Universidade pesquisa fãs de Heavy Metal
Por Sérgio Oliveira e João Paulo Ramos
Fonte: Blabbermouth
Postado em 01 de abril de 2007
De acordo com o site Stuff.co.nz, um pesquisador universitário da Nova Zelândia ganhou uma bolsa de estudos do governo para estudar os hábitos e o estilo de vida dos fãs de Heavy Metal.
A bolsa, no valor de 96 mil dólares neozelandezes (cerca de 69 mil dólares americanos, ou quase 142 mil reais), fará com que Dave Snell tenha a oportunidade de levar adiante o seu estudo intitulado "O Dia-a-dia dos Bogans: Identidade e Comunidade entre Fãs de Heavy Metal".
Na gíria neozelandeza e australiana, um "bogan" é um xingamento utilizado para uma pessoa de baixa classe, sem sofisticação, equivalente ao "trailer trash" dos Estados Unidos (Nota do tradutor Sérgio: termo pejorativo utilizado para descrever pessoas que vivem em trailers, geralmente recebendo algo como "bolsa-família" do governo e sem vontade nenhuma de trabalhar para melhorar o seu padrão de vida, daí o complemento 'trash'. Particularmente eu discordo com essa comparação do "bogan" [no sentido desse texto] e "trailer trash", e acho que fica mais simples usar o bom e velho termo "metaleiro" daqui em diante).
Mas Snell se auto-intitula um metaleiro com felicidade, dizendo que ele ama o Heavy Metal: "O estereótipo de um metaleiro é jeans preto e justo, camiseta do Metallica, cabelo comprido ou careca e paixão por cerveja e carros. Tenho orgulho de ser chamado de metaleiro", disse à Radio New Zealand nessa última sexta.
A pesquisa inclui estudos dos diferentes estilos de "danças" do Heavy Metal - seja o famoso 'head bang' (bate-cabeça) ou o mosh, que é quando os fãs se "batem" - assim como a importância de tatuagens e piercings. Na Comissão Educativa de Terceiros, que administra as bolsas de estudos, o administrador geral Frannie Aston disse que "essa pesquisa irá nos ajudar a entender nossas comunidades e nossos jovens".
Snell disse que escuta Metal desde que era criança. "Eu realmente sempre estive ligado no Heavy Metal, cresci com ele. Eu fiz uma pesquisa sobre o tema como um trabalho de classe alguns anos atrás e isso se desenvolveu desde então".
Ele espera que sua pesquisa mude alguns do estereótipos negativos do gênero. "Algumas das pessoas mais amigáveis e legais que eu já conheci são metaleiros e roqueiros", mas admitiu que o tema de sua pesquisa ficou fora do padrão de outras pesquisas que receberam bolsa. "As pessoas zombam um pouco, mas no geral a recepção vêm sendo ótima".
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