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Tom Petty

Postado em 06 de abril de 2006

Por Raul Branco

Era uma vez um garotinho da Flórida que ganhou da mãe, aos 13 anos, um violão comprado através de um catálogo da Sears. Sem que ela soubesse, estava dando o tiro de largada para a carreira de um dos mais respeitados compositores e intérpretes norte-americanos, comparado por seus conterrâneos a Elvis Presley, Bob Dylan e Bruce Springsteen. Carreira que teria lances e reviravoltas dignas de novela mexicana.

Depois de tocar em duas bandas locais (numa delas, The Epics, era baixista), Tom Petty reuniu-se com amigos e seu novo grupo, Mudcrutch, conseguindo um certo prestígio na comunidade de Gainesville. Assim, em 1973, a bordo de uma van carregada com todo o seu equipamento, Tom e os Mudcrutch resolveram arriscar seus últimos US$ 37 e partir para Los Angeles para entrar no mundo do disco. Nem precisaram chegar lá: em Tulsa firmaram contrato com a Shelter Records (distribuidora de nomes como Steppenwolf e Three Dog Night). A gravadora, porém, acabou mudando para LA e o Mudcrutch, dessa forma, chegou ao destino previamente traçado, gravando o compacto "Depot Street". Por seis meses, Tom estudou e desenvolveu seu estilo de compor e tocar, sob a tutela de Leon Russell, que seria a marca registrada de sua nova banda.

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Dois anos depois, o Mudcrutch, somado por outros componentes, mudou seu nome para Heartbreakers e gravaram seu primeiro álbum ainda pela Shelter. Trazendo músicas que depois seriam consideradas clássicos, como "Breakdown" e "American Girl", o disco começou como um grande um fracasso nos EUA, mas a faixa "Anything That's Rock & Roll" estourou na Inglaterra. A excursão feita pelo grupo ao Reino Unido foi um enorme incentivo, com concertos com casa lotada e participação em programas de televisão; a volta, entretanto, foi um banho de água fria, ao perceberem que nada havia mudado em seu próprio país. Graças à insistência e a alguns concerto memoráveis, depois de algum tempo a banda começou a ser percebida e reconhecida pela mídia e pelo público, sendo que a música "Breakdown" ficou entre as Top 40 na parada americana.

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O álbum seguinte, "You're Gonna Get It" ficou abaixo e todas as expectativas, tanto da banda quanto da crítica e, pior ainda, da gravadora. Com a aquisição da Shelter Records pela MCA, Tom entrou em conflito com seus "patrões", e a resposta veio através de um processo violento. A banda estava em plena crise, mas o que seria o final de carreira para muitos apenas gerou no líder dos Heartbreakers uma necessidade enorme de compensar esta frustração com música, levando-os a gravar com recursos próprios o melhor disco de sua carreira.

"Damn The Torpedoes" (1979) era uma obra-prima, com Tom Petty no seu ponto máximo e os Heartbreakers afiadíssimos. A banda, centralizada em volta de suas composições, que todos admiravam, procurava fazer com que os arranjos apenas emoldurassem a sua maneira tão peculiar de tocar e cantar. "Damn The Torpedoes" vendeu muito e estabeleceu os Heartbreakers não só nos EUA, mas em todo o planeta. Por mais absurdo que isso possa parecer, o sucesso do disco foi tão grande que motivou outra crise entre eles e a gravadora. Animados pelas altas vendagens, os executivos da MCA decidiram aumentar o preço do disco seguinte, que viria a ser o também antológico "Hard Promisses", em um dólar (seria o primeiro a ser majorado na indústria fonográfica para US$ 9.98, para abrir as portas para um aumento geral), mas Tom Petty recusou, insistindo em manter o preço tradicional para não prejudicar seus fãs e alegando que as vendas cairiam. Com a insistência, ele mesmo organizou protestos de fãs e conseguiu uma vitória histórica, fazendo com que a MCA retrocedesse.

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Nova crise na banda, mas dessa vez interna. Após dois discos, em 1982, o baixista original, Ron Blair, resolveu dar um tempo. Tem-se que entender que os Heartbreakers eram como uma família onde, apesar da liderança natural de seu cantor/guitarrista base/compositor, cada membro era considerado igual perante todos e todos tinha seu papel valorizado por cada um dos outros. Além disso, havia uma química entre eles, que poderia ser seriamente prejudicada. Eles mesmos diziam que dois ou três componentes dos Heartbreakers tocando juntos não era a mesma coisa, o som saía diferente. Sendo assim, a saída de Ron era não como um casamento que acabasse, mas como um filho querido que partisse para nunca mais voltar.

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A decisão de quem seria o substituto de Ron, porém, não foi traumática. Escolhido para o cargo, Howie Epstein correspondeu integralmente e, propositalmente ou por um mero golpe de sorte, seu estilo era tão parecido com o de seu predecessor que, se não fossem os créditos nos discos, ninguém perceberia a mudança no som. Os Heartbreakers continuariam os mesmos.

Foi nessa época que o clip da música "Don't Come Around Here No More" estourou na MTV de tal maneira que o chapéu da personagem Chapeleiro Louco que Tom usava no vídeo passou a fazer parte de sua indumentária. A esta altura a banda já era considerada um grande e influente nome do meio musical americano e internacional.

Durante as gravações de outro disco, "Southern Accents", um Tom Petty angustiado e esgotado, esmurrou a parede do estúdio, enquanto ouvia o playback de uma das faixas. A violência do golpe foi tão grande que quebrou a mão e os médicos diagnosticaram um possível afastamento da música, acreditando que ele nunca mais poderia tocar guitarra. Ele, ao contrário de todas as expectativas, recuperou-se e "Southern Accentes" foi outro sucesso fenomenal.

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Na excursão promocional, participaram do concerto beneficente "Live Aid" e Bob Dylan, que já havia tocado com alguns dos Heartbreakers, convidou-os para tocarem juntos em outro projeto parecido, o "Farm Aid". A experiência foi tão bem sucedida que transformou 1986 no ano que viu Bob Dylan ter, como banda de apoio, os Heartbreakers em uma série de shows memoráveis. De volta aos estúdios, outro álbum, "Let Me Up (I've Had Enough)".

Por uma série de coincidências, acabaram se reunindo em estúdio, para gravar uma música, um naipe de estrelas do porte de Bob Dylan, George Harrison, Roy Orbison, Jeff Lynne e Tom Petty. O encontro desses monstros da música acabou dando um disco, "The Travelling Willburys, Vol. One" e, após a morte de Roy de ataque do coração, , "The Travelling Willburys, Vol. Three". Tom também gravou, sem rancor dos companheiros, seu álbum solo "Full Moon Fever".

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Após o lançamento de "Greatest Hits", a banda trocou de gravadora em 1993 (Warner), realizando "Wildflowers", um retumbante fracasso, no ano seguinte. Reuniram-se para gravar a trilha do filme "She's The One" e a crítica e as vendas foram, novamente, massacrantes.

Não conseguiram, porém, apagar o brilho de uma das maiores bandas americanas de todos os tempos. A MCA lançou um box set, "Playback" que mostrou a gente que não conhecia esses veteranos do rock, criando uma nova geração de fãs. Apenas para fechar essa novela com um final feliz, basta dizer que Tom Petty & The Heartbreakers fizeram uma série de nada menos que 20 concertos com lotação esgotada no Fillmore de San Francisco, fato esse que nenhum artista havia feito antes. Atualmente, a formação dos Heartbreakers é Tom Petty (vocal e guitarra), Mike Campbell (guitarra), Benmont Tench (teclados) e Howie Epstein (baixo).

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