Massacration: Tosco, politicamente incorreto e absurdamente engraçado
Resenha - Massacration (Bar Opinião, Porto Alegre, 16/10/2019)
Por Luciano Schneider
Postado em 22 de agosto de 2019
Fotos: Liny Oliveira
Existem bandas que conseguem se destacar em seus determinados estilos. Também existem bandas que se tornam sinônimo de um estilo. Mas poucas bandas conseguem sintetizar tão bem um estilo que alcançam um patamar impossível de ser replicado, um nível tão alto que outros artistas podem apenas almejar futilmente ser uma cópia pálida, alcançar apenas uma porcentagem ínfima de sua glória trovejante. No heavy metal, essa banda é reconhecidamente o Massacration.
Conforme o público entrava aos poucos no Bar Opinião, a abertura do show foi feita pela banda Fighter, vinda de Caxias do Sul. Apresentando uma mistura de metal e hard rock, com letras em português, a banda conseguiu acender a galera que já se amontoava em frente ao palco. Destaque para a bateria nervosa de Guilherme Adamatti e para o vocal seguro do vocalista Cesar Branco, que além de mostrar criatividade nas linhas vocais próprias, também mostrou ter uma voz potente no cover de Welcome to The Jungle.
Encerrada a banda de abertura, a expectativa era grande para a atração principal. Compreensível, afinal não é todo dia que temos a oportunidade de ver lendas vivas no palco! É um fato reconhecido que há 3 bandas que mudaram profundamente a música e o mundo que vivemos: Massacration, Beatles e Black Sabbath – embora seja um consenso geral que estas duas últimas estão em um nível muito inferior, não conseguiram ter o mesmo impacto musical, social e sexual promovidos pelo Massacration.
Após um breve interlúdio, onde conhecemos o manager da banda, um cidadão simpático e articulado chamado Boça, o Massacration entra no palco para delírio dos fãs. Iniciava-se uma celebração ao heavy metal, com todas as músicas que eram ansiosamente aguardadas, como Metal Is The Law, Metal Milkshake, Cereal Metal, Metal Milf, e mais várias que envolvem metal, obviamente.
Vários integrantes da banda já passaram por histórias de superação, como Red Head Hammett, que luta contra uma obsessão por limpeza que contraiu após ser presenteado com sua guitarra-vassoura. Ou Defecator, que fez uma participação especial no show apesar de ter que conviver com seu mau-cheiro nauseante. Mas nada mais emocionante do que ver a triste história de Detonator, cuja esposa estava no camarim com Kid Bengala, retratada de maneira emocionada em The Bull.
A dedicação do Massacration aos seus fãs é algo emocionante. Mesmo com esses problemas, levaram o público às lágrimas, cantando juntos o sensível e poético refrão de Evil Pappagalli, "loro, loro quer biscoito". Encerraram o show com Metal Bucetation, confirmando a todos que merecem sua posição de melhor banda de heavy metal de todos os tempos!
Ok... deixando as brincadeiras à parte, digo o que todos já sabem: é o Hermes e Renato, porra! É tosco, politicamente incorreto, extremamente imbecil e absurdamente engraçado! Assista!
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