Barão Vermelho: de volta com força total
Por André Luiz Coutinho
Fonte: O Fluminense
Postado em 20 de julho de 2017
Uma das maiores bandas de rock da história do Brasil, o Barão Vermelho vive atualmente como os próprios membros gostam de chamar a sua terceira encarnação. O Grupo carioca surgido em 1981 e que já teve o grande poeta e ícone Cazuza e o seu parceiro de composição e também lendário Roberto Frejat nos vocais, voltou aos palcos no último mês de maio após quatro anos de um incomodo hiato, com a voz de Rodrigo Suricato entoando os grandes clássicos como "Bete Balanço", "Maior Abandonado", "Declare Guerra", "O Poeta Está Vivo", entre outros hinos.
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Um dos maiores responsáveis pela volta do Barão Vermelho, o baixista Rodrigo Santos, mesmo com uma carreira solo cada vez mais consolidada, não esconde a empolgação de voltar aos palcos com o grupo. "Conseguimos um grande equilíbrio nessa formação. Ensaiamos bastante, já começamos a compor material inédito para um disco ano que vem. Fomos muito bem recebidos em Curitiba, Juiz de Fora, Rio de Janeiro e São Paulo. Agora chegou a vez de Niterói, cidade que adoramos tocar e faz parte da história de muitas aventuras do Barão", afirma o músico que está na banda desde 1992 quando substituiu Dadi Carvalho, que por sua vez entrara no lugar de Dé Palmeira em 1989.
Rodrigo garante que a recepção ao seu xará tem sido muito boa. "Nós já sabíamos que era uma questão de tempo o público o reverenciar como um ‘Barão’. Depois de tantos meses convivendo, ensaiando e fazendo divulgação, faltavam apenas os shows. Quando começamos, já lotamos o Circo Voador e as críticas a partir daí foram todas espetaculares. Os fãs embarcaram nessa viagem. Ninguém queria o Barão fora da estrada. Nem nós, nem eles. Portanto, assim que as pessoas começaram a ver ao vivo o novo quinteto, abraçaram o Rodrigo. E sentiram a mesma felicidade que nós, por ter mais um craque defendendo a obra da banda para sempre na estrada. Um novo amigo, excepcional instrumentista, cantor e compositor. Os fãs já entenderam tudo. Entenderam que o Barão voltou e com o ‘Suri’, como o chamamos carinhosamente", explica revelando que a sugestão para chamar o vocalista foi do tecladista Maurício Barros após tocarem no projeto Nivea Rock Concert. "Já o conhecíamos, mas quando fizemos o primeiro ensaio, tocamos de cara 19 músicas. Ele sabia tudo dos violões, vozes e guitarras. Além da parte pessoal, que também encaixou como uma luva. Rodrigo é focado, guerreiro, talento puro, e reverenciava o Barão também. Ganhamos mais do que um cantor, músico. Ganhamos um amigo, um cara muito do bem, agregador. Ele encaixou perfeito no Barão. Foi um golaço", derrete-se.
Além dos dois Rodrigos e de Maurício, o Barão atualmente é formado por Guto Goffi (baterista) e Fernando Magalhães (guitarra). Além de cantar, Suricato também herdou o posto de guitarrista de Frejat, algo que ele fazia desde o surgimento da banda ainda com Cazuza de frontman. Ao contrário do que costuma acontecer quando um membro sai de uma banda, a passagem de bastão foi tranquila e contou com a benção do antigo integrante. "Frejat é nosso grande brother, nosso ícone também, amigo pra todas as horas. Mas ele tinha outros planos e preferiu se abrir com a gente numa boa, dizendo que não daria pra ele participar, mas pra seguirmos em frente. Ele endossou a escolha do Suricato também. No final, estamos todos de boa. Isso é que é legal. Irmão que é irmão, quer o bem do outro e foi isso que aconteceu entre nós e Frejat, uma separação super de boa, tranquila e num astral bom. Ele torce pela gente e nós por ele. E a vida segue", garante Rodrigo que nos shows também assume os vocais na faixa "Cuidado" do último álbum do grupo lançado em 2005.
Trabalho este que ganhará um sucessor em 2018. Compondo coisas novas, conforme dito lá no começo, a banda quer refutar o título incomodo de "banda comemorativa". "O Barão é uma banda de personagens, compositores, com trabalhos paralelos que também vão continuar. Gravamos o ‘Brasil’ do Cazuza, para lançar esse ano nas rádios. Pra apresentar essa formação primeiro ao grande público. Com a convivência com o Rodrigo, descobrimos que temos muitas afinidades musicais e de composição. Posso adiantar que estamos todos a mil, compondo, compondo e compondo. As parcerias está fluindo. Estamos tinindo e com muito gás pra tocar o barco, levantar o avião", garante.
Por fim, Rodrigo revela sobre os shows: "Todos os discos estão bem representados no show. Todas as fases. Músicas que não tocaram em rádio, mas os fãs adoram, também estarão no show. ‘Quem me olha só’, ‘Menina Mimada’, "Eu queria ter uma Bomba", ‘Down em mim’ e por aí vai. Além de ‘Brasil’ e ‘O Tempo não para’, de Cazuza. O show está com uma projeção no telão de Led, lindíssima. Algumas músicas ganharam novo arranjo, aproveitando a musicalidade de Rodrigo, com seus mil instrumentos. Os fãs vão se emocionar e dançar e cantar a valer. O Barão voltou".
E dessa forma por onde o Barão for baixar o sem trem de pouso, o seu fiel público irá assim como na canção deles "Pense e Dance", fazer uma verdadeira "saudação a coragem" deles em seguir em frente. Pois Rodrigo Santos e companhia não ficam "esperando a vida passar tão rápido" e "topam qualquer viagem", desde que não "machuque as suas verdades", fazendo "tudo pelos desejos" deles e dos fãs.
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