Regis Tadeu: Lobão entrega um punhado de belas canções em disco
Por Bruce William
Fonte: Yahoo!
Postado em 08 de junho de 2016
Regis Tadeu fala, em seu novo texto no Yahoo!, sobre o último disco de Lobão, "O Rigor e a Misericórdia", confira a matéria completa no link a seguir e alguns trechos mais abaixo.
https://br.noticias.yahoo.com/amado-e-odiado-lob%C3%A3o-entrega-em-o-rigor-e-a-221546565.html?nhp=1
É inegável que Lobão sempre foi um cara que diz o que pensa. Se as pessoas concordam ou não com ele, é outra história. E eu sempre tive simpatia por este tipo de gente que acaba sendo taxado como "extremista" justamente porque vivemos em um dos períodos mais "bundamolistas" de nossa História. Ora engraçado, ora prestes a dar vários tiros no pé, Lobão faz jus às polêmicas que envolvem seu nome há várias décadas. Bem, é isto que se espera de "artistas", não?
Ao mesmo tempo em que acompanhei de longe as suas posturas cheias de ira contra o governo de tia Dilma e a roubalheira do PT, fiquei pensando como tudo aquilo iria influenciar a música de Lobão. Sim, a música. Afinal de contas, este era o meio em que, teoricamente, o velho Lobo se dava melhor, embora seus mais recentes discos, notadamente o ótimo Canções Dentro da Noite Escura, de 2005, tenham sido criminosamente ignorados, sabe-se lá por quais motivos.
O mesmo vem acontecendo com o novo O Rigor e a Misericórdia. Poucas matérias a respeito, nenhuma faixa sendo tocada onde quer eu seja em tempos de "Spotifys da vida"… Talvez o fato de ter dado ‘trela’ para gente do naipe do Olavo de Carvalho e outros lunáticos adeptos de teorias de conspirações ridículas tenha feito com que seu nome seja alvo de repulsa dentro das redações, o que certamente dificulta a visibilidade e audição de seu trabalho. Talvez o fato de ter passado a emitir opiniões a rodo tenha feito com que Lobão se transformasse em um "personagem de si mesmo", para quem a música havia se tornado um mero detalhe. Foi seduzido pela atenção despertada por suas declarações a atitudes. Ficou ainda mais famoso – para o bem e para o mal – e sacou que o preço artístico a pagar por isto sempre é muito alto. Olha o que aconteceu com o Bono…
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