Marilyn Manson: No Rio, Manson foi uma competente versão de si mesmo
Resenha - Marilyn Manson (Fundição Progresso, Rio de Janeiro, 25/09/2007)
Por Cláudio Borges
Postado em 26 de outubro de 2007
Marilyn Manson é mais conhecido pelo seu comportamento extravagante do que pela sua música. A (má) fama precede qualquer nota tocada. Devido a isso, há sempre uma aura de "qualquer coisa pode acontecer" e extravagância por onde passa.
Não foi diferente na sua primeira apresentação no Rio de Janeiro. A Fundição Progresso parecia uma festa de halloween fora de época ou um boate gótico-erótica, tamanha a profusão de lingeries a mostra, botas de salto plataforma, máscaras, couro, vinil e muita, mas muita maquiagem.
Se os fãs tentavam se espelhar no ídolo, este parecia distante das práticas e do senso estético que criou. Pois o cantor, que entrou no palco às 22:30h, passaria incólume em qualquer lugar não fosse a pesada maquiagem ostentada.
Marilyn Manson - Mais Novidades
A gótica "If Was Your Vampire", do último CD, "EAT ME DRINK ME", foi a escolhida para descortinar o palco e apresentar os músicos Tim Skold (guitarra, ex-Shotgun Messiah), Rob Holliday (baixo, ex-Prodigy e The Mission), Chris Vrenna (teclado, ex-Nine Inch Nails) e Ginger Fish (bateria), o único remanescente da formação original. Cantando com um microfone encaixado a um falso punhal e todo de preto, Manson foi recebido com os uivos de uma platéia ensandecida. Na sequência, "Disposable Teens" arrancou o primeiro canto em uníssono e fez com que todos tentassem chegar mais perto do palco. Um problema técnico parou o show por cerca de 10 minutos. Ao retornar, MM gracejou: "vocês cantam tão alto que danificaram um dos equipamentos". Se saiu bem. "mOBSCENE" fez a platéia esquecer esse pequeno contratempo e voltar a cantar.
Mesmo sendo o foco das atenções, o Anti-Cristo Superstar parece ter deixado a idade (ou seria o novo relacionamento?) o tornar um tanto "careta". Não fez nada que desabonasse sua conduta: não houve bíblia rasgada, nenhuma auto-flagelação, não mostrou a bunda (ainda bem!) e seu palco era o mais discreto possível. Apenas uma solitária bandeira com as iniciais MM em vermelho cobria alguns amplificadores no fundo do palco. Numa tentativa de baixar os custos, a produção trouxe a versão light do espetáculo. Em todos os sentidos.
Apesar da competência e profissionalismo, ou talvez por conta do seu excesso, o show foi ficando cada vez mais burocrático. Após "Sweet Dreams" (Eurythmics), o público foi esfriando. A vibração de outrora só retornou em "Heart Shaped Glasses" e "Rock is Dead".
Tarde(?) demais. "The Reflecting God" fez o grupo sair de cena. Um longo intervalo se seguiu (parecia mais um problema técnico) e "The Beautiful People" fechou a tampa do caixão. Para surpresa geral, afinal foram apenas 70 minutos de show, as luzes são acesas. Ficou a sensação de que sem o característico show de horrores, Marilyn Manson não passa de uma competente versão de si mesmo.
01-Intro (Piano Flat)
02-If I Was Your Vampire
03-Disposable Teens
04-mOBSCENE
05-Irresponsible Hate Anthem (we hate love, we love hate)
06-Just a Car Crash Away
07-Medley Sweet Dreams/Lunchbox
08-The Fight Song
09-Putting Holes in Happiness
10-Heart Shaped Glasses
11-The Dope Show
12-Rock is Dead
13-The Reflecting God
14-The Beautiful People
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Iron Maiden vem ao Brasil em outubro de 2026, diz jornalista
A melhor banda ao vivo de todos os tempos, segundo Corey Taylor do Slipknot
A opinião de Ronnie James Dio sobre Bruce Dickinson e o Iron Maiden
Guns N' Roses teve o maior público do ano em shows no Allianz Parque
Será mesmo que Max Cavalera está "patinando no Roots"?
Viúva de Canisso acusa Raimundos de interromper repasses previstos em contrato
Régis Tadeu explica o que está por trás da aposentadoria do Whitesnake
Avenged Sevenfold lança single inédito para o novo jogo da franquia Call of Duty
Megadeth anuncia show em país onde nunca tocou
A canção dos Rolling Stones que, para George Harrison, era impossível superar
Os cinco maiores bateristas de todos os tempos, segundo Dave Grohl
Após negócio de 600 milhões, Slipknot adia álbum experimental prometido para esse ano
Ouça "Nothin'" e "Atlas", novas músicas do Guns N' Roses
Graspop Metal Meeting terá 128 bandas em 4 dias de shows na edição de 2026 do festival
O maior frontman de todos os tempos, segundo o saudoso Ozzy Osbourne
A resposta do Sepultura após Bruna Lombardi questionar se banda era a maior do Brasil
O autodidata Kurt Cobain sabia ao menos o nome dos acordes que ele tocava?
Jairo Guedz traduz com analogia absurdamente triste a saída de Max Cavalera do Sepultura


O clássico dançante e sombrio que ganhou uma versão rock and roll perturbadora
Festival Sonic Temple anuncia 140 shows em 5 palcos para 2026
Metallica: Quem viu pela TV viu um show completamente diferente
Maximus Festival: Marilyn Manson, a idade é implacável!



