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Helloween e Gamma Ray: Um momento mágico que só Metal proporciona

Resenha - Helloween e Gamma Ray (Citibank Hall, Rio de Janeiro, 17/04/2008)

Por Rafael Carnovale
Postado em 22 de abril de 2008

Seria possível imaginar que num show que durasse mais de 3 horas (somados os tempos de todas as bandas mais o intervalo) um dos fatos mais comentados se resumisse aos 15 minutos finais?

Fotos: Rodrigo Simas

Será que não haveria mais nada para se falar além de duas músicas que contariam com quase todos os músicos envolvidos no evento? E olha que não estamos falando de projetos com o "USA For Africa" (que lançou nos anos 80 a música "We Are The World") ou mesmo do "Hear N´Aid Stars" (capitaneado por Ronnie James Dio). Estamos sim falando do show conjunto dos alemães do Helloween e Gamma Ray (banda de Kai Hansen, que foi um dos fundadores das duas bandas citadas), no qual cada banda tocaria um "set" próprio (75 minutos para o Gamma Ray e 100 para o Helloween), e cujo final seria destinada a uma simples "jam", que reuniria no mesmo palco 3/5 da formação clássica do Helloween (Michael Weikath e Kai Hansen nas guitarras e Marcus Grosskopf no baixo), acrescidos dos demais membros do Helloween (Sascha Gestner nas guitarras, Andi Deris nos vocais e Dani Loble na bateria) e de Henjo Richter (guitarrista do Gamma Ray) e Dirk Schlachter (baixista). Ou seja, estaríamos prestes a ver dois shows de alto nível, com duas bandas que dominam o metal melódico na Europa, e um re-encontro mágico, coisa que só o heavy metal pode proporcionar.

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Particularmente esperava um público maior no Citibank Hall, dada a importância do evento e o fato do Gamma Ray não tocar aqui desde 2003, ao contrário do Helloween, que desde 1995 vem marcando presença a cada CD novo que lança no mercado. Cerca de 1500 pessoas compareceram neste show, marcado para uma quinta-feira. Desta feita Kai Hansen e cia. estão divulgando seu "Land Of The Free Part II", enquanto que o Helloween traz músicas do novo "Gambling With The Devil". As razões para o baixo público são muitas e variadas, indo desde o preço dos ingressos (a maldita meia-entrada que acaba com a possibilidade de muitos fãs irem ao show), a farta ocorrência de eventos neste começo de ano (Ozzy, Dream Theater, Deep Purple e os futuros Queensryche e Whitesnake), e além de tudo o fato de que o metal melódico passa sim por um momento de transição, com muitas bandas abandonando o estilo, logo os que ainda lutam para manter sua chama acesa precisam lidar com essa queda de audiência, mesmo que 1500 fãs não seja um número tão ruim assim.

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Em todo caso o assunto em pauta no Citibank Hall não era o fato do Helloween estar com um "set" diferente do apresentado em 2005 (na turnê do famoso "Keeper Of The Seven Keys – The Legacy") ou do fato do Gamma Ray estar dando continuidade a um de seus CDs mais representativos: muito se falava na "jam", que não ocorreu no show de Curitiba, realizado dois dias antes. Diversas versões para este fato pipocaram na internet: falava-se do fato dos fãs não terem sido marcantes o suficiente para a banda, e até uma suposta briga entre Andi Deris e Dan Zimmermann (baterista do Gamma Ray) foi cogitada, mas pelo que pudemos apurar o sinistro se deveu basicamente a uma crise de estrelismo do vocalista, que abandonou o palco e recusou-se a participar. Mas tudo estava superado e não foi surpresa quando perto das 22 horas o palco (que estava decorado com um bonito "backdrop" do Gamma Ray) tivesse suas luzes apagadas para o começo do show de Kai Hansen e cia. com "Welcome", seguida da nova "Into the Storm" e da clássica "Heaven Can Wait" (aonde Hansen mostrou que os anos de estrada, cigarros e bebida estão acabando com seus vocais), para dar espaço a sons mais novos como "New World Order" (do CD de mesmo nome), "Fight" e "From The Ashes" (do novo CD). Kai e sua banda mostram um entrosamento ímpar e uma empolgação forte, que contagiou o público, com destaque para Dirk, o agitador, além de excelente baixista.

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Para voltarmos um pouco no tempo a banda executa "Valley Of The Kings" (pérola de "Somewhere Out Of Space") e "Rebellion In Dreamland" (do primeiro "Land Of The Free"). Ficava claro que o Gamma Ray aproveitou o menor tempo de show para incluir números bem agressivos e que ganhassem o gosto do público como a sensacional "Heavy Metal Universe" (com Kai interagindo com a platéia) e "Ride The Sky" (música do Helloween, mas que o Gamma Ray executa com freqüência). Marcaram presença a surpreendente "Somewhere Out In Space" e "Send Me A Sign" (do melhor CD da banda, o fenomenal "Powerplant") que encerrou o show. Em 75 minutos, Hansen e banda mostraram como se faz metal melódico, numa "performance" de tirar o fôlego. Dá até para perdoar os deslizes vocálicos de Kai... afinal o cara ta velho né? Só faltou "Land Of The Free", para a festa ser completa!

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Terminado o show do Gamma Ray pudemos ver o bonito palco do Hellowen, reproduzindo a capa do CD novo, com artefatos de palco e um pôster gigante do boneco que aparece na capa de "Gambling With The Devil". Com cerca de 30 minutos de atraso as luzes se apagam e, passada a "Intro", os primeiros "riffs" de "Halloween" ecoam, levando a casa abaixo... ou seja, estávamos ouvindo a clássica música de 1987, com uma banda que entrou dando o sangue, numa "performance" matadora. Nem parecia que teríamos 10 minutos já na primeira música. O vocalista Andi Deris (que começou a dar uma maneirada nos falsetes) apareceu de terno, como o mestre de cerimônias que ia nos levar numa jornada ao mundo das abóboras metálicas, com direito a "Sole Survivor" (resgatada do CD "Master Of The Rings") e "March Of Time" (outra surpresa).

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A cada momento Deris fazia questão de agradecer ao público pela acolhida calorosa, e anuncia uma música do novo CD, "As Long As I Fall", que ao vivo ficou muito boa, seguida da balada "A Tale That Wasn´t Right" e de um longo e cansativo solo de Dani Loble. Que o cara é excelente baterista não se pode negar, mas tanto tempo (10 minutos) para um solo cansa até o mais paciente dos pacientes humanos que vibraram com "King Of A 1000 Years" e "Eagle Fly Free".

Vale citar que tanto o Hellowen como Gamma Ray capricharam na produção de luzes e efeitos (até algumas abóboras infláveis foram jogadas ao público), e isso resultou num bom espetáculo para os fãs, não fosse o som super embolado em algumas ocasiões. Voltando ao Hellowen, a banda executa outro novo som, "The Bells Of 7 Hells", que passou quase despercebido, mesmo com todo o esforço de Andi para o que o público lhe acompanhasse, seguida da desnecessária balada "If I Could Fly" (o Helloween tem melhores baladas para incluir num show) e de "Dr. Stein", com a banda saindo para o "bis".

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Após um pequeno intervalo as primeiras notas de "Perfect Gentleman" ecoam na casa, mas a banda entra com "I Can", num "medley" que incluiria "Where The Rain Grows", a própria "Perfect Gentleman", o hino "era Deris" "Power" e um pedaço de "Keeper Of The Seven Keys", que encerrou o show normal em grande estilo. E aí ficou a dúvida, vai rolar ou não a tal "jam"?

A resposta foi dada minutos depois quando as bandas (excetuando o batera Dan Zimmermann) retornaram num clima amistoso executando "Future World" e "I Want Out". Estávamos vendo algo histórico: Kai Hansen e Michael Weikath dividindo o mesmo palco, solando em conjunto (Henjo e Sascha participaram com brilho) e num ambiente positivo, com Andi Deris a todo momento mostrando seu respeito por Hansen. Ambos dividiram vocais, e o resultado final foi sensacional. Os músicos se abraçam, e o show é encerrado, após mais de 3 horas de puro heavy metal. Perdeu? Não foi? Agora torça para que Hansen e Weikath não briguem de novo, senão você foi um dos infelizes que perdeu esse momento mágico, que como eu disse antes, só o heavy metal pode proporcionar.

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Sobre Rafael Carnovale

Nascido em 1974, atualmente funcionário público do estado do Rio de Janeiro, fã de punk rock, heavy metal, hard-core e da boa música. Curte tantas bandas e estilos que ainda não consegue fazer um TOP10 que dure mais de 10 minutos. Na Whiplash desde 2001, segue escrevendo alguns desatinos que alguns lêem, outros não... mas fazer o que?
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