Baixo: por que tocar o instrumento é mais difícil do que parece, segundo Paul Gilbert
Por Igor Miranda
Postado em 24 de julho de 2021
Há quem pense que é fácil tocar baixo, já que, na maioria das músicas, o instrumento não aparece tanto. Paul Gilbert, guitarrista do Mr. Big que gravou todos os instrumentos de seu novo álbum solo "Werewolves of Portland", tratou de desmentir essa crença popular.
Em entrevista a IgorMiranda.com.br no YouTube (vídeo disponível abaixo), o músico explicou que, a depender da abordagem desejada, tocar baixo não é nada fácil. É preciso ter destreza para encaixar as linhas do instrumento em meio às melodias.
Inicialmente, ele contou que "Werewolves of Portland" foi o primeiro álbum em que ele gravou todos os instrumentos. "Quase fiz isso no meu primeiro álbum solo, 'King of Clubs'. Cheguei a praticar bastante bateria para aquele disco, mas percebi que meu groove não era bom em algumas das músicas mais lentas, então acabei contratando outros bateristas"
Gilbert reconheceu ser um "baterista mediano", mas conseguiu gravar o instrumento percussivo em "Werewolves of Portland" devido a ferramentas de edição de áudio, como o Pro Tools. "Pecisamos editar um pouco, mas isso acontece até com bateristas profissionais, então não me senti mal sobre isso. Mas a maior parte eu acertei direto", contou.
Sobre a gravação do baixo, Paul comentou: "Acho que o baixo pode ser diferente em diferentes estilos de música. Sou um grande fã de Judas Priest, AC/DC, bandas onde o baixo é simples, mas faz o groove progredir. [...] Porém, se a música fica mais funk ou mais pop, é preciso trabalhar mais nas linhas de baixo".
Em determinado momento das gravações, ele não sabia o que tocar no baixo de uma de suas próprias composições. "Eu não sabia o que fazer em algo como um funk, por exemplo. Na música 'Professorship at the Leningrad Conservatory', o começo é uma parte funkeada e eu não sabia como fazer essa parte com o baixo. Por sorte, meu engenheiro de som era muito bom nisso. Ele dizia: 'ouça o bumbo, tente segui-lo e coloque uma nota que funcione', então trabalhávamos dessa forma", declarou.
Quando o baixo não consiste apenas em seguir a guitarra, pode ser algo bem desafiador, de acordo com Paul Gilbert. "Em uma música como 'Argument About Pie', eu não quero somente seguir a guitarra. Se eu só tocar uma nota do acorde e seguir... seria mais ou menos heavy metal, mas eu queria tocar como Paul McCartney. Quando eu tento fazer isso hoje em dia, é difícil, eu cometo erros. Envolve muito mais cérebro, porque é quase como jazz, tocar se acostumando com as mudanças... é muito mais pensamento envolvido", concluiu.
A entrevista completa com Paul Gilbert pode ser assistida, com legendas em português, no vídeo a seguir.
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