Lítera: lança "Caso Real" no Teatro do SESC em POA
Resenha - Lítera (Teatro do SESC, Porto Alegre, 28/11/2015)
Por Karen Waleria
Postado em 07 de dezembro de 2015
"Você já viveu um amor impossível?"
Surge a frase tão conhecida pelos fãs da Lítera num telão. Começa assim o show de lançamento do primeiro álbum da LÍTERA, "Caso Real", realizado no último dia 28 de novembro. O Teatro do SESC, localizado na capital gaúcha, foi escolhido para o evento.
O show teve a duração de 90 minutos. O Teatro encontrava-se cheio. Umas pessoas vestiam camisetas com o logo da banda, outros traziam em suas cabeças a coroa, logo da banda, que imediatamente remete a eles. Um ótimo trabalho de marketing, de imagem. Atrás de uma grande banda, com certeza, existe uma boa assessoria. Isso é fato. Parabéns Marquise 51 e Loop Reclame.
Logo no início do show André Neto fez uma declaração belíssima, tocante...Falou sobre os vários tipos e formas de amar. Emocionei-me, assim como muitos dos presentes. Pena não ter gravado esse trecho para reproduzir aqui.
Entre uma música e outra, o vocalista, contava histórias sobre a banda. O clima do show foi muito agradável, parecia e era uma reunião de amigos, de fãs. Falou da experiência de cantar tomando choque no microfone um show inteiro, do descobrimento do primeiro fã. Tem alguém que gosta da gente, consegui!! O comentário faz o público rir muito.
Eis que André anuncia o primeiro convidado de noite, um convidado muito especial, que acompanha a banda desde o início. O músico Jéf junta-se à banda e canta uma música do primeiro disco.
O Show contou com convidados muitos especiais. Teve participação do Lucas Hanke da banda IDENTIDADE e da Marquise 51 e do produtor musical e músico Marcelo Fruet. Inclusive, André, comenta que o músico mexeu bastante na "Ouvidor", em princípio a contragosto dos integrantes da banda, mas que no final tiveram que admitir que ficou melhor com as mudanças que o "grande mago" fez. E interpretam a música juntamente com o produtor.
Falando em Marcelo Fruet, que acompanha a banda desde 2009, e que é produtor da banda, conforme André comentou, foi a primeira pessoa acreditar neles. Marcelo falou do orgulho e da emoção de ver um teatro cheio para assistir uma banda de música autoral e fala da batalha que eles travam dia-a-dia. E comenta que é muito legal ver a formação original da banda junta num dia tão especial. André, brinca que o teatro está cheio por que a platéia era constituída de familiares e convidados vips, somente. Todos novamente riem.
Antes de cantar "Bem feito", André pediu para a sobrinha, Lívia de 8 anos de idade, tapar os ouvidos dela, devido aos palavrões que fazem parte da letra da música. Lívia perguntou para o tio, antes do show, se ele ia cantar a música e fala para ele não cantar por que ela é muito feia. E ele fala que ele não fala palavrões, que as pessoas que cantam a letra errada.
Incrível, até palavrões viram poesia quando entoados pela LÍTERA. Após a execução da faixa, André fala que Lívia pode voltar a ver o show.
Setlist:
Miúda
Fico
Vai passar
Amantes
Bercy
Dois
Sofá
Mais ainda
Bem Feito
Vai me convencer
Oi
Ouvidor
Bis
Mergulho
Lá se foi
Domitila
Qual o segredo da LíTERA? Além de ter uma qualidade sonora monstruosa, além de produzir um material com identidade, único? Tocar as pessoas, falar de amor, um sentimento que, apesar dos pesares, ainda move as pessoas. Falar de situações reais, que fazem parte do cotidiano das pessoas.
Pedi para um amigo e grande fã da banda me ajudar nessa resenha.
Resenhar uma banda tão singular é uma tarefa muito difícil, confesso.
"A LÍTERA é uma banda que movimenta a cidade com poética e muito amor, através de várias intervenções na cidade de Porto Alegre e em vários bairros deixando as pessoas refletirem sobre o sentimento. Em seu show já estava programado algumas intervenções como depoimentos, cartas, adesivos e tudo mais que um fã tenha direito. Após alguns anos do lançamento do EP "A Marquesa" (2013) e "O Imperador" (2014) a banda fecha a trajetória amorosa de Dom Pedro I e Domitila com chave de ouro lançando "Caso Real" (2015). Caso Real é um disco perfeito para ouvir do início ao fim trazendo o desfecho deste relacionamento tão icônico da história brasileira.
O show de lançamento do disco teve muitos preparativos e os ingressos sumiram rápido, o público estava alvoroçado para saber o que estavam preparando e até que enfim a espera acabou. Com uma introdução linda com vários depoimentos de amores impossíveis realizados no centro de Porto Alegre começa o introdução Imperial a banda entra e começa com "Miúda" e o público emocionado com a roupa, iluminação, telão, som, palco e tudo perfeito. E todos cantando junto com a banda, após algumas músicas uma pausa e conversa com o público e começa "Amantes" e "Bercy" onde muitos se emocionaram, pois o telão apresentava diversas imagens sincronizadas com a banda.
Entre várias músicas do Caso Real vem "Dois" do primeiro disco "Um pouco de cada dia" (2009) onde muitos cantaram juntos, a versão de "Sofá" ao vivo foi um show a parte deixando todos vidrados e cantando. O show teve diversas participações especiais que faz jus à trajetória da banda. Finalizando a apresentação com a linda "Ouvidor", após muitos gritos de mais um a banda volta para o derradeiro BIS com "Mergulho", "Lá se foi" e "Domitila" com participação de Lucas e Thiago que participaram da banda na gravação do EP e do Clipe de "Domitila". E nada mais justo que o show acabar com uma invasão dos amigos, fãs, parentes e todos para cantar o final de "Domitila", um show emocionante e lindo em todos aspectos, digno para celebrar o amor, a amizade, a família, os casos reais e os amores impossíveis. Simplesmente maravilhoso."
William Guedes Cézar
Assistindo o show lembrei-me de quando ouvi a banda pela primeira vez. Uma amiga havia me falado neles, e quando resolvi ouvir a primeira música deles, foi um baque. Pensei na hora. O que é isso? E comecei a procurar material na internet. E eis que, finalmente, no último dia 28 de novembro fui assistir o primeiro show deles, com certeza, primeiro de muitos.
"Sem a música a vida seria um erro", concordo
sem amor idem
sem a Lítera,
depois de conhecê-los, impossível.
Agora é aguardar para ver o que esses loucos, no bom sentido, vão criar de novo.
A LÍTERA é uma banda atípica. Num cenário onde "nada se cria, tudo se copia", a banda de rock gaúcha rema contra a maré. Sorte de nós, fãs, costumo dizer, a banda tem o toque de Midas.
Fotos: Sônia Butelli
Agradecimentos à Marquise 51 e Loop Reclame pela produção do evento e pelo credenciamento.
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