Sonoridades: Isabele Miranda conversa com Marcus Castellani, ex-batera do Manowar
Por Vagner Mastropaulo
Postado em 20 de fevereiro de 2021
Todo metaleiro que se preza conhece o enredo de Rock Star, livremente inspirado na trajetória de Tim "Ripper" Owens, de fã e membro de um tributo a integrante do Judas Priest, assim saindo da obscuridade para se tornar vocalista de um dos mais influentes pilares da história do heavy metal! E o que isso tem a ver com esta matéria? Nem todos sabem, mas temos uma versão tupiniquim de alguém que curtia o som, tocava um instrumento e de repente entrou para o grupo que adorava a fim de viver seu sonho!
Pois é, no episódio 56 do Sonoridades, Isabele Miranda conversou com Marcus Castellani, batera brasileiro que assumiu as baquetas do Manowar entre 2017 e 2019 após ter passado por dois covers, justamente as bandas de Joey DeMaio e Rob Halford, veja a coincidência! Como não poderia deixar de ser, sua participação no conjunto norte-americano esteve na pauta, mas não apenas isso, uma vez que a interação cobriu boa parte de sua carreira. Vamos a um apanhado geral do bate-papo que abre a quarta temporada do programa e foi postado em 09/01:
- seu impagável primeiro "kit de bateria", montado no improviso por seu pai:
"Meu pai tinha uma oficina de manutenção de caminhões gigantesca. Fui lá um dia e ele fez uma bateria para mim com latas de óleo. O prato era o fundo da lata de óleo! Era um negócio surreal e preciso achar essas fotos, inclusive para postar".
- as regras impostas por seus pais para o limite de seu treino com o instrumento:
"Eu tocava na garagem da casa dos meus pais, que era embaixo da sala. Então tinha a garagem e em cima era a sala de televisão. Pense: eu tinha doze anos e estou com trinta e sete. São mais de vinte e cinco anos comigo tocando... faz seis anos que me mudei para cá, tenho minha casa e meu estúdio, mas foram vinte anos que eles me ouviram tocar todos os dias, pelo menos uma horinha por dia! (...) Mas existiam regras: ‘Não pode tocar em tal horário porque o vizinho vai encher o saco ou quero ver televisão’".
- a conseqüência do divertido conselho de seu pai para "sentar a mão" na hora de tocar:
"Meu pai era muito chato! Ele me olhava tocando e falava assim: ‘Tá muito fraquinho isso aí. Senta a mão nessa batera, meu! Imagina você ao vivo, você vai tocar assim? Tem que sentar a mão!’ E aí foi engraçado porque ele foi me assistir no Manowar lá na Alemanha, foram uns amigos também, e aí, depois do show, ele falou assim: ‘Putz, ainda bem que te dei aquele conselho, hein? Sentou a mão na batera!’"
- como se manter no mercado após ter tocado numa grande banda, principalmente morando no Brasil:
"Não é fácil, ainda mais no Brasil. Então, vamos lá: o mercado de música lá fora é um pouco mais acessível do que aquilo que temos aqui. Ainda mais para nós, que gostamos de rock ‘n’ roll e heavy metal. (...) Tenho uma consultoria de gestão de projetos, sempre trabalhei, tive meu ganha-pão fora da música e, apesar de ter entrado no Manowar, consegui fazer uma leitura de riscos, possibilidades e oportunidades e não me desfiz dessa vida. Voltei de uma grande banda, mas nunca deixei minha vida profissional. Isso foi uma estratégia que decidi seguir por diversas razões, como família e filho, e não dá para pôr tudo em risco quando você chega a um certo momento de prioridades que você tem na vida. Mas se manter no mercado musical após uma grande banda, vou dizer que é mais fácil do que você não ter passado por uma grande banda: o pessoal conhece seu trabalho, sua seriedade, sua qualidade musical e então facilita um pouco para você divulgar seu trabalho".
- experiências inusitadas num grupo cover:
"Tive uma outra banda, para quem não sabe, e já toquei em bandas de anime, aqueles desenhos japoneses. Cara, fiz um show para três mil pessoas, de uma hora e meia, com a galera pirando! Foi muito louco, três mil pessoas cantando, foi bem legal! Tive algumas experiências muito boas com cover!" [nota: posteriormente ele disse que o nome do conjunto era Animadness]
- a importância em saber outros idiomas:
"Você tem que saber falar a língua dos caras! Não adianta, é complicado, né? Você chegar lá e não conseguir se comunicar ou não saber termos em inglês. Você está sozinho naquele negócio e ninguém vai te ajudar. Como você faz?"
- um show histórico em Vladivostok (que só quem jogou War já ouviu falar e sabe onde fica!):
"Vladivostok, para quem não sabe, fica a quarenta e cinco minutos de carro da Coréia do Norte. É muito longe, são treze horas de fuso horário daqui da gente e estava um frio do caramba lá, meu! E aí, para aquecer... eu tocava de regata e um puta de um frio. Se não me engano, lá era um estádio de hóquei, alguma coisa assim, então já era mais gelado por causa do chão. E a gente começou a perceber que o público estava muito louco, acho que estavam cheios de vodka, sei lá! Mas foi uma energia, sabe? Estávamos tendo alguns problemas, mas a energia foi tanta que contagiou, pelo menos a mim. Foi um show espetacular e um público bem diferenciado para quem já toquei, os russos. Cara, ali foi um negócio que até falei: ‘Vou ter que sair daqui e tomar uma vodka!’. Foi bem legal e não foi um show grande, não! Acho que tinham, sei lá, sete mil pessoas nesse show. Não era um lugar muito grande".
Tudo isso em pouco além de trinta e dois dos quase cinqüenta e cinco minutos líquidos da live. É claro que há mais: a ligação do manager do Manowar para que Marcus fizesse a audição; o teste em si; como virar a chavinha para efetivamente se tornar um "King Of Metal" do dia para a noite; e projetos atuais e futuros. Quanto aos detalhes, não daremos spoiler! Enfim, confira abaixo a íntegra do conteúdo.
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Fonte: Site Maximus Music Channel
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