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Dimmu Borgir: "somos teimosos e perseverantes"

Por César Enéas Guerreiro
Fonte: FourteenG.net
Postado em 29 de agosto de 2007

Karma E. Omowale do webzine FourteenG.net entrevistou recentemente o guitarrista Silenoz e o baterista Hellhammer, do DIMMU BORGIR, que falou sobre as gravações do novo álbum e as razões do êxito da banda.

FourteenG.net: Como foi gravar o álbum [‘In Sorte Diaboli’ na Suécia] com Fredrik Nordström no novo local? Foi mais fácil, estando no meio de lugar nenhum e longe de todas as distrações?

Silenoz: "Foi bom, quero dizer [risos] ele foi tolo e maluco o suficiente para querer gravar um álbum [conosco]. Seu novo estúdio é muito legal! Fica numa zona rural, o que foi melhor para nós no sentido em que pudemos nos concentrar 100% na música e na gravação o tempo todo. Esse não foi o caso do álbum anterior [‘Death Cult Armageddon’] porque [o estúdio] ficava no centro da cidade, então havia muitas distrações! [Risos] Mas desta vez foi muito melhor, mesmo estando menos preparados para gravar este álbum; levamos menos tempo para gravar este do que o anterior".

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FourteenG.net: O que podemos dizer sobre a evolução musical do DIMMU BORGIR? De que maneira vocês evoluíram como um grupo, tanto musicalmente quanto pessoalmente?

Silenoz: "Acho que foi nossa teimosia e perseverança que nos trouxe tão longe, além de não deixarmos as influências externas nos afetarem demais. Esses foram os principais motivos de estarmos onde estamos e ainda fazendo sucesso!"

FourteenG.net: O que você aprendeu sobre você mesmo e sobre seus companheiros de banda, como músicos, ao longo dos anos?

Silenoz: "Você aprende muito, especialmente quando está em turnê, já que você precisa dar muito espaço para todos porque você fica apertado num ônibus e vê seus companheiros de banda mais do que vê a sua família normalmente. Você precisa tratá-los dessa forma, como se fossem sua família. Brigas e discussões também acontecem, é natural. Essas coisas são inevitáveis mas têm o seu lado bom porque precisamos encarar tudo isso como o que realmente é, um emprego. Especialmente quando você está em turnê e é pago para fazer um show e tocar para as pessoas. Você precisa enxergar as coisas de uma certa distância".

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FourteenG.net: Você encontrou tempo para trabalhar no seu romance sobre a 2ª Guerra Mundial?

Silenoz: "Bem... Eu não tive tempo para fazer nada sobre isso ainda. Estive trabalhando em algumas idéias aqui e ali, mas as coisas têm sido estressantes até agora. Estivemos fazendo muitas entrevistas e promoções, muita preparação para esta turnê, então não terei tempo nem pra respirar até que eu volte pra casa depois da turnê".

FourteenG.net: Se, digamos, o Black Metal nunca tivesse se tornado popular, qual você acha que seria o impacto sobre a comunidade do Metal?

Silenoz: "[Risos] Eu acho, quero dizer, nós nunca nos consideramos uma típica banda de Black Metal, porque sempre achamos que estávamos fora da cena e da comunidade. É difícil dizer, mas tudo que é mostrado pela mídia é exagerado, ou geralmente é exagerado sempre que alguma merda acontece [em relação aos infames incêndios em igrejas]. Mas eu não sei, é difícil dizer onde estaríamos sem essas coisas, entende? Mas tudo isso ajudou a chamar a atenção pra música, com certeza!"

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Sobre César Enéas Guerreiro

Nascido em 1970, formado em Letras pela USP e tradutor. Começou a gostar de metal em 1983, quando o KISS veio pela primeira vez ao Brasil. Depois vieram Iron, Scorpions, Twisted Sister... Sua paixão é a música extrema, principalmente a do Slayer e do inesquecível Death. Se encheu de orgulho quando ouviu o filho cantarolar "Smoke on the water, fire in the sky...".
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