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Blind Pigs

Postado em 06 de abril de 2006

Por Kenely Cristina

Fonte: Site Oficial

Será que eu fui amaldiçoado?

Enquanto todos crescem e buscam algo melhor, os BLiND PiGS perdem nove anos de suas vidas se dedicando a ingrata e mal remunerada tarefa de fazer punk rock no Brasil.

A saga rumo ao fracasso começa em fevereiro de 1993. Os amigos de infância, sem a menor aptidão musical, sem amigos no meio e com uma vaga, e errada, idéia sobre o que é ter uma banda, desperdiçam seus domingos ensaindo na cozinha de uma casa em Barueri onde moravam os integrantes da banda Hard Life. A vida é dura.

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Em novembro daquele ano, gravam a primeira demo, ao vivo, no quintal de uma casa barueriense. Algumas músicas desse sofrível registro, intitulado Blind Pigs, podem ser ouvidas nas faixas escondidas de seus dois primeiros CDs. Em 94 descobrem que São Paulo tem uma coisa chamada cena. Conhecem outras bandas e fazem seus primeiros shows na capital paulista. Gravam a segunda demo em dezembro, chamada Sweet Fury. A partir daí, novas portas se abririam para os porcos cegos.

Em 95 descobrem que o Brasil tem uma coisa chamada cena. E a Sweet Fury é muito bem recebida pela mesma. Jay Ziskrout, primeiro baterista do Bad Religion, está de passagem pelo país em busca de "talentos do rock latino" para sua nova gravadora. Seria ele um vanguardista ou um retardado? Não importa. Jay volta pra NY com caixas e caixas de fitas demo e CDs. Entre elas a doce fúria do BLiND PiGS.Seis meses depois, Mr. Zisktrout liga para Henrike e diz que gostou muito da demo - "Vocês não têm mais nada gravado?". "Não, mas daqui a um mês a gente vai ter". Desse telefonema surge a fita Lost Cause. A idéia era gravar umas músicas só pra mandar pro gringo, mas o resultado fica tão bom que vira outra demo.

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Além de ser dono da gravadora Grita, Jay trabalhava na Epitaph Europe, e era o responsável pelo licenciamento dos discos da major indie na América Latina. No Brasil, quem distribuia a Epitaph era a Paradoxx. Ninguém sabe como ou porquê, mas a Paradoxx aceitou a sugestão de Jay e assinou contrato com os porcos. Nasce então o São Paulo Chaos, primeiro álbum da banda.

Juntando as prensagens de Paradoxx, Grita (EUA e Europa), Alpha Music (Japão) e Sweet Fury Records (que relança o disco em 2000), o São Paulo Chaos vende cerca de 10 mil cópias. Logo após seu lançamento, em julho de 97, a banda entra numa van e faz seus primeiros shows fora do estado. A Brazil Chaos Tour percorre 18 cidades do sul, sudeste e centro-oeste do país.

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Ostracismo e persistência

Começa o declínio. Grita vai mal das pernas, BLiND PiGS odeia Paradoxx e Paradoxx odeia BLiND PiGS, o tempo passa e nenhuma gravadora se interessa em lançar um segundo disco. A formação muda constantemente, problemas pessoais, familiares, finaceiros e de toda ordem não param de aparecer até que em 98 a banda acaba.

Já conformado com o fracasso, Henrike recebe quase que ao mesmo tempo um convite para participar de um tributo ao Ramones que sairia na Alemanha e outro para uma coletânea de ska ao lado de Rancid e outras bandas.

Ele e Gordo chamam Arnaldo e gravam as duas músicas. Empolgados com o resultado, voltam à ativa e montam seu próprio selo, a Sweet Fury Records, para lançar o segundo disco. Em janeiro de 2000 sai o The Punks Are Alright, uma coletânea com gravações perdidas feitas entre 93 e 99.

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Se quer algo bem feito, .... .... .....

Com o dinheiro do The Punks Are Alright, gravam o clipe de Conformismo e Resistência. Com o dinheiro dos shows, relançam o São Paulo Chaos. Com o dinheiro do São Paulo Chaos, entram em estúdio e gravam o terceiro disco, lançado em 2002 e batizado com o mesmo nome da primeira demo.

Os shows estão cada vez melhores, sempre lotados e apesar de todos os contratempos inerentes a quem, por alguma deficiência mental, decide fazer punk rock no terceiro mundo, o BLiND PiGS segue firme e forte. Para alegria de seus fãs e ódio de seus desafetos, amanhã não vai mudar.

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