Alcatrazz: Graham Bonnet rompe com ex-colegas e agora há duas bandas
Por Igor Miranda
Postado em 07 de dezembro de 2020
Dois Alcatrazz passaram a existir nos últimos dias. O vocalista Graham Bonnet rompeu com seus agora ex-colegas e criou uma versão própria do grupo, enquanto que os demais músicos chamaram Doogie White para assumir a vaga deixada por ele.
Desde 2019, o Alcatrazz havia retomado suas atividades. A banda chegou a lançar um novo álbum, "Born Innocent", já em 2020. A formação trazia Bonnet, o tecladista Jimmy Waldo, o baixista Gary Shea, o baterista Mark Benquechea e o guitarrista Joe Stump. Os três primeiros fizeram parte do grupo em seu período considerado clássico, na década de 1980.
Menos de um mês atrás, uma confusão relacionada ao gerenciamento do Alcatrazz fez com que Graham Bonnet e seus colegas discordassem, de forma pública, nas redes sociais. Graham anunciou que a banda não estava mais ligada ao empresário Giles Lavery, porém, de forma quase imediata, os outros músicos publicaram um comunicado próprio negando o que o vocalista havia dito.
"Sobre o post de Graham Bonnet no Facebook, nós, os membros do Alcatrazz, ainda somos representados por Giles Lavery. Graham Bonnet não pode nos ditar quem nosso empresário individual ou coletivo pode ou não pode ser. Faremos nosso próprio comunicado quando na hora certa", disseram Jimmy Waldo, Gary Shea, Mark Benquechea e Joe Stump na nota conjunta.
Diante disso, não demorou muito até que a saída de Graham Bonnet fosse confirmada pelo Alcatrazz. "O Alcatrazz está empolgado em anunciar que nosso grande amigo Doogie White cantará para nós em todas as nossas datas de turnê em 2021. [...] A banda irá tocar todos os seus clássicos, além de seleções do trabalho de Doogie com o Rainbow e o Michael Schenker Fest/Temple of Rock. Até algumas inéditas podem aparecer", informou o grupo, pelas redes, na última sexta-feira (4).
No mesmo dia, Graham Bonnet anunciou que formaria uma versão própria do Alcatrazz. "Recebi mensagens sobre o comunicado dos meus ex-colegas da banda. [...] Ainda seguirei gravando e tocando com o Alcatrazz. Sou o fundador e principal compositor, estando na banda desde seu início, em 1983. Estou em estúdio terminando o terceiro álbum da Graham Bonnet Band. Assim que terminar, trabalharei em um novo disco do Alcatrazz. Anunciarei a nova formação em breve", afirmou, também pelas redes sociais.
Em outro comunicado, publicado nesta segunda-feira (7), Bonnet explicou o que realmente estava acontecendo. Além disso, o vocalista disse que não irá deixar de usar o nome Alcatrazz - e espera que seus colegas também o usem.
Leia o texto na íntegra a seguir:
"Quando meu empresário pediu demissão em junho, perguntei à banda se eles estariam interessados ??em fazer uma turnê para divulgar o novo álbum. Eles me informaram que só estavam interessados ??em fazer turnês se meu ex-empresário estivesse incluído. Ninguém foi 'despedido', apenas nos separamos.
Como isso sinalizou o fim desta versão do Alcatrazz, comecei imediatamente a procurar novos músicos para mais uma nova formação do Alcatrazz. Tenho tocado com outras versões do Alcatrazz desde o fim da banda original, esta foi apenas a primeira vez que toquei com algum membro original e a primeira vez que gravei usando o nome Alcatrazz (desde o primeiro fim da banda em 1987).
No dia em que meu empresário saiu, ele também me removeu como administrador da página de Facebook da banda 'Graham Bonnet and Alcatrazz', então, não pude informar os fãs sobre o que estava acontecendo até recentemente, quando o Facebook retornou minha página.
O primeiro mal-entendido aconteceu quando postei na página da banda que 'Graham Bonnet e Alcatrazz não estavam mais associados à gestão de Giles Lavery'. Quando eu disse isso, não estava me referindo à formação recente. Eles já haviam me informado meses antes que só fariam turnê com meu ex-empresário e comigo, o que significava que eles abriram mão deste trabalho. Eu me referia à minha nova versão de Alcatrazz.
Não tenho planos de abandonar o nome Alcatrazz e espero que eles também não. Essa é uma história antiga, as bandas se separam e ficam duas versões. Eu não estou incomodado com isso. Eu fiz turnê com Doogie nos últimos anos com o Schenker Fest e ele é um bom amigo e um ótimo artista. Na minha opinião, não existe música demais. As pessoas podem ouvir uma ou outra ou ambas as versões e escolher a que quiserem. Não estou interessado em discutir sobre um nome, prefiro apenas fazer música."
Foto da chamada: Diego Câmara
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