Kiko Loureiro: o dilema ao precificar crowdfunding, com até guitarra de US$ 9 mil
Por Igor Miranda
Fonte: UOL
Postado em 07 de junho de 2020
O guitarrista Kiko Loureiro (Megadeth, ex-Angra) falou, em entrevista ao Uol, sobre sua campanha de crowdfunding para financiar o próximo álbum solo, Open Source. A reportagem foi feita para repercutir os diferentes produtos que o músico oferece. Conforme apontado em primeira mão pelo Whiplash.Net, dá até para comprar um solo dele por US$ 2,5 mil ou adquirir as guitarras usadas no disco, de US$ 6 mil a US$ 9,3 mil.
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Os preços foram colocados em dólar, cuja cotação tem oscilado bastante. Em real e no valor atual, além de pacotes que envolvem a aquisição do CD, LP ou download digital das músicas do disco, há ofertas como:
- ligação por Sykpe (R$ 744);
- uma aula de guitarra ou orientação de carreira por Skype (R$ 1,9 mil);
- guitarra nova da Ibanez autografada, apenas 10 unidades (R$ 7,2 mil mil);
- colaboração em vídeo com Kiko (R$ 9,9 mil);
- gravação de solo para a música de quem comprar o pacote (R$ 12,4 mil);
- guitarra nova Ibanez signature Kiko10BP, apenas 3 unidades (R$ 23,3 mil);
- duas guitarras usadas no álbum, sendo uma modelo Ibanez RGR752 (R$ 29,7 mil) e outra Ibanez AZ2404K (R$ 46,1 mil).
Ao "Uol", Kiko comentou que a meta de arrecadação de US$ 20 mil (R$ 99 mil) para gravar o álbum não representa o valor real investido no trabalho. "Na verdade, o disco custa muito mais que US$ 20 mil. Botei esse valor para não ficar muito fora da realidade. Eu vivo fora do país há quase dez anos, entre os Estados Unidos e a Finlândia. Então eu vivo basicamente em euro e dólar", disse.
O músico reconheceu que tem um "público forte" no Brasil, por isso, pensou bem antes de colocar os preços. "Foi um dilema escolher os preços. Mas havia muita margem", afirmou.
Ainda durante a entrevista, Loureiro destacou que não havia muitas opções para colocar como ofertas do crowdfunding em meio à pandemia do novo coronavírus. "Não faria sentido fazer como o Megadeth fez, convidando fã para acompanhar as gravações do disco. Teria que ser tudo pela internet. E sou um cara que está tentando ao máximo se inteirar com a internet e interagir com fãs. E deu certo", disse, lembrando que o álbum mais recente da banda, "Dystopia", também contou com financiamento coletivo.
Questões de valores à parte, Kiko conseguiu mais que o dobro de sua meta de arrecadação. A renda obtida por ele até o momento, de R$ 229,3 mil, é 230% maior que o objetivo inicial.
A entrevista pode ser conferida, na íntegra, pelo "Uol". A campanha de crowdfunding está disponível no Indiegogo.
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