolívar, não, para quem acha que sabe do que vou falar. Ele se chama Pachacútec, e foi o imperador inca que construiu Cuzco e que levou os incas a quase se tornarem os imperadores de todo o continente. Quase porque sabemos, vieram os espanhóis e acabaram com a festa. Ocorre que Pachacútec não foi quem os recebeu. E nunca iremos saber o que teria acontecido se os espanhóis não tivessem encontrado seus descendentes, mas o próprio grande imperador inca. Nunca saberemos. Pois bem: visitei Cuzco e lá está uma estátua dele, do maior inca de todos os tempos (também nunca derrotado), que eu posto agora.
Pachacútec
Capa aberta do Somewhere in Time
Pois bem, chegamos ao final dessa jornada. Eu me emocionei muito ao fazê-la, se querem saber. Em especial, ouvindo o vídeo e reparando, em retrospectiva, em como esta faixa é, para mim, a melhor conduzida pelo Iron em toda sua carreira. Intocável, maravilhosa, a maior saga histórica do Iron de todos os tempos. Podem discordar, é claro. Mas é como penso, e assim termino mais este presente a malucos pelo Iron que a leram, tão malucos quanto eu mesmo.
Imagem de uma comunidade Iron Maiden
Up the Irons!
Até a próxima (que será sobre Aces High)!
Edward, the Great
PS: Great por great, o Iron também brincou uma última com o Eddie, em Eddie, the Great.
Up the Irons!
Comente: Conhecia todas estas referências?
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