Joe Bonamassa: as mil faces do guitarrista
Por Anderson Oliveira
Fonte: Passagem de Som
Postado em 09 de outubro de 2013
Existe um velho provérbio português que diz "Não se pode abraçar o mundo com as duas mãos". Embora a afirmação seja bastante verdadeira, ela não se aplica ao músico JOE BONAMASSA, provavelmente um dos maiores nomes da guitarra contemporânea e dono de uma extensa discografia, mesmo tendo iniciado sua carreira solo efetivamente há pouco mais de uma década.
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Já alçado ao panteão do blues contemporâneo, onde compõe e lança trabalhos com a mesma facilidade com que respira, o guitarrista lançou clássicos como "Blues Deluxe" (2003), além de realizar inúmeras parcerias bastante elogiadas. Um bom exemplo pode ser encontrado no álbum "Don't Explain" (2011), gravado ao lado da vocalista BETH HART em clima de disco-tributo à diva da soul music ETTA JAMES.
Sempre disposto a novos desafios, BONAMASSA se dedicou durante os últimos anos ao BLACK COUNTRY COMMUNION, supergrupo formado ao lado do baixista GLENN HUGHES, o tecladista DEREK SHERINIAN e o baterista JASON BONHAM, por onde lançou três álbuns de estúdio, além de um registro ao vivo.
Afastado de sua zona de conforto novamente, JOE BONAMASSA não apresentou nenhuma insegurança ao caminhar por uma sonoridade que o distanciava do blues mais tradicional e se aproximava muito mais do hard rock, além da necessidade em dividir os holofotes, modificiar seu visual e passar a lidar com outros grandes nomes da música mundial.
O resultado, como não era de surpreender, foi bastante positivo e a performance do guitarrista acabou se tornando o maior destaque do projeto, que encerrou as atividades em 2012, devido divergências com o baixista/vocalista GLENN HUGHES.
Sem olhar para trás, já no início 2013, anunciou a criação de mais um supergrupo, o ROCK CANDY FUNK PARTY, projeto dedicado a extrair o melhor do funk da década de 60/70. No line up, nomes como o guitarrista RON DEJESUS, o baixista MIKE MERRITT, o tecladista brasileiro RENATO NETO e o baterista TAL BERGMAN, músicos desconhecidos do grande público, mas com uma experiência que os liga a nomes como PRINCE e ROD STEWART, resultando em um time que não precisou de tempo para se entrosar e rapidamente lançou seu primeiro álbum, o ótimo "We Want Groove".
Em paralelo à divulgação de "We Want Groove", o guitarrista aproveitou para retomar sua carreira solo e disponibilizou no último mês o ousado "An Acoustic Evening at the Vienna Opera House", disco duplo gravado na Suíça durante a turnê de seu último álbum solo, lançado um ano antes.
A estrada do guitarrista ainda é longa e os caminhos seguem se abrindo ainda mais, mas para aquele garoto que aos 12 anos arrancou elogios do mítico BB KING, fica difícil imaginar que algum deles o leve para o lugar errado.
(Essa matéria é um resumo da reportagem publicada no portal Passagem de Som)
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