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Direito Autoral: "Isso expirou,não existe mais", diz Steve Albini

Por Nacho Belgrande
Fonte: Playa Del Nacho
Postado em 06 de junho de 2015

Em Barcelona para o festival Primavera Sound, o produtor – ou engenheiro de som, como ele diz – STEVE ALBINI celebrou a internet, anunciou a morte do direito autoral e expressou seu contínuo desdém pela indústria musical durante uma conferência eloquente e inesperadamente provocativa com a jornalista Judy Cantor-Navas no último dia 30 de maio.

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Albini é muito conhecido por seu trabalho no álbum ‘In Utero’ do Nirvana e seu artigo de 1993, "O Problema Com A Música". Aquele esculacho na indústria musical abria falando de ‘artistas nadando por um oceano de bosta para conseguirem um contrato com uma gravadora do outro lado, e, ao chegarem à outra margem, ouvem, ‘Na verdade, eu acho que vocês ainda precisam de um pouco mais de desenvolvimento. Nade de novo, por favor. Agora de costas. ’"

A evolução digital tornou os executivos do setor de A&R das gravadoras, a quem Albini nutria especial nojo, obsoletos, e na última sexta-feira ele tinha a postura relaxada de alguém que tinha se provado certo, ele não perdeu a oportunidade de se manifestar contra as estruturas existentes na indústria musical.

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"Eu não me sinto parte da indústria. A indústria sendo o negócio corporativo onde há pessoas no patamar de baixo e pessoas no patamar de cima, e pessoas na administração fazendo ligações legais entre todas essas pessoas. Eu nunca me senti parte disso. Tudo isso sempre me incomodou. E quando eu penso nisso, me emputece que isso exista como um parasita da cena musical, que são os fãs, e as bandas, as pessoas que vão aos shows. Essa estrutura administrativa de negócios é quem está sugando dinheiro de toda essa cena, o que sempre me pareceu artificial e desnecessário. "

Albini também revelou que ele trabalhava sem contratos, tanto com a gravadora de sua banda e em seu estúdio, o Electrical Audio, de Chicago.

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"Minha banda tem lançado discos pelo selo Touch And Go desde os anos 80. Uma banda e depois outra e agora o Shellac. Nunca tivemos nenhum tipo de contrato formal com eles, nem mesmo uma conversa sobre nossas obrigações mútuas. Mas eles seguem fazendo um bom trabalho com nossos discos e continuam satisfeitos conosco, e continuamos a ter uma boa experiência, então a parceria continua naturalmente.

"Eu não uso contratos em minha empresa. Se alguém quiser que eu trabalhe em um disco, nós organizamos o tempo, fazemos, eles pagam e tá feito. Desde que todos estejam se divertindo, continua. E eu acho que isso é o melhor e mais seguro e razoável meio de se conduzir os negócios. Não apenas com algo informal, mas mesmo com coisas muito importante com milhões de dólares entre minha banda e uma gravadora. "

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Albini, por seus cálculos, já trabalhou em milhares de discos de outros artistas, explicou o porquê de ele se chamar de engenheiro ao invés de produtor.

"… Eu não sou George Martin, eu não sou Jay-Z. eu não sou uma pessoa que produz música nesse método. O que eu faço é levar uma banda para o estúdio e perguntar, que tipo de disco vocês querem fazer? Que música vão gravar em seguida? Estão felizes com isso? Podemos seguir em frente? Esse é basicamente meu trabalho. "

Mais de uma vez, Albini usou o tabagismo como metáfora quando se referia às mudanças no modo pelo qual a música é disseminada e consumida.

"Antigamente você ia fazer um show e todo mundo estava fumando", ele disse, respondendo a uma pergunta sobre as novas tecnologias estarem tornando as pessoas mais isolada. "Então o ar ficava impregnado de fumaça. Agora, você não pode mais fumar nas casas. Então o ar está limpo, e para algumas pessoas, isso é uma distração, poder ver o rosto e o corpo de todo mundo. Eu gosto. Eu acho que é bom. Mas a fumaça também cobria muito do cheiro das casas, e agora as casas têm um cheiro péssimo, elas cheiram a cerveja velha e vômito… então as coisas mudaram e a experiência não é a mesma, mas ainda é uma experiência e eu acho que tem seu valor.

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"Você nunca vai conseguir trazer de volta o que se perdeu. Você se adapta à cultura que cresceu organicamente. As pessoas vão estar com seus iPhones, elas vão tirar selfies, elas vão estar meio isoladas e internalizadas em sua experiência artística. Eu acho que é um erro ser nostálgico, ou fingir que recria uma experiência histórica que morreu de morte natural. O mais confortável é continuar com sua vida normal, e incorporar esse novo comportamento em sua vida cotidiana."

Albini referiu-se ao direito autoral como ‘um conceito expirado’, similar ao ato de fumar em público.

"A aceitação social de se fumar em público desapareceu, e agora é raro achar um lugar fechado onde você possa fumar. E isso não é porque teve um decreto baixado. A sociedade simplesmente mudou em seu tratamento de espaços públicos.

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"Eu acho que estamos vendo que a construção intelectual do direito autoral e da propriedade intelectual não é realista. Ideias, uma vez expressadas, tornam-se parte da mentalidade comum. E a música, uma vez expressa, se torna parte do ambiente comum. Eu acho que a ideia de propriedade intelectual vai ter que ser modificada naturalmente para acomodar o modo que as pessoas naturalmente trocam informações e ideias e música. Aquele modelo antigo da pessoa que escreveu algo ´[e dona daquilo e qualquer outra pessoa que queira usá-lo ou vê-lo tenha que pagar, eu acho que esse modelo expirou. E as pessoas que estão tentando defender esse modelo são como as pessoas no lombo de cavalos tentando lutar contra o automóvel… eu acho que o termo pirataria é absurdo. Na verdade, pirataria são pessoas abordando outras com violência e matando gente e roubando fisicamente bens materiais que então não estarão mais disponíveis para as pessoas que os tinham. Eu acho que categorizar alguém baixando músicas para seu celular a isso é absurdo. "

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Sobre Nacho Belgrande

Nacho Belgrande foi desde 2004 um dos colaboradores mais lidos do Whiplash.Net. Faleceu no dia 2 de novembro de 2016, vítima de um infarte fulminante. Era extremamente reservado e poucos o conheciam pessoalmente. Estes poucos invariavelmente comentam o quanto era uma pessoa encantadora, ao contrário da persona irascível que encarnou na Internet para irritar tantos mas divertir tantos mais. Por este motivo muitos nunca acreditarão em sua morte. Ele ficaria feliz em saber que até sua morte foi motivo de discórdia e teorias conspiratórias. Mandou bem até o final, Nacho! Valeu! :-)
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