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Segregatorum: Entrevista com o vocalista Lucas Lazzarotto

Por Maicon Leite
Postado em 31 de maio de 2020

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A banda SEGREGATORUM foi fundada em 2016 na cidade de Bento Gonçalves/RS, tendo como objetivo buscar uma sonoridade própria dentro de suas influências Death/Doom Metal. Seu primeiro EP, intitulado "Death Bells" foi lançado em 2017, apresentando uma temática sombria e misteriosa, referente às imperfeições, falhas e corrupções humanas, com letras descrevendo os sete pecados capitais. O termo "segregatorum" descende do Latim, que significa "isolado", fazendo menção às pessoas individualistas, que vivem para si mesmas. Mas primeiramente, o nome da banda surgiu da música "Isolate", do Paradise Lost, uma grande influência para todos os integrantes.

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Em 2019 o SEGREGATORUM entrou em estúdio para gravar seu primeiro full length, intitulado "Lemarchand’s Dominus", mixado e masterizado por Ernani Savaris da SoundStorm Studio. Lançado em março, no início da pandemia aqui no Brasil, o álbum vem sendo divulgado através de diversos sites e blogs, recebendo elogios de críticos e fãs de Doom Metal, e até mesmo de fora do Metal.

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Para saber mais como o SEGREGATORUM tem se adequado ao atual quadro de pandemia, conversamos com o vocalista Lucas Lazzarotto, que também explicou o conceito inspirado no filme Hellraiser e demais assuntos ligados ao lançamento. Confira!

O debut do SEGREGATORUM, assim como todo o conceito que envolve a banda, é recheado de temas interessantes e fatos que renderiam um longo bate-papo ao vivo. Como estamos passando por essa pandemia, temos que focar no virtual. Então, como foi a trajetória da banda até o lançamento do álbum "Lemarchand’s Dominus"?

Lucas Lazzarotto: Primeiramente quero agradecer a entrevista. A trajetória da banda, iniciou em 2016, na cidade de Bento Gonçalves, éramos colegas de turma no colegial e sempre falávamos em um dia fazer um som juntos, anos passaram e nos encontramos novamente agora amadurecidos e com mais conhecimento musical, marcamos ensaios, para tocar alguns covers de Thrash Metal, mas durante o ensaio, percebemos que tínhamos a aptidão para compor e foi aí que percebemos que precisávamos criar algo intenso, marcante e que fizesse com que os ouvintes pudessem ter uma experiência musical única, então visualizamos o que estava em voga no momento, e optamos por ir na contramão, escolhemos um gênero e um nicho de público específico e convergimos em trazer uma sonoridade Death/Doom, porém com vários elementos, os mais evidentes como: Heavy, Black e Gothic Metal, dessa forma, também conseguíamos expor as influências de cada integrante ao som.

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"Lemarchand’s Dominus" contou com diversos parceiros para o lançamento físico. Totem Records, Kaotic Records, Cranius Beer House e Terror Music foram os responsáveis, junto com a própria banda, de lançar o CD físico, já disponível para compra pela internet. Vocês já conheciam o trabalho destes selos ou foi indicação de outras pessoas? Hoje, em tempos digitais, ainda vale a pena lançar o CD físico? Você, como fã e consumidor de música, tem o hábito de adquirir CDs, LPs, etc?

Lucas Lazzarotto: Antes de lançar o disco físico, foi feita uma avaliação neste canal de distribuição, se seria viável ou não, mas estávamos determinados em lançar a versão física, pois o primeiro disco de uma banda geralmente é marcante para a história da mesma, e queríamos ter esta estima, até para poder comercializar nos shows. Os selos intermediaram a distribuição deste disco pelo país e até alguns países no exterior como: Alemanha, Bélgica e Holanda e alguns países sul americanos também. Como sou um consumidor eventual deste mercado de CDs, alguns selos eu já conhecia o trabalho e sabia de sua competência e outros foram indicações e já aproveito e para deixar um abraço a todos nossos colaboradores do disco físico. Para as bandas que estão iniciando e não tem uma gravadora para aumentar seu alcance de público, o mercado físico se torna encarecido e a nova geração de ouvintes com a facilidade de acesso as plataformas digitais, que contemplam diversas discografias, faz com que o hobby de colecionar discos tenha um custo elevado. Mas se a sua banda mesmo assim, quer lançar o disco físico, eu recomendo que procure selos que irão lhe ajudar na distribuição do material.

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Ouça "Lemarchand’s Dominus" no Spotify:

https://open.spotify.com/album/1xnB0ro2nx9FYZYjWfVQlE

A versão digital do álbum teve sua distribuição feita pela Wargods Press, assessoria de imprensa da banda. Falar sobre a música sendo consumida no formato digital pode parecer algo trivial, mas apesar de não render dinheiro para as bandas de uma forma adequada, é a forma mais rápida de chegar ao público. Do meu ponto de vista, dadas as devidas proporções, é como a troca de fitas K7 de vinte anos atrás! (risos).

Lucas Lazzarotto: Sim! O mercado musical estará sempre em constante transformação, ainda mais agora na situação em que nos encontramos, mas o formato digital, aumentou muito o alcance das bandas, gerando uma concorrência ainda maior no mercado, pois precisamos ser visualizados, infelizmente nos dias atuais o sucesso de uma banda ou artista, não é mais medido pelo tempo de estrada, mas sim, pelo números de likes ou visualizações, as pessoas perderam ou as novas gerações não sabem, o que é tirar um discos da sua prateleira e botar tocar, esse pequeno ato ou detalhe, gerar um apreço muito grande por tal álbum, eu como consumidor de CDs, defendo todos os álbuns que tenho na minha coleção (risos). Mas as compras de CDs e qualquer outro merchandising, é um fator muito importante para banda, pois é uma maneira indireta de ajudar a mesma na produção dos próximos álbuns.

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O SEGREGATORUM lançou "Lemarchand’s Dominus" no começo de março e logo a pandemia freou os planos de todas as bandas. De que forma vocês estão lidando com isso? Sabemos que são poucas as bandas de Metal no Brasil que vivem de sua própria música, então, na vida particular dos integrantes, como tem sido esse impacto?

Lucas Lazzarotto: Sim, foi um grande colapso, mas estamos num momento de nos reinventar, a vida pessoal, social, profissional não serão as mesma depois que a poeira abaixar, e as bandas que conseguirem se adaptar a este novo mercado vão sair na frente, alguns pontos que já podemos notar, é o aumento de lives das bandas nas redes sociais, a produção de shows virtuais, maior investimento em videoclipes e consequentemente o mercado no formato digital está sendo mais requisitado do que nunca, pois muitas bandas, assim como nós, aproveitaram esse período para compor novas músicas e se manter na ativa distribuindo em plataformas.

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Musicalmente, a banda envereda pelo Death/Doom Metal com um peso absurdo, e diferentemente do que vemos por aí, há uma ênfase muito grande na interpretação vocal, e podemos dar como exemplo a própria faixa título, que ganhou um video clipe bem legal. No clipe já notamos essa ênfase no vocal e em sua interpretação, bem imposta e forte, ganhando elogios até de quem não curte Metal Extremo. Como foi esse trabalho, tanto de encaixar técnicas vocais quanto de uma musicalização variada e instigante?

Lucas Lazzarotto: O trabalho de técnica vocal é elaborado junto com as letras das músicas que vão descrevendo um roteiro, e o instrumental direcionando o humor desta história. Haverá letras sórdidas com muito Gore/Trash e letras reflexivas com uma abordagem psicologicamente mais perturbante e consequente a isto terá alterações de timbre na voz. A intenção sempre foi fazer com que a as músicas tenham momentos de peso e densidade, mas também momentos de uma obscuridade elegante.

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Voltando ao que comentei na primeira pergunta, um dos fatos que chamam a atenção no trabalho da banda é a utilização do latim, tanto no nome do grupo quanto em algumas faixas. De onde surgiu essa ideia?

Lucas Lazzarotto: O propósito da utilização desta língua morta, é para transmitir a sensação blasfema, como se um ser maligno/demoníaco estivesse comunicando, no caso algum Cenobita. E também quando cantado e combinado com as melodias elaboradas, incrementa nas composições um aspecto de sombrio e misterioso, dando uma certa distinção e um garbo único.

A temática de "Lemarchand’s Dominus" se envereda no enredo do filme Hellraiser, e na capa do álbum já notamos isso de forma mais direta. Filmes de horror/terror sempre tiveram grande influência no Heavy Metal, mas, foram poucas as bandas que abordaram Hellraiser. Você poderia nos explicar um pouco mais desse conceito que envolve o álbum? Teremos uma continuação do tema no próximo álbum?

Lucas Lazzarotto: O filme Hellraiser, contempla mais significados do que, qualquer outro filme concorrente no seu gênero, com a nossa abordagem voltada ao Doom Metal nas músicas, nós extraímos seu cerne, não apenas os momentos de repugnância e pavor, mas os elementos intrínsecos, como os pecados cometidos pelos personagens, as punições aplicadas, a redenção, o julgamento dos mesmos e a chegamos a ponto principal de toda essa jornada que iniciamos, que é a busca incessante pela "Caixa de Lemarchand", que contempla tudo o que há demais perverso e corrupto no ser humano. Sim já estamos com a continuação bem elaborada, adianto que já finalizei todas as novas letras e digo que estão mais obscuras, densas, reflexivas e mentalmente perturbantes para este segundo álbum.

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Em uma conversa que tivemos semanas atrás, surgiu exatamente esse assunto: o próximo álbum. Mesmo com "Lemarchand’s Dominus" recém lançado, a banda já tem se adiantado nas composições do vindouro registro. Como esse processo tem se desenvolvido?

Lucas Lazzarotto: Sim, não havíamos nos preparado para enfrentar esta pandemia, como muitas bandas no underground fomos pegos sem conteúdo, pois estávamos focados nos shows de divulgação do novo álbum, mas aproveitamos esse período, para elaborar as novas composições, para daqui um ano quem sabe, fazer o lançamento da continuação. Tivemos que executar da seguinte forma, pois cada um tem contato com seus pais e entes mais velhos em casa, então para prevenir essa foi a maneira que encontramos, cada integrante está em seu lar compondo e fazemos hangouts, para debater as ideias e mostrar os riffs e as bases, para cada membro desenvolver sua linha.

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Assista ao vídeo clipe de "Lemarchand’s Dominus":

Estarmos vivenciando uma pandemia tão devastadora que nos faz enxergar algumas coisas que antes estavam ocultas. Embora para muitas pessoas esta seja uma situação fácil de lidar, para outras, é extremamente angustiante. Do seu ponto de vista, como músico, qual será o futuro do mercado Heavy Metal? E do ponto de vista pessoal, houve uma mudança significativa em seu modo de vida?

Lucas Lazzarotto: No mercado musical, após esta situação escabrosa que estamos vivendo e que poderá se tornar calamitosa, haverá uma recessão muito grande, pois o dinheiro estará voltado as coisas essenciais da vida. Creio que não irá ter tanto investimento por parte das gravadores sobre as bandas e nem investimento das produtoras sobre os shows, as bandas que quiserem fazer shows, terá que fazer espécie de consórcios, como underground já faz desde da década de 80. Ex. de consórcio: uma banda traz o amplificador e outra banda traz a bateria e assim por diante e a pessoa que organiza tudo recebe uma parcela do lucro do ingresso e distribui o restante entre as bandas. As bandas que quiserem continuar seu trabalhos de gravação, terão que aderir ao Home Studio, muitas bandas já tem este recurso, portanto continuarão produzindo e colocando sua música no mercado digital. Já na vida pessoal, houve sim, hábitos simples do cotidiano como ir academia, estudar e até ensaiar, mudou completamente, são atividades que agora executo de casa via internet, recebendo um acompanhamento virtual.

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Lucas, muito obrigado pelo tempo cedido. O espaço final fica livre para maiores considerações sobre o trabalho da banda e também para algum recado!

Lucas Lazzarotto: Desde já, nós que agradecemos o seu trabalho e sua consideração e a todos que nos acompanham, peço que cuidem de si e de suas famílias. Enquanto isso estaremos produzindo a continuidade dessa jornada e muito em breve vocês poderão ver o primeiro resultado. Um abraço a todos…. Stay In Doom!!!

Mais informações:
https://www.facebook.com/segregatorummetal

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Sobre Maicon Leite

Maicon Leite é assessor de imprensa na Wargods Press, colaborador na revista Roadie Crew e um dos autores do livro Tá no Sangue! - A História do Rock Pesado Gaúcho, dentre outros projetos e publicações.
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