Paul Stanley: "O Rush aperfeiçoou um estilo e fez o que ninguém havia feito"
Por Igor Miranda
Fonte: Outlaw / Blabbermouth
Postado em 31 de março de 2020
O vocalista e guitarrista Paul Stanley falou sobre o Rush, banda com quem o Kiss excursionou junto na década de 1970, em entrevista à revista Outlaw. Stanley exaltou o legado do baterista do grupo, Neil Peart, que faleceu no último dia 7 de janeiro, aos 67 anos, vítima de um câncer no cérebro.
"A primeira vez que o Rush abriu para nós, eles tinham o baterista original, John Rutsey, junto de Geddy (Lee, vocalista e baixista) e Alex (Lifeson, guitarrista). Quando Neil mudou, do dia para a noite, tornou-se uma banda diferente", afirmou o Starchild, inicialmente.
Em seguida, Paul Stanley destacou os méritos de Neil Peart e do Rush, enquanto grupo. "De repente, eles estavam com aquele incrível músico dando apoio a Geddy e Alex. Existiu apenas um Rush e eles aperfeiçoaram um estilo, seguindo por uma estrada que ninguém havia percorrido antes. Vi essa banda em seus primórdios e eles construíram um legado incrível", disse.
Kiss e Rush
Entre 1974 e 1975, o Kiss contou com o Rush como banda de abertura de turnês em duas ocasiões. Na primeira, a vaga de baterista ainda era ocupada por John Rutsey. Depois, Neil Peart entrou - e, aí, o grupo canadense decolou.
Em entrevista à rádio SiriusXM, concedida em 2019, o atual baterista do Kiss, Eric Singer, relembrou: "O Rush foi a melhor banda de abertura do Kiss. Vi o Rush abrir para o Kiss. Acho que foi a melhor. Era a turnê do 'Fly By Night', início de 1975. O Kiss havia lançado 'Hotter Than Hell' e o Rush tinha acabado de contar com Neil Peart".
Já Paul Stanley comentou: "Rush foi a mais empolgante banda de abertura. Quando tocamos com eles no Canadá pela primeira vez e John Rutsey era o baterista, o primeiro álbum era tão... Humble Pie, Zeppelin. Eles estavam se encontrando. Sempre foram incríveis".
No documentário "Time Stand Still", o vocalista e baixista Geddy Lee e o guitarrista Alex Lifeson relembraram a turnê com o Kiss. Lifeson fazia uma espécie de personagem bobo chamado Bag nos bastidores, ao deixar cair um saco de papel na cabeça e enfiar as mãos nas calças.
O então guitarrista do Kiss, Ace Frehley, adorava o Bag, mas Gene Simmons não curtia. "Gene ficava muito chateado e isso deixava Ace ainda mais feliz", disse Lifeson. "Gene era sério. Ele não ficava chapado como nós. Ele tinha um senso de realidade diferente. Estávamos ficando chapados e sendo idiotas", comentou Lee.
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