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Opeth: resenha faixa-por-faixa de novo álbum

Por Ricardo Gadelha
Fonte: Metal Injection
Postado em 07 de abril de 2014

O editor Greg Kennelty do site Metal Injection teve o privilégio de ouvir o novo álbum do Opeth, ainda sem título e com previsão de lançamento para junho deste ano. Acompanhe abaixo a tradução da resenha.

"Eu estava morrendo de ansiedade para ouvir o novo álbum do Opeth desde que o frontman e guitarrista Mikael Åkerfeldt começou a falar sobre ele desde o final de 2013. Como informação, eu gostei de Heritage mas achei que ele poderia ter sido mais focado as vezes. Então quando Åkerfeldt disse que o novo álbum seria mais pesado e extremamente variado, eu estava ao mesmo tempo preocupado e muito interessado. Aonde que este álbum poderia ir de um jeito que poderia realmente chocar os fãs à essa altura do campeonato? Agora eu posso realmente lhes dizer.

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• O álbum não tem nome ainda e as músicas estão sem títulos, então cada música eu vou chamar com o número da faixa junto com a duração da mesma ao lado. Deste jeito quando o álbum for lançado, nós pelo menos saberemos à que músicas eu estava me referindo.

• As músicas aparentemente não estão "sequenciadas", que é um termo da indústria para elas não estarem na ordem final para o álbum, então eu deixarei a continuidade de música para música fora desta resenha.

• Eu falarei sobre as músicas faixa-a-faixa e falarei no final sobre o álbum em geral, como se fosse a resenha em si.

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• Ah, e não estão presentes growls (guturais) ou vocais de Death Metal neste álbum. Então se você irá procurar nesta resenha sobre alguma menção sobre eles, não perca o seu tempo e vá ler alguma outra coisa.

Faixa Um (6:46)

Se você tivesse me dito que esta era uma faixa perdida entre Ghost Reveries e Damnation eu não iria questionar. A música inicia com um órgão e viradas de bateria que se encaixam em um pequeno groove. Um outro teclado distante que soa como uma mistura de cordas e um theremin se juntam e tudo explode na banda completa. A música mantêm o groove de Ghost Reveries por um pouco tempo e então se acalma dando lugar a pianos estilo Damnation e mellotrons com aquele clássico tom de guitarra sem distorção por cima. Os vocais aparecem por volta dos três minutos e eles são encaixados de uma maneira um pouco mais pesada em relação à parte inicial. Pense em Heritage com mais 'pegada'. Há um solo matador de guitarra e bem antes que tudo acabe há uma parte instrumental um pouco mais fritada de tudo o que o Opeth já fez até agora. Fritada mas não com masturbação técnica, e sim com uma união da banda inteira que é bem legal. Então uma sessão com cordas e órgão terminam a música.

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Faixa Dois (5:36)

A música se inicia com um barulho oscilante que soa como uma guitarra com efeitos e por baixo surge um grande groove com a banda inteira. Estou falando de um riff absurdamente pesado. A 'Faixa Dois' é bem menos influenciada pelo aspecto progressivo do que a 'Faixa Um'. Há alguns versos, um refrão, um solo de guitarra e algumas pequenas partes com ritmo de 4 ou 6 barras entre as seções. Onde a música não tem uma grandiosidade progressiva, ela se mostra como uma completa headbanger. Você sabe quando Bohemian Rhapsody do Queen está tocando e existe aquela parte em que todo mundo bate a cabeça? Esta música inteira é assim. Um dos melhores momentos é o solo de guitarra, não só porque ele é destruidor, mas também porque há esse riff pontuado que vai e vem por baixo que exige que você pelo menos bata o seu pé. Eu não sugiro ouvir essa música em público porque você irá ser forçado a reagir à ela de alguma maneira.

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Faixa Três (10:53)

A faixa três é uma daquelas que você nem percebe que onze minutos se passaram porque você está adorando a música tanto. É uma música bem, bem intensa. Eu não tenho tanta certeza do que faz ela ser tão sinistra, mas há bastante coisa acontecendo instrumentalmente que se combinam mas também se confrontam de uma maneira muito interessante. A música invoca sensações de pavor, como algo que está prestes a acontecer a qualquer momento agora... Está vindo em sua direção. Nas minhas notas eu escrevi '4:40 é completamente diabólico' e depois de uma segunda ouvida eu estava completamente certo. Há alguns vocais com back-masking, sons de algo distante tinindo e teclados nebulosos. Qualquer coisa que aquela sensação de pavor estava invocando, está aí neste momento. Então do nada a música corta para uma seção somente com vocais seguidos de perto por xilofones e violões. Ou até pelo menos aquela seção que vai até 6:50 onde o tema da primeira seção é revisitado e evolui amargamente para um tom maior.

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Os vocais fazem grande parte nesta música da maneira que eles estão encaixados e sua prominência geral, mas isto parece ser a estória deste álbum até agora.

Faixa Quatro (4:46)

Não é difícil comparar essa música com alguma coisa de Damnation. Åkerfeldt canta 'I don't want to bear my scars for you', violões acarinham seus ouvidos com dedos frios e ossudos, um mellotron toca quietamente um patch com cordas abafadas no fundo e o ritmo tenta manter tudo o mais quieto possível. O foco em violões nesta música é forte e a progressão de acordes é tão simples... mas a estrutura em volta disso é além de desolada em relação ao 'humor'. Se existir uma música do Opeth que pode ser considerada a mais obscura que a banda já fez, essa aqui é uma forte candidata. A 'Faixa Quatro' é uma comprovação da capacidade da banda de compor música pesada sem incorporar qualquer instrumento que seja considerado 'pesado'. Esta música pesa na mente.

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Faixa Cinco (4:32)

Para não dizer outra coisa, este é um instrumental que remove a maneira de como os instrumentos foram usados no resto do álbum. Isto é Opeth tocando Opeth sem o auxilio de vocais, então os riffs são os determinantes da qualidade da faixa, que estão presentes em abundância. A introdução parece que é sequência de outra música, porém se isto acabar sendo uma coisa única não acho que alguém irá reclamar. O foco da metade do instrumental é um riff com palm-muting que gira com um efeito phaser enquanto faz milhares de pequenos buracos deixando passar pequenos feixes de luz pela base feita pela banda. A outra metade é um festival de riffs monstruosos.

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Faixa Seis (7:31)

Após escutar este álbum talvez cinco ou seis vezes em um dia (particularmente ontem), eu ainda não acredito que esta música é do Opeth. A 'Faixa Seis' é o Opeth fazendo uma emulação do pop se encontrando com o rock da década de 1970 de uma maneira que ainda dá para saber que são eles. Por exemplo, se esta música cortasse algumas seções e fosse tocada por Boston ou Bachman Turner Overdrive, ninguém questionaria. Até mesmo o solo de guitarra e a seção instrumental possuem a influência desta época. Esta é também uma das minhas músicas favoritas do álbum. Parte dela ficará grudada na sua cabeça para sempre, parte dela irá abrir os seus olhos para um lado do Opeth que você não sabia que queria até a primeira vez que você à ouviu e tudo irá te impressionar imediatamente.

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'Barreiras musicais? Que barreiras musicais?'

Faixa Sete (7:47)

Eis aqui uma outra música onde o Opeth se desvia do caminho que você esperaria. O foco em guitarras e teclados pode ser a parte principal da banda, mas e a família mais baixa de cordas? Eu estou falando sobre os grandes baixos acústicos e os violoncelos acompanhando com as suas vozes ásperas enquanto Åkerfeldt canta por cima delas com o teclado ocasional. Na verdade, a 'Faixa Sete' soa como se deveria fazer parte de uma trilha sonora de um filme. A música também possui um dos meus finais favoritos até esse ponto (até que você chega na 'Faixa Oito' como eu depois descobri). Enquanto a música cresce em intensidade e as cordas ásperas atingem proporções monolíticas em todas as frequências, Åkerfeldt simplesmente pergunta 'have you ever seen the aftermath of giving up?' Boom. O último minuto da música é simplesmente um solo de teclado Rhodes e uma conversa sobre desistir durante o inverno. Se esta música realmente for sobre morrer e desistir, então a temática e o jeito como o 'humor' da música é apresentado foi acertado com grande precisão.

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Faixa Oito (8:02)

A 'Faixa Oito' funcionaria muito bem como o fim do álbum ou como uma maneira de acalmar entre as músicas maiores e pesadas. Eu já havia feito esta comparação nesta resenha, mas esta música parece soar como uma versão maior de algo que estava em Damnation. A adição de uma parte com cordas mais proeminentes, grandes coros, guitarras pouco distorcidas, a seção de cordas, a seção de cordas, a seção de cordas... Eu já havia falado que a seção de cordas é o ponte forte desta música? Porque é. É um elemento presente ao longo da faixa, desaparece por pouco tempo enquanto violões tomam conta junto de guitarras fantasmagóricas e pianos, e então volta grandiosamente. Ou pelo menos pelo último minuto onde são apenas cordas e vocais. É um arranjo cheio de lamentação e amargura de um jeito que enquanto as últimas notas estão tocando, o seu coração quase que quer ir junto. Há simplesmente essa tristeza profunda como você estivesse presente no funeral de seu melhor amigo. Qualquer coisa que seguisse esta música teria que atingir com força, e se essa realmente for a última música do álbum... uau. Uau. Uau. UAU. FINAL PERFEITO. Sério, você irá ouvir os últimos três minutos desta música e nunca mais será capaz de olhar para outra música da mesma maneira. Prepare-se para ter seu coração despedaçado.

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Impressões Gerais

Honestamente? Este é o melhor álbum gravado pelo Opeth desde Ghost Reveries. A banda continua a sua tradição de não se repetir mas de uma maneira bem melhor e mais acessível do que eles fizeram no passado. As melodias e riffs de cada música são instantaneamente identificáveis como fazendo parte daquela música, os novos elementos incorporados na música se encaixam extremamente bem e parece que o álbum foi escrito com uma dedicação separada para cada música. Quero dizer, nenhuma música parece que está envolvida com apenas um instrumento ou riff, mas possui tudo lindamente se complementando. Onde Heritage e Watershed podem ter sido um pouco desfocados as vezes ou se perderam na sua própria aventura de uma música nova, este álbum aqui sabe exatamente o que está fazendo e acerta tudo completamente. Eu até irei além e dizer que este álbum contém o mais amplo espectro de emoções que eu acho que eu já ouvi o Opeth fazer, e com estilo e graça inacreditáveis. Absolutamente nada desta composição soa pretensiosa em tentar passar alguma mensagem.

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Como ponto de referência, eu diria que esse álbum é o elo perdido entre Damnation e Ghost Reveries ou se Heritage tivesse sido escrito logo após Ghost Reveries sem Watershed sequer ter existido. Dá pra ter uma idéia.

Então Opeth, se algum de vocês estiver lendo isto, Obrigado. Vocês escreveram um dos meus álbuns favoritos de 2014. Se não for o meu álbum favorito de 2014.

Se não for o meu álbum favorito dos últimos anos."

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Sobre Ricardo Gadelha

Carioca da gema mas sem bairrismos, é estudante de biologia e tem paixão por aprender idiomas, como Russo e Sueco. Graças à seu pai, recebeu fluência em inglês desde a infância e gosta de traduzir do inglês e ajudar as pessoas com as línguas estrangeiras. Dentre seus estilos favoritos encontra-se principalmente o folk, principalmente nórdico e eslavo, mas possui gosto também por Progressivo (outra influência de seu pai) e sua banda favorita é o Opeth.
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