Dave Lombardo fala sobre boas e más lembranças
Por Fernando Scoczynski Filho
Fonte: Exclaim!
Postado em 29 de julho de 2006
Cam Lindsay, da revista canadense Exclaim!, recentemente conduziu uma entrevista com Dave Lombardo, baterista do SLAYER. Seguem alguns trechos da entrevista.
Exclaim!: Quais são as suas atuais fixações?
Lombardo: Agora é a música, e tem sido isso há um tempo: ritmo e música, me aprofundando ao máximo possível em coisas boas. Tem uma banda da Bulgária, TARAF DE HAIDOKUS, e o seu álbum "Band of Gypsies". A música deles é rápida e lembra a intensidade e a velocidade do SLAYER. É um gênero completamente diferente (música folk cigana), mas deixa eu te dizer: é uma das coisas mais velozes que eu já vi na vida. Eu estou simplesmente intrigado por esses caras que gostam de tocar rápido como nós, então tem algo em comum aqui. Essa música te dá uma boa adrenalina.
Exclaim!: Qual foi o seu show mais memorável ou inspirador, e por quê?
Lombardo: Em Paris, num festival de Jazz. Eu toquei lá com John Zom, Bill Laswell (o produtor de dub) e Fred Frith (o guitarrista). Fizemos uma improvisação que deixou as pessoas de pé – foi simplesmente incrível. Nós combinamos tão bem naquela noite que eu acho que nunca algo assim aconteceu de novo. Aquilo mostrou o que poderia sair de dentro naturalmente – uma experiência musical que não acontece com muita freqüência.
Exclaim!: Quais foram os altos e baixos da sua carreira?
Lombardo: Os baixos da carreira seriam provavelmente a minha saída do SLAYER e o começo da minha nova banda [GRIP INC.], quando eu tentava pensar em que tipo de música eu faria. Eu não sabia, então foram quatro ou cinco anos até eu lançar "Power of Inner Strenght". Eu acho que estou consistentemente em um ponto alto desde 1999. Pelo menos pessoalmente, eu sinto que estou nesse ponto desde o início do FANTÔMAS. Em 1999, eu fiz "Vivaldi: The Meeting" (onde eu toquei bateria ao lado de instrumentos de câmara e cantores soprano), FANTÔMAS, TESTAMENT, GRIP INC. e lancei o meu livro de métodos de bateria. Desde esse ponto eu cheguei a uma certa altura, e acho que ainda estou lá, o que é legal.
Exclaim!: Qual foi a pior coisa que já te aconteceu antes, durante ou depois de um show?
Lombardo: A pior coisa que me fizeram foi quando seguranças me empurarram no L’Amour, no Brooklyn, em 1985 ou 86. Eu estava jogando as baquetas e fingindo que ia pular na platéia, quando uns caras da segurança chegaram e simplesmente me agarraram. Eu lutei contra eles, nós derrubamos uns equipamentos, caímos no chão e depois me soltaram. Eu falei: "Seu filho da puta, eu sou da banda!", e um segurança se virou e me deu um soco na cara. Essa foi a pior situação que já aconteceu comigo.
Exclaim!: Sobre o quê as pessoas deveriam calar a boca?
Lombardo: Estou tentando ser cuidadoso com as minhas palavras; essa pergunta é difícil. Jason Bittner. SHADOWS FALL. Desculpa, eu só tenho duas revistas de bateria e acho que ele está conseguindo um bom perfil. Eu o conheço há anos, desde que era pequeno, mas fala sério!
Exclaim!: O que você mais gosta e menos gosta sobre si próprio?
Lombardo: Eu bebo muito café e tomo Red Bull, então estou sempre animado. Eu gosto disso. Eu odeio quando tenho dias ruins - acabo não reagindo bem.
Exclaim!: Qual conselho você deveria seguir, mas não seguiu?
Lombardo: Provavelmente, aprender a tocar piano quando eu era pequeno. Eu não conheço o piano fluentemente, mas eu consigo toca-lo e criar as minhas coisas. Quando você é criança, você aprende todas as coisas difíceis que não quer lembrar agora. Naquela época, você é como uma esponja, então se lembra de tudo o que te ensinam. Torna-se uma natureza secundária quando você é adulto.
Exclaim!: O que você sente em relação à pirataria e à Internet?
Lombardo: É uma droga se você não escreveu nenhuma das músicas, pois os músicos ganham royalties pelo álbum inteiro. Portanto, eu acho que os downloads são uma droga.
Exclaim!: Qual foi o seu encontro mais estranho com uma celebridade?
Lombardo: Uma certa vez, eu conheci o Bono [do U2], e foi bem engraçado. Ele estava com a Gwen Stefani. Eu fui até ele e disse: "Oi, eu sou o Dave Lombardo, do Slayer". Ele perguntou: "Você é o baterista, certo?", e eu respondi "Sou". Depois ele só disse um "Oh", e acabou.
Confira a matéria na íntegra (em inglês) no link abaixo.
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