Helloween: Michael Kiske realmente não gosta de heavy metal? Vocalista responde
Por Igor Miranda
Postado em 10 de junho de 2021
Nos anos em que esteve fora do Helloween, especialmente entre 1993 e a década de 2000, o vocalista Michael Kiske passou a ser associado como um músico que não gostava de heavy metal. Ele chegou a utilizar um pseudônimo, Ernie, ao colaborar com o primeiro álbum do Avantasia, "The Metal Opera", pois não queria estar associado ao estilo.
Seria verdade que, no fim das contas, Michael Kiske não gosta de metal? O próprio vocalista respondeu a essa pergunta em recente entrevista ao Loudwire.
Kiske, que está de volta ao Helloween desde 2016, já havia esclarecido em outras ocasiões que gosta da música heavy metal, mas discorda de muitas coisas que vê dentro da comunidade de fãs do estilo. O mesmo argumento foi reforçado por ele na nova entrevista.
"Eu nunca fui apenas um metalhead. Comecei ouvindo Elvis Presley e fui para os Beatles, daí nunca mais parei. Mesmo em meus anos de som mais pesado, ainda ouvia música clássica, Kate Bush e U2. Nunca entendi como as pessoas transformam um tipo específico de música em religião e demonizam todo o resto. Você perde muita coisa boa", afirmou.
O cantor disse que sentiu estar sendo "atacado" quando o Helloween lançou o criticado álbum "Chameleon" em 1993. O trabalho final da primeira passagem de Kiske pela banda trouxe uma sonoridade bem distante do som pesado que o consagrou no passado.
"Com 'Chameleon', senti como se tivesse sido atacado. Os fãs não fazem isso porque querem te ferir, mas porque perderam algo que você havia feito. Você faz algo totalmente diferente e eles não conseguem acompanhar e se decepcionam. Não é uma forma muito adulta de se lidar com música e arte, mas é compreensível. Quando fiz meu primeiro álbum solo ('Instant Clarity'), as pessoas reclamaram que não soavam como Helloween", disse.
Além de alguns comportamentos dos fãs, outro ponto que Michael Kiske não gosta dentro do heavy metal é o teor satânico que algumas músicas podem ter. "Sempre tive problemas com a coisa satânica, onde pessoas idealizam desumanidade e brutalidade e dizem aos mais jovens para que sejam insensíveis. Isso ficou muito grande no meio da década de 1990 e ficou extremo e radical com muitas coisas. Entrei em cruzadas na internet e salas de bate-papo", declarou.
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