Satyricon: mais uma bela aventura satânica em São Paulo
Resenha - Satyricon (Fabrique, São Paulo, 11/11/2017)
Por Diego Camara
Postado em 22 de novembro de 2017
Uma bela noite para um ótimo black metal. Foi para isso que os fãs do gênero se dirigiram a Fabrique Club em São Paulo para apreciar o show do Satyricon em terras brasileiras. Também marca um dos primeiros grandes shows da cidade na nova casa, opção agora com o fechamento da vizinha Clash Club para shows de menor capacidade. Confiram abaixo os principais detalhes do show, com as imagens de Fernando Yokota.
A casa no geral não é ruim. O público era grande e encheu todo o espaço, que se assemelha muito ao do Hangar 110 em termos de tamanho (provavelmente um pouco maior). Seu desenho, porém, é muitíssimo superior ao da Clash Club, com uma pista mais aberta para as laterais do que o estilo de "corredor" da antiga casa. Isso também é bom para o público, que esta mais próximo do palco. A qualidade no geral dos equipamentos da casa foi muito boa, e pareceu agradar aos fãs.
É de se notar a qualidade do som e a boa iluminação. Isso ficou bem claro quando o Satyricon subiu ao palco para começar sua apresentação, abrindo o show com "Midnight Serpent". A música soava firme, e as guitarras estavam ótimas. A bateria de Frost estava muito potente, retumbante, e isso empolgou o público desde o início. A seguinte foi "Our World", muito bem recebida pelo público, que bateu cabeça em empolgação junto no ritmo da música.


A banda soube usar muito bem a empolgação do público. Não demorou muito, e o show se dividiu entre o bate cabeça e a pancadaria no mosh que se abriu no centro da pista. Músicas com estilo clássico do bom e velho black metal, como "Walker" e "Repined", foram dos pontos altos para a festa macabra que ocorria na pista da Fabrique. A banda, especialmente Satyr, estava muito empolgada pelo público, devolvendo em incrível performance a vontade dos fãs.



Quando o show foi chegando ao seu final, a performance foi ficando ainda mais macabra. Primeiro veio a excelente "Now, Diabolical", com muita violência na pista e um público empolgado em puxar o refrão junto com Satyr. "Brethren" quebra um pouco o ritmo frenético do show, com uma performance bastante cadenciada da banda, em um ritmo mais lento do que o estilo frenético imposto pelas baquetas.


Fechando o show, a banda trouxe dois clássicos do "Nemesis Divina". Começando com "Transcendental", em uma abertura macabra puxada pelas guitarras, em uma performance mais cadenciada. Aqui, Satyr acompanha a banda nas guitarras, para depois esbanjar no vocal de "Mother North", em uma performance extremamente crua do vocalista. Vale notar como Satyr domina o público com genialidade, comandando o coro do público com mão de ferro. O homem é um mestre, e se impõe no palco como poucos.


Para o bis a banda voltou rapidamente. "Pentagram" é a primeira a ser tocada, deixando o público animado já nas primeiras notas, gritando e abrindo novamente o mosh no centro da pista. Satyr, porém, não estava nada contente ainda, e pediu mais: queria que a casa inteira se tornasse um mosh em "Fuel for Hatred", indo e de volta ao bar no lado esquerdo da pista. Visceral é pouco para dizer o que foi esta performance, com o público aderindo em massa aos desejos insanos do vocalista. "é um privilégio tocarmos para vocês, vir até o outro lado do mundo para fazer este show e sermos tão bem recebidos", diz Satyr, sendo aplaudido pelo público.


A banda fecharia o show então com "K.I.N.G", outra das queridinhas dos fãs. Não foi uma festa como a anterior, mas também digna de nota a empolgação dos fãs. A produção foi de mestre e o show excelente do início do fim: o Fabrique Club realmente aceitou o desafio e conseguiu entregar um ótimo show, podemos esperar muito da casa, que tende em 2018 em ocupar uma posição de destaque recebendo shows que anteriormente iriam para casas como a Clash Club e o Hangar110.
Setlist:
Midnight Serpent
Our World, It Rumbles Tonight
Black Crow on a Tombstone
Deep Calleth Upon Deep
Walker Upon the Wind
Repined Bastard Nation
Commando
Burial Rite
Now, Diabolical
To Your Brethren in the Dark
Transcendental Requiem Of Slaves
Mother North
Bis:
The Pentagram Burns
Fuel for Hatred
K.I.N.G.
Veja a seguir fotos do Patria, a banda de abertura:










Comente: Esteve no show? Como foi?
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Os 11 melhores álbuns de rock progressivo conceituais da história, segundo a Loudwire
Regis Tadeu indica disco "perfeito" para uma road trip: "Todo mundo detesta, mas é bom"
A lendária guitarra inspirada em Jimmy Page, Jeff Beck e Eric Clapton que sumiu por 44 anos
Os dois bateristas que George Martin dizia que Ringo Starr não conseguiria igualar
Steve Harris admite que a aposentadoria está cada vez mais próxima
A obra-prima do Dream Theater que mescla influências de Radiohead a Pantera
O defeito muito grave dos baixistas de heavy metal na opinião de John Entwistle
Após negócio de 600 milhões, Slipknot adia álbum experimental prometido para esse ano
Guns N' Roses lança duas novas canções
Youtuber que estava no backstage do último show de Alissa com o Arch Enemy conta tudo
O maior compositor do rock'n'roll de todos os tempos, segundo Paul Simon
Ouça "Nothin'" e "Atlas", novas músicas do Guns N' Roses
Sacred Reich anuncia o brasileiro Eduardo Baldo como novo baterista
Por que a presença dos irmãos Cavalera no último show do Sepultura não faz sentido
A banda clássica que poderia ter sido maior: "Influenciamos Led Zeppelin e Deep Purple"





Metallica: Quem viu pela TV viu um show completamente diferente
Maximus Festival: Marilyn Manson, a idade é implacável!


